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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

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Paciente com HP - Sangramento vaginal

2.4.3. Diagnóstico
 A história clínica e o exame físico constituem partes importantes da avaliação da paciente com HP. É relevante levar em consideração os fatores de risco. A visibilização do volume de sangramento auxilia no diagnóstico, mas pode haver alguma dificuldade nos casos de acúmulo de sangue na cavidade uterina, hematomas ou na cavidade peritoneal. Os sintomas relatados pela paciente dependerão da gravidade do caso, tais como: fraqueza, tonturas, sudorese, náuseas e perda da consciência, (Sass,2013).
 O exame clínico da paciente deve incluir o exame físico geral (com verificação dos sinais vitais) e específico, com ênfase no exame abdominal e pélvico. Podem ser detectados sinais de hipovolemia, a depender do volume de sangramento. A palpação abdominal pode revelar dor, distensão e sinal de Blumberg positivo quando há sangue na cavidade peritoneal. Nos casos de atonia uterina, o útero está acima da cicatriz umbilical, com consistência amolecida. O toque vaginal pode revelar grande quantidade de coágulos, (Sass,2013).

Quando o sangramento permanece aumentado apesar da contratilidade uterina normal, revisão cuidadosa do canal de parto (com instrumental e luz adequados) deve ser realizada na busca por lacerações cervicais, vaginais ou vulvares que tenham passado despercebidas após o parto vaginal. O reconhecimento imediato da inversão uterina é importante, pois o atraso desse diagnóstico pode agravar o prognóstico. Um útero invertido aparece como uma massa azul acinzentada que adentra a vagina. A suspeita de rotura uterina, em paciente com cicatriz de cesárea prévia, pode ser confirmada com a palpação do segmento uterino inferior, por meio do toque vaginal bimanual e exploração da cavidade uterina. Lembrar que nesses casos o comprometimento hemodinâmico da paciente não é condizente com a perda de sangue visível, (Sass,2013).

Os hematomas de trajeto podem ser vistos como massas arroxeadas que fazem protrusão na luz vaginal ou períneo. Nos casos em que a dequitação placentária já ocorreu, o útero apresenta contratilidade normal e não foram detectadas lesões do trajeto, a cavidade uterina deverá ser explorada manualmente ou por instrumental com o objetivo de identificação de restos placentários. Pacientes com coagulopatia podem ser identificadas por não responderem aos tratamentos usuais, não formarem coágulos e por apresentarem sangramento nos locais de punção e incisões, (Sass,2013).
Os exames complementares comumente solicitados na avaliação do sangramento genital são os mostrados abaixo. a) Hemograma: a dosagem de hemoglobina e o hematócrito podem auxiliar na avaliação do volume de sangramento e necessidade de hemotransfusão. Plaquetopenia pode estar associada a situações de coagulopatia de consumo. b) Tipo sanguíneo e triagem de anticorpos: exames obrigatórios, pela eventual necessidade de transfusão sanguínea. c) Coagulograma: indicado para avaliação de coagulopatia, (Sass,2013).

2.4.4. Tratamento
 O tratamento de HP se inicia com o reconhecimento do sangramento excessivo e aplicação das medidas de suporte materno, que incluem a obtenção de ajuda, garantia de permeabilidade das vias aéreas, administração de O2, instalação de acessos venosos calibrosos para infusão de cristalóides, de drogas e obtenção de exames laboratoriais, (Sass,2013).

A reposição de cristalóides costuma ser de 3 ml para cada ml de sangue perdido. Portanto, se a puérpera apresentar sinais esintomas de hipovolemia (perda de sangue superior a 1000 ml), a reposição de solução salina isotônica ou Ringer Lactato poderá ser de 3000 ml. Se a perda aguda for superior a 25%, administrar cristalóides e colóides, (Sass,2013).
Simultaneamente a essas condutas, a equipe médica deve identificar as causas específicas da HP e instituir tratamento adequado; 

• A outra mão deve ser colocada na parede abdominal, sobre o fundo uterino, comprimindo-o contra a mão vaginal e massageando-o até obter aumento de sua contratilidade. Ao mesmo tempo, agentes ocitócicos devem ser utilizados para estimular contrações uterinas. A ocitocina é a droga de primeira escolha por ter ação mais fisiológica, (Sass,2013).
Outras drogas poderão ser utilizadas quando a contratilidade uterina adequada não for alcançada com a ocitocina. Os alcaloides do ergot constituem a segunda opção como droga ocitócicas e são representados pela metilergonovina e a ergometrina. As prostaglandinas são as drogas de terceira escolha e o misoprostol é o seu representante mais comum. O ácido tranexâmico endovenoso é recomendado para o tratamento da hemorragia caso a ocitocina e outros uterotônicos não consigam interromper a hemorragia ou se houver risco de ser resultante de lesão traumática, (Sass,2013). 

Pacientes com sinais persistentes de perda sanguínea ou com hematomas em expansão devem ser abordadas cirurgicamente, havendo incisão da área, retirada dos coágulos e ligadura do vaso sangrante. Nos casos com diagnóstico de inversão uterina, essa deve ser corrigida rapidamente, com reposicionamento do útero na cavidade abdominal pela manobra de Taxe. Em algumas situações, para que se consiga a correção da inversão, há necessidade de relaxar a musculatura uterina com agentes tocolíticos ou anestesia geral, (Sass,2013).

Para realizar curagem uterina: 
• Sempre anestesiar a paciente e relaxar a musculatura uterina; 
• Introduzir a mão na cavidade uterina e identificar o plano de clivagem entre a placenta e o útero, apreendendo os cotilédones soltos; 
• Tentar retirar a placenta na íntegra; 
• Limpar a cavidade uterina com gazes envoltas nos dedos exaustivamente e, se necessário, com curetas. IV. 

Um outro ponto, é a contagem de plaquetas que deve ser mantida em valores superiores a 50.000/mm3 . Cada unidade de plaquetas aumenta a contagem em 5.000 – 10.000 plaquetas. Com relação à transfusão de hemácias, esta deve ser realizada sempre que a gravidade da perda volêmica for moderada ou grave, se os níveis de hemoglobina forem inferiores a < 8 g/dl ou hematócrito inferior a 30%. Cada unidade aumenta de concentrado de hemácias aumenta a hemoglobina em 1,0 g e o hematócrito em 3%. Após uma hora de tentativas de interrupção do sangramento puerperal excessivo sem sucesso, avaliar a realização de condutas invasivas tais como: tamponamento uterino com compressas ou sondas, suturas uterinas hemostáticas, ligadura de vasos (artérias hipogástricas, uterinas) ou histerectomia, (Sass,2013).


3.Conclusão 
O sangramento genital durante o ciclo gravídico-puerperal é queixa comum e sintoma responsável por inúmeras consultas obstétricas de urgência. A hemorragia obstétrica é a principal causa de mortalidade materna no mundo e causa importante de admissão de paciente obstétrica ao centro de terapia intensiva, além de estar associada à elevada morbimortalidade perinatal. O diagnóstico diferencial é essencial para garantir a qualidade do atendimento da paciente com esse tipo de intercorrência. Nesse capítulo serão abordadas as principais causas de hemorragia anteparto e puerperal.
as hemorragias da segunda metade da gestação são causadas pelo descolamento da placenta normalmente inserida, placenta prévia e rotura uterina. No período puerperal, as etiologias das hemorragias são a atonia uterina, as lacerações de trajeto de parto, a retenção placentária e as coagulopatias.
Várias são as possíveis causas de sangramento. Entre as causas obstétricas, as mais importantes são o descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia, que correspondem a até 50% dos diagnósticos. Não podem ser esquecidas a rotura uterina e a rotura da vasa prévia, que também são importantes causas obstétricas. Entre as causas não obstétricas, pode ocorrer o sangramento proveniente do colo do útero durante a dilatação no trabalho de parto, cervicites, pólipo endocervical, ectrópio, câncer de colo de útero e trauma vaginal. Os prognósticos materno e fetal vão depender do diagnóstico correto da causa do sangramento e conduta adequada com base nesse diagnóstico.





4. Referências Bibliográficas 
  • www.semnegativa.blogspot.com
  • Ministério da Saúde. Gestação de Alto Risco. Secretaria de Políticas, Área Técnica da Saúde da Mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 
  • Ministério da Saúde. Manual Técnico: Pré-Natal e Puerpério Atenção Qualificada e Humanizada. Brasília-DF.2006. 
  • Ministério da Saúde. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: Cadernos do aluno: saúde da mulher, da criança e do adolescente. 2. ed., 1.a reimpr. Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. 
  • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 
  • CORRÊA JÚNIOR MD, MELO VH Projeto Diretrizes. Rotura Prematura das Menbranas. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. 2 de fevereiro de 2008.
  •  FORTES, J. I. et al. Curso de especialização profissional de nível técnico em enfermagem – livro do aluno: urgência e emergência. São Paulo: FUNDAP, 2010. 
  • GOLINO P. Silva, CHEIN MB da Costa, BRITO LM Oliveira. Ruptura Prematura de Menbranas; Fisiopatologia, Diagnóstico e Conduta. FEMINA, v. 34 n 10, 2006. 
  • RIBEIRO, G. G.; ALENCAR JÚNIOR, C. A. Protocolos de condutas em obstetrícia. 2014. REZENDE, J.; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrícia Fundamental. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
  • SASS, N.; OLIVEIRA, L. G. OBSTETRÍCIA. Editora Guanabara Koogan, 1 ed. Rio de Janeiro,2013. 
  • VASCONCELLOS MJA, et al. Projetos Diretrizes .Hipertensão na Gravidez. Revista Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. 29 de julho 2002


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Vitamina

Vitamina

Fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, as vitaminas só começaram a ser estudadas no início do século XX. Já bem antes, porém, sabia-se ser necessário incluir certos alimentos na dieta, para evitar algumas doenças.
Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Como as enzimas, representa um autêntico biocatalizador, que intervém em funções básicas dos seres vivos, como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo e a conservação de certas estruturas e tecidos.

Características gerais. Nos séculos XVIII e XIX, várias observações empíricas demonstraram que existiam nos alimentos algumas substâncias que evitavam doenças como o beribéri e o escorbuto. Até o início do século XX, no entanto, não se comprovara a importância efetiva de tais compostos, a que em 1912 o químico polonês Casimir Funk chamou vitaminas. As vitaminas diferem entre si consideravelmente quanto a estrutura, propriedades químicas e biológicas e atuação no organismo.
A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves, as avitaminoses, como o raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses.

As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que é submetido. A quantidade de vitaminas presente nos alimentos também não é constante. Varia de acordo com a estação do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento (a maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água ou quando na presença de certas substâncias conservantes ou saporíferas).

As vitaminas receberam nomes científicos, mas são vulgarmente conhecidas por letras maiúsculas ou por um termo associado à doença produzida pela carência da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é chamada também antixeroftálmica. A classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em água ou gordura. As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e a vitamina C. As lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K.
Vitaminas hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em água são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O grau de solubilidade varia de acordo com cada vitamina e influi no caminho que essa substância percorre no organismo. Quando ingeridas em excesso, as vitaminas hidrossolúveis são armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos orgânicos, mas a maior parte é secretada na urina.

A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Sua carência provoca uma doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras nos lábios e inflamação da língua. A vitamina B6 intervêm no metabolismo dos aminoácidos e sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (pirodoxina, piridoxamina e piridoxal) alimentos como cereais integrais, legumes e leite.

A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. A vitamina PP, também chamada niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua carência causa a pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e gastrintestinais.

A vitamina C ou ácido ascórbico é abundante nas frutas cítricas e vegetais verdes. Suas funções no organismo são múltiplas: participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas); da manutenção das paredes dos vasos sangüíneos; do metabolismo de alguns aminoácidos; e da síntese ou liberação de hormônios da glândula supra-renal. Sua deficiência produz o escorbuto, doença caracterizada por lesões nas gengivas, queda de dentes e hemorragias por todo o corpo, que podem levar à morte. A hipótese de que a vitamina C ajuda a prevenir ou mesmo curar certas doenças (como o resfriado comum ou algumas doenças malignas e infecciosas) continua a ser pesquisada, mas sem nenhum dado científico que a comprove.

Vitaminas lipossolúveis. As vitaminas solúveis em gorduras são absorvidas no intestino humano com a ajuda de sais biliares segregados pelo fígado. O sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis. As vitaminas A e D são armazenadas sobretudo no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas hidrossolúveis podem alcançar níveis tóxicos no interior do organismo.

A vitamina A é encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fígado e de peixes. Não está presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno. A vitamina A é fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho (xeroftalmia) e a ceratomalácia (amolecimento da córnea, com infiltração e ulceração), além de sérios problemas gastrintestinais.
A hipervitaminose A é caracterizada por diversos sintomas, como náusea, alterações do cabelo (que ficam ásperos e caem facilmente), ressecamento e escamação da pele, dor nos ossos, fadiga e sonolência. Também são comuns problemas de visão, dores de cabeça, distúrbios de crescimento e aumento do fígado.

A vitamina D pode ser obtida do óleo de fígado de bacalhau e também pela ação da luz ultravioleta sobre alguns esteróis. Os mais importantes desses esteróis são o 7-diidrocolesterol, formado por processos metabólicos animais, e o ergosterol (presente em óleos vegetais). A ação da luz solar converte essas duas substâncias em colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2), respectivamente. As duas participam dos processos de absorção do cálcio na corrente sangüínea e de formação dos ossos. Sua carência causa o raquitismo, em crianças, e a osteomalácia, em adultos, principalmente mulheres. A hipervitaminose D pode provocar fraqueza, fadiga, perda de apetite, náusea e vômitos.
Chamada também tocoferol, a vitamina E ocorre no gérmen de trigo, na gema de ovo, em verduras e legumes. Atua no organismo como um inibidor dos processos de oxidação em tecidos orgânicos. Protege as gorduras insaturadas da oxidação por peróxidos ou outros radicais livres.
A vitamina K é a naftoquinona encontrada nas folhas das plantas. Suas fontes mais abundantes são o óleo de soja, o espinafre e a couve. É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue: protrombina e fatores VII, IX e X. A deficiência de vitamina K no organismo prolonga o tempo de coagulação do sangue e pode causar hemorragias internas.

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Vermes, Doenças infecciosas, Bactérias e Vírus

Vermes

Nome popular dos seres vivos pluricelulares pertencentes aos filos platelmintos e nematelmintos do reino Metazoa. Apresentam corpos tubulares alongados, que podem ser achatados (platelmintos) ou cilíndricos (nematelmintos). Alguns têm vida livre e vivem no mar, rios ou ambientes terrestres, e outros são parasitas, ou seja, vivem às custas dos animais hospedeiros. Os parasitas causam doenças infecciosas e parasitárias como ascaridíase, amarelão, cisticercose, esquistossomose e teníase ou solitária.

Platelmintos – Dividem-se em três classes – tuberlários, trematódeos e cestódeos – de acordo com o modo de vida (livre ou parasitária). Os tuberlários, como a planária (Dugesia tigrina), são seres de vida livre. Os trematódeos podem ser ectoparasitas (vivem externamente ao hospedeiro), como o Gyrodactylus, que habita as brânquias de certos peixes, ou endoparasitas (vivem e reproduzem-se no interior do hospedeiro). Exemplos de endoparasitas são a Fasciola hepatica, que habita o fígado do carneiro, e o Schistosoma mansoni, que causa a esquistossomose. No ciclo de vida de um trematódeo, os vermes adultos produzem ovos que são eliminados do hospedeiro definitivo (homem) e originam vários estágios larvais relacionados ao hospedeiro intermediário (molusco aquático). Os cestódeos são todos endoparasitas, como as tênias. As formas adultas da tênia produzem a teníase no hospedeiro definitivo (o homem) e as formas larvais são responsáveis pela cisticercose, na qual o homem serve como hospedeiro intermediário.

Nematelmintos – Os nematelmintos podem ter vida livre ou ser parasitas de plantas e animais. Neste caso, os vermes adultos habitam a cavidade intestinal do hospedeiro e produzem ovos, que eliminados pelas fezes contaminam a água e os alimentos. Em seu ciclo de vida não há hospedeiro intermediário. O nematelminto parasita mais conhecido é o Ascaris lumbricoides, a lombriga, que provoca a ascaridíase. Outros exemplos de nematelmintos são o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale, que habitam o intestino humano e provocam a doença conhecida como amarelão.

Doenças infecciosas

Processos infecciosos causados por diferentes microrganismos – bactérias , fungos, protozoários , vermes  e vírus  – que penetram, se desenvolvem e se multiplicam no organismo humano. Quando o agente causador é um protozoário ou um verme, a doença infecciosa  é chamada de parasitária.
Segundo seu aparecimento e evolução, as doenças infecciosas  podem ser epidêmicas, endêmicas e pandêmicas. As doenças epidêmicas são aquelas com ocorrência de muitos casos num dado período e com tendência a desaparecer, como o dengue e a cólera. As endêmicas apresentam quantidade significativa de casos em certas regiões, como a malária na Amazônia. E as pandêmicas são as que têm muitos casos espalhados pelo planeta ou continente, como a Aids .

Uma parte das doenças infecciosas pode ser evitada com vacinas específicas e medidas de educação sanitária, como beber água fervida ou clorada e só comer verduras e legumes crus bem lavados.
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças infecciosas e parasitárias foram responsáveis por 39.548 óbitos no país em 1995, o correspondente a 5,3% do total de mortes no ano.
Formas de contágio – As doenças infecciosas podem ser transmitidas por contato direto, indireto, por uma fonte comum contaminada ou por vetores (agentes que transmitem os microrganismos). Formas de contato direto são, por exemplo, muco ou gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O contato indireto dá-se por vias como o uso compartilhado de determinados objetos. Fontes comuns contaminadas podem ser sangue (no caso de uma transfusão sanguínea), água e alimentos. Exemplos de vetores são mosquitos e caramujos. Várias doenças infecciosas têm mais de uma forma de contágio.
Parasitismo – Relação temporária entre seres de espécies diferentes, na qual um deles, o parasita, vive às custas do outro, o hospedeiro. Nessa associação, o parasita obtém alimento através do hospedeiro, que é prejudicado de alguma forma. Os parasitas mais comuns são os protozoários e os vermes. O parasitismo pode ser externo (ectoparasitismo), como piolhos, pulgas e carrapatos, ou interno (endoparasitismo), como protozoários e vermes.


Bactéria

Ser vivo unicelular e microscópico, pertencente ao Reino Monera. Assim como todos os seres deste grupo, é formada por uma célula procarionte (desprovida de membrana nuclear). Por não apresentar o envoltório protetor do núcleo, o material genético (cromatina), constituído por uma única molécula de DNA  (ácido desoxirribonucléico), encontra-se disperso no citoplasma. Apresenta membrana plasmática recoberta e protegida pela parede celular, de consistência gelatinosa. As bactérias causam várias doenças infecciosas . A transmissão pode ser feita pelo ar ou por contato direto (gotículas de saliva ou muco) ou indireto.

As bactérias podem ser classificadas segundo a forma. As esféricas são chamadas cocos; as alongadas em forma de bastão são os bacilos; as espiriladas, espirilos; e as em formato de meia-espiral denominam-se vibriões. Algumas espécies, para melhor desenvolverem as funções de nutrição e proteção, podem apresentar-se em agrupamentos celulares (colônias). Os agrupamentos podem ser aos pares (diplococos), em forma de colar (estreptococos) ou de cacho de uva (estafilococos). Muito resistentes a variações de temperatura e também a agentes químicos, algumas bactérias apresentam filamentos móveis chamados flagelos, para a locomoção. A maioria das doenças causadas por bactérias é tratada com antibióticos, substância produzida por microrganismos (os mais comuns são os fungos) ou sintetizada em laboratório, capazes de impedir o crescimento ou mesmo destruir as bactérias. Porém, o tratamento nem sempre é eficaz, pois elas desenvolvem resistência contra determinados medicamentos, que perdem seu efeito.

Algumas espécies de bactérias podem provocar doenças fatais. É o caso da Staphylococcus aureus (causa infecções de pele) e da Streptococcus beta hemolíticos (causadora da escarlatina), que estimulam a superativação dos linfócitos , os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Ao produzirem grande quantidade de citosinas e óxido nítrico, causam um grave desequilíbrio na composição e circulação sanguínea , que pode resultar na morte do paciente. Este quadro clínico é conhecido como Síndrome da Reação Inflamatória Sistêmica (SIRS). Outros tipos, como a Escherichia coli (causadora de diarréia) e a Salmonella typhi (causadora da febre tifóide), que se alojam na região intestinal, podem atingir a circulação sanguínea e provocar uma infecção generalizada, que também pode levar à morte. Mas a maior parte das espécies de bactéria é benéfica ao homem. Elas são responsáveis, por exemplo, pela fixação do nitrogênio da atmosfera no solo, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Também realizam a fermentação necessária para a fabricação de produtos como vinagres e queijos.

Vírus

Ser vivo  microscópico e acelular (não é composto por células) formado por uma molécula de ácido nucléico (DNA ou RNA), envolta por uma cápsula protéica. Apresenta-se sob diferentes formas: oval, esférica, cilíndrica, poliédrica ou de bastonete. Por ser incapaz de realizar todas as funções vitais, é sempre um parasita celular, ou seja, necessita de um animal, planta ou bactéria para multiplicar-se e desenvolver-se. Ao se reproduzir dentro de uma célula, acaba por lesá-la. Na reprodução, qualquer modificação no DNA  provoca uma mutação, gerando novos tipos de vírus.

Grande parte das doenças infecciosas e parasitárias é causada por vírus, como a Aids , a catapora, a dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de saliva ou muco) e indireto (utensílios, água e alimentos contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem o vírus acabam por destruir também a célula. Quase todas as doenças causadas por vírus podem ser prevenidas com vacinas.

A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos.


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TIPOS DE CICLOS DE VIDA - Reprodução das plantas

Continuação: Reprodução das Plantas 

7) TIPOS DE CICLOS DE VIDA

Em relação aos tipos de ciclos reprodutores, as plantas podem ser:

a) Haplonte ou Haplobionte: os indivíduos são haplóides, ou seja, possuem apenas um lote de cromossomos. São representados pela letra n. Algumas células desses indivíduos diferenciam-se em gametas ( haplóides ) que, quando liberados da planta, podem unir-se dois a dois através da fecundação, originando uma célula ovo ou zigoto, com 2n cromossomos ( diplóide ). Esse zigoto sofre meiose, originando 4 células haplóides (n). Estas sofrem várias divisões minóticas, formando um novo indivíduo haplóide, que reinicia o ciclo. Nas plantas com esse tipo de ciclo de vida a meiose é zigótica ou inicial. Esse ciclo ocorre em algumas algas.

b) Diplonte ou Diplobionte: os indivíduos do ciclo são diplóide. Produzem gametas haplóides por meiose, ocorre a fecundação que dá origem a zigoto diplóide, que, por mitoses sucessivas, dará origem a outro indivíduo diplóide, que reiniciará o ciclo. A meiose, nesse caso, é gamética ou final. Esse ciclo também ocorre em algas.

c) Haplonte-Diplonte ou haplodiplobionte: em um mesmo ciclo de vida há alternáncia de uma fase de indivíduos diplóides com uma fase de indivíduos haplóides. Fala-se em alternância de geração ou metagênese. Nos indivíduos diplóides, em estruturas especializadas, algumas células sofrem meiose dando origem a células haplóides que se diferenciam em esporos. Estes são liberados da planta e, ao se fixarem em local adequado, darão origem a indivíduos haplóides, através de várias divisões mitóticas. Algumas células desses indivíduos haplóides diferenciam-se em gametas, células haplóides. Estes podem sofrer fecundação, originando um zigoto diplóide que, mitoses sucessivas, dará origem a indivíduo diplóide, reiniciando o ciclo. Nesse caso, a meiose é espórica ou intermediária.
Nesse ciclo de vida, há alternância de uma fase com indivíduos diplóides, que formam esporos haplóides através de meiose, com uma fase de indivíduos haplóides que produzem gametas por diferenciação celular. Os indivíduos diplóides, por produzirem esporos, são denominados esporófitos haplóides, por produzirem gametas, são denominados gametófitos.
Esse ciclo de vida ocorre em algas em todas as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiosperma. Nas algas que possuem alternância de geração, fases gametofítaca e esporofítica podem ser igualmente bem desenvolvidas e independentes uma da outra, sendo que alguns casos não há diferenças morfológicas e haplóides, a não ser em suas estruturas reprodutoras. Nas briófitas, a fase gametofítica é a mais desenvolvida e a esporofítica desenvolve-se sobre a planta haplóide, dependendo dela para sua nutrição. Nas pteridófitas a fase mais desenvolvida é a esporofítica, que é independente da fase gametofítica, bastante reduzida.
Nas gimnospermas e especialmente nas angiospermas, a fase gametofítica atinge o máximo de redução, não se verificando mais alternância típica de geração, pois não se formam mais indivíduos haplóides bem caracterizados.

8) EXEMPLO DE CICLO DE VIDA EM ALGAS MULTICELULARES

Quanto aos ciclos de vida, as algas verdes e as vermelhas podem apresentar os três tipos; haplôntico, diplôntico e haplodiplobiôntico. As algas pardas podem ter ciclo diplônticos e haplodiplobiônticos.
Com por exemplo, citamos o ciclo de vida de uma alga verde membranosa e alface-do-mar, pertencente ao gênero Ulva, muito comum no litoral brasileiro; tem ciclo de vida haplodiplobiôntico, conforme esquematizado na figura seguinte:

9) EXEMPLO DE CICLO DE VIDA EM BRÓFITA

Como exemplo, mostramos o ciclo de vida de um musgo pertencente ao gênero Polytrichum, comumente encontrado sobre barrancos.

10) EXEMPLO DE CICLO DE VIDA EM PTERIDÓFITA

Como exemplo do ciclo de vida de pteridófita mostramos o ciclo de uma samambaia. Os gametófitos nesse grupo são denominados prótalos e são hermafroditas: em um mesmo prótalo desenvolvem-se gametângios femininos, ou arquegônios, e gametângios masculinos, ou anterídeos.
Na época de maturação, os gametas masculinos ( anterozóides ), que são flagelados, são eliminados e nadam sobre a lâmina úmida do prótalo buscando atingir a oosfera no interior do arquegônio.

11) EXEMPLO DE CICLO DE VIDA EM GIMNOSPERMA

As estruturas envolvidas na reprodução das gimnospermas são os estróbilos, ramos terminais modificados, que possuem folhas férteis denominadas esporófilos, produtoras de esporos. Existem dois tipos de esporófilos: o microsprófilo, que produz micrósporos e o megasporófilos que produz megásporos. Os microsporófilos estão reunidos em microstróbilos que são os masculinos, e os megasporófilos que são os estróbilos femininos.

Em cada microsporófilos desenvolvem-se dois microsporângios. No interior de cada microsporângio formam-se vários microspóros.
Os microspóros, ainda no interior dos microsporângios, iniciam a formação do gametófito masculino. Este permanece dentro da parede do esporo ( desenvolvimento endospórico ) sendo formado por duas células: a célula do tubo ou vegetativa e a célula geradora. A parede do microspóro desenvolve duas projeções laterais em forma de asas. O microspóro assim modificado passa a ser chamado de grão de pólen.

O megastróbilo, ou estróbilo feminino, possui, em cada megasporófilo, dois megasporângios, cada um deles revistido por tegumentos. Cada megasporângio revistido por tegumentos recebe o nome de óvulo. Em gimnospermas, portanto, o óvulo não é o gameta feminino, e sim, o megasporângio revistido por tegumentos.
Em cada óvulo existe um orifício no tegumento, denominado micropíla.
Em cada megasporângio ocorre meiose em uma célula-mãe de esporo, que originará quatro células haplóides. Destas, três degeneram e apenas uma passa a ser megásporo funcional (n).
Em determinadas épocas do ano ocorre a polinização: grãos de pólen são liberados e, em função de suas projeções laterais, são facilmente transportados pelo vento, alguns desses grãos de pólen podem passar através da micrópila do óvulo, atingindo uma pequena cavidade do ápice do megasporângio, denominada câmara polínica, geralmente contendo líquido secreto pelo óvulo.
As gimnospermas são as primeiras plantas terrestres a adquirir independência da água para a reprodução.
Após a polinização, o megaspório funcional sofre várias divisões mitóticas, dando origem a um gametófito feminino que acumula substâncias nutritivas. No gametófito feminino diferenciam-se dois ou três arquegônios na região próxima à micrópila. Em cada arquegônico diferencia-se apenas um gameta feminino: a oosfera.
Enquanto isso, o grão de pólen, localizado na câmara polínica, inicia a sua germinação. A célula do tubo desenvolve-se, dando origem a uma estrutura longa, denominada tubo polínico. Essa estrutura perfura os tecidos do megasporângio, até atingir o arquegônio. A célula geradora divide-se, originando dois núcleos espermáticos, que se dirigem para o tubo polínico. Esses núcleos espermáticos são os gametas masculinos das gimnospermas.
Um desses núcleos espermárticos fecunda a oosfera, dando origem a um zigoto diplóide. O outro gameta masculino sofre degeneração.
O zigoto diplóde, originado da fecundação, desenvolve-se dando origem a um embrião diplóide, que permanece no interior do gametângio feminino, haplóide. O gametângio acumula substâncias nutritivas, dando origem a um tecido nutritivo haplóide, denominado endosperma. Enquanto isso, os tegumentos endurecem, passando a formar uma estrutura denominada casca ou tegumento da semente. Ao conjunto da casca, megasporângio,  endesporma e embrião, dá-se o nome de semente. Esta permanece presa ao estróbilo até amadurecer, quando então se desprende e cai ao solo. Encontrando condições adequadas inicia a germinação, originando um novo indivíduo diplóide, o esporófito, que reiniciará o ciclo.
A semente de gimnosperma é formada de:
  • embrião: esporófito embrionário diplóide:
  • endespoerma: tecido nutritivo, que corresponde ao gametófito, haplóide, no qual está imerso o embrião;
  • parede do megásporo e megasporângio: estrituras diplóides que protegem o embrião e o endosperma;
  • casca: estrutura diplóide formada pelo endurecimento do tegumento do óvulo.
A seguir, representamos esquematicamente o ciclo de vida de uma gimnosperma.

12. EXEMPLO DE CICLO DE VIDA EM ANGIOSPERMA
Nas fanerógamas, as estruturas que participam da reprodução sexuada são as flores, que, nas angiospermas, são formadas por um pedúnculo e um receptáculo onde se inserem os verticilos florais. Este são: 
  • cálice: formado pelo conjunto de sépalas;
  • corola: formada pelo conjunto de pétalas;
  • androceu: formado pelo estames, que constituem o sistema reprodutor masculino;
  • gineceu: formado pelo pistilo, que constitui o sistema reprodutor feminino.
Há flores que apresentam apenas o androceu ou apenas o gineceu, sendo, nestes casos, denominadas flores masculinas e femininas, respectivamente. A maioria das flores, entretanto, é hermafrodita, apresentando androceu e gineceu. Essas flores geralmente desenvolvem mecanismos que impedem a autofecundação.

As sépalas e as pétalas são folhas modificadas, estéreis, não formando elementos de reprodução.
O estame e o pistilo são folhas modificadas que produzem elementos de reprodução.
O estame é uma folha modificada em cuja extremidade diferencia-se a antera, no interior da qual desenvolvem-se esporângios, que produzirão esporos. Estes, à semelhança do que ocorre nas gimnospermas, iniciam a produção de gametófito masculino no interior da parede do esporo (desenvolvimento endospórico), dando origem ao grão de pólen, que permance no interior dos esporângios até a época da reprodução.

O grão de pólen das angiospermas contém em seu interior duas células haplóides: a célula do tubo ou vegetativa e a célula geradora. A parede do grão de pólen é espessa, apresentando ornamentações que são típicas para diferentes grupos de plantas. Os grãos de pólen das angiospermas são semelhantes aos das gimnospermas, diferindo destes por não apresentarem expansões aladas.

O pistilo é formado por uma ou mais folhas modificadas, que se fundem dando origem a uma porção basal dilatada, denominada ovário, e uma porção alongada, denominada estilete, cujo ápice é o estigma.
Nas angiospermas os óvulos possuem dois tegumentos, a primina e a secundina, havendo um orifício de passagem denominado micrópila.
No interior do megasporângio, forma-se o megásporo funcional (haplóide), que dá origem ao gametófito feminino no interior do óvulo: o saco embrionário. Este possui, próximo à micrópila, duas células laterais, as sinérgides e um central, a oosfera, que é gameta feminino; no polo oposto, há três células denominadas antípodas; no centro, há dois núcleos denominados núcleos polares, que se podem fundir, dando origem a um núcleo diplóide, o núcleo secundário do saco embrionário. 

O saco embrionário, portanto, corresponde ao gametófito feminino. Nele não há formação de arquegônios, como ocorre nas gimnospermas, havendo diferenciação direta de uma oosfera (n), que é o gameta feminino. 
Comparando-se então, o óvulo maduro de angiosperma com o de gimnosperma, verifica-se que nas angiospermas o óvulo é mais simples, possuindo um gametófito feminino ainda mais reduzido, formado por apenas oito células e que não apresenta diferenciação de arquegônios.
Após a polinização inicia-se a germinação do grão de pólen. Forma-se o tubo polínico que crescem penetrando no estilete em direção ao ovário. À medida que isto ocorre, a célula geradora e o núcleo da célula vegetativa (núcleo vegetativo) migram para o tubo polínico. A célula geradora sofre divisão mitótica e dá origem a dois núcleos espermáticos, que são os gametas masculinos.



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REPRODUÇÃO NAS PLANTAS

REPRODUÇÃO NAS PLANTAS

1) Reprodução assexuada em algas

São três os filos formados por algas consideradas plantas:  clorofíceas (verdes), rodofíceas (vermelhas) e feofíceas (pardas).
Dentre esses três grupos, somente em clorofíceas unicelulares é possível observar reprodução assexuada por bipartição. É o que ocorre, por exemplo, em Clhamydomonas.

A reprodução assexuada por esporulação ocorre nos três grupos.

2) REPRODUÇÃO ASSEXUADA EM BRIÓFITAS

Nas hepáticas pode ocorrer reprodução assexuada por meio de propágulos. Na superfície dorsal dessas plantas, existem estruturas especiais denominadas conceptáculos. Estes têm a forma de taça e em seu interior estão os propágulos, estruturas multicelulares com a forma de um oito, que possuem células com capacidade miristemática, capazes de produzir uma nova planta.

3) REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS PTERIDÓFITAS

As pteridófitas que possuem rizoma podem apresentar propagação vegetativa, pois o rizoma pode, em determinados pontos, desenvolver folhas e raízes, dando origem a novos indivíduos. Com o possível apodrecimento do rizoma em certos pontos, essas plantas podem tornar-se indivíduos independentes.


4) REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS FANERÓGAMAS

Nas fanerógamas, a reprodução assexuada pode ocorrer na propagação vegetativa, pois os caules e as folhas, que são órgãos vegetativos, têm capacidade de propagação, dando origem a novos indivíduos.
Uma importante característica dos caules é a presença de botões vegetativos, ou gemas. Quando as gemas entram em contato com o solo, pode, enraizar e formar uma nova planta completa. É o que ocorre, por exemplo, com os caules prostrados, denominados estolhos: desenvolvendo-se sobre o solo, em contato com a superfície, suas gemas enraízam e formam novas plantas que podem serem separadas da planta-mãe. É o caso do morangueiro e da grama comum de jardim.
Folhas também podem dar origem a novos indivíduos, como se pode observar em fortuna e begônia.


5) CULTIVO ECONÔMICO

Os mecanismos descritos ocorrem espontaneamente na natureza, mas podem também ser provocados pelo homem, principalmente para cultivo econômico de certas plantas.
A cana-de-açúcar, por exemplo, é plantada simplesmente enterrando-se os seus gomos, que possuindo gemas, enraízam e geram novas plantas.
Através da propagação vegetativa, caracteres vantajosos podem ser mantidos inalterados nos indivíduos que se formam.
O homem desenvolveu outros mecanismos de propagação vegetativa, como a estáquia, a 
merguilha, a alporquia e a enxertia.
A enxertia é o processo mais utilizado no cultivo de plantas de interesse econômico e consiste no transplante de uma muda, chamada cavaleiro ou enxerto, em outra planta, denominada cavalo ou porta-enxerto, provida de raízes. O cavalo deve ser de planta da mesma espécie do cavalo ou de espécies próximas.
Na enxertia, é importante que o cavaleiro tenha mais de uma gema e que o câmbio ( tecido do meristemático ) do cavalo entre em contato com o câmbio do cavaleiro. Além disso, devem-se retirar as gemas do cavalo a fim de evitar que a seiva seja conduzida para elas e não para as gemas do cavaleiro. Alguns dos diferentes tipos de enxertia estão esquematizados a seguir.


As duas principais vantagens de enxertia são:
  • a muda ( cavaleiro ) já encontra um cavalo munido de raízes e, com isso, o desenvolvimento é mais rápido;
  • podem-se selecionar plantas com raízes resistentes a certas doenças, e utilizá-las como cavalo. Com isso, a reprodução vegetativa de espécies sensíveis a essas doenças torna-se mais eficiente.
6) REPRODUÇÃO SEXUADA

Na reprodução sexuada, são formadas células especiais denominadas gametas, sendo que um gameta feminino une-se a um gameta masculino através da fecundação, dando origem a um zigoto.
Os gametas são formados em estruturas especializadas denominadas gametângios. Quando ao tipo de gametas formados, pode-se falar em isogamia, heterogamia e oogamia.

Na isogamia, os gametas são idênticos entre si, tanto quanto à forma e tamanho como quanto ao comportamento, sendo ambos móveis. Na heterogamia, os gametas masculinos e femininos são móveis, porém, um deles, geralmente o feminino, é muito maior que o outro. Na oogamia, um dos gametas é grande e imóvel e o outro é pequeno e móvel.

A isogamia e a heterogamia são frequentes em algas. A oogamia é frequente em briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, e também nos animais.


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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO - SISTEMA NERVOSO


1.      INTRODUÇÃO

O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los", e consequentemente, elaborar respostas (se solicitadas), as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.

2.      ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

2.1 SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é a parte do organismo que coordena suas acções voluntárias e involuntárias e transmite sinais entre as diferentes partes do organismo. O tecido nervoso surge com os vermes, cerca de 550 a 600 milhões de anos atrás. Na maioria das espécies animais, constitui-se de duas partes principais: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).

O SNC contém o encéfalo e a medula espinal.

O SNP constitui-se principalmente de nervos, que são feixes de axônios que ligam o sistema nervoso central a todas as outras partes do corpo. O SNP inclui: neurónios motores, mediando o movimento voluntário; o sistema nervoso autónomo, compreendendo o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, que regulam as funções involuntárias; e o sistema nervoso entérico, que controla o aparelho digestivo.

Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurónios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderme é aquele que esta em contacto com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso.

O primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderme, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a formação da desta placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem importante papel à acção indutora da notocorda e do mesoderme. Notocordas implantadas na parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou mesoderme em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da medula.

A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.

Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião.
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.

O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.

Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes várias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.

A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.

Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.


Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatómicos e funcionais

O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.

Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a enervação e com o controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominado de sistema nervoso autónomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.

3.      COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO

O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

3.1 Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.

Encéfalo

O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais:

  • Cérebro: órgão mais importante do sistema nervoso e considerado o mais volumoso uma vez que ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tacto, paladar, fala, escrita, etc. Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
  • Cerebelo: está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contracção dos músculos em repouso.
  • Tronco Encefálico: localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as actividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.

Medula Espinhal

A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso, situado dentro da coluna vertebral e na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).

3.2 Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.

Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.

Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurónios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurónios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.

De acordo com a sua actuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autónomo.
Sistema Nervoso Somático: regula as acções voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autónomo: actua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias: enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contraia a pupila e diminui os batimentos cardíacos. Enfim, a função do sistema nervoso autónomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.

4.      ANATOMIA E FISIOLOGIA

O sistema nervoso se origina à partir do tubo neural, o qual se divide em: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo se divide em: dois telencéfalos e um diencéfalo. O prosencéfalo também dá origem ao olho (S.N.C.). Já o mesencéfalo e o rombencéfalo não crescem muito. Os dois telencéfalos crescem e cobrem o diencéfalo e o mesencéfalo, além de parte do rombencéfalo. Dessa forma, o encéfalo humano é formado, com dobraduras do telencéfalo; essas dobraduras são os giros ou circunvoluções do córtex cerebral.


Génese e transmissão de sinais (SINAPSE)

O neurónio é uma célula excitável capaz de gerar um impulso nervoso que corre rapidamente pelos prolongamentos do neurónio. Quando chega ao final do prolongamento, há a liberação de neurotransmissores que irão excitar outra célula, concluindo assim uma transmissão de sinais, a Sinapse.

Macro e microambiente do sistema nervoso

O cérebro não está colado no crânio, esse espaço é envolvido por três membranas, meninges, as quais contém o líquido encéfalorraquidiano ou licor. Este é responsável pelo amortecimento mecânico, também auxilia na alimentação do sistema nervoso.

Divisão do sistema nervoso

a) Sistema sensorial: partes do sistema nervoso que recebe informações externas e internas. Um dos sistemas sensoriais mais importante é o visual. Os sistemas sensoriais são bastante complexos, entre eles também está o sistema auditivo e olfatório... e o sistema somestésico, o qual engloba todos os sentidos do ser humano.

b) Sistema motor somático: sistema responsável pela transmissão da actividade motora das pessoas. Cada área do cérebro comanda um movimento das pessoas. Existem sequências de movimentos que são transmitidas para o sistema motor e após a transmissão do sinal ser feita, o movimento é realizado.

c) Sistema homeostático: o hipotálamo fica na base do cérebro, ele é o comando geral da actividade visceral. O hipotálamo actua pelo sistema nervoso autónomo, o qual divide-se em duas porções: simpático e parassimpático; os quais realizam a circulação e o comando de toda actividade visceral.

d) Sistemas neuropsicológicos complexos: cada região do cérebro é responsável por uma atitude ou compreensão do ser humano. Esse sistema engloba a consciência do espaço externo de cada um.

Componentes e organização

O tecido nervoso é formado basicamente por neurónios (células nervosas) e por células da glia ou neuroglia (estas não são células nervosas especificamente, elas dão as condições ideais para a boa actuação dos neurónios). Além desses componentes celulares existe também uma matriz extra celular, esta em pouca quantidade.

O neurónio tem três componentes principais:

  • Corpo celular ou soma, contendo núcleo e citoplasma ao redor;
  • Dendritos, prolongamentos com função de comunicação;
  • Axônio, prolongamento com função de comunicação.

OBS: Existem também, os corpúsculos de Nissl, corpúsculos que se coram basicamente no citoplasma dos neurónios. Essa região corada, é composta por retículo endoplasmático rugoso e polirribossomos, essa constituição permite que o neurónio seja uma célula que esteja frequentemente produzindo proteínas.

Os dendritos são prolongamentos que se bifurcam perto do corpo celular e são responsáveis pela recepção dos estímulos nervosos. Os dendritos possuem em sua estrutura retículos endoplasmáticos rugosos e ribossomas, os quais permitem o funcionamento isolado e independente do axônio. Para ampliar essa recepção existem gêmulas ou espículas que são locais de contacto sináptico preferencial. Um neurónio que recebe muitos contactos sinápticos, possui várias espículas.

O axônio é um prolongamento único e longo, o qual se ramifica na sua ponta terminal. Essa ramificação é o responsável pelo contacto sináptico - transmissão ou estímulos. Pode existir um ramo do axônio que retorna para o corpo celular, este chama-se axônio colateral. No axônio existe o cone de implantação, o qual é seguido pelo segmento inicial do axônio. Ele é sempre envolto por substâncias, chamadas células de Schwann e por uma bainha de mielina. A bainha de mielina que recobre o axônio não é contínua e apresenta uma densidade abaixo da membrana e igual ao do segmento inicial.

OBS: Num corte do axônio se vê componentes celulares. Mas não tem complexo de golgi, retículo endoplasmático rugoso e nem polirribossomos, por isso ele não tem autonomia para produzir energia e proteínas. O axônio através do transporte axonal retira as proteínas do corpo celular para o axônio e esse transporte também retira os restos e substâncias velhas do axônio, as mandando para o corpo celular. Existe um transporte lento (alguns milímetros por dia, são proteínas do citoesqueleto que são transportadas); e também existe um transporte rápido (responsável pelo transporte de estruturas membranosas, isso tudo nos dois sentidos, i da e volta; as proteínas propiciadoras desse transporte axonal são: kinesina e dineína). A condução do impulso neuronal é do tipo, impulso saltatório. Essa condução ocorre devido a existência de uma bainha de mielina isolante e de regiões dos nodos de ranvier, as quais são muito excitáveis e cheias de canais. Por essa estrutura é que a condução dos impulsos são saltatórias e muito rápidas.

Forma de organização neuronal

a) Gânglios: (S.N.P.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, com a glia ao redor, é revestido por uma capa de tecido conjuntivo. Os prolongamentos do tecido conjuntivo e dos dendritos formam os nervos. Ex.: gânglios espinhais, cerebrais e autónomos.

b) Núcleos: (S.N.C.), aglomerado de corpos celulares de neurónios, porém localizados nos seios da substância branca (axônios e bainha de mielina). Não possuem cápsula de tecido conjuntivo, os núcleos são como subestações de transmissão do impulso nervoso.

c) Formações corticais ou córtex: áreas periféricas (geralmente), em que os neurónios estão organizados em lâminas, umas sobre as outras. O córtex do cérebro é o neocórtex ou isocórtex. Tem um tipo de córtex mais simples e mais antigo chamado de alocórtex (geralmente, presente em animais inferiores: só possui três camadas de neurónios).

d) Plexos: (S.N. Entérico), organização dos neurónios no trato gastrointestinal, é formado por gânglios e grupos de axônios.


5.      FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO


O sistema nervoso ou sistema neural humano, originado a partir da ectoderma (um folheto embrionário), é formado por neurónios, células da glia e reduzida quantidade de substâncias intracelulares, actuando directamente na coordenação funcional dos diferentes órgãos e demais sistemas, armazenando informações, captando sensações e efectuando reacções por mecanismos hormonais e motores.

Esse sistema compreende o encéfalo, a medula espinhal, constituindo o sistema nervoso central (SNC), e os nervos cranianos, nervos espinhais e os gânglios nervosos, constituindo o sistema nervoso periférico, subdividido em: autónomo parassimpático e autónomo simpático.

O principal componente desse sistema é a célula neuronal (o neurónio), altamente especializada na recepção e condução de impulsos de natureza eléctrica, possuindo grande variedade quanto ao tamanho, forma e função.

5.1 A Estrutura de Um Neurónio

Corpo celular ou pericário – centro região de concentração citoplasmática e núcleo de um neurónio, de onde partem numerosas ramificações;

Dentritos – prolongamentos anexos das ramificações do pericário, efectuando a recepção dos estímulos nervosos;

Axônio – prolongamento extenso com diâmetro constante, projectado do corpo celular, podendo medir mais de um metro de comprimento, envolvido por uma camada isolante descontínua (bainha de mielina), formada por células de Schwann. Sua função está relacionada à condução do estímulo nervoso.

Telodendros – ramificações situadas na região terminal de um axônio, aumentando a superfície de propagação de um impulso, permitindo intercâmbio com outro neurónio ou um órgão.

As informações são emitidas por estímulos através da captação pelos sentidos e órgãos, transferidos aos nervos até a medula espinhal ou o encéfalo. Sendo então o estímulo processado e enviadas as mensagem por conexões neuronais aos nervos e desse aos músculos ou gânglios, em resposta a alterações do meio externo ou interno. Quando em repouso, o axônio encontra-se no estado polarizado, internamente contendo cargas negativas e externamente cargas positivas, apresentando assim um potencial de repouso.

Conforme o impulso é transmitido, percorrendo o axônio, as cargas por mecanismo de difusão activa se invertem (bomba de sódio e potássio / despolarização), mantendo uma diferença de potencial eléctrico membranar, denominado de potencial de acção. Dessa forma, para desencadear um estímulo é necessário um potencial de acção suficiente para ultrapassar a ordem do potencial de repouso. Caso contrário não haverá condução e estímulo nervoso. Esse processo dura apenas milionésimo de segundos, ocorrendo após a passagem do impulso o processo inverso (repolarização) restabelecendo o estado de repouso.


6.      CONCLUSÃO
O Sistema Nervoso (SN) é certamente o mais complexo dentre os sistemas orgânicos. Podemos descrevê-lo como um grupo de vários subsistemas que operaram de maneira interligada. Entre os resultados deste trabalho em conjunto, estão as capacidades de obter informações do meio externo, decodificá-las, compreendê-las e reagir apropriadamente ao que percebemos.

Para compreendermos seu funcionamento, estudamos sua organização anatómica, que, apesar de complexa, obedece alguns princípios básicos. Além disso, podemos dizer que, para funcionar bem, o SN precisa ser bem nutrido (por meio de uma irrigação sanguínea), sem contudo entrar em contacto directo com o sangue, o que poderia comprometer a integridade deste sistema.

A complexa rede do sis­tema nervoso central estende-se desde o cérebro até a medula espinhal, a fim de cobrir todas as partes do corpo. Os nervos do sistema periférico conduzem nos dois sentidos. As mensagens são le­vadas ao cérebro (nervos sensitivos), onde são interpretadas. Depois disso, o cérebro manda instruções para os órgãos e tecidos (nervos motores), o que nos permite reagir.


7.      BIBLIOGRAFIA
  • GUYTON E HALL. Tratado da fisiologia médica (11° Ed.), Brasil, 2007
  • KEITH L. MOORE. Anatomia orientada para a clínica (5° Ed.), Évora, 2005
  • KENNETH P. MOSES. Atlas fotográfico de anatomia clínica (1° Ed.), Lisboa, 2009
  • LUIZ C. JUNQUEIRA. Histologia Básica (11° Ed.), Portugal, 2010
  • DAVID L. FELTEN. Atlas de neurociências (2° Ed.), Brasil, 1998
  • ANGELO MACHADO. Neuroanatomia funcional (2° Ed.), Brasil, 2000



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SISTEMA RESPIRATÓRIO

1.    INTRODUÇÃO


O sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas do organismo dos animais com o meio ambiente, ou seja, a hematose pulmonar, possibilitando a respiração celular. Já o sistema circulatório é o sistema pelo qual são transportados nutrientes, gases, hormônios, hemácias etc. para as células do organismo e também a partir delas, a fim de defender o corpo contra doenças, regular a temperatura corporal, estabilizar o pH e manter a homeostasia. Faz a comunicação entre os diversos tecidos do corpo.

2.    SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração é uma das características essenciais dos seres vivos. Resume-se na absorção pelo organismo de oxigênio (O2), e a eliminação do gás carbônico (CO2) resultante das oxidações celulares. No corpo humano esse processo é realizado pelo sistema respiratório.

Em nosso organismo, o alimento é absorvido no intestino e conduzido pelo sangue até as células, onde é quebrado no processo de respiração celular aeróbia que consome oxigênio, forma água e gás carbônico, com liberação de energia, para que ocorra esse processo é preciso uma fonte de energia sendo a principal fonte a glicose, proveniente da digestão de carboidratos. Durante a produção de energia, também ocorre a produção de calor (homeotermos).

O oxigênio, indispensável à produção de energia no corpo, é obtido do ar atmosférico, onde também é eliminado o gás carbônico. As trocas gasosas acontecem no organismo humano em diversos níveis:

Entre o sangue e os tecidos do corpo: passando pelos tecidos, o sangue se torna pobre em oxigênio, que entra nas células e rico em gás carbónico, resíduo de respiração aeróbia realizada por elas;

Entre os pulmões e o sangue: transporte dos gases, que se inicia com a difusão do oxigênio do ar dos pulmões para o interior de vasos sanguíneos, sendo a difusão do gás carbônico na direção inversa.

Movimentos Respiratórios: chamamos de inspiração a entrada do ar nos pulmões e expiração o movimento de saída do ar dos pulmões para o meio externo. A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso situado na medula espinal. Em circunstâncias normais o centro nervoso produz impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica do diafragma, fazendo-nos inspirar.

2.1  ÓRGÃOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E SUAS FUNÇÕES

O sistema respiratório, vital e de grande importância para o nosso organismo, assim como os demais sistemas presentes é composto pelos seguintes órgãos:

2.1.1     NARIZ

Este tem a finalidade de captar o ar, além de filtrá-lo, humedecê-lo e aquecê-lo para a realização da troca gasosa nos pulmões, já que um ar com baixa umidade e baixa temperatura não resultará em uma boa hematose. A filtração é também essencial, pois é através desta que evita a inspiração de bactérias e de pequenas partículas.

2.1.2     FARINGE

Após passar pelo nariz, o ar segue pela faringe, o qual é um órgão com forma de um canal, que se faz presente no sistema respiratório e no digestório.

2.1.3     LARINGE

Este órgão retém as partículas de pó que passam pela filtragem do nariz, é um tubo que tem sua sustentação feita através de peças de cartilagem articuladas e encontradas na parte superior do pescoço. É a continuação da faringe.
2.1.4     TRAQUEIA

É responsável por levar o oxigênio aos brônquios, sendo composta por anéis de cartilagem e conta com uma bifurcação em sua região inferior, ou melhor, separa-se em dois ramos.

2.1.5     BRÔNQUIOS

São dois dutos pequenos que entram nos pulmões, e dentro deles se ramificam muitas vezes ates ficarem microscópicos, passando a ser chamados de bronquíolos. Por sua vez, cada bronquíolo termina em microscópicas bolsas compostas por células epiteliais achatadas recobertas pelos alvéolos pulmonares (capilares sanguíneos).

2.1.6     PULMÕES

São os órgãos responsáveis pela troca gasosa (hematose), são esponjosos e envolvidos por uma membrana serosa denominada de pleura.

Os problemas respiratórios e más respirações levam pouca quantidade de oxigênio as células, aumentando consequentemente a quantidade de radicais livres em seu interior, o que aumenta a aceleração do envelhecimento celular e até mesmo o aparecimento de câncer. Ao contrário de uma respiração bem realizada, a qual traz vários benefícios, além de ter a capacidade de retardar o envelhecimento.


Figura 1: Esquema do sistema respiratório

Sistema respiratório

2.2  SISTEMA CIRCULATÓRIO

O Sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo. A partir disso, a circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação.

2.2.1     FUNÇÕES

O sistema circulatório é responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo: oxigênio para as células, hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos, condução de dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões, coleta de excretas metabólicos e celulares, entrega desses rejeitos nos órgãos excretores, como os rins. Além disso, apresenta importante papel no sistema imunológico de defesa contra infecções, na termorregulação (acima da temperatura normal, efetua a vasodilatação dos vasos periféricos e, abaixo dela, produz vasoconstrição periférica). O transporte de nutrientes desde os locais de absorção até as células dos diferentes órgãos também é realizado por este sistema. De modo geral, o sistema circulatório mantém as células em condições adequadas para que consigam sobreviver e desempenhar suas funções individuais da melhor maneira, portanto permite a manutenção da homeostasia.


2.2.2     PEQUENA CIRCULAÇÃO

A Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar é o caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.

Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

2.2.3     GRANDE CIRCULAÇÃO

A Grande Circulação ou Circulação Sistêmica é o caminho do sangue que sai do coração até as demais células do corpo, e vice-versa. No coração, o sangue arterial, vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e deste para a artéria aorta responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo.

Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso. Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.
2.2.4     COMPONENTES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

2.2.4.1  SANGUE

O sangue é um tecido líquido, que exerce papel fundamental no sistema circulatório, pois é pela corrente sanguínea que ele leva oxigênio e nutrientes para as células, de modo que retira dos tecidos as sobras das atividades celulares (como o gás carbônico produzido na respiração celular) e conduz os hormônios pelo organismo.

2.2.4.2  CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular do sistema circulatório, que se localiza na caixa torácica entre os pulmões e funciona como uma bomba dupla de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial para diversas partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões. O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração, denominadas sístoles e relaxamento, denominadas diástoles.

ESTRUTURA DO CORAÇÃO
  • Pericárdio: membrana que reveste o exterior do coração.
  • Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração.
  • Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, responsável pelas contrações do coração.
  • Átrios: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração.
  • Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração.
  • Válvula Tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito.
  • Válvula Mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

2.2.4.3   VASOS SANGUÍNEOS

Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o corpo, por onde circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam formado os capilares.

2.2.4.4  ARTÉRIAS

As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa formada de tecido muscular elástico, que suporta a pressão do sangue. O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através das artérias pulmonares enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para os tecidos do corpo, através da artéria aorta. As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda mais, originando os capilares.

2.2.4.5  VEIAS

As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias. A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.



2.2.4.6  CAPILARES

Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.

Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos sanguíneos, bombeados pelo coração.


2.3  CONCLUSÃO


O sistema respiratório tem como principal função a troca gasosa de nosso corpo, ou seja, levar oxigênio as nossas células e depois eliminar todo o dióxido de carbono que são produzidos pelas células. Grande parte de nossas células trabalham por intermédio do oxigênio para realizar suas funções metabólicas e o resultado final desse processo é a liberação do CO2. O sistema urinário é de extrema importância para o funcionamento do nosso corpo porque exerce as funções de produzir, armazenar e eliminar a urina, eliminando o excesso de água e resíduos do corpo humano, através da urina; além disso, garante a manutenção do equilíbrio dos minerais no corpo humano, auxiliando a regulação de produção das hemácias (células vermelhas sanguíneas). O sistema circulatório É responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo: oxigênio para as células, hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos, condução de dióxido de carbono para sua eliminação nos pulmões, coleta de excreções metabólicas e celulares, entrega de excreções nos órgãos excretores, como os rins, transporte de hormônios, tem importante papel no sistema imunológico na defesa contra infeções.

3.    BIBLIOGRAFIA
  • GONÇALVES, FABIANA SANTOS (21 de novembro de 2007). Sistema Respiratório (em português) InfoEscola
  • GUYTON, ARTHUT C; HALL, JOHN E. Tratado de fisiologia médica (em português). 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
  • THIBODEAU, GARRY A; PATTON, KEVIN T. Estrutura e funções do corpo humano (em português). 11 ed. Barueri: Manole, 2002.

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