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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Selecção e Colocação de Clíticos

Selecção e Colocação e Clíticos
Introdução 
No presente trabalho pretendemos falar da selecção e colocação de Clíticos, sua tipologia formas em que consistem em várias definições que consideram como um elemento que tem características fonológicas,  morfológicas e sintáticas atribuída a cada um desses aspectos com objectivo de aprofundar-nos o conhecimento de pronomes.

Selecção e Colocação de Clíticos
Quando falamos da colocacão dos clíticos dá-se conta de duas perspectivas teóricas de abordagem : uma tradicional e uma generativa transformacional.

Perspectiva tradicional
Faz o tratamento da ordem do clítico em função deste ser atraído por uma grande diversidade morfológica de elementos.

Perspectiva generativa transformacional
Tem uma preocupação fundamental de tentar descrever e explicar as transformações que ocorrem a nível da estrutura profunda e , entre esta é a da superfície  através de regras sintáticas que determinam a ordem de colocação de clíticos.

Noção de Clítico
Há várias definições apresentadas pelos teóricos  sobre os clíticos com base em critérios acentual morfológico e sintático.

Definição
  • Segundo Cunha e Cintra

Clítico é o Elemento que se combina fonologicamente com palavras com que não forma construções morfológicos, ficando a depender do acento dessas palavras. Pode ser enclítico, proclítico e mesoclítico.
  • Xavier e Mateus

Clítico é a forma que se assemelha a uma palavra mas que não pode ocorrer por si só num enunciado, estando estruturamente dependente de uma palavra vizinha numa dada construção.
  • Duarte

Clítico é um constituinte da frase que é fonológica  e sintacticamente dependente de um verbo, adjacente a esse verbo directo ou indirecto do mesmo.
Essas definições têm em comum o facto de os autores considerarem o clítico como um elemento que tem características fonológicas, morfológicas e sintáticas, divergindo apenas no grau de enfâse a cada um desses aspectos.

Tipologia dos Pronomes Clíticos
Propriedades gerais caracterizadas dos pronomes clíticos:
  • Pronomes pessoais e clíticos

Os pronomes pessoais denotam a pessoa gramatical das entidades participantes no acto da comunicação  (locutor, ouvinte, e entidade acerca da qual se fala). E de entre esses pronomes destacam-se os pronomes clíticos, também designados pronomes átonos ou clíticos especiais.
Os pronome clíticos correspondem pronto tipicamente às formas átonas do pronome pessoal que ocorrem associadas à posição dos complementos dos verbos. Mostrando   no quadro abaixo  a distribuição dos clíticos não-reflexos e reflexos consoante a pessoa gramatical e a forma causal.

Pessoais
Clíticos não-reflexos
Clíticos reflexos
Acusativo
Dativo
Acusativo ou Dativo
1a   singular
me
me
Me
2a   singular
te
te
Te
3a    singular
o/a
lhe
Se
1a    plural
nos
nos
Nos
2a    plural
vos
vos
Vos
3a    plural
as/os
lhes
Se



Os pronomes não se limitam a denotar a pessoa gramatical, podendo exibir uma função predicativa, ou revestir-se de propriedades morfo-sintácticas características de alguns sufixos derrivacionais.

Tipo de Pronomes Clíticos
De acordo com Mateus e tal. O Português é uma língua com pronomes clíticos de 1ª, 2ª e 3ª Pessoa, que conservam a flexão casual  consoante os contextos sintácticos. Os pronomes clíticos podem ser:
Demonstrativas  - Nas construções predicativas a expressão com a relação gramatical de predicativo de sujeito  pode ser retomada anaforicamente, pelo clítico demonstrativo o.
Exemplos:

  • A Dilma está doente e a Elina também o está.
  • Aberta, a janela ficou-(o) toda noite.

Ergativo ou anticausativo - O se ergativo absorve o caso acusativo atribuído pelo verbo ao seu argumento interno e elimina a função semântica de agente atribuída pelo verbo ao seu argumento externo.

Exemplos:

  • O raio partiu a árvore.
  • A árvore partiu-se.

Nominativo ou impessoal - Invariavelmente com a forma se, absorve o caso nominativo e impede que a categoria vazia (CV) na posição de sujeito seja atribuída a função semântica que o verbo reserva para o seu argumento externo.

Exemplos:

  • Morre-se de fome em África.
  • Vive-se bem aqui.

Passivo - como sabemos que em qualquer pronome clítico, o se passivo absorve um caso – o acusativo. Neste caso o verbo deixa de marcar casualmente o seu argumento interno. Simultaneamente, o clítico suspende a atribuição da função semântica de agente à posição de sujeito. Assim, o argumento interno do verbo pode deslocar-se para tal posição e aí aceder ao caso nominativo atribuído, sob regência, por FLEX 10.

Exemplo: Os livros compraram-se ontem.
Pessoal - este é tratado com mais detalhe abaixo.

Os pronomes pessoais em português apresentam-se em duas formas, a forma do sujeito e a forma do complemento (objecto) sendo essa subdivide em duas outras:

Forma átona - que depende da palavra vizinha e são próprias do objecto directo: o, a , os, as. Do objecto indirecto: lhe, lhes. E podem empregar-se como objecto directo ou indirecto: me, te, nos e vos.
Exemplos:

  • Eu perguntei-o.
  • A Tânia disse-lhe.
  • Diz-me o que aconteceu.

Forma tónica- que aparece acompanhada de preposição, nalguns casos aglutinada ao pronome sendo termos da oração e, de acordo com a preposição que as acompanhe, podem desempenhar as funções de:
      
Complemento nominal
Exemplos:

  • Vou ver-me livre de ti.
  • O meu ódio a ela crescia dia-a-dia.

Objecto indirecto
Exemplos:

  • Não a diria a ninguém.
  • Nem a ti se eu a soubesse.

Objecto  directo - antecedido da proposição a e dependente, em geral, de verbos que exprimem sentimento:
Exemplo: Paciente, abreira e dedicada , é a ela que em verdade eu amo.

Agente da passiva
Exemplo: Sou daqueles que foram por ele consolados.

Adjunto adverbial
Exemplo: Já te vejo amanhã a colher flores comigo  pelos campos.

Colocação dos Pronomes Pessoais clíticos
No sistema linguístico do português a colocação dos clíticos segundo o padrão europeu varia de forma diferente da do padrão brasileiro.

Português Padrão Europeu
A colocação dos clíticos a maneira lusitana é um dos pontos mais compilados da sintaxe Portuguesa. Devido a não tonicidade desses pronomes, que determinam um grande relaxamento e ensurdecimento da sua vogal, eles são, em regra colocados em posição clítica.
O português Europeu regista três  padrões de ordem para o clíticos. Os pronomes clíticos têm um comportamento uniforme quanto aos padrões de colocação, todos eles exigem um hospedeiro verbal , o que traduz num requisito de adjacência  entre o pronome clítico e uma forma verbal.
     
Padrão Proclítico - com o clítico em posição pré-verbal:Clítico +Verbo. 
Clítico(cl) + Verbo(v).

Padrão Enclítico ¬ com o clítico em posição pós-verbal.
Verbo(v) + Clítico(cl).

Padrão Mesoclítico - com o clítico em posição intraverbal.
Verbo(v) + Clítico(cl) + Verbo(v) .
A selecção de uma ordem ou de outra não é facultativa , sendo imposta pela realização de determinadas condições, referente às posições proclíticas, enclíticas e  mesoclíticas. Apresentam essas situações segundo perspectivas teóricas de abordagem¬tradicional e generativa transformacional.


Bibliografia 
www.semnegativa.blogspot.com




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