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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Formação da Alianças e Blocos Militares e os Primeiros Conflito

Introdução
Os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial não foram marcados por nenhum conflito entre as nações européias. No entanto, entre o final do século XIX e o início do século XX, as principais nações envolvidas nas disputas imperialistas realizaram uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica sofreu grandes avanços nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano.

Formação da Alianças e Blocos Militares e os Primeiros Conflito
O surgimento de Nações ou de Estados-Nação foi manifestamente o facto que mais influenciou a Europa do século XIX. A ideologia nacionalista esteve na origem ¡mediata dos maiores conflitos daquele século, culminando depois com a I Guerra Mundial.

Por volta de 1870, o Estado-Nação passou a ser a forma dominante de organização política na Europa Ocidental. Regimes como a III República Francesa e o Império Alemão, unificado por Otto von Bismarck, baseavam a sua autoridade na vontade da Nação, tal como foi definida na Revolução Francesa e assumiram a herança dos movimentos nacionalistas da primeira metade do século XIX. O nacionalismo continuou a exercer uma forte influência na grande maioria dos povos europeus nas quatro décadas anteriores à I Guerra Mundial, defendido e difundido sobretudo pelos governos dos próprios Estados-Nação e por elementos da direita conservadora. A partir desta altura, o nacionalismo iria tomar um rumo diferente e tornar-se um verdadeiro fenómeno de massas. As Nações já não seriam essencialmente definidas como «o povo» em oposição a um monarca absoluto, mas cada vez mais em termos de características nacionais específicas que serviam para as diferenciar umas das outras. Tornavam-se rivais e definiam-se não contra um rei, mas umas contra as outras. Até 1914 assistimos à competição e ao aumento da agressão entre as Nações, mas no período compreendido entre 1914 e 1945, delimitado por duas grandes guerras mundiais, as nações europeias assistiram a uma violência e a uns sofrimentos nunca vistos.

Alianças e Blocos Militares
A rivalidade entre a Alemanha e a França republicana, após a unificação do primeiro destes países, em 1871, levou o chanceler Otto von Bismarck a imaginar uma rede de alianças — os sistemas. Estas alianças militares dividiram os grandes Estados europeus em dois campos mais ou menos iguais em poderio militar.
A primeira destas alianças, con su mou-se no Acordo dos três Impe radores em 1872/3 e era formada pela Alemanha, a Rússia e a Áustria-Hungria, com o objectivo de ¡solar a França e dissuadi-Ia de entrar numa guerra de desforra, visando a recuperação da Alsácia-Lorena.
A seguir a este primeiro acordo, caduco por iniciativa da Rússia, ao ser obrigada a renunciar à criação da «Grande Bulgária» em 1878, o segundo documento foi assinado entre a Alemanha e a Áustria-Hungria, em 7 de Outubro de 1879. A Áustria-Hungria tinha disputas territoriais sérias com a Rússia na Europa de Leste e nos Balcãs e precisava da Ale manha para a ajudar a proteger-se dos exércitos russos. A Alemanha, por seu lado, tinha interesse em manter a Áustria-Hungria intacta para que esta a ajudasse a bloquear a expansão russa. Esta aliança viria a ser reforçada com a adesão da Itália, tendo-se então assinado o tratado que instituiu a Tríplice Aliança, em 20 de Maio de 1882.

A Grã-Bretanha, a França e a Rússia eram países muito mais poderosos que a Áustria-Hungria e a Itália e estavam determinados a impedir que a Alemanha estabelecesse a sua hegemonia na Europa. Os três reagiram ao seu crescente poderio, entre 1890 e 1914, formando uma coligação equilibradora — a Tríplice Entente —, sete anos antes do Início da I Guerra Mundial. Não houve qualquer mudança significativa, entre 1894 e 1904, na forma como os futuros membros da Tríplice Entente reagiram à ameaça alemã, apesar de as relações anglo-alemãs terem sido seriamente afecta das pelos esforços da Alemanha em construir uma marinha poderosa. Mas a Grã-Bretanha não se aliou à França e à Rússia para contrabalançar a Alemanha, embora o receio em relação a esta tenha provocado um nítido melhoramento nas relações anglo-francesas, entre 1903 e 1904. Assinaram a Entente Cordiale a 8 de Abril de 1904, o que pôs fim à sua rivalidade em regiões exteriores à Europa. Esse acordo não representou uma aliança dissimulada contra a Alemanha, embora tenha tornado mais fácil de consumar após 1905.

Assistiu-se depois a uma mudança drástica na constelação de forças na Europa entre 1905 e 1907, levando a Grã-Bretanha a aliar-se à Rússia e à França na Tríplice Entente. A Grã-Bretanha foi forçada a envolver-se pelo simples facto de a Alemanha se apresentar então como um estado hegemónico a partir de 1905.
Através desta rede de alianças, entre a década de 1880 e as vésperas da I Guerra Mundial, assistimos a um equilíbrio relativamente eficaz contra a Alemanha. A França e a Rússia aliaram-se entre 1890 e 1905, para controlarem a Alemanha e, após esta data, a Grã-Bretanha aliou-se à França e à Rússia para tentar manter a Alemanha na defensiva.

Conclusão 
Terminado o trabalho concluímos que esses acordos que previam uma série de conflitos hipotéticos, de fato, podem ser vistos como consequência das disputas que ocorriam no período. Na África, os alemães procuravam controlar mercados anteriormente dominados pelos ingleses. A pressão económica e colonial exercida pela Alemanha obrigou a Inglaterra a interromper seu longo isolamento em relação à França, até então sua maior concorrente comercial.

Bibliografia 
  • SOUSA, Rainer Gonçalves. "Alianças para a Primeira Guerra Mundial"; 
  • Manual de História da 12ª Classe