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Sociedade Anónimas

Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

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NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

INTRODUÇÃO

Não existe uma data certa para começar a namorar. Hoje em dia o namoro dos adolescentes constitui uma tarefa difícil para os pais, porque em primeiro lugar deve-se procurar um caminho pelo qual deve-se pontuar a autoridade e as decisões tomadas com relação aos filhos.

NAMORO NA ADOLESCÊNCIA
NAMORO

Um namoro nada mais é do que o relacionamento afectivo entre duas pessoas. Dentro de um namoro, os elementos básicos e fundamentais para um bom relacionamento são o amor, o respeito e a fidelidade.

Este compromisso envolve muitas dificuldades ao longo do caminho, porém, traz consigo muita alegria. O namoro é também, um antecedente do noivado, e consequentemente do casamento para muitas pessoas que seguem os costumes tradicionais. Porém, actualmente ele perdeu o seu valor, tornando-se algo comum, onde os parceiros ou parceiras são trocados rapidamente. Ao ingressar em um namoro é importante estar preparado emocionalmente e psicologicamente, pois as situações e todas as responsabilidades envolvidas neste tipo de relacionamento envolvem muita maturidade e autoconfiança.

AMOR NA ADOLECÊNCIA

A adolescência é uma fase da vida em que tudo é intenso, por isso, é preciso ter cuidado ao se relacionar e ter sempre pés no chão.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera-se adolescente, pessoas de 12 a 18 anos de idade. Se nos encontramos nessa faixa etária, ou se já passamos por ela,   muito bem quais são as transformações que acontecem nesse período, seja no nosso corpo ou na nossa mente, e sabemos também as mudanças que elas causam.

Uma das grandes ‘novidades’ nessa idade é a descoberta do amor, pois é durante a adolescência que os desejos se despertam e a paixão torna-se avassaladora. Se já namoramos na adolescência sabemos, sem dúvida, como tudo é muito intenso, forte e “eterno”.
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NAMORO NA ADOLESCÊNCIA – VANTAGENS

É muito bom ter ao nosso lado uma pessoa especial, é tão bom que fazemos juras de amor e prometemos nunca abandoná-la. A principal vantagem de se amar na adolescência é saber que sempre terá ao seu lado a pessoa que você ama, e que mesmo nos momentos difíceis ela continuará com você. Viajar, passear, rir, brincar, namorar, esses são os momentos mais marcantes quando se tem um amor na adolescência.

Não podemos descartar o fato de que o namoro traz consequências boas para o comportamento dos jovens que, por estabelecer relacionamentos sérios acabam amadurecendo mais cedo, porém as consequências prejudiciais também ocorrem e podem afectar a vida futura dos que optam em namorar tão cedo.

DESVANTAGENS

Em consequência sempre haverá uma consequência precisaremos de ter “os pés no chão”, afinal temos o dever de se dedicar aos estudos e decidir sobre o seu futuro. Devemos ficar atentos para que o namoro não nos atrapalhe no colégio e nem nos nossos relacionamentos com os amigos e parentes. Devemos saber dividir nosso tempo para todos e dar atenção que cada área da nossa vida merece. Aproveite sua juventude para buscar mais conhecimento, viajar com amigos e “viver”, não nos prenda somente a uma pessoa, mas termos um ciclo de amizade abrangente.

NAMORO NA ADOLESCÊNCIA – CONSEQUÊNCIAS
PREOCUPAÇÃO DOS PAÍS

A juventude de hoje em dia, esta cada vez mais avançada, os jovens começam a se relacionar mais cedo, e os pais se preocupam com tudo, mais imprevistos podem acontecer. Não podemos ignorar o fato dos pais que não dá devida atenção aos seus filhos, as vezes devido ao pouco tempo, ou até mesmo aqueles que não tem interesse. É muito comum uma jovem ficar grávida e o garoto não querer assumir e os pais não aceitam esse acontecimento e expulsar a filha de casa.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Não podemos falar de namoro na adolescência sem citar GRAVIDEZ, isso não é a única consequência em uma relação sem cuidados. Nos últimos anos cresceu monstruosamente o índice de gravidez na adolescência, preocupando os pais e alarmando a sociedade. E tem também a concientização gratuitamente. Mas toda relação tem o risco, e a geração de hoje não querem abrir mão de ter relação mesmo estando concientizados.

Depois da gravidez sua vida para , você não vai ter aquela liberdade de sair como você tinha antes , agora sua vida vai estar ali para o seu bebé, ai você percebe que não estar preparada para tal responsabilidade , e não possa recuperar o tempo que passou cuidando do seu filho. Psicológicos também podem surgir, e não dá para voltar, portanto prevenir-se é sempre bom, usando camisinha, anticoncepcionais e fazendo exames revisando sua saúde, pois quando mais cedo constatado o problema mais cedo começa-se o tratamento e melhor ele pode ocorrer.

DOENÇAS

Gravidez não é a única consequência, em uma relação sem cuidados, tem também DST (Doenças sexualmente transmissíveis). Alem da gravidez existem também as DSTs, a mais comum delas é a AIDS ou SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida), a Gonorreia, o Cancro Duro (Sífilis), Cancro Mole, a Candidíase, a Herpes Simples Genital, a Condiloma acuminado/HPV, a Linfogranuloma Venéreo, a Granuloma Inguinal, a Pediculose do púbis, a Hepatite B, o Molusco Contagioso, Infecção por Clamídia.


CONCLUSÃO
Conforme já mencionado acima, não há uma idade estabelecida para o inicio de um namoro, pois é muito relativo. A maturidade deverá ser observada, pois há pessoas com bastante idade mas pouco juízo, enquanto outros são o contrário, pouca idade, mas juízo de sobra.

Porém aconselhamos que antes dos quinze anos o namoro é tido como precoce e nocivo, o mesmo não é aprovado pôr Deus, pois gera problemas físicos e psicológicos em virtude do jovem ser imaturo, o mesmo acaba não conseguindo encarar e nem resolver os problemas. Em resumo, não se deve incentivar um namoro na adolescência. O amor precoce é cego e foi com razão que os gregos o representaram sob as feições de "Eros", o menino dos olhos vendados, atirando a esmo setas envenenadas nos corações incautos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • https://gabrielliosorio.wordpress.com/2013/11/19/namoro-na-adolescencia-e-suas-consequencias/
  • http://gabieseumundo.blogspot.com/2013/06/namoro-na-adolescencia-e-suas.html
  • http://asemana.sapo.cv/spip.php?article31649
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Modelo de Declaração Sob Compromisso de Honra

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE HONRA

Eu ************************, filho de ***************** e de ***********, nascido aos, **** de ******* de ********, natural da província de ****************, portador do Bilhete de Identidade nº: ****************, emitido pelo Arquivo de Identificação Civil da ************, aos ******* de *******de *******, juro por minha honra que:
a) Nunca fui expulso do Aparelho do Estado e não me encontro na situação de aposentado ou reformado;
b) Nunca fui condenado por crime a que corresponda a pena de prisão maior, ou de prisão por crimes contra a segurança do Estado ou a prática de actos que devam ser considerados desonrosos e manifestem incompatibilidade com o exercício na função pública;
c) Tenho sanidade mental e capacidade física para o desempenho das funções. 



**************aos, de  ********* de 2022
________________________________________
(*************************)

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Modelo de Curriculum vitae / CV

CURRICULUM  VITAE

IDENTIFICAÇÃO 
Apelido:                                *****************
Nome:       *****************  
Data de nascimento:       *****************   
Filiação:              *****************
Número de BI:       *****************
Nacionalidade:      Moçambicana 
Naturalidade:               *****************  
Estado civil:      Solteiro/a 
Residência:      ***************** 

FORMAÇÃO ACADÉMICA 
******Classe na na Escola ********************** 
Nivel ******** *******************************


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 
Trabalhou na Restaurante Delicia como Servente de Mesa;
Trabalhou no Restraurante Avenida como Caixa; 
Trabalhou na COCA-COLA como ajudante de Inspector. 

LÍNGUAS
Portugues: Falado e escrito fluentemente
Changana: Falado Fluentemente
Inglês:                 Falado e escrito Fluentemente    

PERFIL
Boa apresentação. 
Alto sentido de responsabilidade.
Apto e hábil para trabalhar em equipa e pessoalmente.
Capaz de trabalhar em qualquer ambiente.
Saudável, honesto e com boa reputação.
Capacidade de aprendizagem rápida. 
Capacidade de análise, iniciativa, criatividade orientação para resolução de problemas.
Disponibilidade imediata. 
CONTACTOS 
+258 ************* – Pessoal 
+258 ************* – Alternativo   

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Assedio Sexual na escolas

Introdução 
De ponto de vista conceptual a designação de aseduio sexual que tem como definição toda conduta abusiva, tanto físico e tanto psiquica, neste presente trabalho contém como temas, assedio sexual nas escolas. 
Abordamos sobre o que é isso de assedio sexual, e também mencionamos os tipos de assedio sexual, as causas de assedio sexual nas escolas, as suas consequências e pelo último como podemos evitar o assedio sexual nas escolas. E de uma forma geral o assedio sexual é algo que acontece dia pois dia, não importa o lugar que seja: nas escolas, trabalho, via pública, nos carros na própria tua casa, e densevolvemos muito sobre este tema.    
Assédio 
É toda qualquer conduta abusiva, gesto, palavras, comportamentos, atitudes que intecionam quer na integridade física e psíquica de uma pessoa, ou seja uma perseguição persistente com o objectivo de conseguir algo na vítima.

Assedio Sexual na escolas 
Refere-se ao constrangimento (violência) alguém com a finalidade de obter favorecimentos ou vantagem sexual, isto é , havendo superioridade hierarquica ou dependência económica quem pratica o assédio. O assédio pode ocorrer em qualquer lugar tanto público quanto privado, ou seja, pode ocorrer no trabalho, escola, lojas, instituições, clubes, nas ruas, em transportes públicas ou até mesmo dentro de casa.   

Tipos de assédio sexual (Nas escolas)
Chantageador – Aquele praticado por um superior hierarquico da vítima (Directores, professores) visando obter favores sexuais em troca das melhores notas ou memso passar de classe, ameaças de demissão (Chumbar). 

Intimidador – Aquele que muitas vezes ocorre entre colegas com o objectivo de desistabilizar a vítima o criar um ambiente  ostil a objectivar uma vantagem sexual. 

O que pode ser considerado assédio sexual  nas escolas
  • Contar piadas com carácter sexual na sala de aulas 
  • Mostrar ou  ppartilhar imagens ou desenhos explicamente sexuais na sala de aula. 
  • Cartas, notas, e-mails, chamadas telefónicas ou mensagens de natureza sexual.
  • Chamar nomes, insultar, olhar de forma ofensiva, seguir ou controlar alguém. 
  • Ataque sexual (Violação) 
 
As causas do assédio sexual nas escolas 
As causas que levam o assédio sexual nas escolas são, a falta de valores morais por parte do assediador 
Ensinuação cosciente por parte do aluno
Usa de roupas provocantes por parte do aluno 
A falta da política na escola que acomode a situação
Aceitar convites pertinentes do chefe 
Evitar aplicar perfumes dedutivos (Exagerados)
Perseguição dos professores por ter aproveitamento não satisfatório
Consequências do assédio sexual na escolas
A falta de motivação para estudar 
Criar um ambiente anti-próprio, anti-costume na sala de aulas
Perda de produtividade na escola
Afecta da imegem do aluno e do seu professor ou mesmo director
Baixo auto-estima 
Estresse pós-traumático
Pertubações do sono e problemas gestivos podendo até conduzr ao suicidio. 

Formas de evitar o assédio sexual nas escolas
Evitar amizades excessivas com os professores 
Manter sempre uma postura de um aluno respeitavél (Profissional por parte do professor)
Ter atenção com a linguagem corporal
Evitar usar roupas provocante e dedutivas
Promover debates e palestras sobre o assunto 
Reforçar os valores morais e sociais na escola
Criar um regulamento interno, priorizando a ética e promovendo a dignidade e cidadania do aluno. 
Evitar brincadeiras de mau-gosto 
Não fazer cobranças de atitudes ou dívidas na sala de aula. 
Conclusão 
Neste presente trabalho concluimos que assédio é toda qualquer conduta abusiva, gesto,   palavras que intecinam quer na integridade física e psiquica e também temos assédio sexual uma perseguição  ensistente com o objectivo de consegui algo na vítima e que a causa disso muita das vezes a falta de valores morais por parte do assediador, usa de roupas provocantes por parte do aluno, e que as consequências disto é a falta de motivação para estudar criar um ambiente anti-próprio na escola ou na sala de aulas. E como formas de evitar isto, este caso evitar entimidades excessivas com os professores ou mesmo  directores, evitar usar roupas provocantes e dedutivas, ter antenção com a linguagem corporal, e podemos considerar o assédio sexual nas escolas, contar piadas com caracter sexual, chamar nomes insultar,olhar de forma ofensiva. 
Bibliografia 
LEVIEQUE. Agostinho, Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública em Moçambique. 1ª Edição. Maputo, Numa editora do grupo Leya, Julho 2011. 
ARAUJO, Florivaldo, Dutra de. Conflitos clectivos e negocição da Função pública. Contribuição ao tema da participação em direito administrativo, Outubro. 1998  

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Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique

Introdução
A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. Porém nestas regiões encontramos algumas diferenças no que diz respeito à ortografia, semântica e fonética da língua portuguesa.
São estas diferenças que serão muito bem esclarecidas neste trabalho em particular às diferenças do português Moçambicano e Brasileiro.

Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique
A língua varia no tempo e no espaço da sua utilização, ao longo da sua própria história, bem como da vida dos seus falantes, decorrente de determinantes sociais, culturais, históricas, geográficas, profissionais e académicas. Isto pode ocorrer em todos os níveis (fonético, fonológico, sintáctico, semântico, morfológico, paradigmático, etc.).
Assim, podemos considerar as seguintes variações:
Variações geográficas ou diatópicas — as variedades linguísticas que, em certa região, apresentam características bastantes para as diferenciarem da língua comum de uma determinada sociedade. São os dialectos ou falares regionais;
Variações sociais ou diastráticas — variações linguísticas provocadas pelas características de falante e de grupo e pelas circunstâncias da situação comunicativa. São os dialectos sociais, níveis ou registos de língua. Tal como sublinha Moura (2009: 265), um falante pode usar diferentes níveis de língua (corrente, popular, cuidado, familiar e literário, sem excluir o calão e a gíria);

Variações difásicas: – diferenças entre os tipos de modalidade expressiva (língua falada, língua escrita, língua literária, etc.).

Neste capítulo, interessam-nos as variações diatópicas entre Brasil e Moçambique. Tal como referem Mateus et alii (2003:34), em línguas com larga história de expansão mundial e de mobilidade dos seus falantes nativos, tais como o português europeu e o brasileiro, observa-se a existência de variedades que se vão progressivamente fixando e autonomizando. Esta variação é um ganho para a própria língua, pois enriquece-se o léxico com a introdução de palavras novas relativas aos diversos universos de referenda. 

«Exemplos das variações entre o português de Moçambique e o português do Brasil Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados as necessidades dos seus usuários. Mas o facto de a língua estar fortemente ligada a estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a urna avaliação distinta das características das suas diversas modalidades diatópicas, diastráticas e difásicas», defendem Cunha & Cintra (1991). 
A língua portuguesa apresenta algumas diferenças quanto a utilização que dela se faz em alguns países do mundo. 
Entre o português falado em Moçambique (PM) e o português falado no Brasil (PB), por exemplo, existem algumas diferenças. Vamos analisar com mais pormenor algumas dessas diferenças. 

Por exemplo, enquanto no PM dizemos «Hoje, a Maria não apareceu por aqui», no PB diz-se «Hoje, Maria não apareceu por aqui»
Portanto, o que difere nas duas construções é que na primeira construção (PM) o artigo antecede o substantivo ou nome (Maria), ao passo que na segunda construção (PB),o substantivo ocorre sem nenhum artigo a antecedê-lo.

Podemos, assim, depreender deste exemplo que no PB omitem-se os artigos, ou seja, os substantivos ou nomes ocorrem sem determinantes ou artigos a antecedê-los, enquanto no PM não se verifica tal irregularidade.

Vamos ver uma outra situação: 
PM: Vou comprar o meu vestido. PM: Não conheço a sua mulher.
PB: Vou comprar meu vestido. PB: Não conheço sua mulher. 
Outro exemplo, no PB, diferentemente do PM, registam-se as seguintes ocorrências: 
A palatalização do ti e di (em palavras como tia, sete, dia); 
A semivocalização do L final de sílaba e de palavra (Brasil, capital, funil, canal); 

Introdução do I entre duas consoantes (casos anteriores e também aptidão). 
Tomando como base os exemplos acima apresentados, podemos salientar que, quanto ao nível morfológico e sintáctico, no PB é habitual, antes do possessivo pronominal, a ausência do artigo. Pelo contrário, no PM temos sempre o artigo a anteceder o possessivo pronominal, salvo nos casos em que a frase é construída incorrectamente. As regras, porém, ditam a colocação do artigo antes do possessivo pronominal ou antes do substantivo.

Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados as necessidades dos seus falantes. Mas o facto de a língua estar fortemente ligada a estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas variações diatópicas, diastráticas e difásicas (Cunha & 
Resumidamente, podemos definir cada uma destas variações do seguinte modo:
  • Variações diatópicas — são as que se referem a falares locais, regionais e intercontinentais (como é o caso do português do Brasil e do português de Moçambique).
  • Variações diastráticas — são as que se referem as diferenças verificadas na linguagem das várias camadas socioculturais.
  • Variações difásicas — são as que dizem respeito aos diferentes tipos de modalidade expressiva (língua falada, escrita, literária).
Neste contexto, é ainda importante distinguir dialecto de língua padrão.
O português falado em todo o mundo é, apesar de tudo, uma língua bastante homogênea, devido a acção de diversos factores, entre os quais se destacam a ampla difusão dos meios de comunicação e a implantação do ensino obrigatório. O traço de união entre as variedades que se registam nos diferentes países é a língua padrão, que funciona como um modelo linguístico. Entre as muitas variedades de uma língua, há uma que se destaca e é escolhida pela sociedade como modelo. A língua padrão é a variedade social de uma língua que foi legitimada historicamente enquanto meio de comunicação da classe média e da classe alta de uma comunidade linguística.
Os acontecimentos históricos, os contactos com falantes de outras línguas, o tempo, entre outros factores, determinaram que o português se fosse progressivamente diferenciando de região para região. Sofreu numerosas mudanças a medida que se foi implantando em diferentes espaços geográficos, mudanças essas que deram origem a diversas variedades. Em cada região encontramos uma variedade distinta, com os seus traços particulares. No Brasil não se fala um português idêntico ao de Moçambique e mesmo em Moçambique há diferenças entre o falar de um falante do Norte e o de um falante do Sul.
Chamamos variedades geográficas, dialectos regionais ou, simplesmente, dialectos a estas diferentes formas que a língua apresenta consoante as regiões em que é falada. 

Conclusão
Terminado trabalho, pudemos concluir que cada região geográfica, constrói uma “Lei ortográfica” para melhor unificar os falantes dessa língua. Contudo este aspecto não tem sido muito eficaz, pois a língua varia consoante a regia e com o tempo.
Entrando um pouco mais profundamente no trabalho, constatamos que a principal diferença entre o PM e PB reside essencialmente na pronúncia, quando comparamos as duas variantes. Os brasileiros possuem um ritmo de fala mais lento, no qual tanto as vogais átonas quanto as vogais tónicas são claramente pronunciadas. Nota-se também que Algumas construções sintácticas comuns no Brasil não costumam ser utilizadas em Portugal.
Bibliografia
  • CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Edições João Sá da Costa, 1991, Lisboa
  • GONÇALVES, Perpétua, A construção de uma gramática do português de Moçambique: aspectos da estrutura argumental dos verbos, Lisboa, 1990
  • HAMILTON, Russell, A literatura dos países africanos de língua oficial portuguesa. Edições Cosmos e Cátedra Jorge de Sena, Rio de Janeiro, 2000
  • MATEUS, Maria Helena Mira, Português europeu e português brasileiro: duas variedades nacionais da língua portuguesa. Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa, 2003

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Figuras de Estilo

Introdução
Nos elementos da comunicação, encontramos várias formas de expressões que o emissor usa para emitir a sua informação, nestes vários elementos, encontramos as figuras de estilo e as funções de linguagem, os quais serão abordados neste trabalho. Pode-se avançar que as figuras de estilo são formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objectivo de ser mais expressivo. Por sua vez, as funções de linguagem tem como objectivo principal informar, referenciar algo. Entretanto, iremos ao longo da abordagem indicar os tipos e dar exemplos para cada um dos tipos.


Figuras de Estilo
Figuras de estilo - Figuras de Pensamento
A figura de estilo é uma forma de enunciar um significado através de uma palavra ou expressão que não é o termo «próprio», que não costuma ser usado para esse significado. As figuras de estilo dividem-se em três grandes grupos: figuras de linguagem, figuras de sintaxe e figuras de pensamento. 

Figuras De Pensamento
As principais figuras de pensamento são:
Interrogação retórica – É uma pergunta que se faz, não para obter resposta, mas, geralmente, para deixar o receptor a pensar sobre o assunto ou para dar seguimento à exposição da ideia do emissor.

Ex: Quem teria coragem de permanecer na sua Pátria num clima de tensão?!

Exclamação – Expressão espontânea de um vivo e súbito sentimento de dor, de alegria, de pesar, de admiração, de cólera, entre outros.

Ex: Que lindo dia deverão! 

Hipérbole – Exagero da verdade das coisas, quando se quer enfatizar uma grande quantidade ou conferir muita intensidade.
Ex: Estou a morrer de sede!

Apóstrofe – Interrupção brusca do assunto para o orador ou o escritor se dirigir a uma pessoa ou coisa, presente ou ausente, real ou fictícia.
Ex: Ó glória de mandar, ó vã cobiça

Desta vaidade a que chamamos fama! 
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas 

Prosopopeia, personificação ou animismo – Introdução no discurso de pessoas ausentes ou mortas, divindades, animais ou seres inanimados a quem se atribui fala, acção e sentimentos próprios das pessoas.
Ex: A cidade está cheia de prédios que rasgam os Céus.

Perífrase – Emprego de muitas palavras para transmitir um significado que geralmente é dado por uma só palavra ou por uma expressão mais curta. Costuma usar-se para evitar uma repetição, ou para definir um conceito, ou ainda para revelar/explicitar um dado.
Ex: Na tristeza das horas sem luz
em vez de
Na tristeza dos noites 

Antítese ou contraste – Oposição de duas expressões, para significar algo que é aparentemente contraditório.
Ex: Uma doce tristeza!
Noémia de Sousa, Sangue Negro

Gradação – Disposição das palavras e ideias por ordem crescente ou decrescente da sua significação.
Ex: Por uma omissão perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio, uma contrição; por uma contrição, uma alma.
Padre António Vieira, Sermão da Primeira Dominga do Advento 



Funções de Linguagem
Funções de Linguagem (ou Função Informativa/Referencial) são recursos de ênfase que actuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordado um diferente elemento da comunicação. Esta função ocorre quando centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor, sendo um texto completamente subjectivo e pessoal.

Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de Expressiva, na função Emotiva, como o próprio nome já indica, o emissor ao utilizar essa função tem como objectivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjectividades por meio da própria opinião.
A partir disso, esse tipo de texto apresenta na primeira pessoa enfatizando seu carácter pessoal e pode ser encontrado nos textos poéticos, nas cartas, nos diários marcada pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação.
Exemplo: A dona Teresa envia um e-mail para os seus filhos.
Meus amores, tenho tantas saudades de vossas… Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos.
Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que têm muito trabalho durante hoje e amanhã.... Quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

Função Poética
A função Poética é característica das obras literárias, da utilização do sentido conotativo das palavras, em que o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. De qualquer forma, esse tipo de função não pertence somente aos textos literários posto que aparece também na publicidade ou nas expressões quotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo: Uma história sobre a avó
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

Função Fáctica
A função Fáctica tem como objectivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao telefone.
Exemplo: Uma conversa telefónica
Consultório do Dr. Mandlate, bom dia!

Bom dia. Precisava de uma consulta para o próximo mês, se possível.
Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?
Dia 8 está óptimo.

Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de Apelativa, a função Conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva com o intuito de convencer o leitor. Por isso, essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades, discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida. A partir disso, esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoas com a presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos
Vote em mim!
Entre. Não vai se arrepender!
É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função Metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que refere-se à ela mesma, por exemplo, um texto que descreva sobre a linguagem textual, um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema, dentre outros. Em outras palavras, o emissor explica um código utilizando o próprio código. Como exemplos de textos metalinguísticos temos as gramáticas e os dicionários.
Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função metalinguística.

Conclusão
Fim do trabalho, pudemos concluir que as figuras de estilo ou figuras de retórica são estratégias que o orador (ou escritor) pode aplicar ao texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do ouvinte (ou leitor). Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintácticos das palavras afectadas.
Quanto a Funções da Linguagem, pudemos constatar que este recurso é usado frequentemente nos materiais didácticos, textos jornalísticos e científicos que por meio de uma linguagem denotativa informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjectivos ou emotivos à linguagem. Com isso, esse tipo de texto apresenta na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu carácter impessoal.


Bibliografia
  • KAYSER, Wolfgang (1976): Análise e Interpretação da Obra Literária [4ª Ed. revista pela 16ª alemã por Paulo Quintela]: Arménio Amadado, Editor, Sucessor: Coimbra.
  • CUNHA, Celso (1976): Gramática do Português Contemporâneo [6ª Eed. revista]: Editora Bernardo Álvares, S. A..Belo Horizonte.
  • PINTO, José M.; PARREIRA, Manuela; LOPES, M. do Céu Vieira: Gramática do Português Moderno: Plátano Editora. Porto.
  • ALVES, Manuel dos Santos (1978): O Texto Literário __ Linguística, Poética, Estilística, Géneros Literários, Textos: Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa.
  • FIGUEIREDO, Jorge V., BELO, Maria Teresa (1985): Comentar Um Texto Literário: Editorial Presença. Lisboa.
  • (1997) Curso de Português __ Questões de Gramática, Noções de Latim: sob a direcção de Américo Leal: Edições Asa. Porto.
  • FLÓRIDO, Mª Beatriz, SILVA, Mª Emília D., FONSECA, Joaquim (1981): Novos Caminhos Para a Linguagem __ Análise da Comunicação, Estilística e Análise Textual, Elementos de História da Língua: Porto Editora. Porto.
  • FIGUEIREDO, José Nunes, FERREIRA, António Gomes (1966): Compêndio de Gramática Portuguesa: Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa.
  • NUNES, Cármen, OLIVEIRA, Mª Luísa, SARDINHA, Mª Leonor (1995): Nova Gramática de Português: Didáctica Editora. Lisboa.
  • BORREGANA, António Afonso (1996): Gramática Universal __ Língua Portuguesa: Texto Editora. Lisboa
  • www.escolademoz.com 
  • www.semnegativa.blogspot.com

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Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique

Introdução
A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. Porém nestas regiões encontramos algumas diferenças no que diz respeito à ortografia, semântica e fonética da língua portuguesa.
São estas diferenças que serão muito bem esclarecidas neste trabalho em particular às diferenças do português Moçambicano e Brasileiro.

Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique 
A língua varia no tempo e no espaço da sua utilização, ao longo da sua própria história, bem como da vida dos seus falantes, decorrente de determinantes sociais, culturais, históricas, geográficas, profissionais e académicas. Isto pode ocorrer em todos os níveis (fonético, fonológico, sintáctico, semântico, morfológico, paradigmático, etc.).

Assim, podemos considerar as seguintes variações:

Variações geográficas ou diatópicas — as variedades linguísticas que, em certa região, apresentam características bastantes para as diferenciarem da língua comum de uma determinada sociedade. São os dialectos ou falares regionais; 

Variações sociais ou diastráticas — variações linguísticas provocadas pelas características de falante e de grupo e pelas circunstâncias da situação comunicativa. São os dialectos sociais, níveis ou registos de língua. Tal como sublinha Moura (2009: 265), um falante pode usar diferentes níveis de língua (corrente, popular, cuidado, familiar e literário, sem excluir o calão e a gíria);

Variações difásicas: – diferenças entre os tipos de modalidade expressiva (língua falada, língua escrita, língua literária, etc.).
Neste capítulo, interessam-nos as variações diatópicas entre Brasil e Moçambique. Tal como referem Mateus et alii (2003:34), em línguas com larga história de expansão mundial e de mobilidade dos seus falantes nativos, tais como o português europeu e o brasileiro, observa-se a existência de variedades que se vão progressivamente fixando e autonomizando. Esta variação é um ganho para a própria língua, pois enriquece-se o léxico com a introdução de palavras novas relativas aos diversos universos de referenda.

Exemplos das variações entre o português de Moçambique e o português do Brasil 
Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados as necessidades dos seus usuários. Mas o facto de a língua estar fortemente ligada a estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a urna avaliação distinta das características das suas diversas modalidades diatópicas, diastráticas e difásicas», defendem Cunha & Cintra (1991). 

A língua portuguesa apresenta algumas diferenças quanto a utilização que dela se faz em alguns países do mundo. 
Entre o português falado em Moçambique (PM) e o português falado no Brasil (PB), por exemplo, existem algumas diferenças. Vamos analisar com mais pormenor algumas dessas diferenças. 
Por exemplo, enquanto no PM dizemos «Hoje, a Maria não apareceu por aqui», no PB diz-se «Hoje, Maria não apareceu por aqui»

Portanto, o que difere nas duas construções é que na primeira construção (PM) o artigo antecede o substantivo ou nome (Maria), ao passo que na segunda construção (PB),o substantivo ocorre sem nenhum artigo a antecedê-lo.
Podemos, assim, depreender deste exemplo que no PB omitem-se os artigos, ou seja, os substantivos ou nomes ocorrem sem determinantes ou artigos a antecedê-los, enquanto no PM não se verifica tal irregularidade.

Vamos ver uma outra situação
PM: Vou comprar o meu vestido. PM: Não conheço a sua mulher.
PB: Vou comprar meu vestido. PB: Não conheço sua mulher. 

Outro exemplo, no PB, diferentemente do PM, registam-se as seguintes ocorrências: 

  • A palatalização do ti e di (em palavras como tia, sete, dia); 
  • A semivocalização do L final de sílaba e de palavra (Brasil, capital, funil, canal); 
  • Introdução do I entre duas consoantes (casos anteriores e também aptidão). 
Tomando como base os exemplos acima apresentados, podemos salientar que, quanto ao nível morfológico e sintáctico, no PB é habitual, antes do possessivo pronominal, a ausência do artigo. Pelo contrário, no PM temos sempre o artigo a anteceder o possessivo pronominal, salvo nos casos em que a frase é construída incorrectamente. As regras, porém, ditam a colocação do artigo antes do possessivo pronominal ou antes do substantivo.
Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados as necessidades dos seus falantes. Mas o facto de a língua estar fortemente ligada a estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas variações diatópicas, diastráticas e difásicas (Cunha & 

Resumidamente, podemos definir cada uma destas variações do seguinte modo:
Variações diatópicas — são as que se referem a falares locais, regionais e intercontinentais (como é o caso do português do Brasil e do português de Moçambique).

  • Variações diastráticas — são as que se referem as diferenças verificadas na linguagem das várias camadas socioculturais.
  • Variações difásicas — são as que dizem respeito aos diferentes tipos de modalidade expressiva (língua falada, escrita, literária).
  • Neste contexto, é ainda importante distinguir dialecto de língua padrão.
O português falado em todo o mundo é, apesar de tudo, uma língua bastante homogénea, devido a acção de diversos factores, entre os quais se destacam a ampla difusão dos meios de comunicação e a implantação do ensino obrigatório. O traço de união entre as variedades que se registam nos diferentes países é a língua padrão, que funciona como um modelo linguístico. Entre as muitas variedades de uma língua, há uma que se destaca e é escolhida pela sociedade como modelo. A língua padrão é a variedade social de uma língua que foi legitimada historicamente enquanto meio de comunicação da classe média e da classe alta de uma comunidade linguística.
Os acontecimentos históricos, os contactos com falantes de outras línguas, o tempo, entre outros factores, determinaram que o português se fosse progressivamente diferenciando de região para região. Sofreu numerosas mudanças a medida que se foi implantando em diferentes espaços geográficos, mudanças essas que deram origem a diversas variedades. Em cada região encontramos uma variedade distinta, com os seus traços particulares. No Brasil não se fala um português idêntico ao de Moçambique e mesmo em Moçambique há diferenças entre o falar de um falante do Norte e o de um falante do Sul.
Chamamos variedades geográficas, dialectos regionais ou, simplesmente, dialectos a estas diferentes formas que a língua apresenta consoante as regiões em que é falada. 

Conclusão
Terminado trabalho, pudemos concluir que cada região geográfica, constrói uma “Lei ortográfica” para melhor unificar os falantes dessa língua. Contudo este aspecto não tem sido muito eficaz, pois a língua varia consoante a regia e com o tempo.
Entrando um pouco mais profundamente no trabalho, constatamos que a principal diferença entre o PM e PB reside essencialmente na pronúncia, quando comparamos as duas variantes. Os brasileiros possuem um ritmo de fala mais lento, no qual tanto as vogais átonas quanto as vogais tónicas são claramente pronunciadas. Nota-se também que Algumas construções sintácticas comuns no Brasil não costumam ser utilizadas em Portugal.

Bibliografia

  • CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Edições João Sá da Costa, 1991, Lisboa
  • GONÇALVES, Perpétua, A construção de uma gramática do português de Moçambique: aspectos da estrutura argumental dos verbos, Lisboa, 1990
  • HAMILTON, Russell, A literatura dos países africanos de língua oficial portuguesa. Edições Cosmos e Cátedra Jorge de Sena, Rio de Janeiro, 2000
  • MATEUS, Maria Helena Mira, Português europeu e português brasileiro: duas variedades nacionais da língua portuguesa.  Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa, 2003
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Variação da língua portuguesa no Brasil e em Moçambique

Introdução
O presente trabalho debruça sobre a variação da língua portuguesa no Brasil e em Moçambique, onde irá levar-se em consideração os aspectos ortográficos, semânticos e fonéticos. Pode-se avançar que a língua portuguesa, como qualquer outra, manifesta variações que são notadas se compararem falantes de países diversos onde o português é língua nacional e/ou oficial (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e entre outro) ou falantes de diferentes regiões do mesmo país. A par desta variação geográfica, é incontestável que o Português, como todas as línguas, apresenta também uma variação temporal.

Variação da Língua Portuguesa no Brasil e em Moçambique
Uma língua viva, apesar da unidade que a torna comum a uma nação, apresenta variedades quanto à pronúncia, à gramática e ao vocabulário.
Chama-se variação linguística a essa propriedade de diferenciação de uma língua em função do espaço geográfico, da sociedade, da situação e do tempo, dando origem a variantes e a variedades linguísticas (Gomes, 2003).

Diversidades do Português
As variedades do português surgem por variação e mudança linguística como resultado do contacto histórico da população de língua materna portuguesa com falantes de outras línguas ao longo do processo da expansão e colonização.

Diversidade Europeia
É a língua portuguesa falada em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Com o convencionar de que a variedade de Lisboa se constitui como língua padrão, o português foi dividido em dois grandes grupos dialectais: o setentrional, ao norte, e o centro-meridional, ao sul e arquipélagos (Gomes, 2003).

Diversidade Brasileira
É a língua portuguesa falada no Brasil, com algumas diferenças em relação à variedade europeia, como a audibilidade das vogais. O português do Brasil tem algumas variações, mas, como diz Paul Teyssier, "as divisões dialectais do Brasil são menos geográficas que socioculturais".

Geograficamente, é possível observar uma oposição norte/sul, entre os estados do litoral acima do estado da Baía (inclusive) e os que estão abaixo, com base na realização aberta das pretónicas ao norte e sua realização fechada ao sul; uma oposição entre a cadência, verificada no Norte, e a pronúncia "cantada", no Sul.

Diversidades Africanas
São a língua portuguesa com desvios resultantes do contacto com as línguas locais dos países de expressão lusófona em África. Em geral, as variedades africanas de língua portuguesa que têm sido alvo de descrição são as do português de Angola (só o de Luanda) e de Moçambique, embora outras mereçam um estudo específico, como as de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, onde o português é a língua oficial, mas tanto o crioulo como os dialectos regionais são bastante importantes.

Angola e Moçambique têm o português como língua oficial e, para muitos falantes, também materna, mas em convivência com esta há diversos grupos linguísticos, por vezes subdivididos em dialectos, que lhe emprestaram modos, sotaques, vocábulos e formas de construção.

As Principais Marcas Distintivas das Variedades do Português no Brasil e em Moçambique
A nível Ortográfico

Supressão de consoantes muda (as que não são pronunciadas) no português do Brasil.

Exemplo:

Português Brasileiro (PB) Português Moçambicano (PM)

  • fator - factor
  • ótimo - óptimo

Algumas destas diferenças são anuladas pelo acordo  Ortográfico de 1990.
Uso do trema no português do Brasil, sinal abolido em Portugal desde 1946, antes de e ou i, quando o u é pronunciado.

Exemplo:
Português Brasileiro (PB) Português Moçambicano (PM)

  • agüentar - aguentar
  • antiqüíssimo - antiquíssimo

Em palavras esdrúxulas e algumas graves (terminadas em –n, -r, -s ou –x), antes de –m- ou –n-, as vogais –e- e –o- são acentuadas de forma diferente nas duas variedades, o que reflecte pronúncia diversas.

Exemplo:

Português Brasileiro (PB) Português Moçambicano (PM)

  • quilômentro - quilómentro
  • gêmeo - gémeo
  • tênis - ténis

Diferente acentuação também nas terminações –eica- e –oo-.

Exemplo:

Português Brasileiro (PB) Português Moçambicano (PM)

  • assembléia - assembleia
  • vôo - voo

A Nível Semântico
As diferenças a este nível são inúmeras, seja pela influência das línguas indígenas, que estão na origem de muitos brasileiros (ex.: guri, mingau), seja pelo diferente uso das palavras (ex.: banheiro, no significa casa-de-banho e em Moçambique salva-vidas).

A Nível Fonético
A diferença mais audível entre as duas variantes é a qualidade das vogais, que são geralmente mais elevadas e fechadas no português de Moçambique (PM) do que do português do Brasil (PB) quando não sâo tónicas. Exemplo: coluna lê-se c[ó]lun[á] (PB) e c[u]lun[a] (PM).
Há ainda pronúncias tipicamente brasileiras que introduzem o som [i] entre duas consoantes. Exemplo: captura e pneu lêem-se cap[i]tura e p[i]neu (PB) / ca[pt]ura e [pn]eu (PM).

Conclusão
A língua não é usada de modo homogéneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante, é neste âmbito constata-se que o português falado no Brasil e em Moçambique existe alguma diferença sobre tudo nos seguintes níveis: ortográfico, semântico e lexical, sintáctico, morfológico e fonético.

Pude constatar também que nos últimos anos, a influência brasileira tem deturpado muito o português moçambicano para além da nossa cultura.

Bibliografia

  • GOMES, Christina Abreu, Variação e mudança na expressão do dativo no português brasileiro, Rio de Janeiro, 2003
  • GONÇALVES, Perpétua, A Nativização da Língua Portuguesa em Sociedades Africanas Pós-Coloniais: o Caso de Moçambique, Cascais, 2003
  • GONÇALVES, Perpétua, A construção de uma gramática do português de Moçambique: aspectos da estrutura argumental dos verbos, Lisboa, 1990
  • HAMILTON, Russell, A literatura dos países africanos de língua oficial portuguesa. Edições Cosmos e Cátedra Jorge de Sena, Rio de Janeiro, 2000
  • MATEUS, Maria Helena Mira, Português europeu e português brasileiro: duas variedades nacionais da língua portuguesa.  Gramática da Língua Portuguesa, 5.ª ed., Lisboa, 2003
  • VILLAR, Mauro, Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro, Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1989
  • www.semnegativa.blogspot.com


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Uso de “Onde” e “Aonde”

Usos de “Onde” e “Aonde”

“Onde” e “Aonde” indicam lugar, entretanto, não podem ser utilizados no mesmo contexto, pois indicam, respectivamente, localização e movimento.

Exemplo:
- Aonde você vai?
- Não sei, primeiro preciso de saber onde estou.

ONDE- esta palavra indica lugar físico, por isso não pode ser usada em frases, situações em que a ideia de lugar não esteja presente. Usamos, por isso, com verbos que não indicam movimento.

Exemplos:


  • Onde você está agora?
  • Onde Paulo trabalha?
  • A faculdade onde João estuda fica longe daqui.
  • A casa onde moro é perto de meu trabalho.

AONDE – é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de localização, mas quando transmitir a ideia de movimento.

Exemplos:

  • Aonde você vai agora?
  • Aonde o jogador chegará na meta final?
  • Aonde Paulo se dirigiu quando saiu do colégio?


O uso de “ah”, “há” e “à”
"ah" é uma interjeição exclamativa. Serve para exprimir admiração.

Exemplo: Ah, que bébé tão lindo!

há – este vocábulo, é uma forma do presente do indicativo (3.ª pessoa do singular) do verbo haver. Este verbo tem várias significações e uma das formas de termos a certeza de que se trata da forma verbal, é substitui-la por um sinónimo, como "existe"

Exemplo:

Ele disse que há um acento na palavra.

à – O Emprego do "à" com o sinal diacrítico ( ` ), denominado acento grave, indica que o artigo "a" é precedido pela preposição "a" como exemplificado acima, em 3.4. O que temos aí é a fusão dessas duas vogais iguais, ocorrendo, dessa forma, o fenômeno da crase**.

Em síntese, quando houver a fusão (crase) de:

a = preposição
a = artigo

O acento diacrítico será empregado, e isso ocorre somente diante de palavras femininas.

Exemplo a) Fui a + a feira. = à feira.

a = preposição

a = artigo

feira = substantivo feminino


Exemplo b) Fui àquela festa. = Fusão de a + aquela festa.

Exemplo c) Esta é a moça à qual me refiro. = Fusão de a + a qual

Exemplo d) Vou à Itália. (diante de lugares)

Exemplos e) A cidade de Manaus está à margem esquerda do rio Negro. Vendi à vista. Saio, às vezes, aos finais de semanas. (Todas as locuções adverbiais femininas, exceto as expressões de instrumento. Ex.: Escrevo a máquina. O infeliz foi


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Textos poéticos, figuras de estilo, verbo

Introdução
Entre os vários tipos e estilos de textos, temos um que se destaca pela riqueza e também pela complexidade de sua formação: estamos falando do texto poético, uma expressão literária de grande importância. O texto poético pode ser classificado como aquele que é escrito em versos e que apresenta uma linguagem específica, com significados profundos e recursos especiais.
Os textos poéticos são escritos pelos poetas, a partir de experiências pessoais, sentimentos, fatos, reflexões, etc. O poeta pode ser considerado a voz do poema. O texto poético apresenta maneiras únicas de expressar algo por meio das palavras. É um texto expressivo, sensível, com ritmo e, até mesmo, uma musicalidade própria. Entretanto, nesta abordagem irá se tratar dos textos poéticos, juntamente com as figuras de estilo e o verbo.

Textos poéticos
Definição
Um texto é um conjunto de signos, codificados num sistema, com o intuito de transmitir uma mensagem. A poesia, por sua vez, está associada à carga estética das palavras, especialmente quando estão organizadas em verso.

O texto poético é portanto aquele que apela a diversos recursos estilísticos para transmitir emoções e sentimentos, respeitando os critérios de estilo do autor. Nas suas origens, os textos poéticos tinham um carácter ritual e comunitário, embora tenham aparecido outras temáticas ao longo dos anos. Os primeiros textos poéticos, por sua vez, foram criados para serem cantados.

O mais habitual é que o texto poético esteja escrito em verso e se chame poema ou poesia. Existem, no entanto, textos poéticos desenvolvidos sob a forma de prosa. Os versos, as estrofes e o ritmo compõem a métrica do texto poético, onde os poetas gravam o cunho dos seus recursos literários.

Os textos poéticos destacam-se pela inclusão de elementos de valor simbólico e de imagens literárias. Desta forma, cabe ao leitor ter uma atitude activa para descodificar a mensagem. 

No género poético, é evidenciada a estética da linguagem acima do próprio conteúdo graças a diversos procedimentos a nível fonológico, semântico e sintáctico. O texto poético moderno costuma caracterizar-se pela sua capacidade de associação e de síntese, com abundância de metáforas e de outras figuras literárias.

Elementos de textos poéticos

  • Sujeito poético – É quem fala sobre as experiências, sentimentos e vivências.
  • Verso – É cada uma das linhas que fazem parte do poema.
  • Estrofe – É o conjunto de versos separados com um espaço em branco. As estrofes podem ser monósticas, dísticas, tercetas, quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas e décimas.
  • Rima – É todo som semelhante apresentado no final dos versos. As rimas acompanham um esquema rimático e podem ser emparelhadas, cruzadas ou interpoladas. Os versos que não rimam são chamados de versos soltos.
  • Métrica – Diz respeito à medida do verso (número de sílabas métricas gramaticais).


Figuras de estilo

A figura de estilo é uma forma de enunciar um significado através de uma palavra ou expressão que no é o termo «próprio» que não costuma ser usado para esse significado. As figuras de estilo dividem-se em três grandes grupos: figuras de linguagem, figuras de sintaxe e figuras de pensamento.

Principais figuras de pensamento
Figuras de estilo
A figura de estilo é uma forma de enunciar um significado através de uma palavra ou expressão que não é o termo «próprio», que não costuma ser usado para esse significado. As figuras de estilo dividem-se em três grandes grupos: figuras de linguagem, figuras de sintaxe e figuras de pensamento. 

As principais figuras de pensamento são:
Interrogação retórica – É uma pergunta que se faz, não para obter resposta, mas, geralmente, para deixar o receptor a pensar sobre o assunto ou para dar seguimento à exposição da ideia do emissor.

Ex: Quem teria coragem de permanecer na sua Pátria num clima de tensão?!

Exclamação – Expressão espontânea de um vivo e súbito sentimento de dor, de alegria, de pesar, de admiração, de cólera, entre outros.

Ex: Que lindo dia deverão! 

Hipérbole – Exagero da verdade das coisas, quando se quer enfatizar uma grande quantidade ou conferir muita intensidade.

Ex: Estou a morrer de sede!

Apóstrofe – Interrupção brusca do assunto para o orador ou o escritor se dirigir a uma pessoa ou coisa, presente ou ausente, real ou fictícia.

Ex: Ó glória de mandar, ó vã cobiça

Desta vaidade a que chamamos fama! 
Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas 


Prosopopeia, personificação ou animismo – Introdução no discurso de pessoas ausentes ou mortas, divindades, animais ou seres inanimados a quem se atribui fala, acção e sentimentos próprios das pessoas.

Ex: A cidade está cheia de prédios que rasgam os Céus.

Perífrase – Emprego de muitas palavras para transmitir um significado que geralmente é dado por uma só palavra ou por uma expressão mais curta. Costuma usar-se para evitar uma repetição, ou para definir um conceito, ou ainda para revelar/explicitar um dado.

Antítese ou contraste – Oposição de duas expressões, para significar algo que é aparentemente contraditório.

Ex: Uma doce tristeza!

Noémia de Sousa, Sangue Negro

Gradação – Disposição das palavras e ideias por ordem crescente ou decrescente da sua significação.

Ex: Por uma omissão perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio, uma contrição; por uma contrição, uma alma.

Padre António Vieira, Sermão da Primeira Dominga do Advento 

Verbos
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:

  • ação (correr);
  • estado (ficar);
  • fenômeno (chover);
  • ocorrência (nascer);
  • desejo (querer).

O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.

Classificação dos Verbos
Os verbos são classificados da seguinte forma:
  • Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
  • Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são chamados de Verbos Anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
  • Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:

1. Impessoais - Quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.

2. Unipessoais - Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do singular ou do plural, são verbos unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.

3. Pessoais - Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas, são verbos pessoais. Exemplos: banir, falir, reaver.

  • Verbos Abundantes - Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro.

Estrutura das Formas Verbais

Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:

fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)

b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:

fala-r

São três as conjugações:
  • 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
  • 2ª - Vogal Temática - E - (vender)
  • 3ª - Vogal Temática - I - (partir)

c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
  • falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
  • falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) 

d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo:
  • falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
  • falavam(indica a 3ª pessoa do plural.)

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.

Conclusão

Fim do trabalho pôde concluir-se que a leitura de um poema oferece uma ampla gama de possibilidades. Assim, o texto poético costuma ter uma característica única: expressa sentimentos dirigidos para comover o leitor. Sua forma gráfica se apresenta em versos acompanhados de espaços em branco. Por outro lado, as palavras incorporam certa musicalidade e um sentido do ritmo implícito.

Pôde constatar-se ainda que as figuras de estilo ou figuras de retórica são estratégias que o orador (ou escritor) pode aplicar ao texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do ouvinte (ou leitor). Podem relacionar-se com aspectos semânticos, fonológicos ou sintácticos das palavras afectadas. O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspeto.

Bibliografia

  • KAYSER, Wolfgang (1976): Análise e Interpretação da Obra Literária [4ª Ed. revista pela 16ª alemã por Paulo Quintela]: Arménio Amadado, Editor, Sucessor: Coimbra.
  • CUNHA, Celso (1976): Gramática do Português Contemporâneo [6ª Eed. revista]: Editora Bernardo Álvares, S. A..Belo Horizonte.
  • PINTO, José M.; PARREIRA, Manuela; LOPES, M. do Céu Vieira: Gramática do Português Moderno: Plátano Editora. Porto.
  • ALVES, Manuel dos Santos (1978): O Texto Literário __ Linguística, Poética, Estilística, Géneros Literários, Textos: Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa.
  • FIGUEIREDO, Jorge V., BELO, Maria Teresa (1985): Comentar Um Texto Literário: Editorial Presença. Lisboa.

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Texto Expositivo-Explicativo HIV/SIDA


Texto Expositivo-Explicativo
HIV/SIDA

A sigla SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida e é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humano, mais conhecido pelo HIV. Este vírus penetra no organismo pelo contacto de uma pessoa infectada. Depois de penetrar este actua nas células do sistema imunitário (responsável pela defesa do corpo), começa a agir e integra-se no código genético da célula infectada (ADN).

Estima-se que um milhão e quatrocentas pessoas, em Moçambique, estão infectadas pelo HIV/Sida e 120 mil novas infecções acontecem por ano. Esta situação coloca o país entre os 10 mais afectados por esta pandemia a nível mundial.

O Gabinete Parlamentar de Prevenção e Combate ao HIV/Sida da Assembleia da República (AR), citando o informe do Ministério da Saúde, anunciou estes dados em sede de Parlamento, tendo apontado que do total de infectados, 200 mil são crianças de idade que varia entre 0 e 14 anos, 460 mil são homens e 770 mil são mulheres.

Precenção, Transmissão e Tratamento (dados pertinetes à população Moçambicana)
Relativamente à transmissão vertical do HIV/Sida, um dos grandes desafios de Moçambique, o Gabinete de prevenção e Combate a pandemia na Assembleia da República informou que no ano passado (2012) o programa de prevenção de transmissão vertical estava a ser prestado em 99 porcento de um total de 1.109 unidades sanitárias com serviços de cuidado pré-natal. E no mesmo ano 920.515 mulheres grávidas receberam aconselhamento e testagem do HIV.

Uma outra medida do Governo visado a redução das infecções é a promoção da circuncisão. Estima-se que Moçambique precisa de uma cobertura de circuncisão de 80 porcento dos homens com idades entre os 12-49 anos, até 2017, mas actualmente, o nível de pessoas circuncisadas é de 48 porcento de homens entre 15 a 49 anos de idade. Assim, para conseguir alcançar a meta o Executivo criou o Plano Nacional para Expansão da Circuncisão, em Moçambique que deverá atingir dois milhões de homens, até 2017.

Actualmente, a taxa de cobertura do Tratamento Antiretroviral (TARV), segundo dados de 2012, é de 52% para adultos e 22 porcento para crianças. No entanto, existem variações significativas entre as províncias, sendo que as da região Norte do país têm baixo índice e as do Sul as taxas mais elevadas. As autoridades moçambicanas de saúde pretendem, até 2015, atingir uma meta de 80 porcento de cobertura do TARV, uma meta difícil.

Ainda sobre o TARV, Moçambique introduziu em 2013, uma nova terapia, em que o doente passa a tomar um único comprimido por dia, ao invés de, pelo menos, três como vinha acontecendo. Graças a esta terapia de um comprimido por dia, actualmente 22.184 pacientes já têm acesso a este novo medicamento contra 132.591 previsto para este ano.

Embora em já Julho de 2015, o Governo moçambicano anunciou uma redução nos níveis de infeção com o vírus do HIV/SIDA em 64%. Contudo, Moçambique continua a figurar entre os dez países com os mais altos níveis de prevalência do HIV/SIDA no mundo. 

Nunca é demais falar sobre este assunto, uma vez que há cada vez mais pessoas infectadas com o vírus do HIV. Apesar de existir muita informação sobre como prevenir a SIDA, nota-se ainda um certo preconceito quando se fala deste assunto. É necessário alertar as pessoas, principalmente os jovens. Em cada três segundos morre uma pessoa com SIDA, e em cada quatro segundos uma pessoa é infectada com o vírus.

É preciso ver que a esta doença só em 20 anos já matou mais de 20 milhões de pessoas. Segundo resultados do Instituto Nacional de Saúde, em apenas três meses foram contabilizados, em Moçambique, 884 novos casos de HIV. Estes seropositivos tem idades compreendidas entre os 25 e os 39 anos, e 73,4% são homens.


Texto Argumentativo
Calamidades naturais (ciclones) como responsáveis pelo custo de vida em Moçambique
As calamidades naturais ameaçam sustentabilidade da economia moçambicana
A representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) em Moçambique disse hoje que as calamidades naturais ameaçam a sustentabilidade do desenvolvimento económico moçambicano e o bem-estar social.

“A questão dos desastres naturais no país têm causado perdas económicas e sociais substanciais, além de limitar a sustentabilidade do desenvolvimento do país", disse Bettina Maas.

Moçambique é o terceiro país mais assolado por calamidades naturais no continente africano, uma situação que afeta 80% da população pobre que vive nas zonas rurais, segundo dados apresentados no relatório.

Estes desastres estão a erodir o tecido protetivo familiar, aponta-se a descontinuidade dos serviços sociais e a perda de meios de subsistência como as principais consequências das calamidades naturais no país, principalmente nas zonas rurais, as mais afectadas e onde vive a maior parte da população moçambicana.

Só nos últimos dez anos, de acordo com dados oficiais, o país foi assolado por doze secas e 24 cheias, fenómenos que em média causam o prejuízo correspondente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente.

No início de 2015, as cheias que afetaram o centro e norte de Moçambique causaram a perda de 72 mil hectares de área cultivável, contribuindo para uma revisão em baixa da previsão do crescimento da economia para 7% contra os 7,5% inicialmente projetados pelo Governo.

Os dois períodos de cheia que marcaram o ano de 2015 afetaram 400 mil pessoas em todo país, condicionando o rendimento de cerca de 85 mil famílias, de acordo com informações oficiais.

Esta situação expõe as pessoas mais vulneráveis no país, particularmente, jovens e mulheres
A seca prolongada e a queda do valor da moeda sul-africana face ao dólar aumentam o custo de vida em Moçambique, um país que depende largamente de importações de produtos básicos de consumo da África do Sul.

Moçambique é anualmente afectado por cheias e inundações que têm causado elevados danos à economia nacional. Especialistas que trabalham no sector de gestão de calamidades naturais reflectiram em torno de ideias sobre as formas de minimizar o impacto dos desastres naturais nas populações.

SIlvano Langa, aponta algumas acções que podem ser desenvolvidas no sentido de evitar novas calamidades.
A consultoria britânica Maplecroft, citada por “África 21”, disse que o objectivo do novo índice é mostrar o impacto económico de desastres ocorridos entre 1980 e 2010, como terramotos, inundações, secas, deslizamentos, epidemias, tsunamis e ondas de frio e calor extremos.

Para manter a sustentabilidade da população moçambicana, a presidente da Associação dos Empresários moçambicanos na África do Sul, Amélia Muthisse, apela para a redução de taxas aduaneiras de produtos de primeira necessidade em Moçambique. Pois esta situação tem consequências tais como: o abastecimento de água em alguns centros urbanos é feito com restrições.



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Substantivos

Introdução
Para nomear os seres, as acções etc., são usadas certas palavras, palavras estas que denominam-se substantivos. O substantivo ou nome é uma classe de palavras variável com que se designam ou se nomeiam os seres em geral ou são as palavras variáveis com que se designam os seres (pessoas, animais e coisas). O substantivo é a palavra que serve, de modo primário, de núcleo de sujeito, do objeto direto, do objeto indireto e do agente da passiva. Qualquer palavra de outra classe que desempenhe uma dessas funções equivalerá, forçosamente, a um substantivo.

Os substantivos

Substantivos – são palavras usadas para nomear seres, acções.

"São palavras que servem para nomear objectos, fenómenos, lugares, qualidades dentre outros" (Ana Paula Dias et al, 2001).

Tipos de substantivos
Os obstativos podem ser:

Substantivos comuns – são palavras que designam seres da mesma espécie.
  • Exemplo: pessoas, gente.

Substantivos próprios – são palavras que designam seres, entidades, países, cidades, estados.
  • Exemplo: Brasil, São Paulo, Jéssica, Moçambique

Substantivos simples – são aqueles formados por apenas uma palavra.
  • Exemplo: casa, carro.

Substantivos colectivos – quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.
  • Exemplo: livros, códigos, álbum (fotografias).

Substantivos derivados – quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.
  • Exemplo: pedra, - pedreira, ferro – ferreiro.

Substantivos compostos – quando possuem mais de um radical.
  • Exemplo: couve-flor, passatempo, guarda-chuva.

Substantivos primitivos – quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa.
  • Exemplo: pedra, ferro, porta.

Substantivos abstractos – quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e acções.
  • Exemplo: vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (acção).

Substantivos concretos – quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais.
  • Exemplo: homem, menino, mulher, sol etc.


Flexão dos substantivos:

Grau, género e número

Quanto ao género os substantivos podem ser:

a) Femininos – são aqueles que geralmente caracterizam seres femininos.

Uma coberta chave de BECHARA, Evanildo (2015) "Substantivos femininos – são aqueles que são antecedidos pelos artigos "a", "as", "uma", "umas"."

Exemplo: a mesa, a salada, a nuvem.

b) Substantivos masculinos - são aqueles que geralmente caracterizam seres masculinos. 

- "São antecedidos pelos artigos "o", "os". (BECHARA, 2015)

Exemplo: o carro, o cão, o pente etc

 Quanto ao número os substantivos podem ser:

a) Singulares – apresentam seres unificados.

  - "Indicam um ser ou um grupo de seres". (CEGALLA, Domingos Paschal, 1998).

Exemplo: homem, povo, flor.

b) Plurais – representam seres agrupados, duplicados, etc

- "Indicam mais de um ser ou grupo de seres". (CEGALLA, Domingos Paschal, 1998).

 Exemplo: homens, povos, flores

Os Substantivos quanto ao grau podem ser:
  • Grau aumentativo – são aqueles que indicam um aumento nos nomes. "Indicam a grandeza, como no exemplo: mulherão, grandão, casarão". (PERINI, Mário A 2010 ).
  • Grau diminutivo – são aqueles que indicam a diminuição ou seja o diminutivo de alguns nomes.

"Indicam pequenez", como nos exemplos: casino, narizinho, mulherzinha, Jessiquinha.  (PERINI, Mário A 2010 ). 

Os graus dos substantivos podem aparecer na forma:

- Forma sintético, ou seja quando o substantivo modifica-se por adição de um sufixo.

Exemplo: salinha, canecão.

- Forma analítica quando o substantivo é modificado por adjectivos que indicam a sua proporção.

Exemplo: país grande, cidade pequena.


Adjectivo – são nomes que modificam os substantivos, servem para caracterizar seres, objectos etc 

Sufixo – é tudo aquilo que vem depois da raiz da palavra (palavra mãe), que podem ser objectivos, substantivos, etc.
  • Exemplo: humildade, barbeiro.

Conclusão

Neste trabalho concluí que o substantivo pode figurar na oração como núcleo do sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto, vocativo e excepcionalmente como adjunto adnominal. Os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo que melhor precise uma de suas tonalidades, um de seus matizes: amarelo-canário; verde canário, etc. Neste emprego, o substantivo equivale a um advérbio de modo.

Bibliografia

  • CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley, Nova gramática do português Contemporâneo, 15ª ed. Lisboa, Edições João Sá da Costa. 1990
  • www.semnegativa.blogspot.com
  • ww.escolademoz.com
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