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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

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Congresso da FRELIMO

Congresso da FRELIMO 

De 23 a 28 de Setembro de 1962, realizou-se em Dar-es-Salam, Tanzânia, o 1º congresso da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). 
A sessão de abertura desta importante assembleia foi honrada pela presença de suas excelências os senhores Rashiri Kawawa então Primeiro-ministro da Tanzânia, o Oscar Kamhona Ministro da Tanzânia, o Oscar Kamhona Ministro do negócios estrangeiros e da Defesa nacional. 
Estas duas eminentes personalidades da Governo da Tanzânia saudaram o congresso em mensagens calorosas e reafirmaram a simpatia e a solidariedade totais do povo moçambicano. 
Durante 6 dias, moçambicanos de todas as regiões do osso país analisaram a situação de Moçambique, estudaram os problemas que se podem ao país definiram os principais métodos que permitam conduzir vitoriosamente a Luta de libertação Nacional. 

A importância do 1º Congresso da FRELIMO foi sublinhada ainda pelo facto de ele ter sido também o congresso da unidade. Com o efeito para o povo de Moçambique a unidade constitui uma exigência fundamental. E foi a expressão dos militares das diferentes organizações que exigiam então que a frente se realizou. 
Assim o congresso que realizou em Setembro de 1962, 3 meses depois a decisão tomada pelas três organizações nacionalistas de criar a frente, teve como objectivo a legalização da nova situação criada e a definição concreta do programa da FRELIMO.

Decisões tomadas 
  • O congresso reafirmou a decisão inquebrantável do povo moçambicano de prosseguir com o combate até a liquidação completa do colonialismo português até a independência nacional; 
  • O congresso elaborou a linha geral da política da FRELIMO tanto no plano interior, como no plano exterior e definitivos objectivos imediatos, assim como os métodos de acção a utilizar para atingir esses objectivos; 
  • O congresso proclamou a necessidade do estabelecimento de laços estreitos entre a FRELIMO e todas as forças anti colonialistas do mundo. Mas especificamente o congresso da FRELIMO considerou que era necessário estabelecer laços com países vizinhos de Moçambique que encontram também empenhados na luta libertadora. 
Após ter examinado as necessidades actuais da luta contra o colonialismo português em Moçambique, declara a sua firme determinação de promover a organização eficaz do combate do povo moçambicano pela libertação nacional e adapta as seguintes meditas para que o comité central da FRELIMO, ponha imediatamente em execução. 
  1. Desenvolvimento e conservação da estrutura da organização da FRELIMO
  2. Desenvolvimento da unidade entre os Moçambicanos; 
  3. Utilização máxima das energias e faculdades de cada um e de todos os membros da FRELIMO
  4. Promover a formação acelerada de quadros; 
  5. Empregar todos os esforços para promover o acesso rápido de Moçambique a independência;
  6. Promover, por todos os meios o desenvolvimento social e cultural da mulher moçambicana; 
  7. Promover desde já a alfabetização do povo moçambicano; criando escolas onde for possível; 
  8. Tomar as medidas necessárias a fim de prover as necessidades dos órgãos dos diferentes escalões da FRELIMO;
  9. Encorajar e apoiar e formação e consolidação das organizações sindicais de estudantes da juventude e de mulheres; 
  10. Cooperação com as organizações nacionalistas das outras com nomes portuguesas;
  11. Cooperação com organizações nacionalistas africanas; 
  12. Cooperação com os movimentos nacionalistas de todos os países; 
  13. Obtenção de fundos junto das organizações que simpatizam com a causa do povo de Moçambique fazendo apelos públicos; 
  14. Obtenção de meios para a autodefesa e para manter e para desenvolver a resistência do povo moçambicano; 
  15. Propaganda permanente por todos os meios a fim de mobilizar a opinião púbica mundial em favor da causa do povo moçambicano; 
  16. Diligências junto de todos os países a fim de realizar campanhas e manifestações públicas de protestos contra as atrocidades cometidas pela administração colónias portuguesa assim param a libertação imediata de todos os nacionalistas que se encontram nas prisões colonialistas portuguesas. 
  17. Obtenção da ajuda diplomática moral e material para a causa do povo moçambicano junto dos estado africanos e de todos estados amantes da libertação.

Os que mais se destacaram forma:
  • Eduardo Chivambo Mondlane – O Primeiro Presidente da FRELIMO
  • Marcelino dos Santos – Vice-presidente da FRELIMO
  • Samora Moisés Machel – Presidente da FRELIMO

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A contestação da situação colonial 1945 à 1961

A contestação da situação colonial 1945 à 1961
Uma das bases fundamentais da crescente exploração que Portugal quis implementar em Moçambique após 1930 era a representação política fascista que impediu o desenvolvimento de organizações anticoloniais com divisão racional do movimento associativo como a criação do Instituto Negrófilo.
Embora houvesse uma pequena abertura para a expressão antifascista logo após a segunda guerra mundial, a representação a actividade política moçambicana tomou novas formas, neste período. 
No fim da década de 50, incentivada pela crescente representação interna e4 pelo avanço da luta anticolonial no contexto regional e continental, a reclamação pelo fim do domínio colonial, e a sua substituição por um estado independente ganhou uma nova dimensão.
Por seu turno bastante algumas mudanças na organização da economia, o regime colonial respondeu com uma repressão mais feroz a exigências das mais elementares performances politicas, como se verificou, por exemplo no massacre da moeda em 1960. 
Perante a intransigência do regime colonial formaram-se fora do país, os movimentos que na fase posterior se juntariam fundando a FRELIMO. 

Uma crise sociopolítica em torno do desemprego do trabalhador branco e da crescente militância dos trabalhadores negros que se manifestou, especialmente na greve dos ferroviários da Rodésia do Sul, em 1945, e na Grande greve dos mineiros da África do Sul. 
Na mesma altura verificou-se mais uma intensificação do controle sobre os trabalhadores negros, nas cidades de Lourenço Marques e Beira. 
Apesar da extensão geográfica e politicamente limitada da sua acção, Chovale Simango e os seus Co-dirigentes menos cautela e prudência que o governo colonial exigia para o funcionamento do seu sistema de enquadramento associativo. O governo reagiu por encerrando definitivamente o núcleo negrófilo de Manica e Sofala. 

Marcelino dos Santos, Noémia de Sousa e Mário de Andrade (Um dos fundadores da MPLA) eram os principais participantes com objectivos evidentemente diferentes dos regimes, o centro não podia deixar de interessar a política em segurança PIDE. 
Esta contradição agudizou-se no ano seguinte o que levou a destituição do próprio presidente do CAN, com a luta de libertação já iniciada, ou período de maior dinamismo político cultural de núcleo. Contudo, pouco tempo depois a sua actividade foi mudada pela infiltração crescente de agentes coloniais, em 1965, foi oficialmente banida. 
No período de 1945 a 1961, a luta anticolonial foi desenvolvida em várias formas entre as quais se destacam a resistência contra aspectos da exploração económica colonial a formação de movimentos políticos dentro e fora do país e o seu acompanhamento cultural e intelectual.

A repressão colonial fascista de todas as actividades políticas impediu que estes movimentos se pudessem desenvolver dentro do país. Foi lhes nega a possibilidade de evoluir através de um processo de elaboração de programas e de formas de organização em consulta aberta com o povo. Da mesma forma foi impossível o seu inter-relacionamento ou unificação impedindo a construção no interior do país, de um movimento unificado, que representasse as várias camadas essências em as regiões. Deste modo a luta anticolonial moçambicana foi bastante diferente das lutas nos territórios vizinhos. Por exemplo mesmo na Rodésia do Sul a interligação entre os sindicatos africanos legalizado e o movimento político constituía uma parte do movimento nacionalista. Na África do Sul os múltiplos movimentos que, em 1955, formaram “aliança do congresso” para enfrentar “Apartheid”, tinha um passado muito rico de acção aberta. 
As organizações moçambicanas que se encontravam no Tanganhica em 1961, reflectiam as circunstâncias da origem diversa, em migrantes moçambicanos radicados no estrangeiro. A MANU estava virada quase exclusivamente para a maioria das condições dos residentes de Cabo Delgado. Desta forma, nos fins de 1961, a fase de avanço da luta anticolonial, tratava, não meramente da unificação dos movimentos existentes, mais da construção de um programa e de um aparelho político, capazes de derrubar a forma específica do colonialismo em Moçambique. 


              

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