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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

O Império dos Mwenemutapas

Introdução
No presente trabalho falar-se-á sobre o estado dos Mwenemutapas, onde daremos conhecer sobre a sua origem, actividades realizadas, a organização política, administrativa, sua estrutura, sua ideologia e suas crenças.  
No seio do mesmo veremos que este estado africano era poderoso, uma vez que controlava uma grande cadeia de minas e de metalurgia de ferro e ouro, cujos produtos eram procurados por mercadores de outras regiões do mundo.

Estado dos Mwenemutapas
Quando reino de Zimbábue já estava em queda, come;ou a erguer/se o império mwenemutapa este estado foi formado pelo rei Mutota entre 1440-19450 e chegou a ter uma estenção máxima territorial que ia desde o deserto do Calaorio até ao Indico do rio Zambeze ao Limpopo.
A organização politico administrativa era complexa, e deu origem a vário conflitos dinásticos. A mwenemupa e a changamire, o estado do mwnuemutapa durou quase 500 anos até ao Inicio do XX.

Origem
O grande Zimbabue foi abandonado pela maior parte dos seus habitantes. Um deles foi um membro residente da dinastia do Grande zimbabue, chamado de Nyantsimba Mutota.
Mutota, dos tribo Chona e de clã Rosio, juntamente com os seus guerreiros e familiares fixaram-se e ocuparam a região de dande, no vale do Zambeze. Esta ocupação ocorre em 1440-1450 e formaram um  novo reino, mas concretamente entre os rios Mazoi e Luia. O Império Mwnuemutapa era uma aliança das tribos Chona, que se agruparam a volta de Mutapa, o chefe da tribo Rosie.
O núcleo dirigente do grupo invasor que deu origem a essa dinastia constitui-se desde o inicio em Aristorcracia dominante, dominando as populações preexistentes no local.

As actividades económicas
Para consumo interno, a actividade produtiva básica das comunidades rurais Mwnuemutapas era a agricultura. Os principais cereais cultivados eram a mapira, mexoeira e nacherim. Ao longo dos rios e, sobre tudo na zona costeira, em solos alivionares, cultiva-se também o arroz. Para actividades agrícolas, o principal instrumento de trabalho era o pequeno enchado de cabo curto e a agricultura praticava-se sobre queimadas.

A pecuária, a pesca e a caça bem como as actividades artesanais, surgiram como complementares da agricultura. De acordo com relatos da época, o império nwenemutapa era muito rico em ouro. Para o consumo externo, o ouro era o material mais colhido. Nesse sentido, desenvolveram-se as actividades de mineração e comércio de metais preciosos. O trabalho nas minas aparecia as vezes como uma imposição do exterior da Aristocrácia dominante ou dos comerciantes estrangeiros. Era um trabalho perigoso e executado, essencialmente, pelas crianças e pelas mulheres, dado terem corpos mais pequenos para encontrar ouro nas galerias das minas.

A organização política-administrativa
A estrutura administrativa no império de mutapa servia para manter a autoridade no interior do estado.
O chefe máximo era um Mwenemutapa também designado por mambo. Era soberano,  representante supremo de todas as comunidades, cuja a administração era apoiada por um corpo de funcionários espalhados pelo vasto estado. Esta estrutura contava com as três mulheres (Quenambuziua, Muzarira e Nhaanda) do soberano e com funcionários da courte (Mutume ou infices). O território estava devido em unidades que se podem designar por províncias, sob a chefia de um fumo ou encosse. Estas províncias integravam por sua vez, um conjunto de comunidades ou mucha, a frente das quais se encontrava um mukuro ou Mwenemucha.
Os fumos ou Encosses, para além de administrarem o seu território económica e politicamente, eram obrigados, em cada ano a reacender os fogos reais na chama original como símbolo de fidelidade ao soberano Mutapa . isto é, uma vez por ano o soberano mutapa dava ordem aos chefes territoriais para apagarem os seus fogos reais, e rumarem imediatamente para o seu palácio afim de reacende-las. Para além desta obrigação os chefes territoriais a todos os níveis (chefes ao nível da província e ao nível das aldeias) controlavam a produção, o processo de mineração bem como o de pagamento de tributos. 
O instrumento de controle político mais corrente era o tributo cobrado pelos imperadores Mutapas. O tributo podia ser cobrado em bens (produtos agrícolas, peles de leão e de leopardo, penas de avestruz, caça de pequeno e grande porte etc) ou em trabalho.
Todos os chefes territoriais, oficiais, soldados e demais chefes vássalos tinham também a responsabilidade de garantir a cobrança de impostos.
Os mensageiros ou Massambanges era funcionário de mutapa que tinham por missão estabelecer a ligação entre a casa real e os chefes territoriais, levando informações para junto do soberano e vice-versa.
Os diferentes mecanismos de controlo e contribuíram parcialmente para preservar o império centralizado.


Administração do Estado de Mwenemutapa 

Cargo - Mwenemutapa
Descrição ou observação - Imperador 
Função - Líder supremo o estado imperial 

Cargo - Mambo 
Descrição ou observação: 
  • Rei e Administrador de estado que continham o império mwenemutapa;
  • Oriondo da artistocrácia invasora descendente de mutota.
Função: 
  • Responsável pela defesa pela paz, relação externas, comércio, cerimónia, mágico-religioso e respectivos festividades do seu reino. 
O mwenemutapa vivia no núcleo central que governou directamente entre os rios mozoe e luia. Este era rodeado por vários estado vássalos (cedenta, qiussonga, Kiteve,Monico, Borue, chongue, além de outros no interior, dirigidos por parentes dos mwnuemutapas).

O problema das sucessões  
No estado dos mwenemutapa a questão de sucessão constituía um dos grandes problemas. Esta situação era provocada com muita frequência em parte devido ao próprio sistema de sucessão colateral, que produzia mais de um pretendente a chefia do estado ou por outras palavras mais do que um sucessor do trono. Esses problemas de sucessão era um foco de estabilidade, de lutas sangrentas e de fragmentação dos estado vássalos.

A estrutura sócio-económica
No estado mwnuemutapa havia claramente uma aristocracia dominante e as comunidades rurais dominadas. A aristocracia dominante era composta pelo Mwenemutapa, seus familiares, pelos mambos dos reinos vizinhos e sua administração directa. As comunidades rurais e todos os estados que compunham o grande império mutapa, eram compostas pelos agricultores pastores, trabalhadores de ferro e mineiros. Na classe dominante, sobre tudo o mwenemutapa e os mambos eram ricos e viviam dos tributos das populações e do comércio externo sobretudo do ouro.
Cada comunidade aldeã tinha obrigação de entregar ao estado Mwenemutapa o equivalente a produção de 7 dias de trabalho por mês.
Havia ainda um a taxa importante, a curva. A curva era geralmente paga pelos estrangeiros e consistia num pagamento em tecidos.

A ideologia
No império dos mwenemutapas, em especial no seio Chona-karanga, o culto forte era dedicado aos espíritos dos antepassados.
No estado Mwenemutapa como factor integrador fundamental do sistema político dos chono-karanga. A passagem pelas cerimónias mágico-religiosas legitimava o poder do mambo. Esta era um condição fundamental mesmo que nela se cometesse actos extremos como incesto. Numerosas fontes referem a existência de 2 termos que serviam patra designar Deus:

  • Mulungo utilizado nas terras costeiras, ao longo do vale do Zambeze e nordeste do planalto zimbabweano,
  • E Nwari – usada a sul do planalto.

Os mambos tinham o direito de invocar a chuva assim como participarem nas cerimónias doas fazedores de chuva.

Os espíritos
Os mazimue eram os espíritos dos antepassados, acreditava-se que os mazimue-regiões resolviam as doenças dos chefes de estado.
Os Swikiro eram espíritos associados ao poder político especialmente as sucessões, uma das garantias de um bom governo e de boa estabilidade social estava nas boas relações com este dois espíritos.      


Conclusão
Terminado trabalhado pudemos concluir que na sociedade Chona, o Estado era personificado na pessoa do soberano, o Mambo, que devia desligar-se da sua origem terrena para conferir à realeza, um carácter sagrado. Tornava-se assim o representante supremo de todas as comunidades, o símbolo da unidade de interesses dessas comunidades. Para quebrar todas as ligações com a sua linhagem, e se tornar representante de toda a sociedade, indiferente às rivalidades familiares, o Mambo cometia no momento da sua entronização, o incesto com uma parente próxima, infringindo desse modo o mais absoluto interdito. Daí que a principal mulher do Monomotapa era a sua própria irmã.

Bibliografia 
  • UEM, Departamento de História, 1982. História de Moçambique Volume 1: Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos Mercadores. Cadernos TEMPO. Maputo; 
  • www.semnegativa.blogspot.com



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