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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

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Radioactividade

Introdução 

Neste trabalho em grupo iremos falar sobre a Radioactividade , iremos definir a radioactividade , também iremos introduzir as partículas radioativas , iremos ver as características das radiações , a velocidade das partículas radioactivas, veremos tambem o poder de ionização das emissões radioativas naturais , como também o poder de penetração , depois veremos os impactos da Radioactividade  no organismo dos seres vivos.

Também veremos algumas aplicações da Radioactividade, veremos que a Radioactividade pode ser usada no nosso cotidiano, depois falaremos do reactor nuclear , iremos definir o Reactor nuclear , falaremos do Reactor nuclear todo ele , e por fim falaremos da bomba atômica , veremos como funciona , veremos também a bomba de urânio , veremos também os elementos usados na construção de uma bomba atômica.
 
Radioactividade

A radioatividade é um termo químico que causa muita desconfiança e pavor em muitas pessoas, isso se deve ao que ela ocasionou em certas situações como por exemplo os diversos acidentes nucleares, sendo o mais conhecido o de Chernobyl. Porém, este não é um fenômeno ruim, também pelo fato de suas diversas aplicações em nosso dia a dia que possibilitaram entre outras coisas o avanço de tratamentos como o da radioterapia.
Um elemento químico radioativo é aquele que é capaz de emitir radiações fortes a ponto de por exemplo produzir a fluorescência. O fenômeno de emissão ocorre quando o átomo se encontra com excesso de partículas e/ou cargas precisando assim liberar energia na forma de radiação para se estabilizar. 
A radioatividade pode ser espontânea ou induzida, a primeira é um processo natural e que ocorre em elementos e seus isótopos encontrados naturalmente, já o segundo caso se trata de um processo artificial provocado por transformações nucleares, geralmente em reatores

Características das particulars radioactivas
As radiações podem ser, basicamente, de dois tipos: corpusculares (constituídas de matéria) e eletromagnéticas (constituídas apenas de energia).
Em geral, as emissões radioativas mais comuns são: alfa (α), beta (β) e gama (γ). Rutherford chegou à conclusão de que os raios alfa eram o átomo de hélio (He) que tinha perdido dois elétrons. Somente após a descoberta do núcleo atômico é que ele percebeu que os raios alfa seriam mesmo o núcleo do átomo de hélio (He2+). Devido à descoberta do elétron (e) por Thomson em 1897, Rutherford concluiu que os raios beta (β) eram os elétrons, pois ambos os raios eram atraídos por placas carregadas eletricamente. Sendo assim, ele passou a chamar o raio de partícula, pois suas pesquisas identificavam a presença de massa. Como os raios gama (γ) não eram afetados por nenhum tipo de carga elétrica, mais tarde os cientistas resolveram chamá-los de ondas gama (γ), por serem ondas eletromagnéticas, assim como a luz.

Vejamos o estudo de algumas radiações ionizantes:

1o. Partículas alfa (α)
As partículas alfa têm um alcance no ar inferior a 10 cm. São barradas por papel, roupas e pela pele. Portanto,quando as partículas alfa são provenientes de uma fonte externa ao organismo humano, praticamente não oferecem nenhum perigo para o organismo. No entanto, como são constituídas por 2 prótons e 2 nêutrons, são altamente ionizantes, pois arrancam elétrons dos átomos e moléculas do meio, transformando-se em átomos de hélio. Mas se a partícula alfa é proveniente de uma fonte interna ao organismo (o material radioativo foi ingerido ou inalado ou ainda absorvido pela pele ou ferimentos), oferece sério perigo, pois a partícula alfa se move mais lentamente e causa muito mais ionização ao longo de seu trajeto. As partículas alfa têm velocidade da ordem de 20.000 km/s.

2o. Partículas beta (β)
Como as partículas beta são constituídas de elétrons bem mais leves e de maior velocidade que as partículas alfas, elas penetram mais na matéria. Assim, elas podem atravessar até 1 mm de alumínio e no ar, podem alcançar até 13 m. O seu poder de ionização é bem menor. O perigo oferecido pelas partículas beta provenientes tanto de fonte interna como externa pode ser classificado como moderado. A partícula beta é cerca de 7.000 vezes mais leve que a partícula alfa e tem velocidade bem maior, podendo atingir uma velocidade de até 95% da velocidade da luz.

3o. Raios gama (γ)
A penetrabilidade dos raios gama é muito maior, pois são ondas eletromagnéticas de comprimento de onda (λ) muito pequeno. O alcance no ar é muito grande. São barradas por placas de chumbo de 3 cm de espessura. Seu poder de ionização também é muito grande. As ondas gama provenientes de uma fonte perigo, isto porque toda a energia das radiações alfa e beta é absorvida pelo órgão, ao passo que apenas uma parte da radiação gama é absorvida pelo órgão. Devido ao grande poder de penetração do raio gama, a maior parte da energia sai do corpo. A sua velocidade de penetração é a mesma da luz no vácuo, ou seja, aproximadamente 3.108 m/s.
As radiações ionizantes têm importantes propriedades - escurecem filmes peliculados, ionizam gases, produzem cintilações (flashes de luz) em certos materiais (ex: sulfeto de zinco – ZnS), matam tecidos vivos, transportam muita energia. Deve-se notar ainda que as radiações emitidas por um átomo são as mesmas, quer o átomo esteja combinado ou não, pois elas se originam no núcleo, que não participa das combinações químicas.

Radiação ionizante é a que possui a propriedade de, ao incidir em um meio
 ou retirar elétrons dos átomos constituintes deste meio, tornando-os eletricamente carregados (ionização).

Efeitos da radiacção no corpo Humano
É de fundamental importância para quem trabalha na indústria de mineração ou de petróleo e gás saber dos riscos que está corre.
Reversibilidade e transmissão dos danos celulares
Para todos os efeitos, quando tratamos dos efeitos da radiação nesse texto, nos referimos principalmente à radiação ionizante.

Efeitos Biológicos da Radiação no Corpo Humano
Desde a descoberta da radiação mais de um século de pesquisa tem fornecido grande conhecimento sobre o assunto. Muito já se descobriu acerca dos mecanismos biológicos pelos quais a radiação pode afetar o corpo humano.
Sabe-se que a radiação pode produzir efeitos em nível celular, causando sua morte ou modificação, devido aos danos causados nas fitas do ácido desoxirribonucleico (DNA) em um cromossomo.
Quando o número de células afetadas ou até mesmo mortas for grande o suficiente, a radiação poderá resultar na disfunção e morte dos órgãos atingidos.
Outra influência da radiação sobre o DNA são os danos que não causam a morte celular. Esses tipos de dano são normalmente reparados por inteiro, mas caso isso não ocorra, a modificação resultante – conhecida como mutação celular – causará reflexo nas divisões celulares subsequentes.O resultado das mutações é o câncer.
Se as células modificadas forem aquelas que transmitem a informação hereditária aos descendentes, desordens genéticas podem surgir.Com base na observação de sua ocorrência, efeitos na saúde advindos da exposição à radiação são definidos aqui tanto como efeitos imediatos à saúde, quanto tardios.Geralmente, efeitos imediatos à saúde são evidentes através do diagnóstico de síndromes clinicamente verificadas nos indivíduos, e os efeitos tardios são verificados através de estudos epidemiológicos feitos pela observação do aumento da incidência da doença em uma população.
  


 Velocidade
5% da velocidade da luz. 95% da velocidade da luz. Quadro 1: Algumas características das radiações alfa, beta e gama.Igual a velocidade da luz 3.10^8 m/s.

 UTILIZAÇÃO DAS RADIAÇÕES:
a)Não ionizantes:
-Aquecer alimentos no interior de um aparelho micro-ondas (micro-ondas)
-Iluminar um ambiente (luz visível)
-Fabricação de vidros (infravermelho)
-Secagem de tintas e vernizes (ultravioleta)
-Tratamento de inflamações em músculos e articulações (infravermelho e ultravioleta) Soldas elétricas (infravermelho)

b) ionizantes
• Tratamento de câncer;
• Realização de exames de imagem, como radiografia e tomografia;
• Esterilização (eliminação de bactérias e fungos) de alguns alimentos industrializados;
• Esterilização (eliminação de bactérias e fungos) de materiais descartáveis, como seringas einstrumentos cirúrgicos.

RAD (Radiation Absorbed Dose) - é a quantidade de energia absorvida pelos tecidos e ossos por unidade de massa. Um rad equivale a 0,01 joule por quilograma.  No Sistema Internacional (SI) a unidade utilizada é o Gray (Gy), em homenagem ao físico inglês, Harold Gray, pioneiro em biologia da radiação. O Gray é a absorção de 1 J de radiação por 1 kg de matéria: 1 Gy = 1 J/kg.

Poder de ionização das emissões radioativas naturais
O poder de ionização ou o número de íons formados por cm3 na trajetória das emissões radioativas é maior para a partícula alfa.
São três as emissões radioativas naturais:

Emissão alfa (α): Partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons, do mesmo modo que o núcleo de um átomo de hélio. Possuem carga elétrica igual a +2 e massa igual a 4u;


Emissão beta (β): Partículas formadas por um elétron. Possuem carga elétrica igual a -1 e sua massa é considerada desprezível;
Emissão gama (γ): É uma radiação eletromagnética semelhante aos raios X. Não possui carga elétrica e nem massa.
Essas emissões possuem energia e, por isso, quando são emitidas pelos núcleos de átomos radioativos (núcleos instáveis), atingem as moléculas de gases, como os que estão presentes no ar e conseguem ionizar esses gases, ou seja, arrancam os seus elétrons e formam íons.
Íons são átomos de elementos que perdem ou ganham elétrons e se tornam carregados eletricamente. Se um átomo perder um ou mais elétrons, ele fica com carga positiva e é chamado de cátion. Por outro lado, se ele ganhar um ou mais elétrons, ele fica com carga negativa e é chamado de ânion.
Por exemplo, após ser expulsa do núcleo atômico, a partícula alfa (24α) colide com as moléculas de gás oxigênio (O2) e captura dois elétrons, transformando-se em um átomo de hélio. Visto que o O2 perdeu dois, ele se ionizou, gerando o íon O2+2.

24α + O2 → 24He + O2+2

Visto que a partícula alfa possui a massa maior em relação às outras emissões radioativas, o seu poder de ionização é maior, ou seja, ela arranca os elétrons dos gases com maior facilidade e consegue formar um número maior de íons por cm3 na sua trajetória do que as outras emissões.
O poder de ionização das partículas beta é médio, porque a sua carga elétrica é menor que a das partículas alfa.
Já a radiação gama é a que possui o menor poder de ionização entre as três, porque essa capacidade depende quase que exclusivamente da carga elétrica e ela não possui carga, então, praticamente, não forma íons.
 
Poder de penetração
Raios gama (γ)
Os Raios gama não são tão energéticos, mas são extremamente penetrantes, podendo atravessar o corpo humano, são detidos somente por uma parede grossa de concreto ou por algum tipo de metal. Por estas características esta radiação é nociva à saúde humana, ela pode causar má formação nas células.
As radiações alfa, beta e gama são perigosas, mas quando são devidamente empregadas podem ser úteis em diversas áreas de trabalho: na saúde é usada no tratamento de tumores cancerígenos, na indústria a radioatividade é utilizada para obter energia nuclear e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos.Observando o poder de penetração dos raios alfa, beta e gama em diversos materiais pode-se concluir o seguinte:
Os raios gama atravessam todas as barreiras que os raios alfa e beta não conseguem atravessar, e só são contidos por uma parede de concreto, inclusive conseguem penetrar até mesmo uma placa de chumbo.


Aplicações da radioactividade
A radioatividade é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos chamados radioativos são capazes de emitir radiações. As radiações emitidas pelas substâncias radioativas são: partículas alfa, partículas beta e raios gama. Apesar dos efeitos nocivos à saúde, a radioatividade está presente em muitas áreas. Muitas pessoas fazem a associação da radioatividade com apenas coisas negativas como bombas atômicas ou armas nucleares, mas a energia nuclear é mais do que isso. Conheça algumas aplicações benéficas da radioatividade:

Medicina 
Vários isótopos radioativos são usados na medicina. Um exemplo é quando vamos fazer uma cintilografia com o intuito de verificar as condições de nossos órgãos internos, e introduzimos no organismo uma pequena quantidade de material radioativo. Os isótopos que apresentam essa característica são denominados radiotraçadores, eles possuem a proprieadade de se acumularem em um determinado órgão. Assim, o radiologista poderá determinar o nível e a localização das radiações emitidas pelos isótopos após o paciente receber uma dose de material radioativo. As radiações beta (β) ou gama (γ) incidem sobre filmes fotográficos, e refletem imagens do órgão que se pretende estudar.
 
Agricultura e alimentação 
Muitos alimentos frescos (carnes, peixes, mariscos, etc.), não podem passar por métodos convencionais de eliminação de bactérias como a pausterização térmica. Sendo assim, para impedir o crescimento de agentes produtores da deterioração, esses alimentos são submetidos a radiações que destroem fungos e bactérias. 

Reactor nuclear
Um reator nuclear (AO 1945: reactor nuclear) é uma câmara de resfriamento hermética, blindada contra a radiação, onde é controlada uma reação nuclear para a obtenção de energia, produção de materiais fissionáveis como o plutônio para armamentos nucleares, radioisótopos para a medicina nuclear, propulsão de navios, submarinos e satélites artificiais ou para pesquisas.

Uma central nuclear pode conter vários reatores. Atualmente apenas os reatores nucleares de fissão são empregados para a produção de energia comercial, porém os reatores nucleares de fusão estão sendo empregados em fase experimental.

De uma forma simples, as primeiras versões de reator nuclear produzem calor dividindo átomos, diferentemente das estações de energia convencionais, que produzem calor queimando combustível. O calor serve para produzir vapor de água, que irá fazer funcionar turbinas a vapor para gerar electricidade. Um reator produz grandes quantidades de calor e intensas correntes de radiação neutrónica e gama. Ambas são mortais para todas as formas de vida mesmo em quantidades pequenas, causando doenças, leucemia e, por fim, a morte. O reactor deve estar rodeado de um espesso escudo de cimento e aço, para evitar fugas prejudiciais de radiação. As matérias radioactivas são manejadas por controle remoto e armazenadas em contentores de chumbo, um excelente escudo contra a radiação. Segundo relatórios da IAEA, em 2014 existiam 435 reatores nucleares em operação em 31 países ao redor do globo.

Bomba atómica
A bomba atômica, ou bomba nuclear, é uma arma de explosão com um grande poder de destruição, em virtude da grande quantidade de energia que ela libera. Essa bomba funciona por meio do processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que possibilita uma grande liberação de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.

Como funciona uma bomba atômica?
O funcionamento das bombas nucleares é semelhante, diferenciando-se apenas pelo elemento utilizado na composição. Os principais elementos que compõem as bombas são urânio-235 e plutônio-239. A bomba nuclear funciona pelo princípio da fissão nuclear, que é a divisão de um átomo instável pelo bombardeamento de partículas, como um nêutron. Isso gera uma reação em cadeia que vai provocando a fissão nuclear dos outros átomos presentes.

Bomba de urânio
Um dos elementos usados na construção de bombas atômicas é o urânio, mas não é qualquer isótopo de urânio que pode ser utilizado – apenas o U-235 é considerado instável suficiente para esse fim. A seguir, está representada a reação de fissão de um átomo de urânio-235:

n + 235U92 → 91Kr36 + 142Ba56 + 3n + energia

Note que cada átomo de urânio que sofre desintegração libera outros três nêutrons, que, na bomba atômica, são utilizados para partir outros três núcleos, gerando a reação em cadeia e liberando uma grande quantidade de energia, como é mostrado na imagem a seguir:
 
A reação em cadeia provocada pela fissão nuclear do urânio é usada como princípio das bombas atômicas.

Poder de destruição das bombas atômicas

O poder de destruição de bombas nucleares é medido em quiloton ou em megaton, unidades relacionadas com o poder de destruição de dinamites (TNT). O quiloton equivale à explosão de 1000 toneladas de dinamite, e o megaton corresponde a 1.000.000 (1 milhão) de toneladas de TNT.

Para efeito de comparação, a bomba atômica lançada em Hiroshima (conhecida como Little boy) possuía um poder de destruição equivalente a 16 mil toneladas de TNT, ou seja, 16 quilotons, e a bomba lançada em Nagasaki (a Fat man), em torno de 20 mil quilotons. Apesar dos danos causados, as bombas nucleares usadas na Segunda Guerra Mundial não estão entre as mais poderosas já feitas no mundo.
Para se ter ideia, a bomba com maior capacidade de destruição que se tem relato na história, a Tsar Bomb, possuía um poder destrutivo de 50 megatons. 
Conclusão 

Podemos concluir que a Radioactividade é a propriedade que alguns átomos , que emitirem espontaneamente energia na forma de partícula e onda , tornando se elementos químicos mais estáveis e mais leves 

A radioactividade é maléfica ao ser humano pois destrói células boas , tecidos e afetam sistemas , embora seja muito utilizado em tratamentos contra câncer , a radioterapia 

Podemos concluir também que a energia nuclear requer experiência e conhecimento das consequências do uso dessa forma de energia, investimento em segurança e consciência por parte dos governantes, pois , se armar com armas nucleares é cometer suicídio. Além de muitos considerarem uma fonte limpa de energia , ela gera resíduos quão mais perigosos do que os tradicionais combustíveis fósseis , por não se enquadrar com uma fonte limpa , porque causa alteração prejudicial no meio ambiente 
A bomba atômica tem um poder incrível de destruir até uma cidade inteira.

 
Referências bibliográficas

Imagens e apontamentos:
  1. http:// www.semnegativa.blogspot.com
  2. http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/radioatividade.pdf
  3. http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01001/radio.pdf
  4. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-efeitos-da-radioatividade-no-corpo-humano

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Exame de Biologia 10ª Classe

Aproximam as últimas APTs de 2022, e logo a seguir os exames, assim sendo a Plataforma de conteúdo académicos "SEM NEGATIVA" traz para si, os exames dos anos anteriores como forma de te preparares para os que vêm aí. Traremos exames e as guias de correção, pra melhor aprendizado e prepação. 


Boa sorte. 





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Sistema de suspensão

Introdução 
O presente trabalho aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a Suspensão, onde falaremos de muitos aspectos ligados a suspensão dentre eles a Mola, onde veremos que a mola de suspensão não requer manutenção da peça. Normalmente são substituídas a cada duas trocas de amortecedor. No entanto, quando elas apresentarem retracção, afectando a altura do carro, ferrugens ou trincas, devem ser substituídas imediatamente. 

Sistema de suspensão
O sistema de suspensão é um conjunto de componentes que atua em tempo integral ligando o chassi às rodas e garantindo que elas sempre estejam em contacto com o solo, que os impactos sofridos pela roda sejam absorvidos, que os ocupantes do carro tenham conforto ao rodar por diversas estradas e que haja estabilidade nas curvas.
Esse sistema é composto por diversos elementos flexíveis, sendo que os principais e mais conhecidos são os amortecedores, molas, bandejas e barra estabilizadora. Todos eles atuam em conjunto para realizar o mesmo objectivo — que é, basicamente, promover conforto aos passageiros e dar estabilidade e segurança ao veículo.
 
Tipos de suspensão
O mundo automotivo se encontra em estado de evolução contínua, com a constante fabricação de novos motores e modelos de veículos. Em relação à suspensão, não é diferente. Ela também faz parte desse cenário de mudança e é por isso que existem diversos tipos de suspensão actualmente no mercado.
Cada projecto de veículo necessita de uma suspensão específica, seja por motivos de desempenho ou de custos. A indústria faz isso para garantir a entrega dos melhores modelos em relação à segurança e ao custo-benefício, tornando-se mais competitivas no mercado automobilístico.

Suspensão activa
Esse é um tipo diferente do tradicional modelo de suspensão passiva, que reage às imperfeições do solo por meio de parâmetros fixos que são calculados visando ao melhor desempenho do carro.
A suspensão activa é composta por sensores que colectam dados da pista e enviam para os actuadores para que eles ajam de acordo com as imperfeições detectadas.
Com esse mecanismo de funcionamento, é possível adiantar a resposta da suspensão às possíveis imperfeições do solo por meio de parâmetros variáveis de reacção. O nome “activa” se deve ao fato de que a tecnologia permite que essa suspensão antecipe as irregularidades. Actualmente, apenas carros muito específicos saem de fábrica com esse sistema.

Eixo rígido
A suspensão de eixo rígido é um tipo mais simples e utilizado em maior escala antigamente. Ela possui uma barra que liga as duas rodas e é fixada no chassi. A barra que liga as rodas é muito resistente, o que deixa essa suspensão pesada.
Esse tipo de suspensão é mais utilizado em carros off road e modelos militares. A maior parte de veículos de passeio sai de fábrica com sistemas de suspensão independente, que apresentam um comportamento mais dinâmico.

Amortecedor
O amortecedor é um dos principais componentes da suspensão. Desenvolvido nos anos 1930, tem o objetivo de atuar em conjunto com as molas para absorver os impactos recebidos pelo veículo ao trafegar pelas ruas.
A ação do amortecedor é diminuir o tempo de oscilação da mola, controlando seu movimento. Sem ele, o carro ficaria oscilando continuamente enquanto estivesse em circulação. Por isso, manter as boas condições desse componente é fundamental para o conforto no veículo. Fique atento aos sinais de desgaste do amortecedor.

Mola
Na suspensão, a mola pode ser de dois tipos: feixe de mola ou helicoidal. Ela é feita de aço e é muito flexível. Sua função, assim como o amortecedor, é absorver as irregularidades do solo e proporcionar conforto. Além disso, as molas têm outra função: a de sustentar o peso do veículo e manter a carroceria distante das rodas, para que os pneus não raspem na caixa de roda.
 
Como o sistema de suspensão funciona na prática
Partindo do conceito de que a suspensão tem por finalidade dar conforto aos ocupantes e garantir a estabilidade do veículo em manobras e frenagens, o funcionamento dela é exigido desde o momento da instalação do sistema no carro.
Ou seja, durante a instalação, o sistema de suspensão já realiza o trabalho de suportar o peso da carroceria do veículo, além de manter uma distância preestabelecida entre o chassi e as rodas. Já em movimento, a suspensão mantém todas as rodas em contato com o solo, com a ajuda das molas e dos amortecedores.
Esses componentes regulam toda a ação da suspensão. Ao passar por um buraco, por exemplo, a mola se estica e se comprime. O amortecedor controla esse movimento, atuando na oscilação da mola. Em conjunto, essas duas peças dissipam a perturbação gerada pelo buraco, com a ajuda também do pneu.

Os Componentes Da Suspensão
Existem vários tipos de suspensão que se ajustam de formas diferentes aos variados estilos de condução, sendo um kit normal de suspensão composto por vários componentes, entre eles as molas, os braços da suspensão e amortecedores, estes como os principais. Contudo, as suspensões são um sistema bastante mais complicado, e a maior parte delas detêm de igual forma barras estabilizadas, pivôs, bandejas, buchas e bielas.

Quais sinais o seu carro apresenta quando há problemas na suspensão
Quando um veículo apresenta problemas no sistema de suspensão, pode haver vários indícios que apontam isso. Alguns pequenos desgastes só são percebidos quando se tenta alinhar o veículo, mas pode acontecer também o descontrole quando você está conduzindo o carro — ele pode não obedecer aos comandos do volante, além de trepidar muito quando passa em uma lombada.

Um dos primeiros indícios a ficar atento é o desgaste irregular ou precoce dos pneus. Se seu sistema de suspensão está gasto, com amortecedores estourados ou pivôs com folga, o pneu do carro sofre, pois o amortecedor não consegue deixar as rodas sempre em contato com o chão ou o pivô com folga desfaz o alinhamento, por exemplo.
Outro sinal é perceber marcas de óleo no chão. Pode estar ocorrendo vazamento nos amortecedores. Para não confundir com outros vazamentos, é importante levar em uma oficina e pedir uma avaliação. Se essas manchas aparecerem junto com sinais de alteração na suspensão, as chances de o problema ser no amortecedor são maiores.
Os ruídos também podem acusar danos na suspensão. Se você escutar rangidos ou pancadas secas na carroceria do carro quando estiver trafegando por ruas esburacadas ou de paralelepípedo, procure um mecânico. Sua suspensão pode estar precisando de reparos.
Por fim, fique de olho também em movimentos excessivos da carroceria ao passar em lombadas e no aumento da distância de frenagem. Esses são sinais de uma suspensão ruim.

O que verificar sobre o sistema de suspensão na manutenção preventiva
Assim como as demais peças de um carro, o sistema de suspensão também necessita de manutenção preventiva. Alguns itens podem ser verificados em quilometragens específicas, enquanto outros apresentam desgaste variado, de acordo com o modo de condução e estrada que o veículo trafega.
O primeiro passo para conservar o sistema de suspensão é sempre manter o seu carro alinhado. O alinhamento deve ser feito a cada 10 mil km e é bom para manter os pneus conservados. Com o carro alinhado, as rodas não puxam e você não tem que corrigir toda hora a trajetória do carro. Assim, o sistema de suspensão não é sobrecarregado e as peças não sofrem desgaste prematuro.
Além disso, ao realizar o alinhamento, o profissional faz a inspeção das rodas, procurando por folgas. Nesse procedimento, é possível identificar a necessidade de substituição de pivô e bucha de bandeja, por exemplo, pois não dá para realizar um bom alinhamento com folga nesses componentes.

Conclusão 
Terminado trabalho tive várias conclusões, mais irei falar da suspensão mais conhecida que é a do carro, onde conclui que é importante que o motorista esteja sempre atento aos sinais que o carro emite ao longo do seu uso. Outro fator importante é a necessidade de realizar a manutenção preventiva periódica para garantir que as peças estejam sempre em bom estado de uso. Para isso, procure sempre um mecânico de confiança para realizar as inspeções semestrais ou para buscar reparos a qualquer momento que o veículo apresente problemas.
Bibliografia 
ANAND, N, SETHI, A., SHARMA, R. 2014, “Supension Optimization of student formula race car” Internacional Journal of Aeospace and mechanical Enginnering. 
SORIANO, H.L., LIMA, SS., 2006, “Análise deEstruturas, Métodos das Forças e Método dos Deslocamentos”, 2ª edicção 

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Motor de Combustão Interna

1. Introdução

Sob condições normais de operação e com o cuidado adequado, um motor de combustão interna proporcionará desempenho satisfatório durante milhares de quilômetros ou horas de serviço. Porém, como em qualquer outro mecanismo, o funcionamento acarreta o desgaste das partes móveis e sujeitas ao atrito. Com o tempo, há uma queda gradativa no desempenho do motor, a ponto de tornar-se impraticável ou antieconômico operar a unidade.
O proprietário do veículo começa a perceber isto quando se vê obrigado a adicionar, com freqüência, óleo no cárter. Em geral, associa-se um alto consumo de óleo com a necessidade de trocar os anéis de pistão. Muitas vezes, isto é de fato necessário. Porém, existem muitas outras circunstâncias que podem causar consumo excessivo de óleo. Para encontrar e remover a causa real desse consumo excessivo, o mecânico precisa conhecer essas causas e saber como determiná-las. É possível economizar tempo e dinheiro seguindo-se um sistema planificado de diagnósticos. Freqüentemente pode-se determinar e corrigir a causa sem que seja necessário desmontar completamente o motor. 

Motor de Combustão Interna
Motor de Combustão Interna: Aparelho capaz de transformar diretamente  energia térmica em energia mecânica. 
Nos motores de combustão interna, a transformação de energia calorífera resultante da queima ou da explosão de uma mistura de ar - combustível é feita no interior de um dos órgãos da maquina, a câmara de explosão. Podem ser a gás, a gasolina,  a álcool, a diesel, a metanol, a benzina, etc. Desses todos, os mais usados são os a gasolina, álcool e diesel. 
Os motores de combustão interna são baseados no princípio de que os gases se expandem quando aquecidos. Controlando-se essa expansão dos gases, pode-se obter pressão, a qual será utilizada para movimentar algum órgão da maquina, tendo-se assim a transformação da energia calorífera do combustível em energia mecânica no órgão motor da maquina. 
Há motores a combustão interna capazes de trabalhar com combustíveis líquidos voláteis diversos: gasolina, querosene, bensol, e com gases como: butano e propano.
Os de combustão interna, são usados numa quantidade imensa de serviço. Assim, os motores a gasolina tem como característica principal baixo peso pôr potência, a capacidade de fornecer acelerações rápidas e trabalhar com altas velocidades. 
Os motores diesel são usados na propulsão de navios, locomotivas, tratores, grandes caminhões, automóveis, ônibus, lanchas e outros tipos de embarcações ; enfim na propulsão de veículos pesados.
  
PISTÃO

Peça de forma cilíndrica, oca, geralmente de liga de alumínio ou ferro fundido, fechada na parte superior e aberta na parte inferior, adaptando-se perfeitamente ao diâmetro do cilindro ou camisa do motor, podendo movimentar-se alternadamente ao longo do eixo. O pistão transmite a força devido à pressão dos gases em expansão, através do pino do pistão e da biela, para o virabrequim. O pistão serve de suporte e guia para os anéis.
A - Cabeça - parte superior do pistão, situada acima da saia, onde estão localizadas todas ou quase todas as canaletas para anéis.

  • A1 - Topo - superfície superior da cabeça, contra a qual os gases de combustão exercem pressão. Podem ser côncavo, convexo, possuir rebaixos para válvulas, câmaras de combustão, etc.
  • A2 - Zona de Anéis - parte da cabeça, onde estão localizadas as canaletas para os anéis.
  • A3 - Zona de Fogo - parte da zona dos anéis compreendida entre o topo e a primeira canaleta. Nesta zona poderão existir sulco ou sulcos de barreira térmica e ressaltos ou rachaduras para a redução do atrito com a parede do cilindro.
  • A4 - Canaletas para anéis de compressão - Canaletas situadas ao longo da circunferência do pistão, na parte superior na zona dos anéis. 
  • A5 - Canaletas  para anel de óleo - Canaletas ao longo da circunferência do pistão, na parte mais baixa na zona dos anéis e em alguns casos também na saia do pistão. São geralmente mais largas do que para anéis de compressão e tem orifícios ou fendas no fundo para passagem de óleo lubrificante.

MOTORES DE QUATRO TEMPOS E DOIS TEMPOS

Os carros utilizam, em maior parte, o motor cíclico de 4t. No tempo de admissão, o pistão desce e absorve uma mistura de ar e combustível, através da válvula de admissão. Na compressão, ambas as válvulas ficam fechadas, e a mistura fica comprimida. Quando o pistão se aproxima do topo da câmara, a faísca da vela incendeia a mistura, que impede o pistão e faz girar o eixo de manivela.

A válvula de exaustão abre-se no quarto tempo ( tempo de escape ), e os gases queimados são expulsos, deixando o cilindro livre para a admissão do ciclo seguinte. (anexo 1)
Nos motores dois tempos mistura-se óleo 2T com o combustível para que o motor seja lubrificado, pois não possui cárter. Seu ciclo é feito por admissão e explosão. No tempo de admissão admite ar e combustível e  no tempo de explosão, ocorre explosão por faísca elétrica, os gases saem por um orifício localizado na camisa do motor e o pistão desce para a admissão do novo ciclo. (anexo 2)

MOTOR  A DIESEL
É o motor a combustão interna no qual o ar que vai fornecer o oxigênio para a queima do combustível é comprimido dentro do cilindro da máquina até um ponto tal, que a sua temperatura suficiente para fazer queimar espontaneamente o combustível injetado pelo bico injetor.
Princípio de funcionamento: Em linhas gerais, o motor diesel funciona de maneira semelhante ao motor de explosão. No primeiro tempo o ar é aspirado, passando pela válvula de aspiração que está aberta entrando no cilindro. No segundo tempo, tendo fechado a válvula de aspiração, o ar, comprimido dentro do cilindro até a uma pressão de cerca de 500 psis, atinge temperatura da ordem de 649° C. Próximo do PMS, é injetado óleo combustível no cilindro. Este óleo, misturando-se com o ar altamente aquecido entra em ignição e a expansão dos gases resultantes força o êmbolo a realizar o terceiro tempo do ciclo, a expansão. Pouco antes de o êmbolo atingir o PMI, a válvula de descarga abre e os gases começam a ser descarregados do interior do cilindro. Antes de o êmbolo atingir o PMS, a válvula de aspiração abre e o ar que entra no cilindro faz aquilo que em linguagem técnica se chama lavagem do cilindro, expulsando quase a totalidade dos gases de descarga que ainda permaneciam no interior do motor. Ao atingir o PMS e fechando-se a válvula de descarga, inicia-se nova aspiração e, portanto, novo ciclo.
O motor que trabalha da maneira acima é de quatro tempos. Há motores que trabalham a dois tempos.  

 CARBURADOR

Em qualquer motor de combustão interna, como os que são usados para propulsionar automóveis, caminhões e embarcações, o combustível líquido precisa ser misturado com  quantidade certa de ar para poder formar a mistura combustível capaz de ser queimada dentro do cilindro do motor.
Uma forma de misturar o ar e o combustível é fazer com que os cilindros aspirem ar puro no ciclo de sucção e injetar depois o combustível dentro do cilindro - seja através das aberturas de admissão, seja pôr meio de injetor. Isto é feito nos motores diesel, nos motores a injeção de combustível e nos motores de corrida.

Maneira mais simples é usar um carburador, que nada mais é do que um aparelho que serve para misturar com precisão determinada quantidade de combustível com determinada quantidade de ar. Os motores a gasolina só queimam misturas de ar/gasolina compreendida entre 12 - 15 partes de ar e uma parte de combustível, de modo que o carburador é obrigado a medir a mistura com extrema precisão. O carburador é montado do lado de fora do motor  e a mistura de ar/combustível é levada aos cilindros, no tempo de aspiração, através das múltiplas passagens do cano de admissão. Os carburadores vêm desempenhando este papel há mais de 60 anos.

INJEÇÃO ELETRÔNICA 

O sistema de injeção eletrônica de combustível proporciona maior eficiência aos motores, desenvolvendo máxima potência e torque. 
Aproveita melhor a energia térmica do motor, economiza combustível e conseqüentemente, diminui a emissão de gases poluentes na atmosfera.

FUNCIONAMENTO BÁSICO DA INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL

Qualquer que seja o sistema de injeção eletrônica de combustível é este comandado ou controlado pôr uma unidade eletrônica”, a qual chamamos de Módulo de Controle Eletrônico ( ECM ).
O ECM é o “cérebro” do sistema, ele comanda a injeção de combustível na  quantidade ideal da mistura ar/combustível para cada situação ou condição.
O motor ainda frio, desenvolve uma boa potência sem prejudicar a dirigibilidade do veículo; é preciso que a mistura ar/combustível seja enriquecida.
Quanto mais aberta a borboleta de aceleração, maior será a rotação do motor. Quanto maior o aumento da rotação do motor, maior será a quantidade de ar/combustível admitida pelo motor. Esses controles são feitos automaticamente pelo computador, o ECM.

MISTURA DE ÓLEO E GASOLINA NO MOTOR 2T

A mistura de óleo junto com a gasolina no motor dois tempos é necessária pois o motor não tem  cárter, ou seja, depósito de óleo localizado na parte inferior do motor, que serve para lubrifica-lo. 

CONCLUSÃO 
Conclui-se que os motores são muito importantes para a vida das pessoas, pois elas convivem diariamente com carros, caminhões, motos e outros veículos automotores, os quais são movidos por motores de combustão interna. Para que esses motores funcionem perfeitamente, suas peças precisam estar alinhadas milimetricamente, pois o motor é formado por um conjunto de peças, as quais são igualmente importantes para o seu funcionamento perfeito e completo.

BIBLIOGRAFIA

  • OCTÁVIO, Geraldo. Enciclopédia Profissional vol. 1.
  • OCTÁVIO, Geraldo. Enciclopédia Profissional vol. 2.
  • COFAP. Manual de serviços para mecânicos. 5 ed., Santo André - São  Paulo.
  • Enciclopédia Mirador Internacional.
  • Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações LTDA.
  • São Paulo - Rio de Janeiro. 1976.


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Revolução Industrial

INTRODUÇÃO
Na temática do assunto em síntese a revolução industrial foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. A Revolução Industrial é um divisor de águas na história e quase todos os aspectos da vida cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população começou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa renda média. Nas palavras de Robert E. Lucas Jr., ganhador do Prêmio Nobel: "Pela primeira vez na história o padrão de vida das pessoas comuns começou a se submeter a um crescimento sustentado. Nada remotamente parecido com este comportamento econômico é mencionado por economistas clássicos, até mesmo como uma possibilidade teórica.

CONTEXTO HISTÓRICO
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.

Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.
Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.

De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa.

Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Ao final do período, a busca por novas áreas para colonizar e descarregar os produtos maciçamente produzidos pela Europa produziu uma acirrada disputa entre as potências industrializadas, causando diversos conflitos e um crescente espírito armamentista que culminou, mais tarde, na eclosão, da Primeira Guerra Mundial (1914).

A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Europa devido a três fatores: 1) os comerciantes e os mercadores europeus eram vistos como os principais manufaturadores e comerciantes do mundo, detendo ainda a confiança e reciprocidade dos governantes quanto à manutenção da economia em seus estados; 2) a existência de um mercado em expansão para seus produtos, tendo a Índia, a África, a América do Norte e a América do Sul sido integradas ao esquema da expansão econômica européia; e 3) o contínuo crescimento de sua população, que oferecia um mercado sempre crescente de bens manufaturados, além de uma reserva adequada (e posteriormente excedente) de mão-de-obra.

O pioneirismo britânico
O Reino Unido foi pioneiro no processo da Revolução Industrial por diversos fatores:
Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo.
O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução Inglesa, que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros.

A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado português.
A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo, principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão-de-obra em abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.
A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas e máquinas e contratar empregados.

Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar que a taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde praticamente não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.

O liberalismo de Adam Smith
As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o individualismo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário e emprego.
Nesta perspectiva, portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. No entanto, como para lucrar precisariam vender produtos bons e baratos, no fim, acabaria contribuindo com a sociedade.Como o individualismo seria bom para toda a sociedade, as pessoas deveriam viver de modo que pudessem atender livremente a seus interesses individuais.

Para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promoveriam o progresso de forma harmoniosa.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS
O motor a vapor
As primeiras máquinas a vapor foram construídas na Inglaterra durante o século XVIII. Retiravam a água acumulada nas minas de ferro e de carvão e fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias aumentou muito. E os lucros dos burgueses donos de fábricas cresceram na mesma proporção. Por isso, os empresários ingleses começaram a investir na instalação de indústrias.
As fábricas se espalharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram mudanças tão profundas que os historiadores atuais chamam aquele período de Revolução Industrial. O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas se transformaram, numa velocidade espantosa. O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante triunfou.

As máquinas a vapor bombeavam a água para fora das minas de carvão. Eram tão importantes quanto as máquinas que produziam tecidos.
As carruagens viajavam a 12 km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de ser trocados durante o percurso. Um trem da época alcançava 45 km/h e podia seguir centenas de quilômetros. Assim, a Revolução Industrial tornou o mundo mais veloz. Como essas máquinas substituíam a força dos cavalos, convencionou-se em medir a potência desses motores em HP (do inglês horse power ou cavalo-força).

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INDUSTRIALIZAÇÃO DA EUROPA CONTINENTAL E EXPANSÃO PELO MUNDO
Até 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os países industrializados. Estima-se que o país, enquanto pioneiro, chegou a produzir 75% da energia produzida por máquinas a vapor a nível mundial. Embora outros países já contassem com fábricas e equipamentos modernos, esses eram considerados uma "miniatura de Inglaterra", como por exemplo os vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porém não possuíam a tecnologia das fábricas inglesas.
Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento industrial, na época, eram as regiões mineradoras de carvão; lugares como o norte da França, nos vales do Rio Sambre e Meuse, na Alemanha, no vale de Ruhr, e também em algumas regiões da Bélgica. A Alemanha nessa época ainda não havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre esses a Prússia, que liderava a Revolução Industrial. A Alemanha se unificou em 1871, quando a Prússia venceu a Guerra Franco-Prussiana.

Fora estes lugares, a industrialização ficou presa:
  • às principais cidades, como Paris e Berlim;
  • aos centro de interligação viária, como Lyon, Colônia, Frankfurt am Main, Cracóvia e Varsóvia;
  • aos principais portos, como Hamburgo, Bremen, Roterdã, Le Havre, Marselha;
  • a polos têxteis, como Lille, Região do Ruhr, Roubaix, Barmen-Elberfeld (Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou;
  • e a distritos siderúrgicos e indústria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e da Silésia.
Após 1830, a produção industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu rapidamente pelo mundo, principalmente para o noroeste europeu, e para o leste dos Estados Unidos. Porém, cada país se desenvolveu em um ritmo diferente baseado nas condições econômicas, sociais e culturais de cada lugar.
Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870, houve a Unificação Alemã que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revolução Industrial no país que já estava ocorrendo desde 1815. Foi a partir dessa época que a produção de ferro fundido começou a aumentar de forma exponencial.
Na Itália a unificação política realizada em 1870, à semelhança do que ocorreu na Alemanha, impulsionou, mesmo que atrasada, a industrialização do país. Essa só atingiu ao norte da Itália, pois o sul continuou basicamente agrário.

Muito mais tarde, começou a industrialização na Rússia, nas últimas décadas do século XIX. Os principais fatores para que ela acontecesse foram a grande disponibilidade de mão-de-obra, intervenção governamental na economia através de subsídios e investimentos estrangeiros à indústria.
A modernização do Japão data do início da era Meiji, em 1867, quando a superação do feudalismo unificou o país. A propriedade privada foi estabelecida. A autoridade política foi centralizada possibilitando a intervenção estatal do governo central na economia, o que resultou no subsídio a indústria. E como a mão-de-obra ficou livre dos senhores feudais, ocorreu assimilação da tecnologia ocidental e o Japão passou de um dos países mais atrasados do mundo a um país industrializado.

Nos Estados Unidos a industrialização começou no final do século XVIII, e foi somente após a Guerra da Secessão que todo o país se tornou industrializado. A industrialização relativamente tardia dos EUA em relação à Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que nos EUA existia muita terra per capita, já na Inglaterra existia pouca terra per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na agricultura em relação à Inglaterra e consequentemente demorou bastante tempo para que a indústria ficasse mais importante que a agricultura. Outro fator é que os Estados do sul eram escravagistas o que retardava a acumulação de capital, como tinham muita terra eram essencialmente agrários, impedindo a total industrialização do país que até a segunda metade do século XIX era constituído só pelos Estados da faixa leste do atual Estados Unidos. O término do conflito resultou na abolição da escravatura o que elevou a produtividade da mão de obra. aumentando assim a velocidade de acumulação de capital, e também muitas riquezas naturais foram encontradas no período incentivando a industrialização.

Efeitos sociais
Na esfera social, o principal desdobramento da Revolução Industrial foi a transformação nas condições de vida nos países industriais em relação aos outros países da época, havendo uma mudança progressiva das necessidades de consumo da população, à medida que novas mercadorias foram sendo produzidas.
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas. A população de Londres passou de 800.000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam. A jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos.

A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior. Como a produtividade do trabalho aumentava os salários reais dos trabalhadores ingleses aumentaram em mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana).
Segundo a teoria marxista, o salário corresponde ao custo de reprodução da força de trabalho, ou seja, ao valor mínimo necessário para que o trabalhador sobreviva. Esse nível mínimo de subsistência vária historicamente. Os trabalhadores, notadamente a partir do século XIX, passaram a pressionar os seus patrões, reivindicando melhores condições de trabalho, maiores salários e crescentes reduções da jornada de trabalho. Com maiores salários, o conjunto dos trabalhadores pôde também elevar o seu nível de consumo, tornando possível a produção em massa de bens de consumo.

Sindicatos e movimentos de trabalhadores

Os primeiros sindicatos nasceram na Inglaterra, após a Revolução Industrial, no século XVIII e se expandiram pelo século XIX. O capitalismo se consolidou e se tornou o modo de produção predominante. As mudanças tecnológicas causaram impacto no processo produtivo pela substituição da mão-de-obra. Para aumentar e manter o lucro máximo, a chamada mais-valia, os donos do capital, ou seja, a classe da burguesia impunha um ritmo de trabalho de 16 horas diárias, o trabalho infantil e das mulheres, sem direitos e péssimas condições nos locais. Para combater essa exploração, a classe operária criou os sindicatos, que atuaram de forma clandestina – Trade-unions (uniões de ofícios). Os empregados das fábricas formaram associações e sindicatos, a princípio proibidos e duramente reprimidos, durante a Primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XIX, a organização dos trabalhadores assume um considerável nível de ideologização. O sindicalismo na virada do século XX é caracterizado por veleidades revolucionárias e de independência em relação aos partidos políticos.

Em 1837, os operários reivindicaram pelo direito a liberdade de atuação, inclusive pelo direito de voto para todos. Em 1864 é criada em Londres a Associação Internacional de Trabalhadores, a Internacional, primeira central sindical mundial da classe trabalhadora. No mesmo ano, na França, é reconhecido o direito de greve. As mobilizações continuaram e, em 1871, os trabalhadores conquistaram o poder político na França, por alguns dias, a ação ficou conhecida como a Comuna de Paris.
Após a Primeira Guerra Mundial, uma parte dos sindicatos se alinha ao ideário socialista e comunista, enquanto outra parte se inclina para o reformismo ou para a tradição cristã. Em 1919 é criada a Organização Internacional do Trabalho, um dos mais antigos organismos internacionais, com direção tripartite, composta por representantes dos governos, dos trabalhadores e dos empregadores.

Movimento Ludista (1811-1812)
Reclamações contra as máquinas inventadas após a revolução para poupar a mão-de-obra já eram normais. Mas foi em 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos líderes do movimento. Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados à prisão, à deportação e até à forca. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas". Anos depois os operários ingleses mais experientes adotaram métodos mais eficientes de luta, como a greve e o movimento sindical.

Movimento Cartista (1837-1848)
O "movimento cartista" foi organizado pela Associação dos Operários, exigindo melhores condições de trabalho, incluindo: a limitação de oito horas para a jornada de trabalho; a regulamentação do trabalho feminino; a extinção do trabalho infantil; a folga semanal e o salário mínimo.
Este movimento lutou ainda pela instituição de novos direitos políticos, como o estabelecimento do sufrágio universal (nesta época, o voto era um direito dos homens, apenas), a extinção da exigência de ter propriedades para que se pudesse ser eleito para o parlamento e o fim do voto censitário. Esse movimento se destacou por sua organização e por sua forma de atuação, chegando a conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Consequências
A partir da Revolução Industrial, o volume de produção aumentou extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.

Outra das consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após, a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.

Para E. P. Thompson, o incremento da população nesse período se sustentou principalmente por uma longa série de boas colheitas e numa melhora do padrão de vida desenvolvido nos primeiros momentos da Revolução Industrial; com o avanço da industrialização na primeira metade do século, no entanto, a saúde da população urbana começou a deteriorar, principalmente devido à imensa concentração populacional nas cidades que sofreria com as epidemias, péssimas condições de habitação, deformações e estafa causadas pelo trabalho e a alimentação insuficiente e inadequada. A medicina, nesse momento, parece ter sido pouco eficaz no combate a esses problemas.

A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes. Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo.

Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, com condições horríveis de higiene e salubridade. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas. Engels realizou um relato impressionantemente detalhado de cada região da Inglaterra em seu "A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra". Apesar das especificidades de cada cidade, é possível encontrar diversos aspectos em comum. Em geral, os operários moravam em cortiços de um ou dois andares dispostos em fila, e quase sempre construídos irregularmente. As casas mais sofisticadas, ascottages, pertenciam aos setores superiores do operariado, e possuíam até quatro cômodos e cozinha. No entanto, os locais, geralmente, eram extremamente sujos, com ruas não pavimentadas, sem esgotos ou calçadas, repletos de detritos humanos e animais e poças lamacentas, que às vezes chegam a cobrir até os joelhos. As habitações quase sempre não possuíam ventilação, e a falta de espaços livres fazia com que a secagem das roupas fosse feita no meio das próprias ruas. O mal cheiro era praticamente insuportável; os muros dos bairros estavam destruídos, os vidros, inexistentes, as portas das casas eram feitas com pedaços de plantas. As casas não possuíam móveis: as mesas e cadeiras, quando existiam, eram feitas com caixas; aquelas se constituem, assim como as fábricas, como domicílios escuros, úmidos e apertados (algumas delas chegam a ser subterrâneas, em condições muito piores do que as similares encontradas no campo).

O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes. A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas. Estudos sobre as variações na altura média dos homens no norte da Europa, sugerem que o progresso econômico gerado pela industrialização demorou várias décadas até beneficiar a população como um todo. Eles indicam que, em média, os homens do norte europeu durante o início da Revolução Industrial eram 7,6 centímetros mais baixos que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Média. É estranho que a altura média dos ingleses tenha caído continuamente durante os anos de 1100 até o início da revolução industrial em 1780, quando a altura média começou a subir. Foi apenas no início do século XX que essas populações voltaram a ter altura semelhante às registradas entre os séculos IX e XI. A variação da altura média de uma população ao longo do tempo é considerada um indicador de saúde e bem-estar econômico. Apesar destes dados à longo prazo, a afirmação de que a condição de vida dos trabalhadores melhorara é polêmica, principalmente se considerarmos as condições de moradia e trabalho, que inclusive incluía o trabalho infantil. Do mesmo modo,não se pode dizer que essa possível melhora da saúde e do bem-estar sejam frutos diretos da Revolução Industrial, também envolvendo a consolidação do Estado e dos serviços públicos prestados à população, como o saneamento básico, bem como a melhora das condições de alimentação.

Apesar do evidente desenvolvimento tecnológico e da relativa melhora de condições de vida, muitas críticas são realizadas ao tipo de produção que passou a ser desenvolvida a partir da Revolução Industrial àquela da produção em massa e em benefício do enriquecimento individual. Alguns desses críticos defendem uma modificação da produção e do consumo de forma a se conquistar um desenvolvimento sustentável, afirmando que essa forma de produção é danosa ao meio ambiente. Outros, questionam a associação entre a vida urbana e industrializada com uma vida mais saudável e superior a do campo, denunciando os altos índices de depressão e suicídio na sociedade contemporânea. É o caso do filósofo Serge Latouche, que busca romper com a ideologia do "crescimento pelo crescimento" e do desenvolvimento tecnológico sem reflexão.

CONCLUSÃO
Chegou-se a conclusão de que o início e a duração da Revolução Industrial variam de acordo com diferentes historiadores. Eric Hobsbawm considera que a revolução "explodiu" na Grã-Bretanha na década de 1780 e não foi totalmente percebida até a década de 1830 ou de 1840, enquanto T. S. Ashton considera que ela ocorreu aproximadamente entre 1760 e 1830. Alguns historiadores do século XX, como John Clapham e Nicholas Crafts, têm argumentado que o processo de mudança econômica e social ocorreu de forma gradual e que o termo "revolução" é equivocado. Este ainda é um assunto que está em debate entre os historiadores. O PIB per capita manteve-se praticamente estável antes da Revolução Industrial e do surgimento da economia capitalista moderna. A revolução impulsionou uma era de forte crescimento econômico nas economias capitalistas e existe um consenso entre historiadores econômicos de que o início da Revolução Industrial é o evento mais importante na história da humanidade desde a domesticação de animais e a agricultura. A Primeira Revolução Industrial evoluiu para a Segunda Revolução Industrial, nos anos de transição entre 1840 e 1870, quando o progresso tecnológico e econômico ganhou força com a adoção crescente de barcos a vapor, navios, ferrovias, fabricação em larga escala de máquinas e o aumento do uso de fábricas que utilizavam a energia a vapor.


BIBLIOGRAFIA
  • FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 2001.
  • HOBSBAWM, Eric J.. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
  • SOUZA, Osvaldo Rodrigues de. História Geral São Paulo: Editora Ática, 1990.
  • MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá - História 7ª São Paulo: Editora Moderna, 2006.
  • THOMPSON, E. P. A Formação da Classe Operária Inglesa. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
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Cálculos de diluição e mistura de soluções

Introdução
Diluição é o ato físico-químico de tornar uma solução menos concentrada em partículas de soluto através do aumento do solvente (número de vezes que a concentração da solução vai diminuir).As soluções são misturas homogêneas formadas pelo soluto (aquele que é dissolvido) e o solvente (aquele que dissolve). Diluir uma solução consiste em adicionar a ela uma porção de solvente puro. Portanto, neste trabalho visa-se abordar sobre o tema “cálculos de diluição e mistura de soluções”.

Cálculos de diluição e mistura de soluções
Diluição
Consiste em adicionar mais solvente puro a uma determinada solução.A massa de uma solução após ser diluída permanece a mesma, não é alterada, porém a sua concentração e o volume se alteram. Enquanto o volume aumenta, a concentração diminui. Veja a fórmula:

Onde: 
M1 = molaridade da solução 1
M2 = molaridade da solução 2
V1 = volume da solução 1
V2 = volume da solução 2
Para esta fórmula, sempre M1 e V1 são mais concentrados e M2 e V2 são mais diluídos. 

Exemplo:
Um químico deseja preparar 1500mL de uma solução 1,4mol/L de ácido clorídrico (HCl), diluindo uma solução 2,8mol/L do mesmo ácido. Qual o volum de solução que havia na primeira solução a ser diluída?

Dados:
Observe que as unidades de volume foram mantidas em mL. Se uma das unidades for diferente, deve-se transformar para litros.

Mistura De Soluções
De mesmo soluto: na mistura de soluções de mesmo soluto não há reação química entre estas soluções. Neste caso, o valor do volume final é a soma das soluções.


Onde:
C = concentração comum (g/L)
M = molaridade (mol/L)
V = volume (L)

Exemplo: 
Qual a molaridade de uma solução de NaOH formada pela mistura de 60mL de solução a 5mol/L com 300mL de solução a 2mol/L?


De diferente soluto que reagem entre si: ocorre reação entre as substâncias que compõe a mistura. Para que a reção seja completa entre os solutos, os volumes misturados devem obedecer a proporção estequiométrica que corresponde à reação química.


Reacção de Neutralização:

Onde
xa = número de H+
xb= número de OH-
Estes cálculos também podem ser feitos por regra de três e utilizando as outras fórmulas.

Exemplo:
Juntando-se 300mL de HCl0,4mol/L com 200mL de NaOH0,6mol/L, pergunta-se quais serão as molaridades da solução final com respeito:
  1. ao ácido:
  2. à base:
  3. ao sal formado:

Montar a reacção química:

Calcular n (número de mol) do ácido e da base:
Se forma 0,12mol de ácido e também de base e a proporção estequiométrica é 1:1, então a molaridade final de ácido e de base é zero porque reagiu todo o soluto.

Calcular a molaridade do sal:
Antes achar o volume final:


Titulação
Método de análise volumétrica que consiste em determinar a concentração de ácido ou de base atravpes de um volume gasto de uma das soluções com molaridade conhecida.
Este método é muito utilizado em laboratórios químicos e é utilizado as seguintes vidrarias e reagentes:
  • erlenmeyer (vidro usado para guardar e preparar soluções);
  • bureta (tubo de vidro graduado em milímetros com torneira;
  • indicador ácido-base (fenolftaleína, alaranjado de metila, etc).
Na bureta, coloca-se a solução de concentração conhecida, a qual é adicionada a uma alíquota (porção) da solução com concentração a ser determinada. 
O momento em que o indicador muda de cor chamamos de ponto de final ou ponto de equivalência. Anota-se o volume gasto na bureta. Atraves deste volume podemos estabelecer as quantidades, em mol, que reagiram entre si.

Cálculos de Diluições
Antes de entender os cálculos sobre diluição de soluções,é imprescindível conhecer quais são as formas de realizar esse processo. As duas formas de diluir uma solução são:
  • Adição de solvente em uma solução pronta  (adicionar água, por exemplo, ao suco de caju concentrado).
Observação: Quando uma solução pronta recebe um novo volume de solvente, ela passa a ter uma quantidade de solvente muito maior em relação ao soluto. Por isso, ela se torna uma solução menos concentrada ou mais diluída que a inicial.
  • Retirada de solvente de uma solução pronta  (quando deixamos, por exemplo, uma sopa mais tempo no fogo para que parte de sua água evapore).
Observação: Quando uma solução pronta perde parte do seu solvente por evaporação, ela passa a ter uma quantidade de solvente próxima à quantidade de soluto. Por isso, ela se torna uma solução mais concentrada ou menos diluída que a inicial.
Em ambos os casos, as fórmulas que podemos utilizar para realizar os cálculos sobre diluições são:
  • Ci.Vi = Cf.Vf
  • Ci = concentração comum inicial;
  • Vi = volume inicial;
  • Cf = concentração comum final;
  • Vf = volume final.
  • Mi.Vi = Mf.Vf
  • Mi = molaridade inicial;
  • Vi = volume inicial;
  • Mf = molaridade final;
  • Vf = volume final.
O volume final é a soma do volume inicial ao volume adicionado (Va) ou a subtração do volume inicial pelo volume evaporado (Ve).

Vf = Vi + Va ou Vf = Vi - Ve

1º) Um químico possuía uma solução de concentração 1000 mg/L e deveria diluí-la até que sua concentração fosse reduzida para 5,0 mg/L, em um volume de 500 mL. Qual será o volume de água que ele deverá adicionar à solução inicial para obter o valor pretendido?

Dados do exercício:
Ci = 1000 mg/L
Vi = volume inicial
Cf = 5 mg/L
Vf = 500 mL

Para resolver a questão, devemos determinar o volume inicial pela seguinte fórmula:
Ci.Vi = Cf.Vf
1000. Vi = 5.500
1000Vi = 2500
Vi = 2500
       1000
Vi = 2,5 mL

Como o exercício pede o volume de água adicionado, utilizamos:
Vf = Vi + Va
500 = 2,5 + Va
Va = 500 – 2,5
Va = 497,5 mL de água

2º) A partir de uma solução aquosa de KOH, cuja concentração inicial é de 20 g/L, deseja-se obter 150 mL de uma solução de 7,5 g/L. Determine, em litros, o volume da solução inicial necessária para essa diluição.
Dados do exercício:
Ci = 20 g/L
Vi = volume inicial
Cf = 7,5 g/L
Vf = 150 mL

Para resolver a questão, devemos determinar o volume inicial pela seguinte fórmula:
Ci.Vi = Cf.Vf
20. Vi = 7,5.150
20Vi = 1125
Vi = 1125
         20
Vi = 56,25 mL

Como o exercício pede o volume em litros, basta dividir o valor encontrado por mil:
Vi = 56,25
       1000
Vi = 0,05625 L
3º) Determine o volume em litros de água que foi evaporado de uma solução 2,0 mol/L de NaOH, que possuía 200 mL, para que sua concentração fosse elevada para 4,5 mol/L.

Dados do exercício:
Mi = 2 mol/L
Vi = 200 mL
Mf = 4,5 mol/L
Vf = ?

Para resolver a questão, devemos determinar o volume final pela seguinte fórmula:
Mi.Vi = Mf.Vf
2.200 = 4,5.Vf
400 = 4,5Vf
Vf = 400
       4,5
Vf = 88,88 mL

Como o exercício deseja o volume de água evaporado, utilizamos:
Vf = Vi - Ve
88,88 = 200 - Ve
Ve = 200 – 88,88
Ve = 111,12 mL de água evaporada
4º) Adicionando-se 75mL de água a 25mL de uma solução 0,20M de cloreto de sódio, obteremos uma solução cuja concentração molar será igual a quanto?
Dados do exercício:
Mi = 0,20 M
Vi = 25 mL
Va = 75 mL
Mf = ?
Vf = é a soma do Vi (25mL) com o Va (75 mL); logo, o Vf será 100 mL.

Para resolver a questão, devemos determinar a molaridade final:
Mi.Vi = Mf.Vf
0,2.25 = Mf.100
5 = Mf.100
Mf = 5
     100
Mf = 0,05 mL

Conclusão
Terminado trabalho, pudemos concluir que em laboratórios químicos e em indústrias, esse processo é muito importante, porque o químico precisa preparar soluções com concentrações conhecidas. Além disso, em atividades experimentais são utilizadas soluções com concentrações bem baixas, assim, uma amostra da solução concentrada é diluída até a concentração desejada.
No dia-a-dia, várias vezes, até sem perceber, realizamos o processo de diluição de soluções. Por exemplo, a embalagem de produtos de limpeza e higiene doméstica, como desinfetantes, orienta que eles sejam diluídos antes de sua utilização. Alguns fabricantes sugerem nos rótulos do produto que ele seja diluído em água na proporção de 1 para 3, ou seja, para cada parte do produto, devem-se acrescentar 3 partes de água. Isso é feito, pois o produto é muito concentrado e forte, podendo danificar o local onde será aplicado se não for diluído da maneira certa. Por outro lado, se diluir mais do que deveria, pode-se perder dinheiro, porque o produto não atingirá o resultado desejado.


Bibliografia
  • QUÍMICA - 12.ª CLASSE
  • Teresa Sobrinho Simões, Maria Alexandra Queirós, Maria Otilde Simões
  • Editora: Plural Editores Moçambique
  • Última Edição: 2014
  • Encadernação: Capa mole
  • Dimensões: 198 x 273 x 15 mm


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