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Sociedade Anónimas

Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Alemanha e Itália depois da I Guerra Mundial

A Alemanha depois da 1ª Guerra Mundial
Ao final da Primeira Guerra a monarquia fora eliminada, considerada como culpada pelo fracasso da política bélica alemã, e desta forma, o exército procurou sair da guerra como uma instituição vitoriosa: cumprirá sua missão, o território alemão não havia sido invadido. O sentimento difundido pela cúpula militar pretendia atingir não apenas a grande massa de soldados, mas a sociedade em geral, e o exército continuará a Ter um papel importante na vida política e social do país.
Com o fim da monarquia, iniciou-se um período que ficou conhecido como a " República de Weimar" que se dizia um governo liberal, apoiado em uma nova Constituição, mas que se iniciava sob o espectro da crise econômica e social. O novo governo, ao aceitar as imposições imperialistas do Tratado de Versalhes, nascera fadado a viver sob constante crise. Se num primeiro momento obtivera o apoio das camadas populares, em pouco tempo conheceu um processo de greves e manifestações contra a situação marcada pela hiperinflação e pelo desemprego crônico. Para se preservar no poder, o novo governo adotou uma posição conservadora, não atendendo as expectativas dos trabalhadores que o haviam apoiado, voltando-se para os setores mais conservadores da sociedade, como militares e empresários ultranacionalistas.
Dessa maneira, o governo da Social Democracia tornou-se cada vez mais centrista e abriu a possibilidade de uma constante radicalização e polarização, marcada pela tendência de as forças mais conservadoras se unirem em torno de um projeto comum ao longo de poucos anos, o mesmo acontecendo com as forças mais a esquerda, não obstante suas divisões internas.
O nazismo passou a se aproveitar das divisões internas dos grupos que apoiavam o governo e do caos econômico. Hitler começou a conquistar o apoio do povo alemão defendendo uma política de força como solução para os grandes problemas alemães. Sua propaganda era extremamente nacionalista e xenófoba, dirigida contra o comunismo e contra os judeus.
O inicio da década de 30 foi marcado pelo acirramento das disputas políticas e de uma forma geral pelo avanço do nazismo. Em 30 de janeiro Hitler foi nomeado Chanceler; em Fevereiro as forças paramilitares incendiaram o Reichstag, atribuindo a culpa aos comunistas, originando violentas perseguições aos sindicatos e aos membros do partido Comunista. A ameaça comunista e a necessidade de limitar a ação dos judeus foi o pretexto utilizado para reforçar a centralização. Em março, com maioria de nazistas, o parlamento concede plenos poderes a Hitler através do Ato de Autorização, que lhe permitiria decretar leis sem aprovação. Com a morte do presidente Hindenburg., assume também a presidência. O governo ditatorial passa a desenvolver então uma política belicista, de reorganização militar e investimento na indústria bélica, com vistas a colocar em prática sua política expansionista.

A Itália depois da 1ª Guerra Mundial
Quando a Primeira Guerra terminou, a Itália estava do lado dos vencedores. Mas, de tudo aquilo que ela pensava receber da partilha, depois de ter derrotado a Alemanha e a Áustria, a maior parte ficou com a França ou com a Inglaterra.
Em outras palavras, para a Itália a guerra foi um mal negócio. Embora, de modo geral, os lucros de algumas indústrias, como a Fiat e a Ansaldo, tivessem crescido com a guerra, a maioria delas não conseguiu ganhar muita coisa, razão pela qual os salários dos operários foram diminuídos.
Automaticamente, a situação dos trabalhadores italianos foi ficando cada vez pior. Itália, havia uma grande quantidade de partidos políticos. Um dos mais fortes era o Partido Socialista Italiano que fazia propagandas através de seu órgão oficial, chamado Avanti. O Partido Socialista crescia e organizava greves, a fim de protestar contra a situação de penúria em que se encontrava o operariado depois da guerra.
De uma divisão do Partido Socialista surgiu o Partido Comunista Italiano que, de certa forma, fazia a mesma coisa que o Socialista: orientava os operários para que reivindicassem melhores condições salariais e de vida. Como na Itália o regime político era uma monarquia parlamentar, os Partidos Comunista e Socialista conseguiram fazer eleger vários deputados para o parlamento. Ao mesmo tempo, um antigo militante socialista, mudando radicalmente de posição política, fundou um partido de extrema direita.
O partido chamava-se Partido Fascista, e seu líder, Benito Mussolini. Pregando a ordem e a lei esse partido recebia adeptos dos setores mal-informados dos trabalhadores e da pequena burguesia. Mas recebia apoio principalmente da grande burguesia italiana, como veremos adiante. Aos poucos, os movimentos grevistas alastraram-se por toda a Itália. Só na região norte, no ano de 1922, houve tomadas de fábricas e mais de 500 mil elementos em greve.
Com o fortalecimento da Revolução Russa, os operários se animaram ainda mais. A burguesia italiana, ficando assustada diante da possibilidade da Itália se transformar num outro Estado socialista, precisava fazer alguma coisa, pois o governo liberal do primeiro-ministro Giulitti não tomava as devidas providências. Assim é que a burguesia italiana ficou satisfeita com Mussolini e seu Partido Fascista. Não só a burguesia ficou satisfeita, mas também elementos ligados ao rei Vitor Emanuel III e aos altos escalões do exército.

O Fascismo como Solução para a Grande Burguesia.
O processo de agitação política e os movimentos operários deixavam a grande burguesia italiana apavorada. Ao mesmo tempo, a classe média também temia perder suas pequenas propriedades com o movimento socialista. Os operários, sentindo-se cada vez em piores condições de vida, liderados pelos partidos Socialista e Comunista, faziam greves e exigiam melhores condições de vida. As grandes empresas, como a Fiat e as Usinas Arnaldo, exigiam do governo, cada vez mais, que se controlasse a situação, coisa que não estava ocorrendo. A plataforma política de Benito Mussolini e de seu Partido Fascista atendia aos anseios dessa grande burguesia industrial, que passou a apoiar e a financiar suas atividades.
Isso porque Mussolini prometia restaurar a ordem, utilizando a força, reprimir o movimento socialista e o comunista e pôr todos a trabalhar novamente. Utilizando um discurso bastante confuso ia cada vez mais adquirindo adeptos no meio da pequena burguesia e dos desocupados. Formou um verdadeiro exército particular, que utilizava para dissolver as manifestações socialistas e comunistas. Elementos como Agneli, presidente da Fiar, e os grandes proprietários acompanhavam com simpatia as atividades do Partido Fascista contra os operários. E esperavam, também, ver em breve os fascistas no poder. Através de eleições, o partido fascista não conseguia tomar o poder.

Bibliografia
  • NHAMPURO, Telesfero, CUMBE, Graça, História 11ª classe, Plural Editores, Maputo, 2016