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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

PESSOAS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Introdução
Neste presente trabalho, temos como tema a abordar a «pessoa», onde no âmbito da abordagem, para além de apresentar a sua origem segundo as teorias de vários filósofos iremos também caracteriza-la de uma forma clara e objectiva. Podemos ainda ressaltar que a palavra «pessoa», derivada do grego «prósopon», ou seja, tudo aquilo que um determinado Actor punha no seu rosto numa peça teatral.

PESSOAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
O que entendes por pessoas?
Antes de ressaltamos o conceito de pessoa exposto por vários filósofos ao longo dos tempos, importa fazermos referencia as definições etimológicas do vocabulário «pessoa», que de certa forma, apesar das divergências dos filósofos, enaltecem o significado do Homem.
Assim, a palavra «pessoa», derivada do grego «prósopon», ou seja, tudo aquilo que um determinado Actor punha no seu rosto numa peça teatral, foi com esse sindicado que ela foi introduzida na linguagem filosófica pelo estoicismo popular, designado os papéis representados pelo Homem no teatro da vida quotidiano. De uma forma geral, a pessoa é o Homem nas suas relações com o mundo e consigo próprio.
O filósofo romano Boécio afirmou que «pessoa é uma substância individual de natureza racional» (persona estacional natural individua substantiva). Na mesma perspectiva, na época medieval. São Tomás Aquino considera a pessoa como uma «subsistente de natureza racional enquanto Cícero remete-nos para uma abordagem jurídica ao designar a pessoa como um individuo dotado de direitos e obrigações, cobrições essas que vão por limites na sua liberdade, enquanto isso Boécio e São Tomás de Aquino reacção o carácter filosófico, ao destacar três elementos fundamentais na definição de pessoa uma Substância, isto é, qualidade permanente ou inerente á própria existência. O ser pessoa significa nunca deixar de ser, enquanto existente, mesmo que as suas qualidades acidentais (peso, altura, cor da pele, etc.) possam mudar ao longo da vida. Já a individualidade da pessoa reside no facto de esta ser algo de distinto, independentemente,uno irredutível.Aliás, a pessoa nunca se reduz a uma colectividade.
Por fim,a racionalidade da pessoa refere-se á capacidade que ela tem de raciocinar,reflectir, compreender, analisar,interpretar,consciencializar o mundo a sua volta e o mundo intrínseco a si.
Todavia,foi com Immanuel Kant, na época moderna, que o conceito de pessoa ascendeu categorias propriamente filosóficas.Para Kant, a pessoa é um fim em si mesmo e não um meio a serviço de outro.A pessoa é um valor absoluto:

(...) os seres racionaissão chamados de pessoa porque a sua natureza distingui como fins em si mesmos (...)O Homem, em é geral cada ser racional,existe como um fim em se e não como um meio de que esta ou aquela vontade pode servir-se ao seu bel-prazer.

Na época contemporânea, filósofos como Martin Buber, Emmanuel Levinas e Emmanuel Mounier considerando a perspectiva Kantiana demasiado racionalista,sublinharam,na definição da pessoa,a efectividade (amor ao próximo),a relação de uns-com-os-outros e a sua abertura transcendente (Deus);por outro lado, Gabriel Marcel, Martin Heidegger e Paul Ricoeur,entre procuram superar a definição generalista de pessoa,sublinhado a sua singularidade e complexidade e relembrado que a pessoa é constituída não apenas de espírito como também de matéria;não só de pensamento,mas também de extensão;não só de alma,como também de corpo.

Características da Pessoa
Analisando a noção de pessoa, tudo leva a crer que nesta noção estão fundidas mas dignificantes características no ser humano, que fazem dele o valor supremo, o sujeito e o critério de qualquer apreciação valorativa.
Por isso, como categoria ética fundamental, a Pessoa é, acima de tudo caracterizada pelos seguintes aspectos.
  • Singularidade – cada ser humano é uno, originário, autêntico, irrepetível e insubstituível ou seja neguem e cópia de ninguém de ninguém,não há duas pessoas iguais, há sempre uma diferença uma pessoa e outra.um sujeito pode ser substituído nas suas funções,mas nunca como pessoa cada pessoa é ela mesma.
  • Unidade – embora constituída por partes diversificadas (é corpo físico, razão, emoção, Acão etc.) a Pessoa e uma totalidade,isto é, as deferentes partes que as constituem foram um todo coeso, uma unidade biológica.
  • Interioridade – em cada ser humano há um espaço de reserva e de intimidade, inacessível e inviolável: é consciência moral (como veremos de seguida).
  • Autonomia – o ser humano,na sua qualidade de pessoa,e um centro de decisão e Accão tem em si o princípio e a causa do seu agir; a Pessoa tem a capacidade de auto;governar-se e autodeterminar-se.
  • Projecto – ser pessoa não é ser algo impacto, a pessoa tem de se tornar como tal;ser pessoa é uma das possibilidades humanas que cadaum deve realizar por si.
  • Valor em si – a pessoa éum valor absoluto e,como tal, não pode ser usada como um meio de serviço de um fim, estar-se-ia a coisificar a pessoa.
Noções Básicas
De nada nos serviriam os outros capítulos se não refletirmos sobre esse tema, que trata de assuntos relativos aos ser humano, na sua qualidade de pessoa. Este tema é um desafio para nós na medida em que será uma das formas de medir a nossa humanidade enquanto pessoas sujeitas a normas, não só sociais e culturais mas também morais. Como dizia Sócrates, é uma oportunidade de nos conhecermos a nós mesmos.
Para o desenvolvimento do tema, começaremos por distinguir entre ética e moral: em segundo lugar, analisaremos o conceito de pessoa e outros elementos inerentes a definição, com o propósitos de nos conhecermos melhor, enquanto pessoas, compreendendo-nos a nós próprios e aos outros e de regular o nosso agir com bases éticas.

Distinção entre Ética e Moral
Do grego éthos, a ética diz respeito aos comportamentos habituais, aos costumes, aquilo que é habitual aos seres humanos fazerem referindo-se a sua interioridade. Do latim Mores, a moral designa também aquilo que é habitual aos seres humanos fazerem, com a particularidade de indicar o que deve ou não ser feito.

Mas o que distingue a ética da moral?
A ética e a moral tem em comum o facto de incindirem sobre o comportamento e a ação, mas ética do contrário da moral, procura refletir sobre os valores comuns quais avaliamos e sobre os critérios que presidem a uma tal avaliação. A ética preocupa-se em investigar as condições das quais se pode falar, ou não, em cato moral e moralidade. Sendo assim, a ética debruça-se sobre princípios e fundamentos da moral. Enquanto a moral tem uma dimensão mais prática, ligando-se ao agir quotidiano e as sua exigências imediatas, a ética elabora-se por intermédios da reflexão e da formulação teórica de questões e princípios gerais que norteiam a acção humana.
Enquanto a moral se encontra ligada a aplicação concreta de certas regras orais e a situação do dia-a-dia perante as quais somos obrigados a decidir a ética preocupa-se com a fundamentação reacional das normas e, de uma forma mais vasta com o agir humano. É por ética de ter uma dimensão mais universalista, isto é, por se debruçar sobre a humanidade da pessoa enquanto tal e sobre os requisitos que definem o respeito pela dignidade da pessoa humana, e a moral ter uma dimensão mais local, relacionando-secom os modos concretos da vida de uma dada sociedade, que é usual ouvirmos falar em princípios éticos e em condutas morais.
Outros critérios que podem servir para distinguir a moral da ética é o seguinte: a moral está ligada a dimensão convivência e comunitária da vida dos homens. Ora, existindo qualquer sociedade, interdições, regras, normas, etc., a moral surge relacionada com os comportamentos dos homens relativamente as obrigações que socialmente devem cumprir no âmbito da consistência interpessoal. A moral está, assim, ligada a nação de obrigação, a acção em conformidadecom o dever. 
O termo ética, por seu lada, reserva-se para designar a finalidade da vida, ou seja, a felicidade, o viver bem, a vida boa, já que, como escreve Sénica “não nos devemos preocupar com viver muitos anos, mas com vive-los satisfatoriamente”; porque viver muito tempo depende do destino, viver satisfatoriamente depende da tua alma, a vida é grande quando é cheia; torna-se cheia quando a alma recuperou a posse do seu bem próprio e transferir para si o domínio de si próprio.

Conclusão
Terminado o trabalho, pudemos concluir que para definir a «pessoa» pessoa como tal não é uma tarefa fácil, eis que vários filósofos que empenharam-se neste objetivo porém as suas ideias divergem entre si. Como podemos ver o exemplo do filósofo Romano Boécio afirmou que «pessoa é uma substância individual de natureza racional». Na mesma perspetiva, na época medieval. São Tomás Aquino considera a pessoa como uma «subsistente de natureza racional enquanto Cícero remete-nos para uma abordagem jurídica ao designar a pessoa como um individuo dotado de direitos e obrigações, cobrições essas que vão por limites na sua liberdade. Visto que definir «pessoa» duma única forma não fácil.
Porém, por outro lado, as características da pessoa são bem nítidas, nomeadamente:singularidade, unidade, interioridade, autonomia, projecto e valorem si.
Referências Bibliográficas
  • Título: Pré-Universitário – Filosofia 11
  • Autores: Manuel MussaBiriate e Eduardo R. G. Geque
  • Editora: Pearson Moçambique Limitada
  • Maputo – Moçambique, 1ª edição, 2014
  • www.semnegativa.blogspot.com

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