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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Desenvolvimento Industrial e Comercial


Introdução

O trabalho que agora se apresenta pretende ser um instrumento útil, resultado das investigações e experiências vividas, nesta componente social que nos inserimos, tema este que diz respeito à Importância do Desenvolvimento Industrial e Comercial, onde também falaremos dos seus Impactos negativos, suas causas e como proteger o meio ambiente dessa revolução. 
A análise de conceitos e teorias, pertinentes à Industria e comércio, bem como a compreensão dos factores de localização industrial, da estrutura do espaço industrial e da relação com os recursos naturais, permitirá entender porque a indústria está intimamente relacionada com o estudo dos comportamentos do consumo.

Conceito de Industria 
Etimologicamente indústria significa actividade. Num sentido lato, é qualquer trabalho ou actividade empreendido em função do lucro que promova o emprego. Por vezes, usa-se o termo especificamente em referência à produção de bens. Neste sentido, a indústria é uma actividade pela qual se transforma a massa bruta em objectos úteis aumentando-lhes valor (inclui o artesanato e o fabrico doméstico). (GUEVANE, 2010: 52)
Num sentido restrito, naquilo que de facto se refere a indústria, é o conjunto de processos ordenados e metódicos que o Homem emprega para transformar as matérias-primas em objectos úteis, para satisfação das suas necessidades. (MANSO e VICTOR, 2010: 89)

Conceito de Comércio
O comércio é uma actividade de natureza económica que engloba o intercâmbio e a movimentação (ou mobilização) de bens do produtor aos centros de consumo. Consiste, enfim, na compra e venda de bens ou mercadorias derivados basicamente de actividades primárias e secundárias. (GUEVANE, 2010: 70)
TEMBE (2010: 50) define comércio como o processo de trocas de bens de equipamento e de consumo que na actualidade envolve, regra geral, o uso de dinheiro.

Importância do Desenvolvimento Industrial e Comercial 
É a indústria o grande promotor de desenvolvimento global graças ao comércio. Ambas as actividades são indissociáveis. O comércio proporciona as transacções de capitais, bens ou mercadorias produzidos pela indústria. A indústria permite avaliar o nível de desenvolvimento de um dado país ou região.
O comércio possui a capacidade de permitir a entrada de divisas e, consequentemente, o incremento do PIB, proporciona a criação e melhoria de infra-estruturas, assim como permite a aproximação dos povos, desenvolvendo assim a aculturação. (MANSO e VICTOR, 2010: 119). 
A importância do sector industrial é inquestionável. Ele desempenha um papel fundamental na elevação do nível técnico e na melhoria dos índices qualitativos de todos os ramos de produção material dos índices qualitativos de todos os ramos de produção material, em particular no fabrico de instrumentos de trabalho e de maquinaria. É a indústria que fornece os instrumentos de produção para todos os sectores de produção material. Por exemplo, é a indústria que fornece à agricultura os tractores e outras máquinas, assim como os adubos minerais e químicos, a energia eléctrica e os combustíveis, além de abastecer a população em artigos de consumo, géneros alimentícios, vestuário, móveis, electrodomésticos, entre outros.
Além disso, a indústria é importante para a economia nacional, porque cria postos de trabalho muito diversificados e estimula o aparecimento e desenvolvimento de outras actividades, tanto no sector primário como terciário. (DA SILVA, 2010: 82). 


Impactos da actividade Industrial sobre o meio ambiente
A Revolução Industrial tem Impactos negativos socioeconómicos e ambientais, que se fazem sentir ao nível da demografia, da agricultura, dos transportes, do desenvolvimento urbano, entre outros. 

  • Ao nível demográfico

Assistiu-se a um crescimento demográfico como resultado dos progressos técnicos e científicos alcançados nos campos da agricultura e da Medicina. Isto contribuiu substancialmente para a supressão da fome, epidemias, e sobretudo, uma redução das taxas de mortalidade e consequentemente longevidade da vida humana, que consistiu uma verdadeira explosão demográfica. (MANSO e VICTOR, 2010: 97). 

  • Ao nível agrícola
A Revolução trouxe a introdução de diversa maquinaria agrícola, de novas culturas e sistemas de irrigação, o aumento de terras de cultivo proporcionada pela mecanização e modernização dos meios de transportes, e consequentemente a maximização da produção agrícola.

  • Ao nível dos transportes
No ramo dos transportes, diferentes inovações vêm assegurar o escoamento de produtos diversificados do local de produção para o mercado consumidor, quebram-se as barreiras geográficas, facilitando assim o incremento do fluxo do comércio de cada região. (MANSO e VICTOR, 2010: 97). 

  • Ao nível do desenvolvimento urbano
Nesta área, é inquestionável a contribuição da Revolução Industrial, pois esta veio criar novas cidades de grande concentração populacional e industrial, os artesãos migraram para os centros urbanos. O tecido urbano expande-se em seu redor, surgindo assim cidades de maior diâmetro.

  • Ao nível ambiental
Constata-se que a Revolução Industrial incrementou a papel dos metais, mobilizou fontes de energia cada vez mais importantes, assim como contribuiu para a de-lapidação e deterioração dos recursos naturais. As paisagens transformaram-se vertiginosamente. O clima sofreu influências cujas modificações são actualmente visíveis.  (MANSO e VICTOR, 2010: 97).

Desenvolvimento Sustentável (Exemplos concreto no caso de Moçambique)
Moçambique é uma democracia jovem que nas últimas décadas tem realizado diversos projectos em áreas fundamentais, tais como a saúde, a educação, a energia e criação de infra-estruturas, com o objectivo final de impulsionar seu desenvolvimento sustentável e garantir o bem-estar social e integridade do nosso povo.
Infelizmente, o nosso país continua a sofrer os efeitos da crise financeira. O crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou e encontra-se bem abaixo do crescimento de 7% alcançado em média entre 2011 e 2015. Segundo o Banco Mundial, espera-se que o crescimento permaneça relativamente estável em torno de 3% no médio prazo.
Nesta conjuntura, um dos principais desafios actuais para nosso desenvolvimento sustentável efectivo é a restauração da estabilidade macroeconómica. A decisão do  Governo de conceder todo o apoio institucional às investigações no âmbito da implementação das recomendações constantes na auditoria internacional independente é louvável e necessária.
Por outro lado, torna-se necessário um maior apoio ao sector privado, especialmente às PME. As pequenas empresas experimentaram crescimento e dinamismo quando Moçambique viu uma aceleração do seu crescimento: o número de empresas no sector formal do nosso país duplicou desde 2002 e estas empresas empregam agora o dobro de trabalhadores que em 2002. Mas a crise económica teve um impacto desproporcionalmente negativo nas micro, pequenas e médias empresas emergentes e elas precisam de apoio específico.
Pela positiva, o sector extractivo tem sido um factor de resiliência e impulsionador da recente melhora no crescimento, já que manteve uma taxa de crescimento da produção de dois dígitos desde 2016. A exploração dos nossos recursos naturais, especialmente das nossas reservas de gás, significará o desenvolvimento de projectos de grande escala no nosso território nacional, megaprojectos que têm o potencial de criar oportunidades inigualáveis para as populações locais desenvolverem capacidades técnicas e profissionais, impulsionando assim o país a tornar-se Competitivo na arena global. 
No entanto, é fundamental a diversificação do nosso sistema produtivo, a fim de transformá-lo numa economia diferenciada e competitiva. Neste sentido, o turismo é um dos pilares estratégicos em que Moçambique deve apostar para garantir uma distribuição de renda mais justa, sendo que se trata de um sector que pode criar muitos empregos, relançando a actividade de produção de serviços em muitas partes do território nacional. Sem esquecer de fortalecer, ao mesmo tempo, os principais impulsionadores da inclusão social e do desenvolvimento sustentável, como a melhoria da educação de qualidade e a prestação de serviços de saúde.

Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo humano, é nas pessoas e na sua capacidade transformacional, que deve estar o foco das organizações e dos estados para promovê-lo. E este processo consegue-se com o instrumento mais decisivo para acelerar mudanças: o conhecimento.

Causas da Revolução Industrial 
Inúmeros foram os factores condicionantes da eclosão da Revolução Industria. Assim, este fenómeno é considerado por alguns investigadores como um dos passos mais importantes da civilização dos tempos modernos pelos reflexos que teve nos diversos campos da actividade humana. Esta Revolução surge na Europa, concretamente no Reino Unido, onde desde o século XVII o incremento do comércio externo originou uma Burguesia endinheirada, pronta a investir na Indústria dado o seu espírito de aventura e a existência de um vasto mercado interno e externo (colónias). A somar a estes factores, a existência de abundantes matérias-primas, a situação geográfica e política privilegiada (estabilidade e independência), as boas redes de transportes e comunicações e a existência de mão-de-obra contribuíram substancialmente para a eclosão da Revolução Industrial. Foi neste conjunto de factores favoráveis que os novos inventos técnicos surgiram, trazendo consigo a Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII. 

Assim, das causas responsáveis para a eclosão deste fenómeno destacam-se: 
  • A riqueza do seu subsolo, principalmente em carvão e minério de ferro;
  • A acumulação de enormes capitais, em resultado do seu intenso comércio internacional;
  • A posse de um gigantesco império colonial, que não só lhe fornecia matérias-primas como constituía um imenso mercado para a colocação dos seus produtos industriais;
  • A sua situação geográfica privilegiada, nas margens da Europa Ocidental e, por isso, com acesso fácil e imediato às vias importantes do comércio mundial;
  • A sucessão de importantes invenções (máquina a vapor, máquina de tecer e de fiar, novos métodos de produção de ferro e de eco, etc.);
  • O desenvolvimento da agricultura, que permitiu não só a libertação de mão-de-obra para a indústria como alimentar uma população o ar da vez mais numerosa e menos ligada à produção agrícola;
  • O rápido crescimento demográfico (Revolução Demográfica), que fez aumentar extraordinariamente a procura de produtos industriais e pôs à disposição da indústria vastos recursos de mão-de-obra. (ANTUNES, 1990: 196-197)


Métodos para proteger e conservar os recursos
Possíveis soluções face aos problemas ambientais industriais

  • O estabelecimento do principio do poluidor-pagador, incentivando os agentes poluidores à implementação de processos produtivos menos nocivos.
  • O principio do utilizador-pagador, aplicando taxas ou outros mecanismos que levem à internalização dos custos de produção de actividades que afectem o ambiente.
  • A defesa e a implementação dos produtos verdes e da designada abordagem do “berço à cova” (quer dizer: a analise conjunta da origem das matérias-primas, do processo produtivo e do destino final das embalagens e dos resíduos dos produtos após a sua utilização).
  • A utilização de instrumentos fiscais em função do desempenho ambiental (ecotaxas).
  • O estabelecimento de seguros de responsabilidade civil por danos causados ao ambiente.
  • Todo o conjunto de outras medidas regulamentares que permitam reparar danos, incentivar comportamentos e envolver autoridades em prol de uma mais efectiva gestão racional dos recursos naturais, de salvaguarda dos ecossistemas e de garantia de qualidade de vida na Terra, em convivência plena entre todas as espécies. (GUEVANE, 2010: 69).

Conclusão
Findo trabalho, concluímos que a indústria passou por um longo percurso evolutivo desde o artesanato, passando pela manufactura e chegando à maquinofactura, já na actual indústria dos nossos tempos.
Percebemos também que existem vários factores que orientam a localização das diferentes paisagens industriais, de ordem socioeconómicos como a mão-de-obra e capital ou ainda físico-naturais como matérias-primas e espaço.  
O comércio e a indústria estabelecem uma relação mútua, pois é bem evidente de que mesmo que a indústria produza, precisará de mercado, isto é, do comércio para a venda dos mesmos.
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios dai surgir de acordo com estes mesmos critérios, vários tipos de industria que me algumas circunstancias se referem a mesma padronização.
A poluição decorrente da actividade industrial pode ser vista pelos impactos climáticos e na saúde dos seres humanos, bem como a degradação do ecossistema em geral. Para que o próprio crescimento da economia não seja auto-gerador da destruição ambiental terá que funcionar a favor desse mesmo ambiente e não contra, porém é necessário politicas conjuntas. 


Bibliografia
  • DA SILVA, José Julião, Geografia - 10.ª Classe, 1.ª ed., Maputo, Plural Editores, 2010, 128 pp.
  • GUEVANE, Luiz. G12-Geografia 12.ª classe. 1.ª ed. Maputo. Texto Editores. 2010. 160 pp.
  • DAVID, Desenvolvimento Sustentável, Nosso grande Desafio - Moçambique  
  • www.semnegativa.blogspot.com 

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