SOCIEDADE E CULTURA DA GRÉCIA E DA ROMA
Introdução
A formação de Roma é deduzida de duas formas: A lenda de Rómulo e remo, que foram criadas por uma loba, e a outra é que diante da posição geográfica aonde Roma esteve, ela se originou por alguns povos da Península Itálica. Por outro lado, os gregos originaram-se de povos que migraram para a península Balcânica em diversas ondas, no início do milénio II a.C.: aqueus, jônicos, eólios e dóricos (ou dórios). As populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs fundamentava-se na crença de que descendiam do herói Heleno, filho de Deucalião e Pirra. Deste modo, neste trabalho irá abordar-se de uma forma resumida, a sociedade e a cultura grega e romana.
SOCIEDADE E CULTURA DA GRÉCIA E DA ROMA
Sociedade e Cultura da Grécia
Sociedade da Grécia
Segundo FUNARI, Pedro Paulo (2001), a sociedade grega era marcada por profundas desigualdades sociais. Embora houvesse uma diferenciação na organização social de cada cidade-estado, no geral quase todas seguiam certo padrão. Vamos usar a cidade-estado de Atenas como exemplo.
Os cidadãos – Os homens livres e nascidos nas cidades-estado eram proprietários de terras, formavam a aristocracia rural, e possuíam uma boa condição económica e social. Conhecidos como eupátridas em Atenas, eram os únicos que possuíam direitos políticos. Vale lembrar que as mulheres e crianças de Atenas não eram considerados cidadãos e, portanto, não podiam participar da vida pública. Formavam a minoria da sociedade, afirma BERUTTI, Flávio (2010).
Os estrangeiros – originários de outras cidades-estado, colónias ou regiões, os metecos trabalhavam com artesanato e comércio. Não podiam participar da vida pública de Atenas, pois não possuíam direitos políticos. Os metecos também não podiam ser proprietários rurais.
Os escravos – eram a grande maioria da sociedade. Eram, principalmente, prisioneiros de guerras, capturados e comercializados. Executavam quase todo tipo de trabalho, desde actividades domésticas até trabalho pesado na extracção de minérios. A base da mão-de-obra na agricultura também era escrava. Tinham uma vida marcada por sofrimento, pobreza e desrespeito. Em função destas condições, ocorreram várias revoltas sociais envolvendo os escravos gregos.
Cultura e Religião da Grécia
PANAZZO, Sivia (2002), Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história, artes plásticas e a arquitectura foram muito importantes na cultura grega.
A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos: Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protectora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Deméter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.
Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida quotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.
Na arquitectura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político).
Sociedade e Cultura da Roma
Sociedade Romana
FUNARI, Pedro Paulo (2001), diz que a sociedade romana, no século V a.C., período do Reino de Roma, era um conjunto de camponeses livres. Em geral cada família possuía sua casa, pais e filhos trabalhavam juntos no cultivo de cereais e, por vezes, também oliveiras e uvas. Poucas cabeças de gado eram criadas em terras comuns. Instrumentos agrícolas e roupas eram simples. A cidade fortificada, aonde os camponeses iam esporadicamente, era o centro do governo e da religião. Lá estavam os templos, as casas dos mais ricos, lojas de artífices e comerciantes, onde cereais, óleo e vinho podiam ser trocados por sal ou instrumentos agrícolas.
Os cidadãos eram organizados em patrícios e plebeus. Os escravos e estrangeiros (Peregrinus), tal como na Grécia Antiga, não faziam parte do Estado. Grande parte do poder do Estado era delegado a uma instituição chamada senado. A administração do Estado, no período monárquico e no início da república, eram exclusivos dos patrícios. Os plebeus eram excluídos das funções públicas.
As famílias mais ricas formavam as gentes, submetidas a autoridade de um pater famílias; acreditavam descender de um ancestral comum. A partir do termo pater foi cunhado o termo patrício, nome da camada social dominante em Roma. Esta camada ostentava maior número de rebanhos, terras e escravos, da mesma forma que a eles era legado o direito a exercer funções públicas, militares, religiosas, jurídicas e administrativas; por vezes apropriavam-se das ager publicus, terras que pertenciam ao governo. Abaixo dos patrícios estavam os clientes, classe constituída por plebeus, escravos libertos, estrangeiros ou filhos ilegítimos que associavam-se aos patrícios prestando-lhes diversos serviços em troca de auxílio económico e protecção social. Quanto maior fosse o número de clientes sob protecção de um patrício, maior era seu prestígio social e político.
Os plebeus (de plebs, multidão) eram camponeses, pequenos agricultores, artesãos e comerciantes. No período monárquico, os plebeus não possuíam direitos políticos embora estivessem sujeitos a carga tributária e a obrigações militares. Era proibido o casamento entre plebeus e patrícios para evitar a mistura de ambas as classes sociais.
Cultura Romana
A cultura romana, assim como a grega, é tida como o berço de muitos conceitos que mantemos na actualidade sobre história, literatura e arquitectura. Foi entre os romanos que nasceu o Latim, língua que na Idade Média viria dar origem ao Italiano, Francês, Espanhol e ao nosso Português. Essas características fazem com que o Império Romano seja exaltado até hoje não apenas por suas conquistas políticas, mas também pelas suas conquistas sociais, intimamente ligadas as artes, segundo o afirmado por ROSTOVTZEFF, Michael (1960).
Roma perdeu o império, mas não a majestade. Com a sua imensa bagagem cultural, é um dos grandes pólos de atracção turística internacional. Mas não somente do passado vive a Cidade Eterna. É, ainda, um grande centro de referência que se estende da moda à culinária.
Assim, não somente pelo fato de ter constituído um grande império se orgulha o romano de sua cidade, assim como não somente para se embevecer com a Roma Antiga afluem para lá cidadãos de todo o mundo (como se, ainda hoje, todos os caminhos para lá convergissem), mas também pela dinâmica programação de eventos.
Conclusão
Após um estudo sobre integra da sociedade e cultura grega e romana, apurou-se então que a Grécia é uma região de destaque mundial, na medida que grandes histórias, filósofos, descobertas, são de origem grega, temos como exemplos, o seguinte: em 776 a.C. tem início os Primeiros Jogos Olímpicos da história, realizados na cidade grega de Olímpia; em 594 a.C., o legislador.
A cultura romana é marcada pela adaptação e pelo desenvolvimento de conceitos e padrões absorvidos de outras civilizações. Porém, há muitos destaques de origem romana que fazem deste império muito privilegiado, temos como exemplo, a origem de várias línguas latinas incluindo o próprio Português.
Bibliografia
- APOLINÁRIO, Maria Raquel, História Projeto Araribá, [S.l.], 2009, Moderna. (Disponivel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_romana, acessado no dia 04 de Maio de 2017 )
- BERUTTI, Flávio, Caminhos do Homem, (S.l.), 2010, Base editorial. (Disponível em: http://midiacenter.usto.re/wikipedia_pt_all_2016-08/A/Classe_social_na_Roma_Antiga.html visitado em 04 de Maio de 2017)
- FUNARI, Pedro Paulo, Grécia e Roma, (S.l.), 2001, Contexto.
- HILL, Duncan, Ancient Rome. From the republic to the empire. Bath, Reino Unido, 2007, Parragon. (Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%ADncia_romana visitado no dia 05 de Maio de 2017)
- PANAZZO, Sivia, Navegando pela história. (S.l.), 2002, Quinteto Editorial (Disponível em: http://repositorio.uscs.edu.br/bitstream/123456789/161/2/Os%20manuais%20do%20professor%20como%20fonte%20de%20pesquisa.pdf, visualizado no dia 06 de Maio de 2017)
- ROSTOVTZEFF, Michael, História de Roma, (S.l.: s.n.), 1960
- WELLS, H.G, História Universal (S.l.), 1972, Companhia Editora Nacional
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