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Evolução do Pensamento Geográfico na Idade Média

Introdução 
O presente trabalho aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito à Evolução do pensamento Geográfico na Idade Média onde veremos que à semelhança do que aconteceu noutras áreas do conhecimento científico, a evolução da geografia reflectiu e acompanhou as progressivas transformações operadas na sociedade.
Desde a criação do termo pelos gregos, durante o período da Antiguidade Clássica, ate meados do século XIX, apenas se podia falar de um pensamento com incidência geográfica. Só nos meados do século XIX, é que a geografia adquire o estatuto de ciência autónoma, concretizando-se a sua institucionalização em 1870.
Histórico do Pensamento Geográfico 
Desde os tempos mais remotos, no período da Antiguidade, os povos viviam em grupos os quais se deslocavam em busca de meios de subsistência e assim conheciam o espaço em que viviam. Tinham conhecimento do mecanismo das estações do ano e, através dessas migrações, novos caminhos eram percorridos. A partir daí, os primeiros esboços com representações da superfície terrestre eram construídos, surgindo os primeiros mapas. O mapa mais antigo já registrado foi encontrado na cidade de Ga Sur, na Babilónia, datado de 2500 a.C. 
Neste mapa havia representações do vale de um rio que possivelmente representava o rio Eufrates acompanhado de montanhas, assinalando os pontos cardeais. As civilizações do Egipto e Mesopotâmia desenvolviam a agricultura, e por isso, dependiam das irrigações, servindo de grande importância para o estudo hidrológico da região. Ainda na Antiguidade com a expansão política, comercial e marítima no Mediterrâneo, aconteceu a construção de mapas marítimos contendo a descrição de lugares e de seus habitantes. Segundo Andrade (1992), deve-se ressaltar a importante contribuição de Aristóteles para o desenvolvimento do conhecimento geográfico. Este filósofo admitiu a esfericidade da Terra, mas não apenas tratou deste tema, fez também relações aos aspectos físicos e humanos, como a variação do clima com a latitude e a relação entre as raças humanas. Os gregos na costa do Mediterrâneo instauraram colónias em que desenvolviam o comércio e o conhecimento dos lugares. Entre os romanos pode-se destacar a expansão do Cristianismo, religião oficial de Roma no século IV. Neste período, estudiosos afirmavam que os princípios religiosos sobrepunham às ideias científicas já estabelecidas pelos gregos, como por exemplo, a negação aos estudos feitos sobre a esfericidade da Terra, dificultando assim o avanço do conhecimento científico. Ferreira e Simões (1994) relatam que na Idade Média a reorganização do espaço vem com a queda do Império Romano no Ocidente, já que mudanças territoriais foram ocorrendo, pois por meio das invasões bárbaras, guerras foram acontecendo e novas fronteiras foram sendo consolidadas. 

O pensamento geográfico passa a não ser formalizado em termos científicos. “Neste ambiente, a Igreja torna-se o maior poder, já que é o único poder central europeu. As respostas às questões colocadas passam a ser dadas a partir de interpretações bíblicas.” (FERREIRA E SIMÕES, 1994, p. 45). O sistema feudal desencadeado a partir da crise romana é instaurado. Este sistema dominou a vida dos reinos europeus do século X ao século XIII, quando o comércio havia se tornado uma actividade de muito pouca importância. 

No final da Idade Média temos importantes relatos de viagens como as Cruzadas, tendo como consequência a dinamização das relações comerciais entre Ocidente e Oriente. Segundo Ferreira e Simões (1994), com o ressurgimento das curiosidades pelo mundo desconhecido, há o renascimento do comércio entre a Europa e o Oriente e as peregrinações aos lugares santos. Sendo assim, torna-se necessário o desenvolvimento dos instrumentos de navegação, com a utilização de uma Cartografia denominada realista e não mais uma Cartografia religiosa como no início da Idade Média quando a busca por respostas se encontrava numa ordem religiosa. A Cartografia foi reformulada, passando a ser produzidos os chamados portulanos, que para Ferreira e Simões (1994, p. 52) “O nome portulano vem provavelmente da designação <> (do italiano portolano)”, que são os mapas que tinham a capacidade de descrever com detalhes as rotas marítimas. 

Descrições de viagens entre o Ocidente e o Oriente eram feitas, trazendo importantes informações das regiões desconhecidas. Ao mesmo tempo em que o conhecimento do espaço geográfico vinha sendo ampliado, o relacionamento entre sociedade e natureza era estabelecido. Entre os séculos XV e XVIII há o aperfeiçoamento do estudo sobre o magnetismo terrestre, estabelecendo com melhor exactidão a medida das longitudes, podendo-se fazer correcções em antigos mapas. Para Ferreira e Simões (1994) este é um período importante para a ciência geográfica, pois a Geografia retoma os dois rumos que vinha seguindo na Antiguidade, a Geografia matemática e a descritiva. 

Através das viagens e da grande expansão das navegações ao novo mundo, os cientistas puderam fazer observações astronómicas e descrever os lugares. Ferreira e Simões (1994, p.53) descrevem que “A concepção geográfica do mundo mudou mais rapidamente no primeiro quartel do século XVI do que qualquer outra época.” Correcções de mapas eram feitas; o primeiro globo terrestre foi construído nessa época e, no século XVII por meio das observações de estudiosos como Galileu, Copérnico e Kepler, muda-se a concepção sobre a posição da terra no Universo, deixando de ser geocêntrica e passa a ser heliocêntrica. Ferreira e Simões (1994) relatam que na França desenvolve-se uma cartografia de maior escala podendo atender às necessidades de representações territoriais, como administração política, engenharia: estradas e canais; estratégias de guerra, entre outras. 
Porém, com o tempo, a manipulação das experiências praticadas pelo homem vinha sendo feita, alargando a capacidade do desenvolvimento das actividades humanas. Com a manipulação desses problemas respeitando uma ordem preestabelecida por meio de técnicas, surgiu o que chamamos de ciência.

Idade Média
Idade Média instituiu o feudalismo na Europa, tornou a agricultura sua actividade principal e consolidou o poder da Igreja Católica após aliança com os reinos bárbaros.
A Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo após a queda do Império Romano do Ocidente, e termina no século XV, com a conquista de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano. Foi um período marcado pela síntese da herança romana com a cultura dos povos bárbaros que invadiram o Império Romano.

A Igreja Católica tornou-se uma instituição poderosa e influente não apenas na religião, mas também na sociedade medieval. A invasão bárbara provocou a fuga da cidade em direcção ao campo. A Europa ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a terra. A agricultura tornou-se a principal actividade económica, e a produção dos feudos era para o próprio sustento.
A partir do século XIII, por conta dos renascimentos comercial e urbano, o mundo medieval começou a entrar em crise. A centralização do poder nas mãos dos reis derrotou os senhores feudais, pacificou as revoltas servis e abriu as portas da Europa para a Idade Moderna.

Resumo sobre a Idade Média
Idade Média corresponde ao período entre a queda do Império Romano do Ocidente, no século V, e a tomada de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano, no século XV.
Economia: agricultura
Política: descentralizada (senhores feudais)
Sociedade: clero, nobreza e servos
Crise: peste, fome e guerra

Evolução do Pensamento Geográfico na Idade Média (séculos V-XIV)
Muitos pensadores consideram a idade medieval uma fase de retrocesso face ao desenvolvimento científico iniciado no período grego.
A derrocada do império romano do Ocidente em 476 d.C. criou condições de fragmentação e isolamento do grande império, ao mesmo tempo que ocorria o estabelecimento de povos invasores (germânicos, hunos, mongóis e turcos) no espaço do antigo império Romano.

 
O Mundo nos séc. XI e XII, representado no mapa de roda.

Por outro lado, as invasões criaram no império um clima de caos e de vazio de poder que criou condições para a implantação do Cristianismo no ocidente e a afirmação do pensamento cristão como forma de pensamento dominante.
O contexto histórico da época medieval contribuiu para a fragmentação e isolamento no antigo império, retraindo tanto o desenvolvimento científico, como a circulação de homens de ideias. Por outro lado, a cultura científica passou a ser dominada pelos monges que vão desenvolver um ambiente fechado e orientado aos interesses pessoais e divinos.
A idade medieval é, portanto, dominada pelo Teocentrismo, isto é, a visão do mundo luz de Deus. A religião sobrepõe-se à ciência. A bíblia passou a dar resposta as interrogações do Homem relacionadas com os fenómenos da Natureza.
No que concerne à Geografia, a época medieval foi marcada por um certo retrocesso, pois a cartografia perdeu o carácter científico alcançado na idade grega, enquanto o mapa-mundo passou a ser uma espécie de disco circular, com o nome de mapa T em O onde Jerusalém; o principal Pólo da cristandade, ocupava o centro e o T separava os três (3) continentes até então conhecidos: Ásia, África e Europa.
Mas a Idade Média registou igualmente alguns progressos como o aumento do horizonte geográfico graças à expansão árabe a partir do século VIII e a divulgação das obras geográficas helenísticas-Romanas no vasto império árabe, do Afeganistão ao Atlântico. Por outro lado, melhorou o conhecimento geográfico e cartográfico movido pelos interesses económicos, políticos e religiosos dos árabes.

Finalmente, a expansão dos árabes e o contacto com os indianos, chineses, resultou em descrições geográficas de qualidade, particularmente as de Ibn Batuta e Al-Idrisi, dois viajantes e geógrafos árabes.
O conhecimento geográfico na Idade Média também se ampliou como resultado da acção dos normandos, povos vindos do norte da Europa. Grandes aventureiros do mar, os normandos enfrentaram as difíceis condições do Mar do Norte até alcançar o Atlântico Norte, a Islândia e a Groenlândia. Estas viagens ampliaram o espaço geográfico conhecido, apesar do pouco aproveitamento comercial e científico.
Estes povos dirigiram-se, igualmente, à Ásia, movidos por interesses comerciais e religiosos. Neste âmbito foram destacados embaixadores para a Mongólia com o objectivo de estabelecer relações com o grande Khan, chefe Mongol. A primeira viagem ocorreu em 1245, organizada pelo Papa Inocêncio IV e chefiada por Piar de Carpine em 1252; o rei de Franca organizou a 2.a missão comandada por Guilherme Rubruck.
Outra contribuição importante dada pela Geografia na época medieval foram os relatos descritivos das viagens de Marco Polo (1271-1291), incidindo sobre a cultura, o comércio, os produtos do solo, desenvolvimento industrial e as rotas a seguir.
Esta obra, conhecida como o livro das maravilhas, contribuiu para o alargamento do conhecimento do mundo dado que estas viagens permitiram aos europeus conhecer novos espaços culturais e povos.

Geografia no fim da Idade Média e no Renascimento
 
Mapa pictórico: publicado em Veneza, no ano de 1556. Este é um dos primeiros mapas a mostrar o Brasil individualmente. Este raro documento faz parte do Atlas Delle Navigazione e Viaggi, de Giovanni Battista Ramusio.

Parece ter havido um declínio na Geografia, como um todo, durante a Idade Média, que permaneceu até o reaparecimento da cartografia, no fim da Idade Média e início do Renascimento (século XV), impulsionando os primeiros tempos dos descobrimentos europeus. Apesar desses avanços, as tradições da astronomia e da Geografia, verdades da Antiguidade, estiveram presentes em muitos trabalhos de Geografia cristã, que continuaram a aparecer ainda no século XVII. Algumas dessas obras tentaram mostrar uma preocupação em manter o estudo do Universo como suporte da religião, reforçando, mais uma vez, a relação entre a ideia platônica do cosmo e os ensinamentos bíblicos sobre a história do mundo e isto também ocorreu com as obras geográficas. No fim da alta Idade Média, mesmo um pouco antes da passagem para o Renascimento (1100-1200), começaram a surgir estudiosos preocupados com uma nova maneira de se fazer ciência, ou, se preferirmos, uma maneira “séria” de se pensar. Naquele tempo, podem ser encontrados vestígios de um início de empirismo (conhecimento baseado nos sentidos) um considerável número de estudiosos repetia a ideia de Aristóteles de que “nada há no intelecto que não existia primeiro nos sentidos”. 

Idade Média, Renascimento e Iluminismo
"Nova Orbis Tabula in Lucem Edita" (Frederik de Wit, c. 1665)  

Devido à queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico greco-romano foi perdido na Europa. Porém, entre os séculos XI e XII foi preservado, revisto e ampliado por geógrafos muçulmanos da Península Arábica. Mas os acréscimos e acertos feitos pelos geógrafos árabes Edrisi, ibne Batuta e ibne Caldune foram ignorados pelos pensadores europeus. Durante as cruzadas, foram retomadas as primeiras teorias. Assim, os erros de Ptolomeu continuaram no Ocidente até as Grandes Navegações. As Grandes Navegações passaram a reabastecer a Europa de informações mais detalhadas e exactas sobre o restante do mundo. Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius organizou diversos mapas num livro só. Seria este, talvez, o atlas mais antigo do mundo.

Uma importante personalidade que retomou os estudos de geografia foi o alemão Bernhardus Varenius (Bernhard Varen). O livro Geographia generalis (1650; Geografia geral) sofreu várias revisões. Este livro continuou sendo a principal obra de referência durante um século ou mais. O cartógrafo mais importante do século XVI também era de Flandres: Gerardus Mercator. Gerardus Mercator (Gerard de Cremer) ficou famoso por criar um novo sistema de projeções. O então cartógrafo aprimorou os sistemas de projecções que utilizavam longitudes e latitudes.
No século XVIII, James Cook fez a fixação de novos padrões precisos e técnicos em navegação. Foi responsável pelas viagens científicas. Na segunda viagem, circunvagou o globo. Esta viagem científica ocorrida entre 1772 e 1775 foi o mais famoso de seus itinerários. Na França foi criado o primeiro estudo de pesquisadores sobre topografia detalhada de um grande país. Este trabalho intelectual foi realizado entre os séculos XVII e XVIII por quatro gerações de especialistas em astronomia e profissionais de pesquisa da família Cassini. A partir do trabalho, o atlas nacional da França foi publicado pela primeira vez em 1791. 
Como muitos que o antecipavam, Alexander von Humboldt fez uma proposta de conhecimento sobre as demais partes do mundo. Apesar dessa proposta, acabou por fazer a distinção por dois objectivos. Primeiro, pela cautelosa elaboração que antecipava suas viagens bem-sucedidas. E, segundo, pela busca e exactidão de suas análises. São de especial interesse seus estudos sobre os Andes. Estes estudos foram feitos numa viagem às Américas Central e do Sul. Isso ocorreu entre 1799 e 1804. Inicialmente, foi feita uma descrição sistemática e inter-relacionada de cinco características. São elas: altitude, temperatura, vegetação e agricultura em montanhas que se localizam em regiões de latitude em direcção à linha do Equador.

Conclusão 
Terminado trabalho pudemos concluir que no que concerne à Geografia destacam-se, no seu processo de evolução, dois períodos distintos. O primeiro período começa na antiguidade helenística até ao século XIX, momento em que se inicia o segundo período que se prolonga até aos nossos dias, No primeiro período não se pode falar de uma verdadeira Geografia científica, mas sim, de um pensamento com incidências geográficas, resultado das influências de conhecimentos acumuladas nas diferentes épocas históricas.

O segundo período inicia-se com o grande salto qualitativo pela Geografia a partir do século XIX com a institucionalização da Geografia em 1870, graças aos trabalhos de cientistas alemães, particularmente o A. V. Humboldt, C. Ritter, os principais modeladores da Geografia moderna.

No presente trabalho abordamos mais sobre a Evolução do pensamento geográfico na Idade Média, também conhecida por idade das trevas, é marcada pelo recuo do conhecimento científico na Europa. Isto deveu-se à influência e predominância das explicações religiosas sobre as explicações científicas, de tal modo que as respostas às questões colocadas pelos estudiosos deixaram de ser dadas pela ciência e passaram a ser dadas pela bíblia. Embora na idade média o conhecimento geográfico tenha conhecido uma relativa estagnação na Europa ocidental, confinado ao domínio eclesiástico, foram produzidos os mapas OT (orbis terrarum). O povo árabe adoptou os conhecimentos greco-romanos e aperfeiçoou-os, traduzindo do grego a obra de Ptolemeu. Destacam-se também os viajantes árabes Al-Idrisi e Ibn-Batutha que contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento geográfico e da cartografia. O desenvolvimento da navegação marítima conduziu ao abandono da cartografia religiosa e ao regresso à cartografia, real e utilitária. Surgiram, então, os mapas portulanos, que introduziram a rosa-dos-ventos, onde se procurava assinalar com exactidão os acidentes geográficos, como, por exemplo, cabos, baias e rios.
Referências Bibliográficas 
  • WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
  • ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico. 2.ed.São Paulo: Atlas, 1992.
  • FERREIRA, Conceição; SIMÕES, Natércia. A evolução do pensamento geográfico. 8.ed. Lisboa: Gradiva, 1994.
  • GEORGE, Pierre; GUGLIELMO, Raymond; LACOSTE, Yves; KAYSE, Bernard. A Geografia Ativa. Trad. Gil Toledo; Manuel Seabra; Nelson de la Corte, Vincenzo Bochicchio.4.ed. São Paulo: DIFEL, 1975.
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Sistemas agrários e níveis de desenvolvimento - Localização e Características de sistemas agrários

Índice 
Introdução
Sistema agrário
Sistemas agrários e níveis de desenvolvimento
Localização e características
Os principais tipos de sistemas agrários são:
Características
Os sistemas agrários podem ser classificados em dois tipos principais:
Conclusão

Introdução 
Desde o desenvolvimento das primeiras civilizações, a agricultura vem passando por sucessivas transformações em suas formas, sobretudo com a evolução dos instrumentos e os diferentes usos de suas técnicas. São as técnicas que propiciam as diferenciações ao longo do espaço agrário e possibilitam a sua configuração e reconfiguração em diferentes formas com o passar do tempo.
Nesse sentido, existem os agro-sistemas, também chamados de sistemas agrários, que são o conjunto de técnicas ou modelos agro-pecuários de produção responsável pela adopção dos procedimentos de plantio ou cultivo, em que são vistas as relações entre a agricultura e o espaço, além dos resultados da aplicação desses diferentes modelos.
Sistema agrário 
Sistema agrário é um tipo ou modo de produção agro-pecuária em que se observa diversos tipos de cultivos ou criações que são praticados, quais são as técnicas utilizadas e como é a relação da agricultura ou pecuária com o espaço geográfico. Os sistemas agrícolas e a produção pecuária podem ser classificados como intensivos ou extensivos. Essa noção está ligada ao grau de capitalização e ao índice de produtividade, independentemente da área cultivada ou de criação. O sistema agrário de um país esta ligado directamente à distribuição de terras deste. Alguns países onde houve uma reforma agrária “eficiente” a base da agricultura são a familiar, gerando riquezas para um número maior de pessoas. Em países com maior desenvolvimento económico há um melhor uso de tecnologias possibilitando uma maior produtividade, através de subsídios. Em outros países a agricultura é basicamente de subsistência, sem uso de tecnologias e baixa produtividade. 

Sistemas agrários e níveis de desenvolvimento
A noção de sistema agrário está associada ao grau de capitalização da actividade, e ao índice da produtividade, independentemente da área cultivada e/ou da criação de animais. A expressão sistemas agrários compreende as formas de utilização do solo, e os processos utilizados pelo Homem para assegurar o sucesso dessa utilização. Este termo expressa a relação existente entre as plantas cultivadas e os animais empregues no trabalho ou criados para fins produtivos, a distribuição destes recursos no interior da exploração, no espaço e no tempo, os métodos empregues pelo agricultor, indicando maior ou menor intensidade de actividade económica.

Por outras palavras isto quer dizer que o Homem, para reproduzir certas plantas, precisa de utilizar uma certa quantidade de energia física e mental, que é o trabalho. Utiliza também instrumentos de produção, como a enxada, o arado, o tractor, animais, etc.; então, o Homem utiliza técnicas para a reprodução de plantas e, ainda, o conhecimento que lhe foi transmitido através de gerações: plantar numa certa época do ano, usar determinado tipo de semente ou muda, aproveitar um tipo de solo onde é melhor plantar, etc. As técnicas e as tradições que lhe foram transmitidas e de que dispõe, formam os sistemas agrários.
Assim, sistema agrário é a combinação de técnicas e tradições utilizadas pelo Homem nas suas relações com a terra rural, para produzir os produtos de que necessita. Dependendo do sistema económico, do nível técnico-científico, do nível socioeconómico, da disponibilidade de capital, do tamanho das propriedades rurais e das condições naturais de uma certa região ou país, existem vários sistemas agrários.


Uns são ainda primitivos e outros evoluídos. Uns apresentam baixo rendimento, outros grandes rendimentos. Assim, ao analisar-se dinamicamente os sistemas agrários, há que ter em conta a produtividade da terra (produção por hectare cultivado), a produtividade do trabalho (produção em relação ao número de dias de trabalho empregue) e a produtividade do capital (relação entre a produção e os investimentos feitos).
Por isso afirma-se que os sistemas agrários estão enquadrados no tipo de economia e no nível de desenvolvimento da região em que se localizam.

Localização e características
Os factores humanos e naturais que conduzem as diferentes formas de trabalho com a terra para a produção agrícola.
Os principais tipos de sistemas agrários são:
  • Agricultura tradicional;
  • Agricultura moderna.
  • Agricultura tradicional
Este tipo de agricultura pratica-se em varias regiões do mundo como: nos países da África, América latina e do sul e sudeste da Ásia onde o nível tecnológico e científico é muito baixo.

Características
  • É muito dependente das condições naturais (chuvas);
  • Pratica-se muitas vezes em explorações de pequenas dimensões;
  • É uma agricultura de substância esta é destinada ao consumo familiar;
  • Utiliza instrumentos agrícolas rudimentares (enxada, machado);
  • O trabalho é essencialmente manual recorrendo aos animais como forca de tracção;
  • Pratica-se a policultura;
  • Usa adubação natural baseando nos restos de plantas e animais;
  • Apresenta baixo rendimento e baixa produtividade;
  • Pratica-se em exploração de tipo familiar ou trilal;
  • Apresenta baixo volume de produção.

Os sistemas agrários podem ser classificados em dois tipos principais:
  • Agricultura de subsistência, destinada a prover de alimentos o agricultor e sua família, geralmente praticada em pequenas propriedades, com técnicas primárias e rendimento baixo, existe em todos os continentes.
  • Agricultura comercial, como o próprio nome diz, é aquela cuja produção (matéria-prima e alimentos) se destina aos mercados consumidores. Utiliza técnicas avançadas de produção.
São exemplos de agricultura comercial, as plantações de trigo na Argentina, Estados Unidos, Canadá, e na Rússia; a e o café no Brasil; o cacau no Gana, Nigéria, Costa do Marfim, Indonésia e Brasil.
Existem vários outros tipos de sistemas agrários intermédios, ou seja, muitos destes apresentam-se como tipos de transição entre o primeiro e o segundo tipo; no primeiro tipo aplica-se grandemente os factores da terra e mão-de-obra, enquanto no segundo, há grande utilização de capital.
Se estivéssemos a fazer um estudo de matiz da Geografia regional, poderíamos ainda classificar os sistemas agrários de acordo com as grandes regiões, nomeadamente sistemas das regiões equatoriais e tropicais, sistema das regiões áridas e semi-áridas, sistemas das regiões temperadas, etc. 

Conclusão
Terminado trabalho pudemos concluir que um primeiro critério utilizado para classificar os agro-sistemas é a intensidade de utilização do terreno. Nesse ínterim, divide-se a agro-pecuária em intensiva e extensiva.  
Outro critério é o destino ou o objectivo da produção, em que há a agro-pecuária comercial e a de subsistência. A agro-pecuária comercial é aquela voltada para atender ao mercado, seja para exportação, seja para o consumo interno. Já a agro-pecuária de subsistência procura abastecer as necessidades dos seus trabalhadores e comercializar apenas o excedente, quando houver.
Bibliografia 
  • PENA, Rodolfo F. Alves. "Agro-sistemas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agrossistemas.htm. Acesso em 17 de maio de 2022.
  • www.semnegativa.blogsopt.com 

Créditos: 
  • Pércia Baloi - E.S. Liberdade 




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ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA

INTRODUÇÃO
Como uma Instrutora que obedece rigorosamente ao novo programa de ensino secundário geral, o livro pré-universitário – Geografia 11 foi elaborado com vista ao alcance das competências básicas exigidas pelo mesmo fim de cada tema ou unidade abordado.
Por isso no primeiro tema faremos uma introdução ao novo tema relacionado com a geografia nesse caso a estrutura e composição da Atmosfera. E de seguida abordamos os seus respeitos títulos e conteúdos específicos do novo manual.
 
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
A atmosfera é uma fina camada que envolve alguns planetas, composta basicamente por gases e poeira, retidos pela acção da força da gravidade.
Onde o espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera.
O seu limite inferior é a superfície terrestre e o seu limite superior é indeterminado. E por ser difícil determinar com exactidão onde começa uma e termina a outra, é aconselhável geralmente a interpretação complexa e gradual na superfície interplanetária isso resulta pelo facto de a atmosfera ir rarefazendo com altitude onde o n.º de moléculas de gases por unidade de volume vai diminuindo à medida que nos afastamos da superfície terrestre.
As explorações científicas revelaram que até aos níveis altos da atmosfera a heterogénea e a que respeita a composição química. Com base nisso é possível distinguir várias camadas: A Troposfera, Litosfera, Mesosfera, Termosfera e Exosfera, chamadas estruturas vertical da Atmosfera. Essas camadas têm uma forma aproximadamente esférica e concêntrica.

1ª Camada da Atmosfera
Troposfera: é a camada inferior da atmosfera que contacta directamente com a superfície é a tropopausa.
A sua espessura média varia entre 12 quilómetros, e 7 – 8 quilómetros nos polos 16 – 17 K/m no equador.
A temperatura descreve com elevação da altitude cerca de 0.68ºC por cada 10 metros no término positivo. Na tropopausa a temperatura é mais alta nos Polos (- 40º C) que no equador (- 80º C) devido a maior espessura da troposfera sobre a região equatorial, e todos os fenómenos meteorológicos registam-se nesta camada a mais turbulenta e agitada da atmosfera.

2ª Camada da Atmosfera
Estratosfera: é a camada que se segue à troposfera, estendendo-se da tropopausa aproximadamente a 50 Km de altitude. A temperatura aumenta com a altitude do ozono que absorve parte da radiação solar. O térmico vertical é negativo, o comportamento da temperatura não é igual em toda camada.
Em comparação a troposfera, a estratosfera é a camada mais estável, na ocorrência de fenómenos meteorológicos – sendo utilizada por inúmeras vezes por aviões que procuram realizar viagens calmas.

3ª Camada da Atmosfera
Mesosfera: é a terceira camada da Atmosfera, que se encontra desde a superfície terrestre.
Na estratopausa está limitada a 50 Km, e na mesopausa a 80Km.
A temperatura atinge a um valor mínimo de 90ºC junto á mesopausa. Este facto deriva a menor concentração de ozono e da rarefação do ar.
A sua formação está ainda envolta em mistério, pensa-se que o valor de água condensa sobre núcleo, microscópios oriundos da desintegração de meteoroides. As estrelas cadentes, pequenos corpos rochosos provenientes das cinturas de asteroides, que ao entrarem na atmosfera terrestre entram em combustão vaporizando-se.

4ª Camada da Atmosfera
Termosfera: é a camada que se segue á mesosfera. O seu limite superior encontra-se a cerca de 500 Km de altitude numa área designada termopausa.
As moléculas de ar possuem uma determinada energia. As altitudes da termosfera, as moléculas têm uma energia muito elevada, pelo que as temperaturas são efectivamente correctas.
A baixa densidade doar e a intensa radiação solar provocam uma ionização geral, chamada iões.
Na termosfera também ocorre fenómenos luminosos designadas auroras polares que resultam do impacto de partículas de vento solar.
Consoante a região Polar onde surgem, chamam-se auroras boreiais ou auroras austrais.

5ª Camada da Atmosfera
Exosfera: é a camada mais externa da atmosfera, constituindo a área de transição com espaço interplanetário. Não possui um limite superior bem definido.
A temperatura é estável. Os gases estão muitos rarefeitos, não havendo mistura nem colisão entre eles.
Os telescópios espaciais e os satélites artificiais aí localizados não necessitam de protecção térmica.
A atmosfera terrestre é uma mistura complexa de vários gases embora contenha também partículas sólidas e líquidas.
Nesta camada o “azoto” é o gás, mas comum, totalizando mais de 78% de ar seco. Alem disso, dilui o oxigénio, tornando o ar mais respirável.
Em suma, o “azoto” e o “oxigénio” são os componentes atmosféricos mais abundantes, ocupando um total de 99% do volume de troposfera.
Outros gases constituintes, embora com muito menores concentrações. Têm um importante papel no sistema Terra – Atmosfera.
Outro gás minoritário é o ozono é o ozono, responsável pela absorção das radiações ultravioleta, emitido pelo sol.
Uma pequeníssima parte da atmosfera é constituída por quantidades variáveis de minúsculas partículas sólidas e líquidas em suspensão, conhecidas por aerossóis. Partículas de hidrocarbonetos, de Pólenes ou miorganismo introduzidos na atmosfera nas erupções vulcânicas, incêndios e emissões de Poluentes. E1 Erupções vulcânica, incêndio florestal e Poluição Atmosférica.
As moléculas de azoto e de oxigénio são alvo de ionização, processo, desencadeado pela radiação solar que oriá iões e electrões li
CONCLUSÃO
Nesta unidade concluímos que a Estrutura e Composição da atmosfera é onde o espaço, o planeta terra explica as suas principais camadas da superfície da terra (Universo).
 

BIBLIOGRAFIA
PINHO, Hélio; SILVA José Julião Geografia 11ª Classe Plural Editores;
 

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Importância da Actividade Industrial e Comercial

Introdução
Como já é sabido por todos, a actividade industrial consiste no processo de produção que visa transformar matérias-primas em mercadoria através do trabalho humano e, de forma cada vez mais comum, utilizando-se de máquinas. Por sua vez, o comércio baseia-se na troca voluntária de produtos. As trocas podem ter lugar entre dois parceiros (comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros (comércio multilateral). Entre estas duas actividades existe uma ligação que faz com que estas andem sempre juntas. E por sua vez são de extrema importância para o homem. Porém, estas actividades tanto como outras, trazem consigo impactos negativos fortes.
Deste modo, nesta abordagem, falar-se-á desde a Importância da Actividade Industrial e Comercial, os impactos da actividade industrial sobre o meio ambiente, da protecção e conservação dos recursos naturais numa perspectiva de desenvolvimento sustentável sobretudo em particular Moçambique.

Importância da Actividade Industrial e Comercial
Não há dúvidas em considerar que a indústria e o comércio proporcionam o crescimento das economias. É justamente por isso que se parte do princípio de que a indústria constitui o motor principal do crescimento económico, sendo o grande promotor do desenvolvimento global graças ao comércio. Ambas as actividades são indissociáveis. Neste contexto, elas desempenham um papel fundamental na elevação do nível de vida das pessoas de uma determinada região.
O mundo moderno, dominado pela sociedade de consumo, tem na indústria um dos mais importantes sectores da sua economia, pois é ela que fornece os diversos instrumentos de produção para todos os sectores económicos produtivos que são distribuídos através do comércio.
Esta última actividade proporciona as transações de capitais, bens ou mercadorias produzidos pela primeira.
A indústria estimula o desenvolvimento de actividades que lhe são complementares, como a de fornecimento de matérias-primas e de energia, produz capitais e estimula o desenvolvimento de transportes, comércio e serviços, sendo considerada um dos indicadores que permite avaliar o nível de desenvolvimento de um determinado país ou região. Tal como a indústria, o comércio possui a capacidade de fornecer fontes directas ou indirectas de emprego às populações, permite a entrada de divisas e, consequentemente, o incremento do PIB, proporciona a criação e melhoria de infra-estruturas, desenvolvimento regional e a distribuição das actividades socioeconómicas.
Permite também a aproximação dos povos, através da troca de produtos e bens específicos e diferenciadores de culturas e de identidades territoriais e civilizacionais.
Impactos da actividade industrial sobre o meio ambiente
O desenvolvimento industrial deve ter em conta cada vez mais o problema da poluição e a preservação do ambiente. Contudo, pode-se constatar que a poluição atmosférica em certos espaços industriais é determinada pela natureza das indústrias aí instaladas; as indústrias de produção de bens de equipamentos são as que constituem maior fonte de poluentes e contaminantes para o ambiente, dado que estas libertam para a atmosfera, solo e meio aquático quantidades consideráveis de substâncias tóxicas que impedem o funcionamento equilibrado dos ecossistemas, constituindo, por isso, urna ameaça à sobrevivência dos seres vivos na biosfera.
Um exemplo destes problemas ocorreu no Japão, em 1956. Nesse ano, na cidade costeira de Minamata, centenas de pessoas morreram ou ficaram paralíticas por envenenamento de mercúrio. A investigação realizada descobriu que uma fábrica da região, que produzia fertilizantes químicos, lançava resíduos no mar e baía circundantes desde 1930. Entre esses resíduos estava mercúrio, o qual era utilizado na fábrica como catalisador. Vinte anos depois começaram a surgir os sintomas de contaminação em plantas, aves e peixes do meio ambiente. Após as pesquisas realizadas para procurar descobrir qual a causa do envenenamento, concluiu-se que o mesmo teve origem no peixe pescado naquelas águas e que era consumido em grandes quantidades pela população. Este tipo de envenenamento ficou, desde então, conhecido por Síndrome de Minamata.
O facto apresentado permite-nos concluir que, apesar da indústria constituir uma actividade económica indispensável ao desenvolvimento, provoca também problemas nefastos ao meio natural. As indústrias de base são muito prejudiciais no que respeita a poluição atmosférica, pois libertam gases tóxicos (as centrais térmicas a carvão e as refinarias de petróleo lançam para a atmosfera óxidos de carbono e de anidrido sulfuroso). Os fumos e gases de alto fornos contribuem para o surgimento de nevoeiros cada vez mais tóxicos do tipo smog, que afectam cada vez mais cada vez mais as grandes concentrações urbano-industriais.
As fábricas de cimentos, de alumínio e de siderurgia constituem também indústrias altamente poluente contribuído para o acentuar efeito de estufa e do aquecimento global e, deste modo, para a fusão dos glaciares existentes nas regiões perpetuamente cobertas de neves, ulterior subida no nível médio das águas do mar, inundações de regiões costeiras e desaparecimento de ecossistemas, também como outros riscos para a biosfera.
Um outro flagelo silencioso, decorrente da actividade industrial, é a chuva ácida resultante da poluição proveniente das indústrias siderúrgicas metalúrgicas.
Só para elucidar, muitos lagos, sobretudo na Escandinávia e no Canadá, estão considerados biologicamente mortos, visto que neles desapareceu toda a fauna e flora, resultante das concentrações exageradas de amónio, cianetos, nitratos e detergentes nas suas águas. Monumentos famosos como, por exemplo, o Parténon, na Grécia, e o Coliseu de Roma, apresentam-se danificados pela acção corrosiva das chuvas ácidas. Muitos cientistas temem as suas repercussões sobre a saúde dos homens.
A problemática da redução da camada de ozono decorrente da emissão de gases pelas indústrias é uma questão bastante séria, que no futuro poderá comprometer a saúde pública neste frágil planeta.
Ainda nesta perspectiva, uma das indústrias mais problemáticas é a nuclear pois, além da poluição, levanta questões complicadas de segurança. Lembremo-nos da tragédia sem precedentes, ocorrida a 26 de Abril de 1986:0 acidente da explosão do reactor nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, antiga URSS. Os efeitos da fuga de radioactividade provocaram a morte de centenas de pessoas, persistindo ainda hoje alguns dos seus efeitos. De facto, urna imensa nuvem radioactiva espalhou-se por grande parte da Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e outras áreas da Europa e, por fim, circundou o planeta. Durante dez dias, nuvens de material radioactivo dispersaram-se na atmosfera, expondo assim as pessoas e o ambiente nos arredores a níveis de radiação cem vezes maiores que os causados pelas bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, no final da Segunda Guerra Mundial.
Adjacente aos impactos da industrialização sobre o meio natural, coloca-se a problemática da degradação e esgotamento dos recursos naturais, principalmente os não renováveis, devido à sua exploração não sustentável, comprometendo assim a satisfação das necessidades das futuras gerações. Alguns estudos recentes de especialistas mostram que, com o actual ritmo de industrialização e comercialização, as reservas mundiais energéticas de minerais metálicos e não metálicos estão a reduzir-se de forma crescente, o que poderá conduzir ao seu esgotamento e a implicações significativas num futuro mais próximo.

Protecção e conservação dos recursos naturais numa perspectiva de desenvolvimento sustentável
A necessidade de tomar medidas com vista à Protecção e melhoria do ambiente e à conservação da Natureza é hoje do conhecimento da generalidade dos países, isto porque existem opiniões antagónicas sobre a disponibilidade dos recursos naturais do planeta Terra, a curto, médio e longo prazo. Apesar disso, constata-se que estes recursos estão a esgotar-se, pois a industrialização crescente e o elevado crescimento demográfico têm impelido uma sobre-exploração destes valiosos recursos, comprometendo assim o usufruto destes pelas futuras gerações.
Paralelamente a essa preocupação,’ coloca-se a problemática da falta de segurança no que diz respeito à deposição e eliminação dos resíduos perigosos e radioactivos. Algumas soluções têm sido tentadas no sentido de minimizar os problemas da poluição nuclear. Nuns casos, os detritos radioactivos são introduzidos em grandes caixas de cimento que depois são lançadas para o oceano, longe da costa. Contudo, há o perigo de essas caixas poderem vir a deteriorar-se com o passar do tempo e libertar o seu conteúdo perigoso.
Noutros casos, armazenam-se os recipientes a grandes profundidades, em galerias subterrâneas.
Mas também neste caso há possibilidade de um tremor de terra (sismo) ou uma erupção vulcânica poderem vir a rebentá-las. Com a falta de outras soluções, até já se pensa em lançá-los na Lua. A reciclagem dos elementos fósseis, separando-os de outros elementos inofensivos ou perigosos, parece constituir uma das alternativas convenientes para o problema dos resíduos nucleares.
Conscientes dos adversos impactos ambientais decorrente da actividade industrial, é imperioso que se adoptem ações eficientes tendentes a proporcionar um ambiente sadio, sem no entanto renunciar ao desenvolvimento das actividades industriais. Isto porque as consequências decorrentes desta actividade não se limitam apenas aos locais circundantes ao local industrial, alcançando regiões muito distantes, o que poderá contribuir para a degradação da biosfera. Deste modo, é imprescindível que se criem sinergias a nível local, regional e global, com vista a permitir o bem-estar das populações e do ambiente, antes que seja tarde demais para reverter este cenário.
O que acontecer à Terra terá consequências nos filhos dos homens, portanto é urgente que tomemos medidas rumo à sustentabilidade ambiental. A Terra não pertence ao Homem, é o Homem que pertence à Terra.
Nesta perspectiva, deve-se:
  • Materializar a implementação de protocolos ratificados que protejam o ambiente;
  • Transferir tecnologias de ponta para os países em desenvolvimento como, por exemplo, a substituição dos obsoletos sistemas de desempoeiramento, por outros adequados (electrofiltros, chaminés industriais, etc.), ou seja, equipar as indústrias com tecnologias que reduzam o consumo de energia e torná-las menos poluidoras;
  • Aplicar catalisadores em todos os automóveis, de modo a diminuir a emissão de fumos e gases que provocam o efeito de estufa;
  • Manter a inspeção, tanto nos veículos como nas indústrias, com o intuito de abrandar os níveis de emissão de gases nocivos para a atmosfera;
  • Deve-se igualmente apostar no uso de energias limpas ou alternativas, dado que essas têm um menor poder de emissão de gases que degradam a atmosfera;
  • Adoptar o princípio dos 3R (redução, reutilização e reciclagem) tanto nos resíduos sólidos como nos diversos recursos naturais;
  • Fomentar a educação ambiental de modo a permitir uma consciencialização ecológica rumo à sustentabilidade ambiental;
  • Transferir as indústrias mais poluentes para regiões muito distantes dos aglomerados populacionais;
  • Levar a cabo a Avaliação do Impacto Ambiental nos projectos de desenvolvimento;
  • Implementar o reflorestamento, visto que as árvores absorvem grandes quantidades de CO2, contribuindo assim para a redução do teor deste gás na atmosfera;
  • Explorar de forma sustentável os recursos naturais, sejam eles hídricos, energéticos, minerais, florestais e faunísticos, com vista a proporcionar o usufruto destes pelas gerações vindouras;
  • Adoptar o princípio do poluidor-pagador (3P), visando responsabilizar os responsáveis pelos danos e a correção pelos infractores.
No caso de Moçambique
Em Moçambique, a Protecção e conservação dos recursos naturais é feita de diversas formas possíveis, temos como exemplo da criação de associações por províncias, a disciplina de Educação Moral e Cívica, o Curso de Gestão de Recursos Naturais, e várias outras formas. Esses todos métodos visam em simultâneo consciencializar os indivíduos a fazerem uma maior gestão daquilo que é a nossa riqueza natural.

Exemplo de Nampula
Mário Albino Muquissince, coordenador da Associação para Educação Moral e Cívica na Exploração dos Recursos Naturais em Nampula (ASSEMONA), afirma que a luta pela protecção dos recursos naturais deve ser equiparada à guerra que foi travada contra o colonialismo, durante a qual todos eram chamados a defender a sua pátria para o bem das actuais gerações, e chama a atenção para que os dirigentes sejam os primeiros a respeitar a legislação vigente para que o povo lhes siga o exemplo. Para Muquissince, o incumprimento da lei no que diz respeito à protecção de recursos naturais está a tomar proporções alarmantes e a permitir que as populações sejam as mais prejudicadas.
Para além da ASSEMONA, encontramos também a AMA, – Associação do Meio Ambiente é uma Organização Não Governamental Moçambicana, foi criada em 1990 na cidade de Pemba, Província de Cabo Delgado por um grupo de jovens movidos pelo interesse de salvaguardar os recursos naturais. Ama tem vindo a crescer, a desenvolver e a estabelecer-se como um actor de referência na sensibilização e no fortalecimento das comunidades na área de gestão dos recursos naturais e meio ambiente.

Constatações e Comentários
A indústria pode ser encarada no seu sentido restrito e no sentido lato. Entende-se como sendo a produção ou transformação de matérias-primas em produtos elaborados ou semi-elaborados por meios mecânicos. Em contrapartida, no seu sentido mais amplo inclui o artesanato ou produção doméstica/tradicional, através de meios manuais pela mão-de-obra familiar.
A actividade industrial está estreitamente ligada ao comércio, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento económico das sociedades modernas.
As indústrias podem classificar-se de acordo com vários critérios, nomeadamente:
  • De acordo com o estágio de elaboração da produção;
  • De acordo com a finalidade ou destinos dos produtos (bens);
  • De acordo com as afinidades tecnológicas, entre outros.
  • A localização espacial das indústrias é condicionada por factores de ordem físico natural e socioeconómica.
As indústrias que laboram quantidades rias-primas cujo transporte é caro e/ou difícil devem localizar-se preferencialmente junto às fontes de matérias-primas.
A importância económica da indústria resume-se fundamentalmente nos seguintes aspectos: estimula o desenvolvimento socioeconómico, fornece emprego à mão-de-obra, forçando a sua qualificação, produz capitais e, consequentemente, um incremento no PIB, estimula o desenvolvimento do comércio, dos transportes e outros serviços.
Apesar dos impactos positivos da indústria no âmbito socioeconómico, elas constituem uma fonte de poluentes e contaminantes. Este facto tem múltiplos efeitos negativos ao nível ambiental, concretamente na degradação dos ecossistemas e na saúde pública.

Conclusão
Terminada a abordagem, temos como conclusões e constatações o seguinte: a importância da actividade industrial consiste no valor agregado (mais empregos, com maiores salários, com maior movimentação da economia, com maiores garantias de atenção aos direitos trabalhistas e previdenciários) que os produtos da indústria possuem frente aos das demais actividades econômicas, em especial em actividades que visam apenas o fornecimento de matérias-primas, tais como a agricultura, a agropecuária, e a mineração.

Apesar dos impactos positivos da indústria no âmbito socioeconómico, elas constituem uma fonte de poluentes e contaminantes. Este facto tem múltiplos efeitos negativos ao nível ambiental, concretamente na degradação dos ecossistemas e na saúde pública. É neste sentido que a localização espacial das indústrias é condicionada por factores de ordem físico natural e socioeconómica.


Bibliografia
MONSO, Francisco Jorge, VICTOR, Ringo, Pré-Universitário 12, Longman Lda, Maputo
SILVA, José Julião da., GEOGRAFIA - 12.ª CLASSE, Maputo, Plural Editores Moçambique, 2014


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Estudo da aquacultura

Introdução
No presente trabalho vamos falar sobre o estudo a aquacultura, as suas vantagens, desvantagens, metodos de criação do peixe em viveiros ou tanques, cuidados a considerar na instalação de um viveiro. Tambem vamos abordar sobre o valor nutritivo do pescado assim como os cuidados de higiene a ter com o pescado de forma na evitar doenças ou a perda do valor nutritivo do pescado.
Estudo da aquacultura
Vantagens
  • Oferece vantagens sociais das populações de enumeros paises onde o pescado marinho não pode chegar em boas condições semiterias e o preço razoável;
  • Produção organica de pescado, mantendo a qualidade dos peixes sem alterar o equilibrio ambiental;
  • Consegue-se aumentar significativamente a qualidade de peixe comparativamente a pesca;
  • É possivel manter uma dieta equilibrada e adequada as especieis assegurando que se desenvolvam de forma saudavel sem alterar o seu nutritivo;
Desvantagens
  • O numero de peixes selvagens, como por exemplo sal tem vindo a sofrer alterações;
  • As racções, os produtos utilizados nesta pratica podem prejudicar o ecosistema, caso seja alcançadas no meio ambiente sem o devido tratamento;
  • Rapida propagação de doenças e consequentemente um menor tempo de reacção face a qualquer problema.
  • Reduz a mão-de-obra necessaria, pois a colheita é muito simples que a realizada na pesca e por consequência aumenta o índice do desemprego. 
Metodos de criação de peixe (Sistema)
Existem no mundo três (3) metodos ou sistemas de criação de peixes, nomeadamente:
  • Extensivo
  • Semi-intensivo
  • Intensivo
Sistema extensivo
É aquele praticado com reservatorios, lagos e lagoas que não foram constituidos para o cultivo de peixe, mais para outra finalidade, a exemplos de bebedores e comedouros de animais, este sistema de criação apresenta menor indice de produtividade uma vez que a alimentação dos peixes depende dos corpos de águas(naturais) e não a suplantação alimentar.
Neste sistema a taxa de estacagem é de um peixe para cada 10m2.

Sistema semi-intensivo
É a criação de peixes em viveiros e tanques;
Em que o homem contribui com alguns melhoramentos, exemplo do eriquecimento da água com adubos visando aumentar a qualidade de alimentos naturais, e com a oferta aos peixes dos sub-produtos agricolas, tais como exterro de galinha, raspa de mandioca, milho e frutas.
A taxa de estacagem utilizada é de três (3) a cinco (5) peixes por m2.

Sistema intensivo
Neste sistema a criação é realizada em viveiros projectados especialmente para a criação de peixes.
Os viveiros constituem um sistema de abastecimento e escoamento de água controlada de estacagem é programada como manda uma criação de alta produtividade que para aumentar o crescimento dos peixes usa-se além de fertilizantes a alimentação balanciada.

Instalação de um tanque ou viveiro para criação de peixe
Pode se fazer a criação de peixes num tanque ou viveiro, desde que haja controle de fluxo de entrada e saida de água.
Os principais factores a observar em tanques ou viveiros são:
  • Localização
  • Disponibilidade de água
  • Tipo de acesso
  • Proximidade no mercado consumidor
Localização – Os tanques ou viveiros para criação de peixe devem estar longe das zonas.
Disponibilidade da água – A quantidade da água necessaria para o desenvolvimento da psicultura é calculada observando-se a area e a profundidade do viveiro. Um tanque pode ter cerca de 30000 litros de água.
Tipos de viveiros – Em psicultura, viveiro é um reservatório cavado em terreno natural, doptado de um sistema de abastecimento e drenagem de água, que permite encher ou secar num curto espaço de tempo. Os viveiros são divididos de forma estrutural, em três tipos:
  • Viveiros de barragem
  • Viveiros de derivação
  • Tanques
Caracteristicas fisicas e quimicas da água
As caracteristicas são fundamentais para o organismo que nela vivem, pois determinam as condições ambientais que favorecem o crescimento e sobrevivência das especieis vegetais e animais aquáticas. As variações mais importantes que devem ser monitoradas em cultura do peixe são:

- Temperatura 
Exerce uma importancia profunda e desempenha papel predominante na alimentação, respiração e reprodução dos peixes, na disponibilidade de oxigenio dissolvido regulando o apetite do peixe.

- Potencial de hidrogênio (PH)
É a medida que expressa se a água é acida ou alcalina em escala que varia de 0-14; Este factor intervêm na distribuição dos organismos aquáticos. A respiração (fotossintese), adubação, calagem e a poluição são factores capazes de alterar o PH da água.

-Turbidez
É o efeito de redução de luz solar ao atravessar a coluna de água pravocada pela presença de materiais em suspensão, particula de argila, detritos organicos (feses) e microorganismos que vivem na água.

-Calagem
É a aplicação de calcário denométrico ou cal vargem de forma homogénia no fundo limpo e seco do viveiro para realizar a sepeia contra ovos e larvas e parasitas;
Corrigir o PH do solo ou da água;
Corrigir a turbidez causada pela mineralização da materia organica.

Melhoras
A calagem provoca a elevação dp PH, aumenta o teor da alcalinidade e a dureza da água, o que torna mais saudavel a vida dos microorganismos.
A calagem interfer nas carcteristicas fisicas e quimicas do solo do fundo do viveiro, provocando melhor aproveitamento dos fertilizantes organicos e minerais.


Navegação Maritima
É a actividade de deslocamento de veiculos aquáticos sobre a água (nautica).

Breve historial da navegação maritima
Há mais de cinco mil (5000) anos o homem primitivo em sua embarcação também primitivas navegava em mares até então desconhecidos. Estava sempre em busca de locais onde encontraria peixe em abundância, quando a prioridade era caça e pesca.
A orientação neste tempo era basiada em arvores, pedras e pontos relevante e que contavam com a ajuda do vento para voltarem ao ponto de partida.
Naquele tempo, muitos acreditava que a terra era dominada por seres mostruosos enqunto outros tinham visão de terra finita e a navegar para além da linha de horizonte a tabela podia cair em um grande abismo.

Novo milenio
Hoje a navegação é globalizada, é fonte de riqueza e alimentação, grande parte dos produtos são transportados por grandes navios. 
Actualmente a tecnologia usada para o posicionamento e monitoramento do navio é o GPS.

Vantagem
  • Permite o deslocamento de muitos produtos de diversa natureza com menos custo associado em comparação com o transporte aerio.
  • Baixo custo de transporte de mercadorias.
Desvantagem
  • Pouca flexibilidade no transporte de carga;
  • Baixa velocidade no transporte de carga;
  • Distancia dos portos ao centro de produção
  • Empregos ou perdas de carga;
  • Ataques dos piratas do mar.

Principais movimentos da terra
Durante muito tempo, julgou-se que a terra estava imovel e que o sol girava em volta dela. Só no seculo XVI se demonstrou que esse movimento era aparente( que não é o sol que vira em torno da terra mas sim a terra que gira em torno do eixo imaginario.
A terra realiza dois movimentos principais:
  • Rotação
  • Translação
Movimento de Rotação
É o que a terra realiza em torno de si mesma ou de um eixo imaginario e o sentido do movimento é anti-horario (oeste para este) e tem a duração de aproximadamente 24h (23h56’4’’). Este movimento da origem as noites e aos dias.

Movimento de translação
É o movimento que aterra executa em volta do sol e atrajetoria percorrida chama-se orbita. As estações do ano resultam das diferentes posições que a terra ocupa em relação ao sol.
Na tranlação realiza-se aproximadamente 365dias e 6 horas. Esta 6 horas ao fim de 4 anos, equivalem a 24horas ou seja um dia que é acrescentado ao mês de fevereiro, este mês tem geralmente 28 dias e passa ater 29 dias e este ano denomina-se ano bissexto.

A velocidade angular do planeta em torno do solo não é constante, sendo maxima na peroéria e a minima numa aféria.

Orbita solar
Orbita é a trajectoria que um corpo percorre ao redor do outro sobre influ^encia de alguma força normalmente agravitica.

Estações do ano
Equinoçio – refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual a duração da noite.
Solistiçio – é uma palavra que deriva do latim que significa parado e esta associada a ideia de que o sol estaria como que estacionário e marca a época do ano que o sol atinge o maximo de afastamento angular do equador.

Coordenada geografica
São sistemas de linhas imaginarias traçadas sobre o globo terrestre.
As coordenadas geograficas baseam-se em linhas imaginarias traçadas no globo terrestre e são medidas em graus.

Paralelos
Os paralelos são linhas paralelas ao equador ( a própria linha imaginaria do equador é um paralelo).

Meridianos
Os meridianos são linas semi-circulares que vão do polo norte ao polo sul cruzando as paralelas e todos meridianos tem o mesmo tamanho.

Existem 4 modos de designar uma localização exacta para qualquer ponto do globo terrestre.

O globo é dividido em latitudes que vão de 0-900graus (norte – Sul) e longitudes que vão de (0-1800graus (leste – oeste). Para os pontos cardiais usam-se as siglas internacionais:
N = Norte; S = Sul; E = Leste; W = Oeste

Cartografia e escalas de carta
Mapa é uma imagem reduzida da realidade, sendo o valor desta redução a sua escala.
A escala pode ser representada numericamente e graficamente.
A escala numerica expressa uma fracção ordinária (denominador sobre numerando) a escala é maior quando o denominador for maior, sendo que os mapas com essas escalas são os que fornecem mais detalhes.
As escalas menores são as menos detalhadas.

Nota:
A documentação cartográfica com essa escala de até 1/25000 é denominada como planta e 1/250000 esse documento é denominado como carta cartografica.
Valor nutritivo do pescado na dieta alimentar
Os peixes tem proporcionalmente mais tecidos musculares que os animais domesticos mais usados pelo homem como alimento. A percentagem (%) dos peixes oscila entre 47% - 67% dependendo das especies, idade e tipo de processamento o conteudo em pratrina varia de 15%-24%. Esta variação é influenciada pela especie, idade, época de captura, habitate e desenvolvimento sexual.
O contéudo em aminoácidos essenciais é mais completa; digestibilidade da sua pratrina é alta, atingindo 90% - 95%, portanto superior a dos bovinos. Como deve saber a pratrina tem muito valor como acompanhate dos alimentos porque fornecem os matérias essenciais para o crescimento e a manuntenção do organismo humano e ate mesmo outros seres animais.
A função mais importante das proteinas é de serem construtores dos tecidos do organismo promovendo o seu crescimento.
Nesse processo é fundamental a proporção dos aminoácidos essenciais.
São chamados aminoácidos essenciais os aminoácidos que o organismo humano não consegue sintetizar por si mesmo fazendo-o não consegue satisfazer as suas necessidades, pelo que temos que garantir a sua presença nos alimentos que consumimos.
Os peixes são ricos em minerais como: fosfóro, calcio, iodo, ferro e cobre. O oléo do figado de bacalhão é rico em vitaminas.
A riqueza do peixe em minerais também o torna um alimento de alto valor para a fase do crescimento e formação do equeleto e para a contínua actividade muscular que é fundamental para avida entre as demais funções.

Praticas de higiene do manuseamento do pescado
Pescado após a captura
Os produtos do mar em particular os peixes são de alto valor nutritivo e por isso, são um meio fertíl para a multiplicação “microbiana” e facil deteriorização do pescado, sobre tudo quando não se lançam mãos aos processos de higiene e conservação. É importante que o pescdo após a captura apresente uma copulação bacteriana inicial baixa e que nesses primeiros momentos não haja factores que a incrimentem.



Higiene pessoal
A higiente pessoal é meio caminho andado para a conservação do pescado, porque o homem pode veicular os microorganismos que vivem no seu corpo e nos meios em sua volta, que são ricas em micro-organismos, alguns dos quais, indicadores de contaminação fecal e factor de regrição para o consumo humano.
A higiene pessoal reduz a população microbiana contaminante, que seria um acrescimo a população bactéria que o pescado trás na sua captura.
A flora microbiana nas regiões temperadas é constituida por bactérias anaherobicas ou facultativa, psicatroficas, gram negativas do genéro pseudomanas e altermonas, moroxella, acimotobater.

Conclusão
Do presente trabalho pode-se concluir que a aquacultura é muito importante para o homem visto que o peixe é um alimento indispensável na dieta alimentar e que possui um alto valor nutritivo. Mas para o processo ser bem sucedido é necessário obdecer certas regras para evitar que os peixes não consigam sobreviver nos viveiros ou tanques. E tambem, é muito importante manter a higiene pessoal assim como do local de armazenamento do pesca.


Referências Blibliograficas
  • GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel; Pré-Universitário – Agro-Pecuaria 12ª, Maputo, Plural Editores Moçambique, 2017
  • ARANHA, Maria, L.A.; MARTINS, Maria, H. P., Introtução à Agro-Pecuaria, São Paulo, Editora Moderna, 1991 
  • www.semnegativa.com


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Os prazos da coroa em moçambique

Introdução
     O presente trabalho aborda um tema bastante importante para todos, temas este que diz respeito à,  prazos da coroa em moçambique onde vimos que os prazos foram uma unidade politica criada pelos portugueses em moçambique, também iremos ver a sua formação, localização, bases económicas, estrutura social e aparato ideológico e a decadência


Os prazos da coroa em moçambique
      O que eram os prazos os prazos foram uma unidade politica criada pelos portugueses em território moçambicano.
Eram terras arrendadas por mercadores á coroa portuguesa, com intuito de explorarem economicamente.
           O nome prazo veio do conteúdo dos contratos que a coroa fazia com os seus mercadores. O termo prazo aparece no século XVII, quando os portugueses começaram a receber do vice-rei da india em nome do rei de Portugal, por um prazo de tempo 1,2 ou mais vidas ou gerações, aos recebedores de um prazo chama-se prazeiros.
         Os prazos da coroa surgem como propriedades estatais, sujeitas a uma renda anual em ouro e constituíam uma verdadeira estrutura militar do capital mercantil. Estas unidades politicas caracterizavam-se cultural e politicamente por assentarem na base de raízes da tradição cultural africana, adaptadas aos interesses administrativos comerciais da época.

Formação
    Os prazos remontam ao século XVII e terminaram definitivamente so na década 30 do século XX.
     A origem dos prazos pode remontar a penetração portuguesa no vale do Zambeze, entre Quilimane e Zumbo uma zona da actual provincia de tete, que se verificou desde meados do seculo XVI quando, de forma espontânea, homens do reino se aventuraram legal ou ilegalmente no comercio. No entanto, so depois de 1618, com a regulamentação da lei sobre concessão de terras, e que a coroa portuguesa iniciou o processo de reconhecimento dos previlegios e direitos destes primeiros ocupantes portugueses, passando a designa-los  de prazos da coroa.
   Os prazos tinham deveres para com a coroa:
_ Reger-se pelas leis regias, assim como na administração do seu território. O capitão-mor dependente do vice-rei da india era quem zelava por essa aplicação:
_ expandir a civilização portuguesa e a fé crista:
_ proteger os habitantes africanos residentes nos prazos:
_ pagar o imposto anual foro, equivalente a 1/10 do rendimente do prazo.
     Contudo no processoda formação dos prazos, surgiram varias dificuldades ou problemas. Na pratica, a formação dos prazos funcionou apenas em beneficio dos prazeiros contra as pretensões da coroa portuguesa.


 Localização
        O alcance dos prazos desenvolveu-se ao longo do vale do Zambeze entre quelimane e zambia, de modo a controlar as principais rotas comerciais.
        Cada prazo tinha uma área de cerca de cinco léguas quadradas.
    Os prazos do vale Zambeze mais conhecidos foram: Massingire, Gorongoza, Matololo, Garazimamba, Kanyemba, Makanga e Matakenya.

Base económica
      A base económica deste domínio era o comercio mercantil, isto e, os prazos serviam de bolsas de escoamento de mercadorias  ouro e marfim, numa primeira fase, e escravos, depois aproveitando as condições naturais do rio Zambeze para escoar os produtos ate a costa litoral do indico.
     A cobrança de impostos também faziam parte da componente enconomico dos prazos 1/10 do resultado da cobrança de impostos era pago a coroa o mussoco era o imposto mais conhecido e consistia num pagamento em cereais.
     A pilhagem era também uma actividade económica. O resultado das pilhagens feitas em incursões milhares eram propriedade dos prazeiros.
     Os prazos localizavam-se ao longo do rio Zambeze e tinham  grandes poderes sobre as populações que viviam nos seus domínios. Os prazeiros lideravam exércitos privados, cujos soldados eram recrutados entre os escravos domésticos e demais elementos da população a-chicunda.

Estrutura social e aparato ideológio
     Em termos de organização social, os prazos eram encabeçados pelos senhores dos prazos ou prazeiros, havia ainda colonias livres que também viviam nestes domínios.
    _ Os trabalhadores dos prazos eram os escravos e os a-chicunda.
     _ Os escravos eram bens do senhor dos prazos e, apesar da escravatura ter sido abolida em 1836, os prazeiros continuaram as actividades em 1909. Os prazos talvez tenham sido a estrutura pasifica mais escravista de que há memoria em moçambique.
      Os a-chicundas eram o exercito do senhores dos prazos.
      A-chicunda organizavam-se em pequenas companhias, chefeada por um achicunda.
Do ponto de vista ideológico, os senhores dos prazos usavam quase na totalidade as ormas nativas de invocação dos cultos. A utilização do muávi, o culto aos espíritos, as cerimonias de invocação das chuvas e outras manifestações constituíam os mecanismos que garantiam a reprodução das relações produtivas então existentes.


Decadência
No inicio  do sêculo  XIX,  os prazos começam a entrar em decadência provocada por varias razões.
              _ Havia uma fragilidade estrutural institucional latente devido a ausência de legitimidade do poder dos prazeiros;
             _ Deuse uma crise na produção agricola pois não avia como responder aos elevados indeces de consumo no seio da população;
            _ Os prazeiros começaram a cobrar cada veis mais os impostos a população, como o mussoco;
            _ Notou-se a concorrência entre diferentes prazos e estados vizinhos:
            _ Verificou.se a ineficácia da administração portuguesa e a falta de ter uma força militar para impor o seu domínio. 


Conclusão
Neste presente trabalho podemos concluir que os prazos da coroa foi um sistema politico implementado pelos portugueses pra explorar o povo moçambicano.
     Também constou-se que duranta essa época houveram algumas zonas livres que também aproveitaram-se do mesmo sistema, e que os senhores dos prazos tinham a sua força militar que cobrava os impostos da população.


Referencias bibliográficas
  • Nhampulo, Telésferro De Jesus, historia 12ª Classe, Plural Editores, 1ªedição

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Equilíbrio Térmico da Terra

Equilíbrio Térmico da Terra
Equilíbrio térmico é o conjunto de fenómenos que ocorrem na atmosfera, ou com ele relacionados e que permitem à terra receber a energia solar, aplicar em todos os processos e devolver uma parte considerável da energia recebida ao espaço. Assim estabelece – se o equilíbrio vertical e horizontal.
Os principais fenómenos que interferem nestes processos são: radiação solar; irradiação terrestre; constante solar; albedo; difusão; reflexão; estufa; ventos; indução e observação.
Mecanismo da radiação solar
Toda a energia calorífica existente na atmosfera provém da radiação solar.
O sol aquece até 600°C na parte superficial e irradia para o espaço quantidade enorme de energia. Aterra intercepta uma pequena parte dessa energia para funcionamento de vários processos.
A energia solar é emitida sob a forma de radiações electromagnéticas de pequeno comprimento de onda e a velocidade aproximada é de 300 000 km/s.
Estas radiações electromagnéticas de pequeno comprimento constituem o espectro solar e situa-se entre 0,2-51m.
Cerca de metade de energia irradiada corresponde às radiações de 0,4-0,71m, ou seja, a luz visível. Abaixo de 0,41m tem-se as radiações ultravioletas com efeito químico e acima de 0,71m radiações infra-vermelhas com efeito calorífico.
A luz visível compreende, de acordo com o crescente comprimento de onda, o violeta, o índigo, o azul, o verde, o amarelo, o alaranjado e o verde.
À quantidade de energia solar recebida no limite superior da atmosfera, de forma perpendicular, por centímetro quadrado e por minuto, da - se o nome de constante solar. A constante solar varia consoante a posição da terra na sua órbita elíptica em torno do sol e da actividade solar exprime –se em langley(1,95 cal/cm2/min)
Absorção
Cerca de 90% da energia solar é absorvida directamente pela atmosfera. São as nuvens, o vapor de água da atmosfera, gotas suspensas, dióxido de carbono, ozono, poeiras em suspensão. A energia absorvida pela superfície terrestre é consumida no seu aquecimento até atingir uma temperatura média global de cerca de 12°C.


Difusão
Difusão é um processo físico através do qual as partículas materiais se introduzem num meio que antes estava ausente, o que aumenta a entropia do sistema formado pelas partículas difundidas e o meio onde se difundem.
Os tipos de difusão são: difusão simples; osmose e a difusão facilitada.
A difusão simples e caracterizada pela movimentação de moléculas mais concentrado para o menos concentrado.
A difusão facilitada é o transporte passivo de substâncias pela membrana plasmática sem gasto de energia metabólica da célula.   

Reflexão
A radiação solar é devolvida ao espaço por reflexão e dispersão nas nuvens.

Albedo
É parte apreciável de energia que não interfere nos processos atmosféricos. E muito variável. Tem valores muito altos nas rochas, prados, florestas sendo muito baixo na água. O Albedo exprime - se em percentagem sendo o albedo da neve 55-85%, das rachas 25-35%, da floresta 35-50% e da água 5-10%.

Efeito de estufa
O efeito estufa ou efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar, reflectida pela superfície terrestre, é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço.
É um mecanismo muito importante para o equilíbrio energético da atmosfera, pois durante o dia, a temperatura permanece a níveis suportáveis e durante a noite o arrefecimento é moderado.
O efeito de estufa é maior nas condições de maior nebulosidade e poluição da atmosfera, por isso as noites de céu limpo têm rápido arrefecimento, enquanto as nubladas arrefecem mais lentamente e conservam o calor durante a noite.
Tendo em conta o facto descrito, percebe – se que as grandes amplitudes térmicas diurnas nas zonas desérticas devem – se à fraca concentração de gases na atmosfera enquanto que nas zonas equatoriais, onde existem rios, chove sempre e há uma grande presença de animais e plantas sendo a emissão de gases para a atmosfera maior e, por isso, as amplitudes térmicas mais pequenas.  

Conclusão 
Findo trabalho vimos que a terra recebe energia solar. E que toda a energia calorífica existente na atmosfera provém da radiação solar.
Também concluímos que o efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar é reflectida pela superfície terrestre, e que o albedo exprime - se em percentagem.
Concluímos também que cerca de 19%da energia solar é absorvida directamente pela atmosfera, e que a energia absorvida pela superfície terrestre é consumida no seu aquecimento até atingir uma temperatura média global de cerca de 12°C.   
    
Bibliografia
  • Wilson, Felisberto, Geografia 11ª, Texto Editores, 1ª Edição, Novembro de 2010, Maputo, Pg/54-56.

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