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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Teoria do conhecimento

Introdução
A teoria do conhecimento tem por objectivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento, da faculdade de conhecer. Às vezes o termo é usado ainda como sinónimo de epistemologia, o que não é exacto, pois a mesma é mais ampla, abrangendo todo tipo de conhecimento, enquanto que a epistemologia limita-se ao estudo sistemático do conhecimento científico, sendo por isso mesmo chamada de filosofia da ciência.
A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia. Portanto, neste presente tópico, visa-se abordar sobre a teoria do conhecimento, mencionando vários aspectos referentes ao assunto.


Cristianismo de Immanuel Kant
O criticismo resulta da distinção entre a realidade tal como ela é (número) e a realidade tal como nos aparece (fenómeno). De acordo com a reflexão de Kant, o intelecto humano não está estruturado de forma a captar as propriedades do númeno, oriundo das coisas em si. Este mundo não se adapta aos esquemas do pensamento. Por ISSO, somente nesta última esfera (mundo dos fenómenos) podemos falar da possibilidade do conhecimento da verdade, que é urna verdade humana, limita e não absoluta, porque baseada na experiência, que nunca é universal.
Para Kant, o ser humano Pode conhecer as coisas do mundo das coisas materiais e jamais conhecer as do mundo das realidades espirituais. O nosso conhecimento produz verdades não absolutas porque dependem da experiência vivida pelo sujeito cognoscente.

  • Pragmatismo

O pragmatismo subordina o conhecimento a um fim prático, ao considerar que as ideias só são verdadeiras precisamente e na medida um que nos permitem estabelecer satisfatoriamente urna relação com a nossa experiência. Consequentemente, a verdade de um conhecimento mede-se pela sua utilidade, pela sua eficácia. Por outras palavras, é verdadeiro aquilo que é útil ao Homem. Neste sentido o pragmatismo manifesta-se contra a concepção estática da verdade, por conseguinte, do conhecimento.
Considera-se pragmático aquele que adequa os conhecimentos aos fins práticos a que se propõe e obtém resultados úteis e proveitosos. O pragmatismo surgiu no Início do século XX nos Estados
Unidos da América com William James, Charles Pierce e John Dewey, os quais privilegiam a dimensão prática do Homem.

Origem de conhecimento
Na reflexão acerca da fonte do conhecimento, a questão de partida é a seguinte: Qual é a fonte que nos dá o conhecimento? A sensibilidade (os sentidos, a experiência) ou a razão do sujeito (intelecto)?
O conhecimento é constituído por ideias (conceitos), juízos e raciocínios. Os juízos e os raciocínios são obtidos a partir das ideias. Por isso, o problema da origem do conhecimento consiste em determinar como se adquirem as ideias e os primeiros princípios que normalizam todo o conhecimento.
Na tentativa de responder à pergunta sobre a origem do conhecimento, surgiram três teorias fundamentais: o empirismo, o racionalismo e o apriorismo ou intelectualismo.
O surgimento do empirismo e do racionalismo, corno correntes antagónicas, justifica-se pelo facto de, em primeiro lugar, surgirem em áreas geográficas diferentes e, em segundo, e principalmente, pela divergência das áreas de investigação: enquanto na Europa continental florescia a Matemática e a Geometria — ciências meramente especulativas —, na Inglaterra floresciam as ciências matemáticas e experimentais, a saber: a Botânica, a Química, a Astronomia e, a Óptica, a Medicina,... Isto fez com que os filósofos continentais (Descartes e, Spinoza) exaltassem o conhecimento abstracto e universal, baseado na razão, enquanto os ingleses se interessavam por urna pesquisa de urna teoria de conhecimento e de um método que satisfizessem as exigências das ciências por eles investigadas.
As ciências experimentais partem da constatação de acontecimentos particulares, da experiência de certos factos concretos; o seu objectivo é ir além dos factos, mediante a descoberta de relações constantes, de leis estáveis, de modo que tornem possível a antecipação de outras experiências.
A problemática epistemológica da Filosofia inglesa, sobre a origem do conhecimento, consistirá essencialmenteem saber corno é possível, partindo da experiência, de factos singulares, elaborar leis universais, que garantam o retomo à esfera dos acontecimentos concretos, das experiências individuais.
  • Empirismo

As origens do empirismo remontam a John Locke e David Hume, dois filósofos ingleses do século XVIII. Trata-se de urna corrente filosófica, que surgiu na Inglaterra, que defende o primado da experiência na aquisição do conhecimento. Para estes autores, conhece-se aquilo que se tem experiência.
Segundo John Locke, no início do processo cognitivo, a mente humana é como urna tábua rasa ou um papel em branco, onde nada está escrito, e que a experiência preenche de conhecimento resultante dos factos vividos. A experiência é fonte do processo cognitivo por dois modos: como sensação, através da qual chegam até nós as ideias das coisas exteriores, e como reflexão, que nos dá o conhecimento daquilo que se passa dentro de nós.
Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente.

  • Racionalismo

Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente.
As ideias complexas nascem das ideias simples, em virtude da actividade do sujeito que as une, separa, analisa e sintetiza.
Segundo Locke, nada, porém, existe de diferente nestas ideias complexas daquilo que caracteriza as ideias simples, às quais se podem reduzir.
David Hume, por sua vez, diz que todos os nossos conheci mentos se reduzem a impressões ou a ideias (vista de uma árvore e recordação da mesma) e pretende explicar, a partir destes conhecimentos simples, a formação das ideias complexas, por meio de leis princípios que são chamados «ideias deassociação».

  • Apriorismo ou intelectualismo

Falar do intelectualismo não é senão falar de Kant e do seu posicionamento em relação ao problema da origem do conhecimento, deveras debatido pelo empirismo e peloracionalismo.
Kant foi influenciado pelo progresso científico do seu tempo e o sucesso proveniente do método utilizado pelas ciências exactas e naturais. Porém, ele estava consciente da tentação de começar a aplicar o método das ciências indiscriminadamente para explicar e compreender o ser humano, pois dessa forma OS valores morais e a sua fundamentação metafísica podiam ser absorvidos pelo mundo do mecanicismo material.
As principais correntes filosóficas do tempo de Kant foram o racionalismo e o empirismo. Mas para Kant, o racionalismo defendia OS princípios metafísicos, era desenraizado (la experiência e, portanto, dogmático. () empirismo, Por sua vez, enraizado na experiência, mas incapaz de levar o Homem além da experiência, conduzia o Homem ao cepticismo. Para Kant, o empirismo implica a negação da validade universal e necessária do conhecimento científico, porque a experiência nunca é universal. Com base nesta constatação, Kant integra o que há de positivo no racionalismo e no empirismo e produz a sua própria teoria filosófica. Kant faz esta integração através de uma análise crítica das três principais operações da razão humana: conhecimento, vontade e sentimentos (sensações).
Esta análise deu origem a três importantes obras críticas que marcaram o inundo: a Crítica da Razão Pura (sobre o conhecimento), Crítica da Razão Prática (sobre a vontade) e a Crítica do juízo (sobre os sentimentos)
Segundo Kant, à verdade e ao conhecimento só se chega através do juízo.
O juízo é a combinação que é feita do sujeito e do objecto. Kant distingue dois tipos de conhecimento: conheci mento puro, proveniente da razão, e conhecimento empírico, proveniente da experiência.
Na introdução da Crítica da Razão pura, Kant escreve: «todo o conhecimento humano começa co a experiencia, mas a experiencia não esgota não esgota todo o nosso conhecimento». Diz ainda: «Se todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova, porém, que todo ele deriva da experiência».
O conhecimento sensível é constituído pela receptividade do sujeito que sofre certa impressão pela presença do objecto. Este conhecimento representa os objectos como eles aparecem para o sujeito. Portanto, o conhecimento empírico é sempre subjectivo; por isso só se pode confiar muito neste tipo de conhecimento, pois depende de corno o sujeito sofre a influência do objecto.
O conhecimento puro, também chamado inteligível, é a faculdade que a nossa razão tem de representar aqueles aspectos das coisas que, pela sua própria natureza, não podem ser captados pela sensibilidade. Então, o conhecimento inteligível é a faculdade da nossa razão. O conheci mento empírico ocupa-se com o conhecimento dos fenómenos, ou seja, com os objectos que se manifestam no mundo sensível, enquanto o conhecimento puro ou inteligível ocupa-se com o mundo numérico (mundo do númeno), a que pertencem os objectos ou entidades enquanto pensados, objectos em si (puros).
O conhecimento propriamente dito, que engloba os conhecimentos provenientes da experiência sensível e cia razão, vem dos juízos que estabelecem ligação entre sujeito e objecto. Há dois tipos principais de juízo: analítico e sintético. Quando se formula a informação de que o predicado B pertence ao sujeito A, trata-se de um juízo analítico.
Kant diz que para se ter o conhecimento verdadeiro é preciso outro tipo de juízo, que seja universal, necessário e sintético (que crie novidade). Kant não hesita em afirmar que OS juízos que constituem o conhecimento verdadeiro são os sintéticos a priori. O juízo 3 + 2 = 5 é sintético copriori, ou seja, esta operação decorre da experiência sensível, empírica da experiência, mas fazemo-lo da mente e pode ser implementado para qualquer realidade. Este juízo é sintético a priori porque parte da experiência, mas supera tal experiência, podendo ser aplicado a qualquer realidade.. Esta é a ciência verdadeira e a explicação de Kant ao modo como conhecemos: a parti r da experiência, elaboramos juízos sintéticos a priori, universais e necessários, aplicáveis a todas as realidades.

  • Construtivismo

O construtivismo explica, em geral, como a inteligência humana se desenvolve, partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio.
Esta corrente de pensamento prévio das teorias da epistemologia genética e da pesquisa súcio-histórica de Jean Piaget e Lev Vysotsky, respectivamente. Tanto a epistemologia genética comoa pesquisa sócio-histórica acreditam que o Homem não nasce inteligente, tuas também não éum simples receptor cias influências do meio. Ele responde aos estímulos cio ambiente e destaforma constrói e organiza o próprio conhecimento.
Dado que o conhecimento é construído por cada um dos indivíduos, outra coisa não se podia esperar senão a construção de um conhecimento subjectivo. Portanto, HO se atinge a verdade absoluta (representação do real como ele é), o organismo apenas se adapta ao seu meio, isto é, compreende o ambiente onde estiver inserido. Por conseguinte, o sujeito do conhecimento orienta as suas acções e pensamentos com base nas suas experiências.
De acordo com Piaget, existem dois procedimentos usados rio acto da aquisição cio conhecimento: assimilação e acomodação. Através destes dois processos, o Homem cria um equilíbrio mental pela perturbação provocada pela impressão de um novo objecto (não conhecido antes).
É o chamado princípio de equilibração. No processo de assimilação, o novo objecto é analisado com base no esquema existente no entendimento do indivíduo, que passa a Ler mais urna impressão. No processo de acomodação, a nova experiência que não se enquadra nos esquemas de pensamento anteriores postula um novo esquema que acomoda o novo conhecimento, que será ampliado mediante o estabelecimento de relações com o meio do sujeito cognoscente.

A revolução copernicana na teoria do conhecimento
A perspectiva clássica sobre o acto de conhecimento ensina cuja, no acto de) conhecimento, o objecto é quem determina, ou seja, conhecimento consistia na adaptação do sujeito ao objecto a conhecer e na possibilidade de o Homem tudo conhecer. Esta visão revelou profundas lacunas no conhecimento, enquanto não explicava a existência de seres incognoscíveis pelo Homem.
Este facto levou Kant à ilação de que não é o sujeito que se adapta aos objectos, no acto de conhecimento, maso contrário. É esta a chamada revolução copernicana em Kant na gnosiologia: no acto de conhecimento, os objectos adaptam-se à natureza do intelecto humano. Assim, é fácil explicar a existência de seres incognoscíveis pelo Homem — eles não se adaptam à natureza do intelecto humano e, Por isso, o Homem não os pode conhecer.
Ao que a experiência consegue apreendei Kant chamou fenómeno, e ao inundo inatingível pela experiência chamou númeno (as coisas em si), como vimos quando analisámos o problema da possibilidade do conhecimento. A revolução copernicana ajudou a descobrir que a razão humana

A natureza do conhecimento
O que se pretende reflectir neste tema é: o que é que conhecemos? Os próprios objectos. Ou as representações, cm nós, dos mesmos? Existem duas correntes antagónicas que respondem a esta colossal questão, nomeadamente o realismo e o idealismo.

Realismo
O realismo defende que nós conhecemos as coisas e não as ideias sobre elas. O que o Homem conhece são as coisas, quer na turma de universais (as coisas em si, transcendentes em relação aos particulares — como, para Platão, os universais ante rein, isto é, a universalidade perante as coisas), quer na forma imanente, encontrados nas coisas individuais (como, para Aristóteles, a universidade in re, isto é, a universalidade nas coisas).
O universal é urna entidade geral, um conceito, uma ideia que é comum a todos os seres particulares. Portanto, para os realistas, O universal é oelite que predica todas as coisas, ou seja, constitui o sustei-itâculo do todo existente. Sem o universal não existiriam as coisas particulares.

Idealismo
Para o idealista inglês George Berkeley, a única existência dos objectos é a ideia que se tem deles: «existir é ser percebido. As coisas só existem como objectos da consciência. A existência do mundo como realidade coerente e regular estaria garantida por Deus, mente suprema onde tudo se produz e ordena. A filosofia idealista de Hegel (expoente máximo o idealismo alemão)irá culminar com a afirmação segundo a qual «todo o real é ideal e todo o ideal é real».

O valor do conhecimento
Este debate é travado por duas correntes. Urna delas é o absolutismo, que afirma não só a objectividade do conhecimento, como também lhe confere um valor absoluto. Portanto, não restam dúvidas sobre o valor do conhecimento e não apresenta nenhum limite. Do outro lado, temos o relativismo. Este atribui valor simplesmente relativo ao conhecimento, quer em função ao sujeito cognoscente, quer em função do objecto conhecido.

O relativismo tem várias subdivisões, nomeadamente:
  • O relativismo sensorial dos sofistas — segundo Protágoras (século V a. C.), o Homem é a medida de todas as coisas (humo mensura), oque quer dizer que todo o conhecimento é relativo,isto é, depende do sujeito cognoscente (por exemplo, a mesma água pode parecer fria a umIndivíduo e quente a outro);
  • O relativismo positivista — para Augusto Comte, pai do positivismo, nen hum conhecimentoque ultrapassa a experiência é possível e, por conseguinte, tão pouco poderá ser válido oucerto, trata-se de um relativismo objectivo;
  • O relativismo pragmático — para William James (1843-1910), a validade de urna ideia só pode ser verificada pelo seu resultado prático, isto é, pela utilidade. Para o pragmatismo, o Homem foi feito para a acção. Assim sendo, a verdade só pode sei- definida em função dessa mesma acção. Tudo o que ajuda a agir e produz realmente efeito será verdadeiro para cada individuo. Deste modo, todas as nossas ideias terão apenas um valor relativo.

Níveis de conhecimento
  • Senso comum

Também chamado conhecimento popular, é o que resulta da experiência quotidiana do ser humano e caracteriza-se por ser: superficial, sensitivo, subjectivo, assistemático e acrítico.
É o tipo de conhecimento popular que se adquire fora dos mecanismos sistematizados, como, por exemplo, o conhecimento que os camponeses têm sobre a época de sementeira, sem terem aprendido na escola.
  • Conhecimento científico

Em geral, a ciência é entendida como uma organização de conhecimentos e de resultados que são aceites universalmente, visto que podem ser verificados, e por se tratar de um conhecimento submetido a métodos.
A ciência é o conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, histórica mente acumulados, dotados de universalidade e objectividade, que permitem a sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e possivelmente, orientar a Natureza e as actividades humanas. Tem as seguintes características: real(factual), contingente, sistemático, verificável e falível.
À actividade científica depende dos investigadores, que são indivíduos que vivem numa determinada socie dade com os seus valores culturais, políticos e religiosos; dos métodos, cias técnicas, dos meios de comunicação de que a sociedade dispõe numa determinada época. Ë destes cientistas investigadores que dependem os resultados da actividade científica.
Por Isso, a ciência não é um conhecimento espontâneo da realidade, como é o conhecimento senso comum; não é uma coleção de leis, um catálogo de factos não relacionados. De acordo com Einstein, a ciência é urna criação do espírito, com ideias e conceitos livremente inventados; é um processo de apreensão da realidade por meio das nossas construções teóricas.

  • Importância, limites e perigos do conhecimento científico

Não há dúvida alguma de que o avanço da tecnologia, resultado do conhecimento e da investigação científica, proporciona melhores condições de vida ao homens. Por exemplo, o avanço da medicina ajuda a diminuir a dor dos homens; OS curativos que outrora pareciam impossíveis tornaram-se hoje não extraordinários. Portanto, a tecnologia conflito para a melhoria das condições de vida. Todavia, a ciência, mostrou-se, ao longo do tempo, que nem sempre é favorável ao Homem. A f no progresso vacilou com a Segunda Guerra Mundial.

  • Conhecimento filosófico

O avanço do industrialismo, sem precaução do meio ambiente, degradou-o, e regista-se hoje o esgotamento dos recursos não renováveis e a deterioração da camada de ozono. Os autores Lyon e Fukuvama e muitos pensadores do nosso tempo concordam com esta constatação e apelam à exploração racional dos recursos que a terra nos d.
A tecnologia pode criar também muitos outros problemas além dos ambientais, como OS problemas de saúde humana na sua relação com as máquinas e tecnologia, a relação de dependênciaexcessiva das máquinas e problemas de desemprego (com a Substituição da mão-de-obra humana pelas máquinas), entre muitos outros.

Classificação das ciências segundo Augusto Comte
Augusto Comte (1798-1857), filósofo francês que veio também a ser o fundador (la Sociologia, sofreu virias influências ideológicas. Porém, há a destacar Cndorcet (1743-1794), ao qual ele chama predecessor imediato, sem, no entanto, nos esquecermos da influência do historicismo alemão (hegelianismo).
Comte, inspirado pelo ambiente do século XVIII, fundou a chamada lei dos três estados, comparando o desenvolvimento do psiquismo humano com o crescimento do Homem. Para ele, o psiquismo humano atravessa três estados, nomeadamente: teológico, metafísico e positivo, fazendo-os corresponder às fases da infância, juventude e maturidade, respectiva mente.

A questão da verdade
A verdade é a correspondência entre o conceito e a realidade, seja eia empírica ou meta-empírica.
Portanto, dizer que algo é verdadeiro implica a correspondência daquilo que é dito com a idealidade.
São quatro os principais estados do espirito perante a verdade ignorância, dúvida, opinião e certeza.
A ignorância é ausência de todo o conhecimento relativamente a um enunciado. Para oespírito em estado de ignorância, a verdade de um determinado enunciado é como se não existisse; não há juízo. A ignorância pode ser: vencível ou invencível, dependendo da possibilidade ou impossibilidade de fazê-la desaparecer; culpável ou inculpável — conforme tivermos ou não o dever de a dominar.
A dúvida é um estado de equilíbrio entre a afirmação e a negação. No estado de duvida, oespírito no adere, ou porque os motivos para afirmar e negarse equilibram (dúvida positiva) ou não se equilibram, mas não são suficientes para excluir o medo de erro (ainda dúvida positiva);ou não tem razão alguma nem para afirmar, para negar duvida negativa, que equivale aignorância). A dúvida pode ser:
  • Metódica (ou cartesiana) - consiste na suspensão voluntária, fictícia ou real, mas sempre provisória, na aceitação de urna verdade tida por certa, com o fim de verificar o seu valor. Estaé necessária à constituição de qualquer ciência. É também conhecida por dúvida cartesianapor ter sido Descartes o primeiro a estabelecê-la como método;
  • Cética ou sistemática — estado definitivo do espírito relativamente a toda a verdade; é impossível legitimar as nossas verdades espontâneas que devemos ter sempre como incertas. Enquanto a dúvida metódica é provisória (nunca definitiva) e constitui um meio de chegar à verdade, adúvida céptica é definitiva e é um fim.


Críticos de verdade
É um procedimento através do qual podemos distinguir a verdade da falsidade. Citamos o seguinte:
  • Autoridade: A declaração aceita como verdadeira, porque vem de alguém que seja concedido um crédito para o seu conhecimento em um assunto.
  • Tradição: o que é tido como certo que ao longo do tempo tem sido aceita como verdadeira e goza de apoio popular.
  • Correspondência entre pensamento e realidade: o que nós pensamos que é verdadeiro, se o cheque corresponde à realidade empírica. O critério é o de estabelecer a adequação ou correspondência entre o que é dito eo que é.
  • Coerência lógica: consiste em verificar que não há contradição entre as declarações que pertencem ao mesmo sistema, e que eles são necessariamente derivados dos axiomas ou princípios.
  • Utilidade: A afirmação será verdadeira quando é benéfica e útil, na verdade, para orientar e avançar a nossa investigação.
  • Prova: É um critério fundamental. Em ordem de razão, nós consideramos evidentes primeiros princípios, o princípio da identidade e da não-contradição (evidência racional), a fim de sensibilidade, os dados dos sentidos (prova sensorial). Descartes, a evidência do conhecimento deve ser acompanhada por duas características: clareza e distinção.
  • Utilidade: A afirmação será verdadeira quando é benéfica e útil para nós quando podemos estar posicionados para a realidade e seguir em frente em nossa pesquisa.


O erro: causas e remédio
Em que consiste o erro? Se a verdade consiste em dizer que é, o erro é a não conformidade doespírito com a realidade ou com a coisa. É a adesão Firme áquilo que objectivamente é falso o, masque do ponto de vista subjectivo, no que parece verdadeiro. O erro distingue-se da ignorância, pois enquanto esta consiste em miada saber e nada afirmar, aquele consiste em não saber e afirmar, julgando saber. A ignorância é uma limitação da verdade, pois o ignorante não sabe; o erro é a negação da verdade, daí que, quem erra não sabe, mas julga saber.

As causas do erro podem ser de duas naturezas: psicológicas e morais.
São causas psicológicas:
  • a falta de compenetração ou atenção do espírito que interpreta mal os dados dos sentidos, estendendo a adesão além daquilo que foi apreendido. É o caso daquele homem que  no bronze o ouro;
  • a paixão que nos impede de raciocinar correctamente. A paixão deixa-nos, muitas vezes,obcecados, impossibilitando-nos, desse modo, de reflectir.

São causas morais:
  • a vaidade, que resulta da demasiada confiança na nossa pessoa;
  • o interesse económico, social, (económico, etc.), pelo qual preferirmos aquilo que nos é favorável e que se harmoniza com os nossos objectivos;
  • a preguiça intelectual, que não nos deixa questionar o valor dos nossos motivos e, por isso,nos leva a aceitar sem reflexão determinadas asserções ligeiramente formuladas.

Todo o erro é combatido nas suas causas, procedendo-se metodicamente e reflectindo-se sobre as coisas, acautelando-se contra as sugestões da paixão e da imagem acção; suspendendo o juízo e duvidando, se for necessário; não aceitando nada corno verdadeiro ou falso senão o que conhecimento como, através dos meios legítimos.

Conclusão
Esse trabalho buscou de forma concisa reunir informações gerais acerca da Teoria do Conhecimento, baseando-se na visão de vários filósofos antigos, com destaque a Immanuel Kant, reunindo conceitos e origem de algumas correntes, seus objectivos e representantes.
Embora o conhecimento sempre tenha sido necessário para elaborar os produtos, sua importância aumentou vertiginosamente com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, particularmente nas últimas décadas do século XX.
É fundamental saber como utilizar as informações e o conhecimento já existentes na organização. O "conhecimento" não se encontra apenas nos documentos, nas bases de dados e nos sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas para aumentar sua produtividade e conquistar novas oportunidades.

Bibliografia
  • BIRIATE, Manuel Mussa, GEQUE, Eduardo R. G., Pré-Universitário – Filosofia 11, Pearson Moçambique Limitada, Maputo – Moçambique, 1ª edição, 2014
  • REALE, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76; 
  • ALMEIDA, Aires (org.). Dicionário Escolar de Filosofia. [s.l.]: Plátano Editora, 2003.
  • HEIDEGGER, Martin. Kant und das Problem der Metaphysik. Bonn, 1929.



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