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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Segunda Guerra Mundial (O decurso e as fases da Segunda Guerra Mundial)


O decurso e as fases da Segunda Guerra Mundial
Primeira fase: as vitórias do Eixo (1939-1941)
O expansionismo dos regimes autoritários, da Alemanha e Itália na Europa e em Africa e do Japão na Asia, teve o seu início na década de 1930. O expansionismo demonstrado por estas nações esteve na origem de uma série de acordos internacionais, através dos quais se definiram as forças e as alianças que se iriam defrontar na Segunda Guerra Mundial, O Tratado do Eixo foi assinado em 1936, entre a Itália e a Alemanha (tendo sido confirmado, em 1939, pelo Pacto de Aço, aliança militar italo-alemã), e o Pacto Antikomintern, entre a Alemanha e o Japão, que formaria o eixo Berlim-Tóquio, e que também foi assinado nesse ano.

Do outro lado da Europa, a União Soviética atacou a Finlândia e, a norte, Hitler invadiu a Dinamarca e a Noruega. Nesta primeira fase da guerra e no espaço de apenas um ano, Hitler conquistou uma grande parte da Europa, através da estratégia da Blitzkrieg (Guerra-Relâmpago), tendo resultado numa série de fortes vitórias alemãs sobre os Aliados.
Hitler começou a sua conquista da Europa com uma ofensiva sobre a Polónia, como já vimos, em Setembro de 1939, e de seguida colunas de tropas alemãs invadiram a Holanda e a Bélgica. Posteriormente, invadiram a França pelo lado mais a norte, onde não tinha chegado a Linha Maginot. Logo em Junho, a França caiu em poder dos Alemães, sendo obrigada a assinar uma rendição incondicional.
No mesmo período, a Itália declarou guerra à França, que já estava praticamente vencida. Depois da capitulação da França, a Alemanha virou-se para a sua outra grande inimiga, a Inglaterra, submetendo-a a terríveis bombardeamentos aéreos ininterruptos durante meses a fio. No entanto, esses bombardeamentos não surtiram efeito.
Em 1941, a Alemanha interrompeu a suposta amizade com a União Soviética, invadindo-a no mês de Junho. No mês de Dezembro, foi a vez do Japão atacar de surpresa uma base naval americana no Havai (Pearl Harbour — Porto de Pérolas), no oceano Pacífico. Isto levou à entrada dos EUA na guerra: contra o Japão, no Pacífico, e contra a Alemanha, na Europa. O mundo estava em guerra.

Segunda fase: generalização do conflito e equilíbrio de forças (194.1-1942)
Com os Aliados praticamente vencidos, três acontecimentos vieram alargar as dimensões do conflito e equilibrar as forças em presença:
  • A guerra germano-soviética, que obrigou os Alemães a dividirem os seus exércitos em duas frentes;
  • A entrada dos EUA na guerra, na sequência do ataque japonês a Pearl Harbour em Dezembro de 1941;
  • As conquistas japonesas no Pacífico, salientando-se os diversos bombardeamentos contra a frota aero-naval americana no Havai — de Dezembro de 1941 a Maio de 1942.


Terceira fase: contra-ofensiva e vitória dos Aliados (1943-1945)
Em 1943, vários factores marcaram o início da viragem da guerra:
  • Após a batalha de Estalinegrado, os Alemães começaram a bater em retirada dos territórios soviéticos, pois não tinham capacidade para controlar um território
  • Tão vasto, nem para aguentar as péssimas condições do clima;
  • As vitórias inglesas contra os submarinos alemães;
  • A ofensiva anglo-americana no Norte de África;
  • O desembarque anglo-franco-americano na Itália (que levará à destituição de Mussolini e à rendição da Itália, em Junho de 1944).

Em 6 de Junho de 1944 (data que ficou conhecida por Dia D), um grande contingente de tropas Aliadas desembarcou de forma determinada nas praias francesas da Normandia. A partir dessa invasão, foram avançando de forma rápida, até conseguirem libertar Paris, em Agosto desse mesmo ano.
No Inverno de 1944 deu-se a batalha das Ardenas (território entre a França e a Alemanha), na qual os Alemães resistiram fortemente à ofensiva aliada, mas sem sucesso. Finalmente, em Março de 1945, foi lançada a ofensiva final contra a Alemanha, que conduziria à derrota de Hitler (que se suicidou) e à rendição incondicional dos generais alemães que tinham sobrevivido.

O fim da Segunda Guerra Mundial e suas consequências
Em 1944, a guerra no continente asiático começava a efectuar-se com mais lentidão, com a conquista, por parte dos Japoneses, de novos territórios. Em Março desse ano, os Japoneses ocuparam a Birmânia e desferiram um ataque contra a Índia.
Porém, devido às dificuldades logísticas em manter uma guerra num território tão vasto, aqueles acabaram derrotados na região indiana de Impanhal.
A guerra sino-japonesa fez enormes baixas de ambos os lados. Os exércitos nacionalistas chineses atacavam as tropas japonesas em pequenas escaramuças com o objectivo de fixarem-se e desgastarem o inimigo, apesar de estarem cientes que eram absolutamente inferiores em termos militares e de estratégia. O governo de Chiang Kai-Shek, líder político e militar das forças chinesas, após sete meses de grande resistência, adoptou a política de «vender espaço para ganhar tempo», levando os chineses a renunciarem, de propósito, a enormes extensões territoriais. 
As tropas nacionalistas chinesas recuavam, mas ao mesmo tempo dedicavam-se a uma nova táctica, a qual consistia na destruição sistemática das infra-estruturas rurais e urbanas das regiões que seriam ocupadas pelos invasores: destruíram diques no rio Amarelo, o que provocou a inundação de milhares de quilómetros quadrados de terras aráveis, arruinando por muitos anos as propriedades camponesas. Estas tácticas dificultavam bastante o avanço dos Japoneses, o que os levou a atrasos consideráveis nos objectivos que tinham inicialmente traçado.
Ainda no ano de 1944, o império japonês chegou mesmo a tomar grande parte do Sul da China Central, ao atacar a região de Ichi Go, estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina.
O lançamento de bombas atómicas
Já no ano de 1945, as forças armadas aliadas conseguiram capturar as ilhas japonesas e de Iwo Jima e Okinawa. Os Aliados conseguiram, assim, ficar com o Japão ao alcance dos seus ataques aéreos, iniciando-se os bombardeamentos a fábricas e instalações militares. Estes bombardeamentos destruíram 58 cidades japonesas, causando a morte a cerca de 393 000 civis.
No princípio de Agosto desse ano, o imperador Hirohito, verificando as elevadas perdas que as últimas batalhas tinham provocado, autorizou que o embaixador japonês na URSS contactasse Estaline para apresentar a rendição do Japão. Harry Truman, presidente dos EUA, já sabia, nesta altura, que os testes com uma nova arma, a bomba atómica (cujo desenvolvimento ficou conhecido como o Projecto Manhattan), tinham sido um sucesso.
Decidido a ganhar a guerra rapidamente e com um acto decisivo, Truman deu indicações a Estaline para ignorar a mensagem japonesa. Estaline, que estava interessado em ganhar territórios no Pacífico e nas ilhas conquistadas pelo Japão, concordou com Truman, que deu ordens para que fosse lançada, a 6 de Agosto de 1945, a primeira bomba atómica.
Lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima, causou uma enorme e terrível destruição, mas não produziu os efeitos esperados, ou seja, a rendição imediata e incondicional do Japão. A 8 de Agosto de 1945, a URSS declarou guerra ao Japão e lançou uma invasão à Manchúria, que se encontrava ocupada pelos Japoneses. A 9 de Agosto de 1945, atómica foi então lançada uma segunda bomba atómica, desta vez sobre a cidade de Nagasáqui.
Nos dias seguintes, logo após o governo japonês ter tido conhecimento das reais consequências das explosões atómicas naquelas duas cidades, o Japão pediu, a 15 de Agosto de 1945, o armistício, sem condições, aos Aliados.

A criação da Organização das Nações Unidas (ONU)
A Sociedade das Nações (SDN) foi uma organização que teve como objectivo primário manter a paz. Porém, tendo-se mostrado incapaz de fazer cumprir tais objectivos, foi ignorada a partir de 1939, tendo sido dissolvida oficialmente em 1946.
Foi na Conferência de Taita (conferência que assinalou o final da guerra) que nasceu a ideia da necessidade de estabelecimento dum amplo sistema de segurança e que se chegou a um acordo definitivo para a convocação de uma conferência, nos EUA, com o objectivo de criar a Organização das Nações Unidas (ONU).
Essa conferência veio a realizar-se na cidade de São Francisco, em 1945, tendo estado presentes 51 Estados Aliados. Nessa reunião foi aprovada a carta que daria origem à ONU, no dia 24 de Outubro desse ano. A sua sede foi estabelecida em Nova Iorque, onde hoje em dia continua a localizar-se.


Princípios e objectivos da ONU
  • Manter a paz e a segurança internacionais, através do desenvolvimento de relações amigáveis entre as nações.
  • Efectivar a cooperação internacional no sentido de resolver os problemas de ordem económica, social, cultural e humanitária.
  • Coordenar os esforços das nações para fins comuns;
  • Desenvolver o respeito pelos Direitos do Homem e pelas suas liberdades fundamentais.


A Conferência de Potsdam
Na sequência das resoluções da Conferência de Taita, realizada em Fevereiro de 1945 (na Ucrânia), os chefes dos governos da URSS (Estaline), dos EUA (Truman) e da Inglaterra (Churchill), realizaram, de 17 deJutho a 2 de Agosto de 1945, uma conferência na cidade de Potsclam (perto de Berlim), para analisar as consequências da Segunda Guerra Mundial, em especial a libertação do mundo da dominação nazi e a desmilitarização da Alemanha.

Nas duas conferências (lalta e Potsdam) tomaram-se as seguintes decisões:
  • A Alemanha devia pagar as rejarações ou indemnizações de guerra sob a forma de produtos da sua indústria, desactivar todo o seu sistema bélico e abdicar de todos os territórios conquistados;
  • A criação de um tribunal internacional, na cidade alemã de Nuremberga, para o julgamento dos criminosos nazis;
  • A divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação, sob a responsabilidade dos EUA, França, Inglaterra e URSS (divisão que mais tarde daria origem a dois Estados: a RDA, República Democrática Alemã, e a RFA, República Federal da Alemanha).

Nestas conferências tomaram-se decisões que afectariam profundamente o futuro, pois tiveram implicações decisivas no novo mapa político europeu e mundial.

Tiveram, também, outras consequências de grande significado para o mundo:
  • O início de uma redefinição mundial que iria beneficiar as superpotências. O mundo ficou dividido em duas zonas de influência.

Os países do Ocidente constituíram o Bloco Ocidental, liderado pelos EUA, confirmando a sua hegemonia capitalista. Os países do Leste formaram o Bloco de Leste, liderado pela URSS. Este facto tornou a URSS numa potência de primeira grandeza, exercendo uma considerável influência na Europa Oriental, confirmando também a hegemonia das ideias socialistas naquela parte da Europa;
  • A redução da influência política, económica e cultural da Europa, que entrou numa grande crise. A Inglaterra e a França perderam as suas posições no xadrez político mundial a favor dos EUA e da URSS. A posição ocupada pela Europa como o «centro de civilização» passou para as duas novas superpotências;
  • Na Europa, a União Soviética anexou as repúblicas do Báltico (Estónia, Letónia e Lituânia) e parte da Prússia Oriental e Províncias Orientais;
  • Fora da Europa, o Japão (tal como a Alemanha) perdeu todas as regiões ocupadas durante o conflito e, por imposição dos Americanos, foi obrigado a adoptar um regime democrático;
  • Na Palestina, criou-se o Estado de Israel, para acolher os Judeus de todas as partes do mundo que ali quisessem viver.
  • com a vitória dos aliados, o fascismo e o nazismo foram derrotados;
  • surgiram vários movimentos e resoluções internacionais anticolonjais,
  • algumas colónias europeias tornaram-se independentes e instalou-se o subdesenvolvimento nos países do Terceiro Mundo;
  • fundou-se a ONU (Organização das Nações Unidas), que inicialmerite reunia apenas cinquenta e uma nações que firmaram a Carta das Nações Unidas, incluindo as vinte e seis que haviam estado na origem da antiga Sociedade das Nações (SDN);
  • o conflito provocou enormes desequilíbrios materiais. Assistiu-se a um decréscimo da população mundial e a graves problemas financeiros 
  • o avanço das técnicas militares convencionais tanques de guerra, mísseis, destruição em massa, a guerra provocou quase 300 milhões de feridos, 20 milhões