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A Norma jurídica

INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa decifrar uma visão ampla sobre as principais formas utilizadas em todos os ramos do Direito. É composto de uma abordagem simples e genérica, de maneira que o se possa compreender as ideias básicas que envolvem o mundo jurídico, e em consequência, as relações humanas do dia-a-dia.


O CONCEITO DE NORMA JURIDICA
Kant considera ser a norma jurídica um juízo hipotético. No Kantismo vamos encontrar a origem da distinção de imperativo categórico do hipotético. O primeiro impõe dever sem qualquer condição (norma moral), enquanto o hipotético é condicional. O categórico ordena por ser necessário, enquanto no hipotético a conduta imposta é meio para uma finalidade. Assim, o imperativo hipotético estabelece condição para a produção de determinado efeito.
Kelsen retomou essa distinção, considerando a norma jurídica um juízo hipotético por dependerem as suas consequências da ocorrência de uma condição: se ocorrer tal fato deve ser aplicada uma sanção. Daí Kelsen ter dito que a estrutura da norma jurídica é a seguinte: em determinadas circunstâncias, determinado sujeito deve observar determinada conduta; se não a observar, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar ao infrator uma sanção.

Paulo Nader diz que ao dispor sobre fatos e consagrar valores, as normas jurídicas são o ponto culminante do processo de elaboração do Direito e o ponto de partida operacional da dogmática jurídica , cuja função é a de sistematizar e descrever a ordem jurídica vigente. Afirma o ilustrado doutrinador que conhecer o direito é conhecer as normas jurídicas em seu encadeamento lógico e sistemático. Aduz, ainda, que as normas jurídicas estão para o Direito de um povo, assim como as células para um organismo vivo, raciocina.
Para atingir o conceito de norma jurídica, segundo ensina Maria Helena Diniz, é necessário chegar a essência, graças a uma intuição intelectual pura, ou seja, purificada de elementos empíricos. Em seu trabalho a autora afirma que uma vez apreendida, com evidência intuitiva, a essência da norma jurídica, é possível formular o conceito universal. Continua a professora dizendo que como só a inteligência tem a aptidão de perceber em cada essência as notas concretas de que essa essência se pode compor, emprega-se a intuição racional, que consiste em olhar para uma representação qualquer, prescindindo de suas particularidades, de seu caráter psicológico, sociológico, etc., para atingir aquilo que tem de essencial ou de geral, aduz. Conclui a renomada professora paulista que o conceito de norma jurídica é um objeto ideal que contém notas universais e necessárias, isto é, encontradas, forçosamente, em qualquer norma de direito.

Norma jurídica, lecciona didacticamente Paulo Dourado de Gusmão, é a proposição normativa inserida em uma ordem jurídica, garantida pelo poder público ou pelas organizações internacionais. Coloca o citado mestre que tal proposição pode disciplinar condutas ou atos, como pode não as ter por objecto, coercitivas e providas de sanção. Visam, consoante o autor, a garantir a ordem e a paz social e internacional.

Analisando as afirmações supra, concordando com umas e com outras não, chegamos a conclusão que o conteúdo da norma jurídica é uma relação de justiça. Sim, uma simples relação de justiça, pois, indubitavelmente, se a norma não circunda tal relação não é jurídica. Ao estudar o conceito da norma jurídica, a vocação especial da norma jurídica a realização do direito, afirmando que se há direito a partir de uma norma que o preveja. O campo de incidência das normas jurídicas, continua o mestre, constitui o mundo do Direito, havendo, entretanto, sempre normas para todas as hipóteses possíveis. Conclui o autor: se não se encontram explícitas no ordenamento, com certeza nele estão implícitas. Concordamos.

A norma jurídica é a célula do ordenamento jurídico (corpo sistematizado de regras de conduta, caracterizadas pela coercibilidade e imperatividade). É um imperativo de conduta, que coage os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada e desejada.
A norma jurídica apresenta-se dividida em duas partes:
Suporte fáctico ou conduta: que é o conjunto de elementos de fato previstos abstractamente na norma, cuja ocorrência é imprescindível à incidência da regra jurídica no caso concreto;
Consequência jurídica ou sanção: que estabelece a vantagem (direito subjectivo) a ser conferida a um dos sujeitos da relação, e a desvantagem correlata (dever jurídico) a ser suportada pelo outro, ou outros, sujeitos dessa mesma relação.

Não é toda norma - jurídica ou não - que implica em uma conduta e uma sanção. Há normas que têm como função orientar ou dificultar certos atos,  sem sentido estritamente normativo. Como faz o Código Civil ao definir a classificação das coisas.
No entanto, o tipo de sanção é diverso. E o que distingue as normas jurídicas das demais normas (morais, religiosas e de controle social - este último grupo é motivo de controvérsia na doutrina) é a sua cogência, isto é, a sua obrigatoriedade. O cumprimento da norma jurídica é imposta pelo Estado. As demais normas produzem sanções difusas, isto é, pela própria sociedade. Exemplo: o descumprimento de uma lei pode resultar em prisão ou multa impostas pelo Estado. O descumprimento de uma norma moral, como a solidariedade, pode resultar em má reputação, na comunidade, do agente que o causa por ação ou omissão, mas o Estado não impõe sua observância.


EXTRUTURA
Estruturalmente: Se A + B + C, então Cj:, onde A, B e C são os elementos de fato, A + B + C é o suporte fáctico (conjunto dos elementos de fato) e, Cj, a consequência jurídica.

GRAFICAMENTE
Aparecimento do fenómeno jurídico demonstrado através do Diagrama da Norma Jurídica.
                            P
                          /
Fs + Va => Nj -> Ft = D --
                          
                           Ñp - C - S
  • Fs = Fato social: Tudo que o homem faz e extereoriza. Tudo que ocorre na sociedade.
  • Ft = Fato temporal: São fatos sociais reproduzidos no tempo.
  • Va = Valor agregado: É o valor que agente agrega as coisas. A importância das coisas para a sociedade, ou de pessoa para pessoa.
  • Nj - Norma jurídica: São condutas estabelecidas para todos.
  • D = Direito: Orienta condutas. Fruto da convivência humana.
  • P = Prestação: A aceitação da norma. O apoio.
  • Ñp = Não prestação A não aceitação da norma. Transgredir.
  • C = Coerção: É o uso da força pelo direito.
  • S = Sanção: É a punição. Se você não cumpre a conduta, você é sancionado.
RELAÇÃO ENTRE NORMA JURÍDICA E FATO JURÍDICO
A norma jurídica prevê, em sua estrutura, que a ocorrência do suporte fáctico deflagre a consequência jurídica também nela prevista. A norma jurídica incide automaticamente no suporte fáctico, no momento em que todos os seus elementos de fato ocorrem concretamente. Tal fenómeno de incidência qualifica o suporte fáctico, que, doravante, passa a ser considerado como uma única entidade jurídica geradora de efeitos: o fato jurídico.

NORMA JURÍDICA E TEORIA PURA DO DIREITO
1. A “pureza”
- A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito Positivo. - É teoria geral do Direito, não interpretação de particulares normas jurídicas, nacionais ou internacionais. Contudo fornece teoria de interpretação. - Ela se propõe garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir deste conhecimento tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo que não se possa, rigorosamente, determinar como Direito. - Esse é seu princípio metodológico fundamental. - De um modo totalmente acrítico, a jurisprudência tem-se confundido com a psicologia e a sociologia, com ética e teoria política. - A Teoria Pura do Direito empreende delimitar o conhecimento do Direito em face destas disciplinas.

2. O ato e seu significado jurídico
- Se analisarmos qualquer dos fatos que classificamos de jurídicos ou que têm qualquer ligação com o Direito poderemos distinguir dois elementos: primeiro, um ato que se realiza no espaço e no tempo, sensorialmente perceptível, ou uma séria de tais atos, uma manifestação externa de conduta humana; segundo, a sua significação jurídica, isto é, a significação que o ato tem do ponto de vista do Direito. - Exemplo: Um comerciante escreve a outro uma carta com determinado conteúdo, à qual este responde com outra carta. Significa isto que, do ponto de vista jurídico, eles fecharam um contrato.

3. O Sentido Subjectivo e o Sentido Objectivo do Ato. A sua auto-explicação.
- A significação jurídica não pode ser percebida por meio dos sentidos, tal como nos apercebemos das qualidades naturais de um objecto, como a cor, a dureza, o peso. Na verdade o indivíduo que, actuando racionalmente, põe o ato, liga a este um determinado sentido que se exprime de qualquer modo e é entendido pelos outros. - Um ato de conduta humana pode levar consigo uma auto-explicação jurídica, isto é, uma declaração sobre aquilo que juridicamente significa (Os indivíduos num parlamento podem expressamente declarar que votam uma lei).

4. A Norma
a) A norma como esquema de interpretação
- O que transforma um fato num fato jurídico (lícito ou ilícito) não é sua facticidade, não é o seu ser natural, isto é, o seu ser tal como determinado pela lei da causalidade e encerrado no sistema da natureza, mas o sentido objetivo que está ligado a este ato, a significação que ele possui. - O sentido jurídico específico, a sua particular significação jurídica, recebe-a o fato em questão por intermédio de uma norma que a ele se refere com o seu conteúdo, que lhe empresta a significação jurídica, de modo que o ato pode ser interpretado segundo esta norma. - A norma funciona como esquema de interpretação. - A norma que empresta ao ato o significado de um ato jurídico (ou antijurídico) é ela própria produzida por um ato jurídico, que, por seu turno, recebe a sua significação jurídica de uma outra norma.

b) Norma e produção normativa
- O Direito é uma ordem normativa de conduta humana, conjunto de normas que regulam o comportamento humano. - Norma quer significar algo que deve ser ou acontecer, são atos humanos que se dirigem intencionalmente à conduta de outrem - Normas se dirigem à conduta de outrem quando prescrevem (comandam), permitem, conferem o poder de a realizar, e, especialmente, quando dão a alguém o poder de estabelecer novas normas. Tais atos – entendidos neste sentido – são atos de vontade. 
- A norma não diz que o indivíduo se conduzirá de certa maneira, mas que ele deverá se conduzir de certa maneira. - Emprega-se o verbo “dever” para significar um ato intencional dirigido à conduta de outrem. Neste “dever” vão inclusos o “ter permissão” e o “poder” (ter competência). 

- A norma, como o sentido específico de uma to intencionalmente dirigido à conduta de outrem, é diferente do ato de vontade cujo sentido ela constitui. - “Um indivíduo quer que o outro se conduza de determinada maneira”. A primeira parte refere-se a um ser, o ser fático do ato de vontade; a segunda parte refere-se a um dever-ser, a norma como sentido do ato. - Isto não significa que o ser e o dever-ser não tenham qualquer relação. 

- O ser não corresponde ao dever-ser, mas sim “algo” que “é” a “algo” que “deve-ser”. Uma determinada conduta pode ter a qualidade de “ser” ou a de “dever-ser” ( a porta está fechada e a porta deve ser fechada; fechar a porta é, no primeiro caso algo que é e no segundo caso algo que deve ser. - Se uma conduta que “é” corresponde à que “deve-ser”, então ela “é” como “deve-ser” 

- A expressão “conduta devida” é ambígua. Pode tanto descrever uma conduta que deve-ser e é realmente seguida, portanto uma conduta que “é”; como uma conduta que não é seguida, mas que deveria ser. 

- “Dever-ser” é o sentido subjetivo de todo o ato de vontade de um indivíduo que intencionalmente visa a conduta de outro. Porém, nem sempre um tal ato tem também objetivamente este sentido. Ora, somente quando esse ato tem também objetivamente o sentido de dever-ser é que designamos o dever-ser como “norma”. 
- A circunstância de o “dever-ser” constituir também o sentido objetivo do ato exprime que a conduta a que o ato intencionalmente se dirige é considerada como obrigatória (devida), não apenas do ponto de vista do indivíduo que põe o ato, mas também do ponto de vista de um terceiro desinteressado. 

- Uma vez que o dever-ser “vale” mesmo depois de a vontade ter cessado, sim, uma vez que ele vale ainda que o indivíduo cuja conduta, de acordo com o sentido subjetivo do ato de vontade, é obrigatória (devida) nada saiba desse ato e do seu sentido, desde que tal indivíduo é havido como tendo o dever ou o direito de se conduzir de conformidade com aquele dever-ser. Então, e só então, o dever-ser, como dever-ser objetivo, é uma “norma válida” (“vigente”), vinculando os destinatários. Ë sempre este o caso quando ao ato de vontade, cujo sentido subjectivo é um dever-ser, é emprestado esse sentido objetivo por uma norma, quando uma norma, que por isso vale como norma “superior”, atribui competência (ou poder) para esse ato. 

- O pressuposto fundante da validade objectiva será designado por Norma Fundamental (Grundnorm) . - Apenas de uma norma de dever-ser que deflui a validade – sem sentido objectivo – da norma segundo a qual esse outrem se deve conduzir em harmonia com o sentido subjectivo do ato de vontade. - Normas também podem ser estabelecidas por costumes. 

- Quando os indivíduos que vivem juntamente em sociedade se conduzem durante certo tempo, em iguais condições, de uma maneira igual, surge me cada indivíduo a vontade de se conduzir da mesma maneira por que os membros da comunidade habitualmente se conduzem. 

- De início, não é um dever-ser. - Com o passar do tempo, os membros da comunidade querem que todos passem a se conduzir da mesma maneira. - A situação fáctica do costume transforma-se numa vontade colectiva cujo sentido subjectivo é um dever-ser. 

- Através do costume podem tanto ser produzidas normas morais como jurídicas. As normas jurídicas são assim consideradas se a Constituição da comunidade assume o costume, costume agora qualificado como criador de Direito. 

- Uma norma não tem de ser efectivamente posta, pode estar simplesmente pressuposta no pensamento.

c) Vigência e domínio de vigência da norma
- Vigência: existência específica de uma norma, o que certa coisa deve ou não deve ser, deve ou não deve ser feita de acordo com uma certa norma. - A existência de uma norma positiva, a sua vigência, é diferente da existência do ato de vontade de que ela é o sentido objectivo. A norma pode valer (ser vigente) quando o ato de vontade de que ela constitui o sentido já não existe. Ela só entra em vigor mesmo depois de o ato de vontade, cujo sentido ela constitui, ter deixado de existir. - Como a vigência da norma pertence à ordem do dever-ser, a não à ordem do ser, deve também distinguir-se a vigência da norma da sua eficácia, isto é, do fato real de ela ser efectivamente aplicada e observada, da circunstância de uma conduta humana conforme à norma se verificar na ordem dos fatos. - Dizer que uma norma vale (é vigente) traduz algo diferente do que se diz quando se afirma que ela é efectivamente aplicada e respeitada, se bem que entre vigência e eficácia possa existir uma certa conexão. - Uma norma jurídica é considerada objectivamente válida apenas quando a conduta humana que ela regula lhe corresponde efectivamente, pelo menos numa certa medida. Uma norma que nunca e em parte alguma é aplicada e respeitada, isto é, uma norma que não é eficaz em uma certa medida, não será considerada norma válida (vigente). Um mínimo de eficácia é a condição de sua vigência. - Vigência e eficácia de uma norma jurídica também não coincidem cronologicamente. Uma norma jurídica entra em vigor antes de ser seguida e aplicada. - Uma norma jurídica deixará de ser considerada válida quando permanece duradouramente ineficaz. - A hipótese ideal da vigência de uma norma jurídica é quando a norma nem chaga a ser aplicada, pelo fato de a representação da sanção a executar em caso de delito se ter tornado um motivo para deixarem de praticar o delito. Nesta hipótese a eficácia da norma jurídica reduz-se à sua observância. - A norma pode também referir-se a fatos ou situações que não constituem conduta humana, mas isso só na medida em que esses fatos ou situações são condições são efeitos de condutas humanas. - Dizer que uma norma vale significa dizer que ela vale para um qualquer espaço ou para um qualquer período de tempo, isto é, que ela se refere a uma conduta que somente se pode verificar em um certo lugar ou em um certo momento. - A referência da norma ao espaço e ao tempo é o domínio da vigência espacial e temporal da norma. Este domínio de vigência pode ser limitado, mas pode também ser ilimitado. - A norma pode valer apenas para um determinado espaço e para um determinado tempo, fixados por ela mesma ou por uma outra norma superior; ou seja, regular apenas fatos que se desenrolam dentro de um determinado espaço e no decurso de um determinado período de tempo. - Pode valer em toda a parte e sempre. Isto acontece quando ela não tem qualquer determinação espacial e temporal e nenhuma outra norma superior delimita-a.. Os domínios de vigência espacial e temporal não são limitados, o que quer dizer que eles são somente não determinados. - Relativamente ao domínio da validade temporal de uma norma positiva, devem distinguir-se o período de tempo posterior e o período de tempo anterior ao estabelecimento da norma. - Uma norma jurídica, que liga à produção de determinado fato um ato coercitivo como sanção, pode determinar que um indivíduo que tenha adotado determinada conduta, antes ainda de a norma jurídica ser editada, seja punido - e desta forma tal conduta vem a ser classificada como delito. Diz-se então que a norma tem forma retroactiva. - Uma norma jurídica pode retirar, com força retroactiva, validade a uma outra norma jurídica que fora editada antes da sua entrada em vigor, por foram a que os atos de coerção, executados, como sanções, sob o domínio da norma anterior, percam seu carácter de penas ou execuções, e os fatos de conduta humana que os condicionaram sejam despidos posteriormente do seu carácter de delitos. - Além dos domínios de validade espacial e temporal, podem-se ainda distinguir um domínio de validade pessoal e um domínio de validade material das normas. - Não é o indivíduo que fica submetido a uma norma, mas somente sua conduta. O domínio pessoal da validade refere-se ao elemento pessoal da conduta fixada pela norma. Também este domínio de validade pode ser limitado ou ilimitado.
- Pode-se falar ainda de um domínio material de validade tendo em conta os diversos aspectos da conduta humana que são normados: aspecto econômico, religioso, político, etc. De uma norma que disciplina a conduta econômica dos indivíduos diz-se que ela regula a economia, de uma norma que disciplina a conduta religiosa, diz-se que ela regula a religião, etc.
- O que as normas de um ordenamento regulam é sempre uma conduta humana, pois apenas a conduta humana é regulável através de normas. Os outros fatos que não são conduta humana somente podem constituir conteúdo de normas quando estejam em conexão com uma conduta humana - ou, como já notamos, apenas enquanto condições ou efeito de uma conduta humana. - O domínio material de validade de uma ordem jurídica global, porém, é sempre ilimitado, na medida em que uma tal ordem jurídica, por sua essência, pode regular sob qualquer aspecto a conduta dos indivíduos que lhe estão subordinados.
d) Regulamentação positiva e negativa: ordenar, conferir poder ou competência, permitir.
- A conduta humana disciplinada por um ordenamento normativo ou é uma acção por esse ordenamento determinada, ou a omissão de tal ação. - A regulamentação da conduta humana por um ordenamento normativo processa-se por uma forma positiva e por uma forma negativa. 

- A conduta humana é regulada positivamente por um ordenamento positivo, desde logo, quando a um indivíduo é prescrita a realização ou a omissão de um ato. - Através de ordenamentos normativos, a um indivíduo é conferido o poder ou competência para produzir determinadas consequências pelo mesmo ordenamento normadas, especialmente para produzir normas ou para intervir na produção de normas ou atribuir poder de efectuar um ato de coerção. - Uma determinada conduta, que é em geral proibida, é permitida a um indivíduo através de uma norma que limita a ação da norma que proíbe.

- Aplicação de uma norma é ainda o juízo através do qual exprimimos que um indivíduo se conduz ou se não conduz tal como uma norma lho prescreve ou positivamente consente, ou que ele age ou não age de acordo com o poder ou competência que uma norma lhe atribui. - Num sentido muito amplo, toda a conduta humana que ;e fixada num ordenamento normativo como pressuposto ou como consequência se pode considerar como autorizada por esse mesmo ordenamento, e, neste sentido, como positivamente regulada. - Negativamente regulada por um ordenamento normativo é a conduta humana quando, não sendo proibida por aquele ordenamento, também não é positivamente permitida por uma norma delimitadora do domínio de validade de uma outra norma proibitiva – sendo, assim, permitida num sentido meramente negativo.

e) Norma e valor
- Se uma conduta é tal com deve ser, obedecendo à norma, então o juízo de valor a ela aplicada é de “boa”, caso o contrário ocorra, será de “má”. - A conduta que corresponde à norma tem valor positivo, a que não corresponde tem valor negativo. - A norma considerada como objetivamente válida funciona como medida de valor relativamente à conduta real. - Os juízos de valor são diferentes dos juízos de realidade. Nos últimos, não há a comparação da conduta com uma norma. - A conduta real a que se refere o juízo de valor e que constitui o objeto da valoração, que tem um valor positivo ou negativo, é um fato da ordem do ser, existente no tempo e no espaço, um elemento ou parte da realidade. - Na medida em que as normas que constituem o fundamento dos juízos de valor são estabelecidas por atos de vontade humana, e não de uma vontade supra-humana, os valores contidos nela são arbitrários. - O que, segundo aquelas, é bom, pode ser mau segundo estas. 

- As normas legisladas pelos homens, e não por uma autoridade supra-humana, apenas constituem valores relativos. (Exemplo pág. 19-20). - Quando, teoricamente, a norma vem de algo supra-humano, como Deus, ela apresenta-se com a pretensão de excluir a possibilidade de vigência (validade) de uma norma que prescreva a conduta oposta. - Um juízo de valor pode ser falso ou verdadeiro, uma norma só pode ser válida ou inválida. (Exemplo pág. 20-21). 

- O valor que consiste na relação de um objecto, especialmente de uma conduta humana, com o desejo de um ou vários indivíduos, àquele objecto dirigida, pode ser designado como valor subjectivo – para o distinguir do valor que consiste na relação de uma conduta com uma norma objectivamente válida e que pode ser designado como valor objectivo. 

- O valor subjetivo pode ter diferentes graduações, o que é impossível no valor objetivo, em que só se pode dizer se algo é conforme ou não conforme a uma norma objetivamente válida, mas não lhe ser conforme ou contrariá-la em maior ou menor grau. - O valor objectivo não admite no seu julgamento uma interferência da emotividade daquele que julga. Diferente do valor subjectivo. - Um valor subjectivo pode se transformar em objectivo na medida em que o judicante formula um juízo que segue a vontade da maioria, mesmo que o seu pessoal não a siga. - Os juízos de valor objectivos são também, de certo modo, juízos de realidade, pois ambos são baseados numa realidade empírica. - Como valor designa-se ainda a relação que tem um objecto, e particularmente uma conduta humana, com um fim. Adequação ao fim é o valor positivo, contradição com o fim. O “fim” pode ser tanto objectivo quanto subjectivo. - Fim objectivo é aquele que “deve ser” realizado, estatuído por uma norma objectivamente válida. Fim subjectivo é aquele que um indivíduo se põe a si próprio, um fim que ele deseja realizar.



CONCLUSÃO
Concluindo digo que a nestes sentidos subjectivos, porém, pode coincidir com o significado objectivo que o ato tem do ponto de vista do Direito, mas não tem necessariamente de ser assim. Um ato, na medida em que se expresse em palavras faladas ou escritas, pode ele próprio até dizer algo sobre a sua significação jurídica. Nisto reside uma peculiaridade do material oferecido ao conhecimento jurídico.


BIBLIOGRAFIA
  • BECHILLON, Denys de. Qu’est-ce qu’une règle de droit. Paris: Odile Jacob, 1997.
  • BOBBIO, Norberto. Teoria da norma juridica. Bauru: Edipro, 2001.
  • DIMOULIS, Dimitri. Manuel de introdução ao estudo do direito: definição e conceitos básicos; norma jurídica; fontes, interpretação e ramos do direito; sujeito de direitos e fatos jurídicos; relações entre direito, justiça, moral e política; direito e linguagem. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 63-103.
  • FERRAZ JR., Tercio Sampáio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 2001, p. 92-130.
  • KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 4-25. 121-140.
  • KELSEN, Hans. Teoria geral das normas. Porto Alegre: Fabris, 1986.
  • PETTORUTI, Carlos Enrique; SCATOLINI, Julio César. Elementos de introducción al derecho. Buenos Aires: La ley, 2005. ROSS, Alf. Lógica de las normas. Madrid: Tecnos, 1971.

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A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HUMANOS NA SOCIEDADE OU NA EMPRESA

INTRODUÇÃO

Antes mesmo da moderna visão de Gestão de Recursos Humanos, um homem inovou conceitos na Gestão de Pessoas. O professor e escritor Peter Drucker, nascido em 19 de novembro de 1909, em Viena, Áustria e falecido em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia, EUA, durante mais de 60 anos criou conceitos que fizeram da Gestão um campo legítimo de estudos acadêmicos. O ponto-chave de seus estudos tratava de que as pessoas eram o bem mais importante em uma organização.
A influência de seus pensamentos foi tão grande que ele frequentemente é chamado de Pai da Gestão de Pessoas. Entre tantos estudos desenvolvidos, relato três pensamentos que norteiam este artigo.– o Auto gerenciamento: Empresas estão passando por mudanças radicais em suas estruturas, no trabalho que elas desenvolvem, no tipo de conhecimento que elas precisam e no tipo de pessoas que elas empregam. Com novas necessidades e objetivos, Drucker diz que hoje precisamos nos autogerenciar mais do que em qualquer época. 2 – o que fazem os líderes eficazes? Drucker descobriu, em seus 65 anos de experiência em consultoria, o que os líderes eficazes têm em comum. Mais do que ter um mesmo estilo, esses líderes exemplares têm práticas similares e elas estão dentro de três grandes áreas: a primeira área consiste em práticas que dão aos líderes o conhecimento que eles precisam. A segunda área dá a eles a ajuda necessária para transformar esse conhecimento em ação. E por último, na terceira área, estão as práticas que asseguram que toda a organização sinta-se responsável e comprometida. 3 – a disciplina da inovação: Quanto de inovação é inspiração e quanto é trabalho pesado? A criatividade dos empreendedores, segundo Drucker, nasce do comprometimento com a prática constante da inovação.
Ainda que em caráter observatório e tipicamente pessoal procure expor minha visão profissional, construída em mais de 15 (quinze) anos de experiência e embasada pela realidade vivenciada em ambientes corporativos, bem como pelas obras estudadas do professor Peter Drucker trago as grandes reflexões no contexto da importância da Gestão de Recursos Humanos dos dias de hoje.
A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HUMANOS NA SOCIEDADE OU NA EMPRESA

O papel da área de Recursos Humanos nas empresas vai muito além que somente entrevistar, selecionar, contratar e demitir colaboradores. O RH engloba todas as práticas e políticas relacionadas à administração de comportamentos dentro de uma companhia. Como seu próprio nome diz, o departamento considera as pessoas como recursos, elaborando estratégias e investimentos para desenvolver as capacidades de cada um.  
O RH está envolvido direta ou indiretamente com o funcionamento de todas as áreas organizacionais, na medida em que atua como mediador entre os interesses dosprofissionais e os da empresa. Por meio de análises profundas que consideram não somente o contexto pessoal, como o profissional em que cada colaborador se encontra, o departamento contribui para construção de planos de carreiras mais assertivos, desenvolvendo habilidades e competências de todos os envolvidos.      
O principal diferencial da área de Recursos Humanos nas empresas é que ele proporciona um canal de comunicação aberto entre os funcionários e a companhia. Ele está sempre aberto a ouvir as necessidades e expectativas dos colaboradores quanto ao seu crescimento e desenvolvimento profissional.
Algumas empresas cometem o erro de confundir o RH com o departamento pessoal, enquanto a área deveria atuar estrategicamente para garantir a eficiência e melhoria dos processos. O papel desse setor contribui muito para o sucesso de qualquer organização, na medida em que mantém os funcionários motivados e satisfeitos. A área expande as possibilidades de todos e ainda mantém um bom clima organizacional, influenciando diretamente na obtenção de resultados cada vez melhores.
Investir no Recursos Humanos, ainda, é uma forma de descobrir e reter os talentos na organização de forma mais assertiva, porque a área considera as competências estratégicas essenciais para os negócios. Além disso, o setor é responsável por analisar o desempenho e desenvolvimento dos colaboradores e utilizar os dados obtidos para fazer o planejamento dos próximos meses ou anos.
É a área de recursos humanos que insere programas para proporcionar mais qualidade de vida no trabalho, organizando ações de capacitação, políticas de incentivo financeiro e bem-estar em geral. O setor cumpre um papel fundamental na criação de oportunidades, portanto, deve ser visto com um investimento indispensável para o sucesso de qualquer empresa.  
A PRÁTICA DO RECURSOS HUMANOS NAS EMPRESAS
Basta um funcionário fazer algo considerado inadequado à política de comportamento da empresa, que sempre tem alguém para mencionar a famosa frase “passe no RH”.  Mas como já discutimos aqui, a responsabilidade desse setor não deve ser limitada às questões burocráticas. A atuação do Recursos Humanos nas empresas engloba a relação entre os seus fatores internos e externos, contribuindo para uma gestão de pessoas adequada aos resultados almejados.
As mudanças verificadas no mercado exigem adaptações constantes da área de Recursos Humanos, possibilitando que as empresas se destaquem em qualquer contexto. Diante dos avanços tecnológicos e da globalização, por exemplo, o setor precisa ser flexível, eficiente e ter uma visão empreendedora, de modo que consiga gerenciar adequadamente as pessoas para que elas contribuam com níveis maiores de performance e mais adequadas às respectivas transformações. Por esse motivo, procurar oferecer os recursos para os funcionários ampliarem a sua produtividade, de modo que eles não só saibam o que fazem, mas para que fazem, o verdadeiro significado de suas tarefas. O RH é o mediador, verifica através da visão, missão e valores da empresa a melhor forma de utilizar os recursos físicos, financeiros e principalmente humanos.

A implantação da gestão de RH exige uma análise muito ampliada de toda a organização e do ambiente que a cerca para elaborar um plano de ação mais adequado. Tudo isso é realizado focando principalmente no colaborador, para que ele se identifique com os objetivos da organização e se deem o melhor de si no desempenho de suas tarefas. Quando essa área é devidamente reconhecida, é capaz de desenvolver tanto as pessoas como profissionais, como tornar a empresa mais competitiva. Portanto, sua importância estar em unir, integrar, valorizar, treinar, capacitar e, acima de tudo, respeitar os seres humanos.    
Chiavenato (2003) conceitua que recursos humanos é uma área interdisciplinar que tem a capacidade de envolver inúmeros conceitos oriundos de varias áreas, por tratar diretamente com o ser humano, ou seja, indivíduos com personalidades diferentes, o que requer de qualquer especialista na área de recursos humanos uma experiência e um bom volume de conhecimento em diferentes áreas.
Esse departamento tem como principais funções : Recrutamento, estruturação, treinamento, instrução, capacitação, qualificação, entre outras.
As empresas que contam com um departamento de RH, agregam valor e demonstram mais status e confiança para seu cliente, tendo em vista que contam com um departamento específico para cuidar, supervisionar e motivar os seus funcionários.
Investir nessa área tem sido uma prática comum no mercado de trabalho, desde pequenas e médias empresas, pois principalmente essas só irão crescer se os seus funcionários se virem crescendo dentro delas. A grande empresa normalmente já tem essa visão e por esse e tantos outros motivos, hoje é uma grande empresa.
Muitas empresas de pequeno e médio porte têm medo de investir em seus funcionários, com receio de que eles possam trabalhar na concorrência, mas essa é uma visão totalmente distorcida da realidade. Gerar medo por autoritarismo, pressão em excesso, desmotivação e desgosto pelo trabalho, isso sim afasta os funcionários e faz com que eles procurem outras alternativas.Uma tendência do mundo corporativista é a valorização das pessoas, e isso tem tudo a ver com o departamento de RH, pois é ele que vai zelar pela integridade da imagem da empresa perante os funcionários e pelos direitos dos funcionários perante a empresa.
A adoção de uma postura de liderança autorizada (substituindo uma possível liderança autoritária) também é muito bem vinda nas empresas, pois faz com que os funcionários vejam, que o líder que está ali sabe o que realmente está fazendo e não apenas queira tudo pronto e do jeito dele. E assim, as pessoas o respeitarão como líder por mérito, não por imposição.
Silva (2002, p. 224), por sua vez, afirma que: “o principal interesse gerencial é motivar os funcionários a alcançar os objetivos organizacionais de um modo eficiente e eficaz”. Neste pensamento, vemos que o papel do gerente de recursos humanos é fundamental, pois para atingir a efetividade é necessário entender e superar limites junto com sua equipe, além de definir objetivos e metas claros e concisos e ainda fazendo com que os funcionários tenham motivação para atingí-los.

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RH NO MUNDO GLOBALIZADO
Dentro de situações e desafios competitivos, vivenciados individualmente ou pelos grupos de pessoas nas organizações as atitudes variam muito diante da mesma realidade. A maioria fica indiferente, muitos acomodados, alguns não querem amolação ou dor de cabeça, outros se envolvem, poucos participam e apenas a minoria toma iniciativas, e agem no sentido de resolver problemas e superar dificuldades na Gestão de Pessoas. É comum encontrar muitos que lamentam, criticam e propagam a dificuldade, com certo ar de superioridade, sempre em busca de explicações e justificativas para se isentar da culpa. Raramente encontramos aquele que aguçado pela curiosidade natural do ser humano observa, pergunta, comenta, discute, e prontamente se envolve na busca das soluções.
No mundo globalizado, estamos descobrindo o obvio: que integrar pessoas e processos, leva às grandes oportunidades. A criatividade e capacidade de planejar diferenciam os profissionais do Mercado. Este que é envolvido pelos acontecimentos, sente-se desafiado a participar, agir, sugerir soluções, enfrentar os problemas, superar dificuldades, ceticismo e críticas, mas agindo, tomando iniciativas, fazendo acontecer, afinal, como diz o refrão da música do compositor e cantor Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Entretanto, há um tipo de pessoa que estimulada pela percepção aguda da realidade presenciada, por sua necessidade individual, pela análise de uma situação de oportunidade no seu ambiente de trabalho ou comunidade, de um modo geral, assume atitudes que chamamos de pró-ativa. Este que está antenado no mercado de trabalho do mundo moderno é o: Líder Gestor de Recursos Humanos.

Ter a formação em Recursos Humanos não significa necessariamente que este profissional tenha que atuar em um departamento administrativo meramente burocrático. Muito pelo contrário, o graduado em Gestão de Recursos Humanos tem grande importância no alinhamento entre os objetivos individuais e os de crescimento competitivo nas organizações. A percepção da realidade, a criatividade, o entusiasmo, a iniciativa, o conteúdo teórico e prático, a determinação e sua perseverança compõem neste profissional a capacidade de realizar a integração de forças motrizes entre pessoas e processos, indispensáveis ao crescimento de qualquer organização.
As facilidades, os recursos e todo o bem estar que desfrutamos hoje, surgiram em função da determinação e da perseverança de inventores, cientistas, exploradores e pesquisadores, mas principalmente da iniciativa, da imaginação, do senso de oportunidade e da capacidade de realização dos empreendedores e inovadores na gestão de pessoas, que ousaram e decidiram investir tudo na concretização daquilo que imaginaram. Logo, descobrimos um novo mundo, onde tudo depende de nossa postura frente aos desafios na Gestão de Recursos Humanos, principalmente, como um profissional dinâmico na geração do conhecimento.
A globalização proporciona uma nova realidade em todos os segmentos empresarias, onde seus profissionais não serão mais qualificados por um excelente currículo, domínio de língua estrangeira ou da expressão: “ele é competente”, estes, serão apenas os pré-requisitos de mercado. Não será suficiente saber muita coisa, mas utilizá-lo produtivamente. Para isso o curso de Gestão em Recursos Humanos, forma seus analistas e gestores de pessoas que por sua vez deverão contribuir na elaboração de projetos que possam nortear a integração de boas práticas profissionais para o desenvolvimento competitivo das organizações.

Mais do que saber, este profissional hoje, deverá dominar as relações de causa e efeito e os desdobramentos entre setores e seus integrantes, ou seja, deter o conhecimento e acumular vivência para desenvolver e produzir resultados corporativos.
O tão sonhado futuro das relações entre o capital intelectual e o capital financeiro, chegou! O profissional de RH disputado será aquele que souber aprender rápido, com todos, todos os dias, em todas as ocasiões e oportunidades. Será aquele que fará a diferença no grupo em qualquer situação ou circunstâncias, com uma liderança servidora que trará no contexto globalizado, diferenciais competitivos, preservando as estratégias organizacionais sem perder o foco na qualidade de vida de seus liderados. Cabe ao profissional de Gestão de Recursos Humanos o desenvolvimento do potencial humano para harmonizar o trabalho em equipe a fim de realizar grandes conquistas.
O PAPEL DO GESTOR
As relações humanas, como já vimos, possuem realmente um papel importante dentro de uma organização, pois estão relacionadas à satisfação, motivação e produtividade dos funcionários. E o gestor está em um papel de destaque nestas relações, pois deve ser a referência para toda a sua equipe. Assim, ele precisa ter, além do cargo, também uma postura compatível — uma postura de liderança. Somente assim haverá simetria entre a estrutura organizacional e as relações naturais.
Além disso, o gestor é o tomador de decisões e o único com autonomia para interferir nas relações humanas da equipe. É seu papel observar a interação entre os membros de sua equipe, identificar os atritos e as afinidades, e desenvolver estratégias para dinamizar, de uma maneira positiva, essas interações. Lembre-se: nem sempre o conflito no ambiente de trabalho é negativo; você pode ler mais sobre isso neste artigo.
Ricardo A. M. Barbosa é diretor executivo da Innovia Training & Consulting, professor de programas de pós-graduação em conceituadas instituições de ensino, Consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco; Daimler Chrysler.
Você observa impactos diretos da relação entre funcionários, ou da sua relação com sua equipe, sobre a produtividade cotidiana do setor? Como você age para melhorar estas relações? Até que ponto você consegue interferir nestas relações? 

CONCLUSÃO

Depois de uma abordagem tão pertinente sobre este tema cheguei a conclusão de que este  Departamento de Recursos Humanos de uma empresa exerce um papel de suma importância, pois é o elo entre a diretoria e os seus funcionários, tendo a função de mostrar para o funcionário que a empresa em que ele trabalha é um lugar bom para se trabalhar e apontar para a empresa quando um funcionário está se destacando ou quando precisa ser mais capacitado ou auxiliado em algum aspecto.


REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

  • _______________,Idalberto. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
  • FRIEDMAN, Brian. et al. Como atrair, gerenciar e reter o capital humano da promessa a realidade. 2. ed. São Paulo: Futura, 2000.
  • MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à digital. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
  • MILKOVICH, George T. et al. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000.
  • SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
  • Trabalhos feitos - Navegante - Online 
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Ética empresarial

Ética empresarial 
A expressão ética empresarial tem sido cada vez mais aceite e utilizada na aceção de um conjunto de preceitos morais e de responsabilidade social, a serem observados pelas organizações conhecidas como empresas. É o comportamento da empresa, entendida lucrativa, quando age de conformidade com os princípios morais e as regras do bem-proceder, aceites pela coletividade (regras éticas).
A ética empresarial, como ciência, estuda os comportamentos das empresas nas suas relações com outras empresas, como também nas relações laborais e na salvaguarda dos valores e bens fundamentais de uma determinada comunidade. É assim que uma empresa é considerada como respeitadoras de princípios éticos quando tem um comportamento responsável: quando age de forma sustentável na defesa dos consumidores, dos utentes e na preservação do meio ambiente.
A ética traduz uma ciência normativa de comportamentos humanos, através da interpretação dos juízos de valores dos seres humanos. Representa também um conceito aplicável nas relações entre instituições; empresas; nas relações do trabalho, pois nela (ética) são fixados comportamentos, regras e princípios que orientam o funcionamento das empresas.

O exercício da actividade empresarial deve subordinar-se ás regras que contem conteúdos éticos, na justa medida em se reconhece que as empresas são chamadas a desenvolverem relações da natureza comercial, etc.

Para que as empresas desenvolvam as suas actividades, respeitando os princípios e valores éticos, é necessário terem em conta os seguintes aspectos:
  • Legalidade – a actividade comercial é regulamentada por um conjunto de normas específicos, que disciplinam as relações interempresariais e as relações entre as empresas e os recursos humanos. As normas que disciplinam a postura de uma empresa para com outras empresas, seus recursos humanos e clientes devem estar dotadas de um grande conteúdo ético, por forma a salvaguarda os usos e costumes culturais da sociedade onde se encontra inserida.
  • Moralidade – a empresa deve respeitar a moral nas suas relações com o publico consumidor e utente, bem como os seus recursos humanos devem assumir uma postura deontologicamente correcta quando agem em nome da empresa.
  • Concorrência – ela traz um processo competitivo no sistema de economia de mercado, deve ser constantemente disciplinada através de normas com conteúdos éticos, por forma a que se garanta uma concorrência leal, transparente e saudável. A concorrência, por outro lado, deve respeitar os direitos dos consumidores, do utente e preservar os bens fundamentais de um estado.

Esta ideia é reforçada pela constituição da república, no seu artigo 92, sobre direitos dos consumidores, diz:
1. «os consumidores têm direito á qualidade dos bens e serviços consumidos, á formação e informação, á proteção da saúde, da segurança dos seus interesses económicos, bem como á reparação de danos».
Relação com os clientes 
 Mas do que adquirir produtos ou serviços de qualidade, os consumidores de hoje esperam ser tratados como clientes especiais por preferirem determinada marca em detrimento de tantas outras, com produtos que apresentam qualidade e preços semelhantes.
Muitas empresas já reconhecem o valor de relacionamento com o cliente como um diferencial competitivo para se destacar no mercado e tem procurando estreitar estas relações por meio de programas conteúdos de relações publicas e marketing de relacionamento.
A empresa deve utilizar apenas argumentos técnicos e verdadeiros a respeito do produto ou serviço oferecido e sobre as condições da venda.
Portanto, será anti-ética a venda que for feita mediante o suborno de alguém com poder de influenciar a decisão de compra do adquirente.  

As empresas, nas suas relações com os clientes não devem produzir:
  • Publicidades indirecta – porque é desenvolvida de forna desfaçada. Exemplos: alguém é convidado por uma estação televisiva para falar de determinado assunto, mas chega lá, vestido de uma camisete onde vem estampado o logo da sua empresa. Neste caso ele faz publicidade da sua empresa, através da camisete. Mas se alguém faz um spot publicitário, respeitando as suas normas existentes sobre a publicidade, para falar dos produtos ou serviços da sua empresa, trata-se de uma publicidade directa.
  • Publicidade enganosa – porque é desenvolvida para enganar as pessoas. Exemplos: um talho que faz publicidade como estando a vender carne da primeira, mas quando um cliente lá chega descobre que a carne é da segunda.
  • Publicidade oculta – porque é feita de forma silenciosa.

No seu artigo 92, n.º 2, a constituição da república refere que «a publicidade é disciplinada por lei, sendo proibidas as formas de publicidade oculta, indirecta ou enganosa».
Assim, na prespectiva do ponto de vista da ética empresarial, a publicidade deve ser efectuada por apropriados, de forma expressa e transparente, para evitar lesar a empresa, concorrentes, frustrando as expectativas do público-alvo.
A publicidade tem que obedecer rigorosamente os critérios de isenção, transparência, objectividade e fidelidade.
Do ponto de vista da ética empresarial, impõe-se que as empresas se pautem por um comportamento responsável, como forma de garantirem a qualidade de vida das comunidades aonde estão inseridas.
Toda e qualquer poluição sonora e ambiental é desenvolvida pelas empresas considerada antiética, porque é lesiva á qualidade de vida dos cidadãos.
Relações com a concorrência 

Entre as práticas moralmente condenáveis pelo mercado em relação ao relacionamento das empresas concorrentes incluem-se a disseminação de informações falsas, com o intuito de denegrir a imagem dos concorrentes, a espionagem industrial e a apropriação de informações sigilosas de outras empresas, através de contratações dos seus funcionários.
Um aspecto bastante trabalhado pelas empresas nos seus códigos de ética diz respeito a confidencialidade de informações e segredos comerciais.
A empresa deve defender o princípio da livre concorrência. Deve obster-se, portanto, de entrar em qualquer tipo de acordo que possa reduzir ou eliminar a livre concorrência, como, por exemplo, preços, condições de vendas, disponibilidade da mercadoria e a sua oferta a determinado segmento de mercado, ou qualquer outro.

Relações com o governo 
A transparência nos critérios que regem o relacionamento das empresas com os órgãos públicos é estritamente necessária, uma vez que tais relações envolvem processos delicados, como contribuição para campanha política, licitações, contratos, processos judiciais, etc.
Uma questão bastante discutida envolve as doações das empresas privadas á candidatos em campanhas políticas, o que, de certa forma, gera desconfiança da opinião publica quanto aos interesses que poderiam estar subjacentes a essas contribuições.
A empresa no seu relacionamento com os governantes não devem praticar o suborno, qualquer que seja a sua forma, a fim de obter uma decisão favorável aos seus objectivos. Deve valer-se apenas de argumentos verdadeiros. As contribuições para as campanhas políticas só devem ser feitas dentro dos limites e formas previstos na legislação eleitoral, e, mesmo assim, nunca visando a obtenção de uma decisão futura ou a premiação por uma decisão passada, a seu favor. 
           

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Origem da inflação


Introdução

Neste presente iremos falar sobre a origem da moeda e as suas funções, motivos de procura da moeda, teoria quantitativa  de moeda, e também a origem, causa e implicações e for fim iremos sobre um breve regencial ao controle da inflação em Moçambique.

Definição da inflação 
Inflação e um conceito económico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado pais ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai.

Origem da inflação 
A inflação tem sua origem na economia ao mercado, ela esta ligada diretamente ao poder de compra  do consumidor e no poder do estudo de combater ou contra-la os efeitos da inflação, considerada como male económico para qualquer individuo ou governo, são devastadores para economia, principalmente quando uma sociedade procura-se fortalecer para evitar as desigualdades sociais de distribuição de renda e controle de economia.

Causas da inflação e implicações 
A inflação e muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam ou correção inflacionária.

Podemos citar as seguintes causas da inflação
Emissão exagerada e descontroladas de dinheiro por parte do governo.
Demanda por produtos (aumento no consumo) maios do que a capacidade de produção do país. 
Falência ou fechamento de fabricas e comercio: sempre que uma fabrica, um supermercado, ou seja, uma loja fecha, a concorrência e diminuída para outras empresas do ramo, querem vender que não irão perder seus clientes.

Excessos de gastos:
Causa ligada diretamente com o conceito de oferta e procura quanto mais a população quer gastar, mais ela vai procurar mercadoria para comprar, nos levando a um cenário de grande procura com pouca oferta inflacionados.

Salario aumentando mais rápido do que a produção:
Quando vemos noticias nos telejornais que o salario minimi aumentou, todos ficamos felizes mais. Será que e simples assim?
Vamos pegar por exemplo; uma empresa que produz rodas para carros e tem 1000 funcionários, mais ela esta gastando mais e produzindo o mesmo que antes, então para continuar com os mesmos lucros, acaba incorporando no espaço das rodas automáticas o aumento do salario de seus 1000 funcionários

Implicação
Uma analise do banco mundial sobre as implicações da inflação do preço dos alimentos em 2016-17 concluiu que pode ter significado um aumento da pobreza em 04 a 06 pontos percentuais; refere
A informação faz parte do boletim sobre atualidade económica de moçambique divulgado na quarta feira em Maputo.
Algumas províncias mais pobres tais com tete, Manica e Niassa, terão sido as que mais suportaram o fardo, devido ao elevado nível de dependência do milho acrescenta
Como moçambique e importador de milho e arroz, o preço dos alimentos chegou a subir 40% em novembro de 2016, por causa de uma depreciação acentuada da moeda, o metical logo, eram necessários mais meticais para pagar a mesma quantidade de comida.
Hoje a situação macroeconómica estabilizou se (inflação media vai 12 podem perdoar)
Estas respetivas sobre 2016 são as mais recentes indicações sobre evolução da pobreza em moçambique, uma vez que os últimos dados oficiais consolidados das autoridades e banco mundial são de 2014-15 e indicam que 48,8% da população e pobre uma trajetória de descida desde 2002-03 em que o valor atingia 60.3%

Breve referencia ao controlo da inflação em moçambique 
Moçambique encerou o ano de 2018 com uma taxa de inflação de 3.91% sendo que a inflação acumulada ao longo dos 12 meses ascendeu a 3.25% informou em Maputo o instituto nacional de estatísticas(INE).
O INE informou ainda que a classe de despesas de transporte foi a principal responsável pela tendência geral de aumento dos preços em 2018, tendo contribuído com 1.83 pontos percentuais para a inflação acumulada.
Por produto, o instituto desta a subida dos preços dos transportes semicolectivos urbanos e suburbanos de passageiros, da gasolina, de refeições fora de casa, do gasóleo, do carvão vegetal, do vinho e veiculo automóveis ligeiros em segunda mão, cujo impacto no tal da inflação acumulada foi estimada em cerca de 2.46 pontos percetuais.
Ao longo do ano de 2018 verificou se uma tendência de aumento ligeiro de preços com exempção dos meses de junho de julho, em que houve que das marginais dos preços na ordem de 0.12% e 0.18% respetivamente.
As tendências da inflação foram diferentes nas grandes três cidades, sendo mais caro viver em Maputo do que noutras partes do país, onde a inflação acumulada atingiu 1.33% contra 3.76% na Beira e 1.74% em Nampula dados divulgados pelo INE indicam a inflação acumulada foi de 5.66% em 2017 e de 25.26% em 2016.
A consultoria FITCH SOLUTION considerou há uma semana que o banco central de Moçambique devera manter a taxa naquele valor ate ao final do ano para controlar a inflação e animar o crescimento do consumo privado.

Depois de uma inflação e 3.5% em 2018, prevemos um esbatimento dos efeitos que influenciaram o crescimento dos preços alimentares, fazendo a inflação chegar aos 6.6% este ano, o que impede o banco central implementar mais estímulos, lia se numa nota a clientes, a qual a lusa teve acesso.

 

Conclusão
Depois de uma longa e detalhada investigação concluímos que a moeda teve suas origens no seculo VII A.C., no rei Aliates hoje (atual Turquia) e concluímos que existem três principais funções que são: instrumento de troca, denominador comum de valores e reserva de valor.

















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Filosofia de Marketing

Introdução 
O marketing é uma filosofia de gestão baseada num foco nos mercados e na criação de valor, surgiu como alternativa a uma filosofia centrada na produção e não orientada para os consumidores.
Poucas pessoas conseguem compreender a ligação entre Filosofia e Marketing, mas estas ciências são unidas pela reflexão que sugerem, são parte da cultura dos povos e pouco compreendidas pela maioria das pessoas, porque elas não têm estudos voltados ao aprendizado de cada uma delas, mas sem a Filosofia não há Marketing.
O homem sobreviveu até os dias actuais por reflectir, pensar, organizar, planear, agir e colher os frutos, por essas e muitas outras razões a Filosofia traz para a vida das pessoas os questionamentos naturais e a busca por respostas, em Marketing não é diferente, fazer Marketing não é simplesmente colocar um produto no mercado, desenhar uma embalagem, fazer Propaganda, é saber que por trás de cada um destes objectos há muito de Filosofia, inicia-se na reflexão, passa por um processo muito estruturado e que para os profissionais de Marketing é algo vital, “achar” algo e fazer tudo de qualquer forma é coisa de marqueteiro.

Filosofia de Marketing 
Definimos a Gestão de Marketing como esforço consciente para alcançar resultados de troca desejados com mercado-alvo. Mas qual filosofia deve guiar os esforços de markenting de uma empresa? Que pesos devem ser atribuídos aos interesses da organização, dos clientes e da sociedade? Frequentemente, esses interesses entram em conflito. 
Existem cinco conceitos ou orientações alternativas com base nas quais as organizações orientam as actividades de marketing: a orientação de produção, a orientação de produto, a orientação de venda, a orientação de marketing e a orientação de marketing societal. 

Orientação de Produção
A orientação de produção sustenta que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Gestores de empresas orientadas para a produção concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixo custo e distribuição em massa. Eles supõem que os consumidores estejam interessados principalmente na disponibilidade dos produtos e preços baixos. Essa orientação tem sentido e países em desenvolvimento, onde os consumidores estão mais interessados em obter os produtos sem se interessar pelas suas características. 
Este conceito serve como base a um adas mais antigas filosofias que orientam os vendedores. É ainda útil em dois tipos de situações: a primeira ocorre quando a procura por um produto excede a oferta. Neste caso, a administração deverá procurar formas de aumentar a produção.
A segunda situação ocorre quando o custo do produto é muito elevado e o aperfeiçoamento da produtividade é necessário para a redução do custo.
Algumas prestadoras de serviços também operam sob a orientação de produção. 
No entanto as empresas que operam segundo esta filosofia, ocorrem um grande risco de concentrarem-se demais nas suas próprias operações. 


A Orientação de Produto
A orientação de produto sustenta que os consumidores dão preferência a produtos que oferecem qualidade e desempenho superiores ou que tenham características inovadoras. 
Consequentemente, a organização deverá orientar a sua energia activa no fabrico de produtos de qualidade e aperfeiçoa-los de forma contínua. Eles presumem que os compradores admiram produtos bem feitos e que podem avaliar a qualidade e desempenho. Entretanto, os Gestores dão peso ao seu produto e não percebem aquilo de que o mercado necessita. 
Esta orientação pode levar a miopia de marketing. Muitos gestores acreditavam que as pessoas prefiram os seus produtos e menosprezavam a concorrência. Por exemplo, gestores de empresas ferroviárias acreditavam que as pessoas que viajavam, preferiam comboios em vez  de outros tipos de transportes e menosprezavam a concorrência das linhas aéreas, dos autocarros e dos automóveis. Outro exemplo é dos correios e muitas lojas, julgam estar a oferecer o produto certo ao público e não conseguem entender por que as vendas estão a cair. 
As organizações que guiam-se por esta orientação estão viradas para si ao invés de estares viradas para o cliente. 

  • Orientação de vendas

Nessa fase os clientes, devido a duas grandes guerra e uma guerra fria, estavam em recessão em vários países, isso diminuiu e muito o poder de compra da população, afinal todos aproveitaram o bom de décadas de consumo e compraram tudo que podiam adquirir havendo uma saturação de produtos no mercado. Acredito que dessa década em diante o marketing passou a ser vital para as empresas, organizações que tiveram o acompanhamento de uma gerência ou consultoria em marketing, com certeza seriam na frente, como a Toyota que se destacou no mercado com  o modelo de produção enxuta.

A orientação de vendas parte do principio de que os consumidores e as empresas, por vontade própria, normalmente não compram os produtos da organização em quantidade suficiente. A organização deve, portanto, empreender um esforço agressivo de vendas e promoção. 
A epítome da orientação de vendas pode ser encontrada nas ideias Sergio Zyman, ex-vice-presidente de marketing da coca-cola: Objectivo do marketing é vender mais coisas para mais gente por mais dinheiro, afim de obter mais lucros.
A orientação de vendas é praticada de maneira mais agressiva com produtos pouco procurados, que os compradores dificilmente pensam em comprar, com seguros, enciclopédias, jazidos funerários. Quando dispõe de excesso de capacidade, a maneira das empresas pratica a orientação de venda. O Objectivo é vender aquilo que fabrica em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. Mas o marketing fundamentado em venda agressiva esconde altos riscos. Ele pressupõe que clientes persuadidos gostaram dele; Caso isso não ocorra, imagina-se que esses clientes não vão devolvê-lo, não falarão mal dele, tão pouco reclamarão ao órgão de defesa do consumidor, e talvez voltem ao comprá-lo.
  • Orientação de marketing

finalmente chegando na era moderna do marketing, agora o profissional de marketing é essencial a qualquer empresa ou instituição com ousem fins lucrativos. época marcada por mudança no comportamento de modo geral, politico, social e filosófico, com o advento da internet, o mercado consumidor mudou completamente, hábitos e forma de consumo. Aprendemos a fabricar produtos que vendem sozinhos.
Theodore Levitt, elaborou uma comparação entre as orientações de vendas e de marketing:
“A venda está voltada para as necessidades do vendedor, o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor de converter produto em dinheiro : o marketing, com a ideia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associado a criação, entrega e consumo final”.
vários pesquisadores descobriram que as empresas que acolheram a orientação de marketing alcançam desempenho superior, isso foi demonstrado pela primeira vez por empresas que praticavam o marketing reativo “entender e suprir as necessidades expressas pelo cliente “. Para alguns críticos,  isso significa que as empresas desenvolveriam apenas inovações de baixo nível. Porém inovação de alto nível é possível se o foco estiver nas necessidades latentes do consumidor. Eles denominaram isso de orientação de marketing proactivo. Empresas como 3M, HP e Motorola têmcomopráticaarraigadapesquisarouimaginarnecessidadeslatentespormeio de um processo de “sondar-e-aprender”. Empresas que praticam as duas orientações (reactivo e proactivo) estão implementando uma orientação total ao mercado  e provavelmente serão mais bem-sucedidas
No caminho para se converter a uma orientação de marketing , a empresa enfrenta três obstáculos: resistência organizada, lentidão para aprender e rapidez em esquecer. Alguns departamentos da empresa podem acreditar que uma função de marketing mais forte ameace o poder que exercem dentro da organização. A principio, a função de marketing é vista como uma entre várias outras igualmente importantes em um relacionamento equilibrado, mas os profissionais de marketing argumentam que a função é mais importante. Porém os mais esclarecidos elucidam a questão colocando o cliente no centro e no topo da empresa e defendem uma orientação voltada para o cliente, em que todos os departamentos/funções trabalham juntos para responder, servir e satisfazer as necessidades do mercado.

  • Orientação de marketing holístico.

Nossa era actual é definida pelo marketing holístico, aqui sugiram teorias como o marketing 3.0 de Kotler, assim também o marketing social. Vamos fazer uma introdução ao marketing holístico e iremos dividir em tópicos seus conceitos.
Todo conjunto de forças que a pareceram na última década exige novas práticas de marketing e de negócios. Hoje, as em presas têm novas capacidades que podem transformar a maneira como sempre fizeram marketing. As empresas precisam refletir profundamente sobre como operar e competirem um novo ambiente. Profissionais de marketing do século XXI reconhecem cada vez mais a necessidade de uma abordagem mais completa e coesa que transcenda as aplicações tradicionais da orientação de marketing.
O marketing holístico pode ser visto como o desenvolvimento, o projecto e a implementação de programas,processos e actividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de efeitos. Ele reconhece que no marketing “tudo é importante” ( o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência, assim como a sociedade como um todo) e que muitas vezes se faz necessária uma perspectiva abrangente e integrada. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questões e certifica-se que as decisões em uma área são coerentes com as decisões de outras.
O marketing holístico é, portanto, uma abordagem do marketing que tenciona reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades das actividades de marketing.

Conclusão 
Terminado trabalho pude concluir que tratar seus consumidores com respeito é um dos princípios básicos, saber que ele trocará seus produtos pelo do concorrente porque você não sabe fazer Marketing é fato e ocorre todos os dias, o consumidor fica insatisfeito com um produto ruim, mas o ponto em que mais são decididas as trocas desta por aquela empresa está no atendimento.
Quando o Marketing não é a Filosofia da empresa não há como sobreviver, independentemente do tamanho da organização, deve-se ter em mente que qualquer ação da empresa reflete em seu desempenho, como na via quotidiana de cada um, um pequeno gesto visto por poucos torna-se o calcanhar de Aquiles das organizações e das pessoas.

Bibliografia 
  • CHURCHILL Jr., Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.
  • FERRELL, O. C.; HARTLINE, Michael D.; LUCAS Jr., George H.; LUCK, David. Estratégia de Marketing. São Paulo: Atlas, 2005.
  • ZEITHML, Valerie A.; BITNER, Mary Jo. Marketing de Serviços: a empresa com foco no cliente. Porto Alegre: Bookman, 2003.


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Tecnologia de Produção

Introdução
Neste presente trabalho o grupo aplicar-se-á na temática concernente a Tecnologia de Produção. Logo de primeira, falar-se-à da Empresa, a função produção que relaciona as quantidades de fatores utilizadas na produção com a quantidade (máxima) de produto que pode ser obtida. Os factores de produção que tem sido apontados em todo o processo produtivo, mas as suas componentes essenciais são as que são apresentadas neste trabalho. 
Far-se-à uma síntese em torno da produção com um ou dois insumos variáveis, estes que para a sua escolha, conforme a sua tecnologia de produção e o preço do trabalho, e outros insumos, uma empresa precisará decidir quanto de cada insumo usar. A tecnologia de produção é de importância fundamental para a administração económica da Empresa.

Definição
Economicamente, factores de produção, são elementos indispensáveis ao processo produtivo de bens materiais. Tradicionalmente, os economistas, e particularmente desde Jean Baptiste Say, os fatores de produção têm sido apontados em todo o processo produtivo como sendo: a terra (terras cultiváveis, floresta, minas, recursos naturais), trabalho (o homem) e o capital (máquinas, equipamentos, instalações). 

Mas aqueles economistas, já incluíam no conceito económico de terra, não apenas o solo, o que era arável, mas todos os fatores naturais de produção. Assim, para além do solo, incluíam o subsolo, a capacidade energética do mar, os cursos de água, do vento, da luz solar, etc. Por esta razão, alguns autores preferem referir-se aos fatores naturais de produção, abrangendo nesta noção a terra, o solo e também outras forças naturais. 
O homem tem de empregar trabalho, com maior ou menor esforço, para aproveitamento dos fatores naturais, ou seja, é necessário revolver a terra, semeando, plantando, fertilizando, colhendo, e também caçando, pescando, domesticando animais, etc. Deste modo, o trabalho insere-se entre os fatores produtivos. 
Para melhor aproveitar a natureza, o homem, tem de construir instrumentos, que embora não lhe ofereçam satisfações diretas, irão a breve trecho, facilitar o aproveitamento. Os instrumentos usados para um melhor aproveitamento da natureza constituem o capital. Assim, também este capital, verdadeiramente fundamental, se inclui entre os fatores produtivos. O Capital pode ser material, financeiro, humano e intelectual. Esta separação do capital intelectual e humano visa esclarecer a diferença entre a pessoa física e a capacidade racional do homem. 

  • A Empresa

A empresa é o agente económico que transforma fatores produtivos e bens intermédios em bens, ou seja, é o agente económico que realiza a produção.
Assumimos que o objectivo último de uma empresa é a maximização do lucro, a diferença entre as receitas provenientes da venda dos seus produtos e os custos associados à remuneração dos fatores produtivos e à aquisição dos bens intermédios utilizados na produção.
  • Tecnologia de Produção

De acordo com Robert Pindyck e Daniel Rubinfeld, na abordagem a tecnologia de produção na sua obra de microeconomia, cita que durante o processo produtivo, as empresas transformam os insumos, também denominados factores de produção, em produtos. Os factores de produção são tudo aquilo que a empresa utiliza no processo produtivo. Por exemplo, numa padaria os insumos incluem o trabalho, matéria-prima, como farinha e açucar; e o capital investido nos fornos, nas batedeiras e em outros equipamentos necessários à produção de pães, bolos e confeitos.
Os insumos podem ser divididos em amplas categorias de trabalho, matérias-primas e capital, podendo cada uma delas incluir subdivisões mais limitadas. O trabalho abrange os trabalhadores mais especializados (carpinteiros e engenheiros) e os não especializados (trabalhadores agrícolas), bem como os esforços empreendedores dos administradores da empresa. As matérias-primas incluem o aço, plástico, a eletricidade, água e quaisquer outros materiais que a empresa adquira e transforme em um produto final. O capital inclui o terreno, as instalações, a maquinaria e outros equipamentos, bem como estoques.
  • Função De Produção

As empresas podem transformar os insumos em produtos de várias maneiras usando várias combinações de mão-de-obra, matérias prima e capital. Descrevendo assim a relação entre os insumos de processo produtivo e o produto resultante como uma função de produção. Uma função de produção dedica o produto máximo (volume de produção) q, que uma empresa produz para cada combinação específica de insumos. Embora na práctica as empresas usem inúmeros insumos, para simplificar a análise pode-se concentrar apenas em dois insumos: o trabalho L e o capital K, escreve-se então a expressão da produção como 

q= F(K, L)

A equação diz que a quantidade de produto depende da quantidade de dois insumos – capital e trabalho. Por exemplo, a função de produção poderia descrever o número de computadores pessoais que poderiam ser produzidos a cada ano por uma empresa que possuí uma fábrica com 1000m2 e determinado número de operários na linha de montagem. Ou mesmo, descrevendo a colheita que um fazendeiro pode obter com determinada quantidade de equipamentos e trabalhadores. 

É importante ter em mente que os insumos e produtos são fluxos. Assim, por exemplo,
Q – quantidade produzida;
K – stock de capital utilizado na produção;
L – quantidade de trabalho utilizada na produção.
  • Curto Prazo E Longo Prazo 

Ajustar os insumos à produção, dosando diferentes quantidades de trabalho e capital, não é um processo rápido. Uma nova fábrica precisa ser planejada e construída, as máquinas e os outros equipamentos de capital precisam ser encomendados e produzidos. Tais atividades, demoram um ano ou mais para ser completadas. Resulta disso que, se temos por referência as decisões de produção em um curto período, como um mês ou dois, é provável que a empresa não seja capaz de fazer substituições entre trabalho e capital,
As empresas têm de considerar se os insumos podem ser substituídos uns pelos outros, e, nos casos em que isso pode ocorrer, quanto tempo é necessário para a substituição, é importante distinguir entre curto e longo prazo quando analisamos a produção. 
Curto prazo – refere-se ao período no qual um ou mais insumos não podem ser modificados, ou seja, no curto prazo há sempre pelo menos um factor que não pode ser modificado: esse factor é, por isso, denominado insumo fixo de produção.
Longo prazo – corresponde ao período necessário para tornar variáveis todos os insumos. No curto prazo a empresa pode variar a intensidade de utilização de determinada fábrica e equipamentos; no longo prazo, a empresa pode modificar a capacidade, das fábricas. Todos insumos fixos no curto prazo correspondem aos resultados de decisões anteriores de longo prazo baseadas em estimativas da empresa daquilo que poderia produzir e vender com lucro.
Nenhum período específico, por exemplo um ano, separa o curto prazo do longo prazo. Em vez disso, é necessário que se faça distinção entre eles caso a caso. Por exemplo, o logo prazo pode ser tão curto quanto um dia ou dois, no caso de um balcão para uma criança vender limonada, e tão longo quanto cinco ou dez anos, no caso de um fabricante de produtos petroquímicos ou de uma indústria automobilística. No longo prazo as pessoas podem dosar a quantidade de todos os seus insumos a fim de minimizar o custo de produção. 

  • Produção com um insumo variável (Trabalho)

Quando uma empresa tem de decidir quanto vai adquirir de determinado insumo, ela tem de comparar o custo com o benefício que obterá. As vezes, é interessante olhar para o benefício e o custo de um ponto de vista incremental, procurando saber qual seria o produto adicional que resultaria de certo incremento do insumo. Outras vezes, vem a ser mais interessante fazer comparações na média, considerando o resultado de um aumento substancial de um insumo. 
Quando o capital é fixo, mas o trabalho é variável, o único jeito de a empresa aumentar a produção é aumentando o insumo Trabalho. Por exemplo, quando se está administrando uma fábrica de roupas. Embora, disponha de determinada quantidade de equipamentos, pode-se contratar mais ou menos trabalho para operar as máquinas. Tem que tomar uma decisão sobre a quantidade de Trabalhadores que contratará e a quantidade de roupas que produzirá. Para tomar a devida decisão, necessitar-se-á saber de que forma o volume de produção, q, aumenta (se é que aumenta) a medida que o insumo Trabalho L cresce.
A tabela a seguir tem o conteúdo do assunto cima tratado. As primeiras três colunas apresentam o volume do produto que ode ser produzido em um mês com diferentes quantidades de trabalho e mantendo-se o capital fixo em 10 unidades. A primeira coluna apresenta a quantidade de trabalho, a segunda coluna indica a quantidade fixa de capital e a terceira mostra o volume de produção obtido. Quando o insumo é zero, o volume de produção também é zero, dessa forma, o volume de produção eleva-se à medida que o trabalho aumenta para um insumo de até 8 unidades. Além de tal ponto, o produto total diminui: enquanto de início cada unidade de trabalho é capaz de obter uma vantagem cada vez maior do equipamento e de instalações disponíveis, aos determinados ponto, quantidades adicionais de trabalho não são mais úteis e podem ser contraproducentes. Cinco pessoas podem operar uma ilha de montagem melhor do que duas, porém dez pessoas podem tropeçar umas nas outras.

Quantidade de trabalho (L)
Quantidade de capital (K)
Produção total (q)
Produção média (q/L)
Produto Marginal (𝝙q/𝝙L)
0
10
0
-
-
1
10
10
10
10
2
10
0
15
20
3
10
60
20
30
4
10
80
20
20
5
10
95
19
15
6
10
108
18
13
7
10
112
16
4
8
10
112
14
0
9
10
108
12
-4
10
10
100
10
-8

Produto Médio e Produto Marginal
A contribuição do trabalho ao processo produtivo poderia ser descrita em uma base média e uma marginal (incremental) do trabalho. A quarta coluna da tabela apresenta o produto médio do trabalho (PM), o qual é o produto por unidade de insumo trabalho. O produto médio é calculado pela divisão do produto total, q, pela quantidade total e insumo trabalho, L. O produto médio de trabalho mede a produtividade da força de trabalho da empresa, em termos de quantos produtos cada unidade de trabalho em média.
Em nosso exemplo, o produto médio aumenta inicialmente, porém, passa a cair quando o insumo trabalho se torna superior a quatro.
A quinta coluna da tabela apresenta o produto médio do trabalho (PMg).
Produto Marginal do trabalho é o volume de produção adicional gerado ao acrescentar 1 unidade de insumo trabalho. Por exemplo, com o capital fixo em 10 unidades, quando o insumo trabalho aumenta 2 para 3, o produto total é elevado de 30 para 60, ocasionando um volume adicional de produção igual a 30 unidades (60-30). O produto marginal do trabalho pode ser expresso como 𝝙q/𝝙L, isto é, a variação no volume de produção, 𝝙q, resultante do aumento de uma unidade no insumo trabalho, 𝝙L.
Lembre que o produto Marginal do trabalho depende da quantidade de capital empregado. Se o insumo capital aumentar de 10. Porque os trabalhadores adicionais possivelmente serão mais produtivos se tiverem mais capital para utilizar. Da mesma forma que o produto médio, o produto marginal inicialmente aumenta, depois diminui-nesse caso, após a terceira unidade de trabalho.

  • Lei dos Rendimentos marginais decrescentes

À medida que aumenta o uso de determinado insumo em incrementos iguais (mantendo-se fixos os demais insumos) acaba-se chegando a um ponto em que a produção adicional resultante decresce. Quando o insumo Trabalho é pequeno (e o capital é fixo), pequenos insumos trabalho geram substanciais aumentos no volume de produção, à medida que os funcionários para desenvolver tarefas especializadas. Inevitavelmente, a lei dos rendimentos marginais decrescentes entra em acção.
A lei dos rendimentos marginais decrescentes geralmente aplica-se ao curto prazo, quando pelo menos um dos insumos permanece inalterado. Mas também se aplica ao longo prazo, mesmo que sejam variáveis todos os insumos da produção no longo prazo, um produtor pode ter interesse em analisar opções de produção para os quais um ou mais insumos devam permanecer inalterados. 
Resumindo, na lei dos rendimentos marginais decrescentes a produtividade média varia no sentido da produtividade marginal. 

  • Produção com dois insumos variáveis

No longo prazo, tanto o trabalho quanto o capital são variáveis. A empresa deste modo, pode produzir de várias maneiras, combinando diferentes quantidades de trabalho e capital. Verificar-se-á agora como uma empresa pode escolher entre combinações de trabalho e capital que geram a mesma produção. A seguir, pode-se examinar a escala do processo produtivo, analisando como a produção muda quando as combinações de insumo são dobradas, triplicadas e assim por diante.
  • Isoquantas

A tecnologia de produção duma empresa quando ela utiliza dois insumos e pode fazer variações de ambos, supondo, por exemplo, que os insumos sejam capital e trabalho, e que estes estejam sendo utilizados para produzir alimentos. A tabela abaixo relaciona os valores de produção alcançáveis por meio de diversas combinações de insumos.
As unidades do insumo trabalho encontram-se relacionadas na linha superior e as do insumo capital, a coluna situada à esquerda. Cada valor na tabela corresponde ao volume máximo de produção (tecnicamente eficiente) que pode ser obtido por determinado período, com cada combinação de trabalho e capital utilizada ao longo desse período. Por exemplo, 4 unidades de trabalho por ano e 2 unidades de capital por ano resultam em 85 unidades de alimento por ano. Observando cada linha, vê-se que o volume de produção aumenta à mediada que as unidades de trabalho também aumentam.

Capital

1

2
Trabalho
3

4

5
1
20
40
55
65
75
2
40
60
75
85
90
3
55
75
90
100
105
4
65
85
100
110
115
5
75
90
105
115
120

Propriedades das Isoquantas
  • Sendo as produtividades marginais positivas, a utilização de maiores quantidades de factores permite alcançar um maior nível de produção. 
  • As isoquantas não se cruzam, pois, uma determinada combinação de factores produtivos não pode proporcionar dois volumes de produção distintos.
Conclusão
Com o presente trabalho concluiu-se que uma função de produção mostra a produção máxima que uma empresa pode obter para cada combinação específica de insumos. No curto prazo, um ou mais insumos do processo produtivo são fixos, enquanto no longo prazo todos os insumos são potencialmente variáveis. A produção com um insumo variável, por exemplo o trabalho, pode ser ultimamente descrita em termos do produto marginal, e do produto marginal do trabalho que mede a produção adicional quando se aumenta o trabalho em uma unidade. 


Bibliografia 
  • PINDYCK Robert S, RUBINFELD Daniel, Microeconomia 6.a Edição, 2014
  • CORREIA João, Microeconomia II FEP Brazil 2017
  • www.semnegativa.blogspot.com
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