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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Segunda Guerra Mundial


A Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
A questão da data do início dá Segunda Guerra Mundial é controversa. Para alguns historiadores, este conflito começou quando o japão invadiu a China, em 1937. Para outros, deu-se aquando da invasão da Polonia pela Alemanha, a 1 de Setembro de 1939. É esta última data que permanece como aquela geralmente aceite para o início do conflito mais sangrento que o ser humano já viveu em toda a sua história.

A Europa e o mundo nas vésperas da Segunda
Guerra Mundial
Entre o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, viveu-se um pouco por todo o mundo um período de agitação provocada pela crise económica, o que gerou tensões sociais e políticas um pouco por todos os continentes.
Em 1929, como vimos, deu-se a Grande Depressão económica, que levou, por várias razões, alguns países a adoptarem regimes ditatoriais, tais como o nazismo, na Alemanha (corn Hitler), o fascismo, na Itália (com Mussolini), ou o corporativismo (também chamado de salazarismo, com Salazar) em Portugal.

Por outro lado, a ambição imperialista da Alemanha e da Itália levou estes países a entrarem em conifito com outros por causa do domínio de certas regiões.
A Sociedade das Nações, criada com o Tratado de Versaihes para evitar novos conflitos entre os países, revelou-se incapaz de evitar não só conflitos, como também ocupações territoriais. Desde o início da década de 1930 que alguns acontecimentos tornaram visíveis as dificuldades e fragilidades deste organismo.

Vejamos alguns exemplos:
  • A invasão da Manchúria (na China) pelo Japão, em 1931. A Sociedade das Nações condenou esta acção, o que levou o Japão, irritado, a abandonar aquela sociedade, em 1933;
  • A ocupação da Abissínia (Etiópia) pela Itália, em 1935;
  • A entrada deliberada da Itália e da Alemanha na Guerra Civil de Espanha, entre 1936 e 1939, ajudando as tropas nacionalistas de carácter fascista comandadas pelo general Franco;
  • O facto de os Alemães nunca terem aceite de bom grado as condições do Tratado de Versalhes, considerado humilhante para a Alemanha.

Um dos grandes objectivos de Hitler, na Alemanha, era restituir ao país o seu antigo poderio económico e militar e mostrar ao mundo a superioridade da raça germânica (ariana).
É importante salientar que, para atingir tais objectivos, isso só seria possível à custa das armas, através da conquista de outros territórios. Deste modo, Hitler procedeu, por volta de 1935, ao rearmamento do exército alemão, contrariando os pressupostos do Tratado de Versalhes.
Em 1936, a Alemanha celebrou alianças com a Itália e com o Japão, surgindo assim a designação de Eixo para identificar estes três países (as potências do Eixo Roma-Berlim-Tóquio).
Em 1938, a Alemanha anexou a Áustria e invadiu a região dos Sudetas, na Checoslováquia (cuja maioria populacional tinha origem alemã). Poucos meses depois, a Alemanha invadiu o resto da Checoslováquia. Tudo isto perante a passividade da Sociedade das Nações, que nada fez para o impedir, até porque também não tinha meios para isso.
Apesar de todos estes actos de agressão, foi celebrado um pacto de não-agressão entre a Alemanha, a Inglaterra e a França, que garantia que nenhum destes países abriria um conflito com os outros. Esse tratado, porém, não viria a ser cumprido.
A Leste, a Rússia, temendo uma possível invasão pela Alemanha, também assinou com esta um pacto de não-agressão, que previa, no futuro, a partilha do território da Polónia e dos países bálticos entre a Alemanha e a URSS.

As causas da Segunda Guerra Mundial
Causas político-económicas
Os EUA tornaram-se numa potência mundial que defendia uma ideologia burguesa, capitalista e liberal. No lado oposto estava a URSS, onde o proletariado estava em expansão, que defendia uma política socialista.
A crise de 1929, que começou nos EUA e depois alastrou ao resto do mundo, interrompeu o dinâmico processo de reconstrução da Europa registado imediatamente após a Primeira Guerra Mundial.
As medidas para combater a crise nos países europeus, embora tendo de ser fortes, tiveram lugar de forma natural e constitucional, mantendo-se os regimes democráticos na Inglaterra, na França e em outros países.
No entanto, em outros países, politicamente mais instáveis e com oposições mais combativas, o poder foi tomado por grupos fortemente organizados e determinados.
Estes grupos opunham-se à política instalada e viriam a implantar regimes do tipo totalitário ou ditatorial. Daqui iria nascer uma bipolarização do mundo em dois blocos antagónicos: de um lado, os regimes democráticos, e do outro, os regimes autoritários ou ditatoriais.
Essa divisão iria ter também a sua expressão nos dois lados que se viriam a defrontar na guerra: de um lado, os Aliados (que representavam, na sua maioria, os países democráticos), e do outro, as potências do Eixo (que integravam os regimes autoritários e ditatoriais).

Causas político-militares
O fim da Primeira Guerra Mundial transformou-se no ponto de partida para o eclodir de novos conflitos. Em 1919, o Tratado de Versalhes, apesar das suas intenções de pacificação, acabou por provocar a disseminação de um forte sentimento nacionalista entre os países que perderam a guerra e criou terreno propício, pela exploração dos sentimento de insatisfação da população, para a implantação dos regimes totalitários. Alguns líderes políticos adoptaram uma política de apaziguamento no período entre as guerras. Pacificaram-se antigo e fizeram-se concessões para se evitar confrontos mas, em contrapartida conseguiu garantir a paz internacional.
A Sociedade das Nações, que deveria cuidar da paz mundial, um órgão frágil, sem reconhecimento e peso internacional totalmente.
A partir de Setembro de 1931, iniciou-se uma série de confrontos, espalhados por vários cantos do mundo. O Japão invadiu a Manchúria e colocou no poder um imperador por si controlado. Sendo a Manchúria território chinês, esta invasão levaria a uma guerra entre o Japão e a China, que se iniciou em 1935.
Em 1936, o Japão e a Alemanha assinaram um acordo, o Pacto Antikomintern (que significa «anticomunista»), cujo objectivo principal era o combate ao comunismo da União Soviética, evitando assim o perigo de alastramento dos ideais comunistas a estes países.
No Japão predominava uma cultura do tipo militarista, que já vinha de muitos anos antes. Sendo o Japão um país de fracos recursos, o seu governo considerava que a melhor forma de conseguir esses recursos seria através de conquistas territoriais. Por isso, o Japão planeou conquistar vários territórios na Ásia, incluindo a Coreia, a China e algumas ilhas no oceano Pacífico.
Porém, o Tratado de Versaihes, assinado entre os países vencedores e vencidos da Primeira Guerra Mundial, impedia que as nações procurassem as conquistas militares, o que deitava por terra as ambições japonesas. Essa disposição do Tratado de Versalhes foi considerada pelos Japoneses uma traição por parte das potências vencedoras daquela guerra, pois o Japão ficara do lado delas. Por essa razão, o Japão decidiu aliar-se à Alemanha, cuja política expansionista era mais ou menos semelhante à dos Japoneses, havendo, por isso, interesses em comum.
Ainda em 1936, a Itália invadiu a Etiópia (a então chamada Abissínia). A Sociedade das Nações quis punir a agressão, tendo mesmo imposto um embargo económico à Itália. Mas Hitler, recusando reconhecer poderes à Sociedade das Nações, ofereceu ajuda económica a Mussolini.
Também nesse ano, iniciou-se a Guerra Civil de Espanha, que opunha as forças nacionalistas, comandadas por Franco, às forças republicanas, de ideologia socialista.
Estando do lado dos nacionalistas, a Alemanha e a Itália enviaram-lhes ajuda militar.
Os republicanos, por seu lado, receberam apoio e ajuda militar da União Soviética.

Causas sociais e ideológicas
Como vimos, as condições impostas pelo Tratado aos países perdedores foram consideradas por estes demasiado severas e isso criou as bases para o crescimento dos movimentos totalitaristas nazi e fascista, que aproveitaram as vagas de descontentamento da população. A Alemanha foi o país que recebeu a punição mais dura, pois sofreu grandes perdas de território e foi obrigada ao pagamento de pesadas multas, o que foi sentido pela população como uma humilhação ao povo alemão. Também na Itália os sentimentos de insatisfação pela situação italiana no pós-guerra criaram terreno propício ao crescimento do fascismo.
O alegado combate aos ideais comunistas contribuiu para a implantação e crescimento dos regimes totalitários e ditatoriais nos países europeus e no Japão: o receio da disseminação do comunismo por entre a classe trabalhadora fez com que a classe dos industriais e a burguesia tivessem aderido e apoiado os movimentos totalitários, que conquistaram e aglutinaram, assim, quer os receios da população burguesa, quer a insatisfação das faixas mais pobres da população, criando desse modo uma ampla base de apoio popular, que lhes permitiu iniciar um plano de expansão e ofensiva bélica.
Adolfo Hitler queria suprimir as liberdades e os direitos individuais e perseguir as ideologias liberais, socialistas e comunistas. Pretendia, ainda, criar uma «nova ordem» na Europa baseada nos princípios nazis, os quais defendiam a superioridade germânica e a exclusão de algumas minorias étnicas e religiosas.

Em 1938, a Alemanha anexou, de forma hostil, a Áustria. Sendo a Alemanha muito poderosa e o povo austríaco, na sua maioria, simpatizante da Alemanha, foi proposto um plebiscito (uma espécie de referendo) ao povo austríaco, que confirmou, por larga maioria, o seu apoio a esta anexação. Em Março de 1939, a Alemanha invadiu a Checoslováquia, o que permitiu aumentar a capacidade de produção industrial, bem como a população alemã.
Hitler e Estaline decidiram, entretanto, dividir a Polónia entre a Alemanha e a União Soviética. No dia 1 de Setembro de 1939, a Alemanha pôs essa ideia em prática, invadindo a Polónia, o que se tornou no acontecimento decisivo que fez desencadear um novo conflito à escala mundial. Devido aos acordos bilaterais da Polónia com a França e com a Inglaterra, dois dias depois da invasão, a 3 de Setembro, Winston Churchill, pela Inglaterra, e Eduard Daladier, pela França, declararam guerra à Alemanha. Começava, assim, a Segunda Guerra Mundial.
Iniciava-se, desta forma, a Segunda Guerra Mundial, na qual viriam a combater, do lado das potências do Eixo, Alemanha, Itália, Japão, Roménia, Bulgária e Hungria (entre outros) e, do lado dos Aliados, Inglaterra, Checoslováquia, Jugoslávia, Grécia, Brasil, EUA, Dinamarca, Bélgica, Holanda, URSS, entre muitos outros. Mesmo declarando guerra à Alemanha, tanto a França como a Inglaterra assistiram, de forma impotente, ao esmagamento da Polónia e, sem nenhum plano ofensivo que pudessem aplicar na altura, as tropas que haviam sido mobilizadas algum tempo antes aguardavam atrás da Linha Maginot (linha defensiva francesa, dentro de território francês).