Primeira Guerra Mundial
Introdução
O presente trabalho tem como tema Desenvolvimento económico e politico dos países europeus apos a primeira guerra, onde veremos que o conflito fez mais de 8 milhões de mortos (1,9 milhões na Alemanha, 1,7 milhões na Rússia, 1,4 milhões na França, 1 milhão na Áustria-Hungria e 760 mil na Inglaterra), 20 milhões de feridos e 6 milhões de inválidos. Traduziu-se igualmente em grandes perdas económicas e em enormes gastos com o esforço de guerra, lançando muitos Estados em sérias crises. A Europa passou por um período de dependência económica e também de instabilidade política, perdendo a sua posição de hegemonia que ocupava no panorama mundial.
Primeira Guerra Mundial
Países europeus e o seus desenvolvimento politico
As principais potências, pela primeira vez na história, envolveram-se em uma guerra, cujos efeitos foram sentidos em todo o mundo, a chamada Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).
Esse advento expressou o grau de hegemonia da Europa, sobretudo dos seus principais centros industriais, respectivamente: Inglaterra, Alemanha e França, e marcou o início do declínio desta mesma hegemonia.
A Europa exercia, às vésperas da primeira guerra, uma supremacia política e econômica sobre os demais países do mundo, pois além da força militar, nas frotas de guerra e na rede de bases navais, na superioridade de armamentos e no número de exércitos, contava também com superioridade material e técnica, que a converteu em um poderio financeiro que a transformou no banco global, de supremacia intelectual universalmente reconhecida.
Inglaterra, Alemanha e França controlavam 7/10 da capacidade produtiva e da força de trabalho qualificado, além de 62% das exportações mundiais e 80% dos investimentos de capitais no exterior.
Dois únicos países no globo, Estados Unidos e Japão, apresentavam um crescimento econômico acelerado, disputando zonas de influência com o capitalismo europeu. Mas ainda não representavam perigo à hegemonia européia.
A Primeira Guerra Mundial modificou completamente a mapa político da Europa e acelerou o surgimento do primeiro Estado socialista do globo: a União Soviética. Este fato quebrou a unidade do capitalismo no mundo por um longo tempo.
O problema central residia na corrida imperialista e nos limites da divisão econômica do mundo. Exemplo clássico foi a concorrência alemã em face da supremacia britânica.
A Alemanha, após a sua unificação política, conheceu um período de aceleração do desenvolvimento industrial, sobretudo nos ramos da siderurgia, da química, dos transportes e manufatura de instrumentos científicos. Isso a transformou na principal potência européia e a levou a concorrer com o até então dominante comércio inglês.
Mas esse crescimento econômico não foi acompanhado pela estruturação de um império colonial correspondente à grandeza do país, pois todo o globo já havia sido partilhado pelas nações que primeiro se industrializaram.
A Alemanha, porém, negava-se a aceitar essa situação como definitiva, o que acabou gerando um estado latente de tensão entre ela e a Inglaterra. Cada uma procurou, por uma adequada política de alianças, neutralizar a outra.
Outro foco de atrito que ocasionou a primeira guerra localizava-se no próprio continente europeu e se caracterizava pela tensão constante nas relações entre França e Alemanha.
O conflito alastrou-se a partir do mês de agosto.
O Japão declarou guerra à Alemanha, interessado nas possessões desta no Extremo oriente. O Império Turco negociou uma aliança contra os russos, apoioada na Alemanha.
A Itália, contudo, embora pertencesse ao bloco da Tríplice Aliança, proclamou neutralidade até 1915 e, quando entrou no conflito, o fez ao todo da Tríplice Entente.
Assim, os países em guerra foram os seguintes: de um lado a Alemanha e a Áustria-Hungria, de outro, os aliados Sérvia, Rússia, França, Bélgica e Império Britânico.
Com o desenrolar da Primeira Guerra Mundial, novas nações foram entrando em um ou em outro lado: a Turquia (1914) e a Bulgária (1915) uniram-se aos alemães e austro-húngaros; os aliados receberam apoio do Japão (1914), da Itália (1915), de Portugal e da Romênia (1916), dos Estados Unidos, da Grécia e do Brasil (1917).
O conflito tomou caráter mundial, estendendo-se pelos vários continentes à medida que as colônias das principais potências se viam nela envolvidas.
O principal palco da guerra foi, entretanto, a Europa.
PRINCIPAIS FASES
- Primeira fase (1914/1915): movimentação de tropas e equilíbrio entre as forças rivais;
- Segunda fase (1915/1917): guerra de trincheiras;
- Terceira fase (1917-1918): entrada dos Estados Unidos, ao lado da França e da Inglaterra, e derrota da Alemanha.
CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
- O aparecimento de novas nações;
- Desmembramento do império Austro- Húngaro;
- A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão;
- A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos;
- O enriquecimento dos Estados Unidos;
- A depreciação do marco alemão, que baixou à milionésima parte do valor, e a baixa do franco e do dólar;
- O surgimento do fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha.
Portugal
Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da república ainda recentemente instaurada.
Na primeira etapa do conflito, Portugal participou, militarmente, na guerra com o envio de tropas para a defesa das colónias africanas ameaçadas pela Alemanha. Face a este perigo e sem declaração de guerra, o governo português enviou contingentes militares para Angola e Moçambique.
Em Março de 1916, apesar das tentativas da Inglaterra para que Portugal não se envolvesse no conflito, o antigo aliado decidiu pedir ao estado português o apresamento de todos os navios germânicos na costa lusitana. Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, a 9 de Março de 1916 (apesar dos combates em África desde 1914).
Em 1917, as primeiras tropas portuguesas, do Corpo Expedicionário Português, seguiam para a guerra na Europa, em direcção a Flandres. Portugal envolveu-se, depois, em combates em França.
Neste esforço de guerra, chegaram a estar mobilizados quase 200 mil homens. As perdas atingiram quase 10 mil mortos e milhares de feridos, além de custos económicos e sociais gravemente superiores à capacidade nacional. Os objectivos que levaram os responsáveis políticos portugueses a entrar na guerra saíram gorados na sua totalidade. A unidade nacional não seria conseguida por este meio e a instabilidade política acentuar-se-ia até à queda do regime democrático em 1926.
Conclusão
Findo trabalho pude concluir que o mapa geopolítico da Europa foi então redefinido sobre os escombros da guerra. A Alemanha foi forçada a evacuar a Alsácia-Lorena, pertencente à França, e a margem esquerda do Reno (Renânia). A região do Sarre ficará sob o controlo da SDN, reservando ao território o direito de optar em relação ao país que desejasse integrar (a França ou a Alemanha). A Posnânia (na Polónia) e uma parte da Prússia (território alemão no báltico oriental) são dadas à Polónia, ainda que o acesso ao Báltico fosse assegurado por um "corredor" de 80 km, separando-se a Alemanha da Prússia oriental. O território do Norte de Schleswig foi também anexado à Dinamarca, após plebiscito entre a população (1920).
A Europa central e balcânica foi totalmente reorganizada a partir do desmembramento do Império Austro-Húngaro. A Hungria viu-se, todavia, amputada de parte do seu território pelo tratado de Saint-Germain-en-Laye (10 de setembro de 1919), perdendo ainda outras regiões através do disposto no tratado de Trianon (4 de junho de 1920). Segundo o tratado de Neuilly (novembro de 1919), a Bulgária foi forçada a ceder a Trácia à Grécia e a Macedónia à Sérvia.
Bibliografia
- semnegativa.blogspot.com
- ARRUDA. José Jobson de A. PILETTI. Nelson. Toda a História. História Geral e História do Brasil. Editora Ática: 9ª Edição.
- COTRIM. Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Editora Saraiva. Volume Único. 7ª Edição: 2003. 1ª Tiragem, 2003.
- NADAI. Elza. NEVES. Joana. História Geral: Moderna e Contemporânea. Editora Saraiva. 11ª Edição, 1996.
- Por: Iara Maria Stein Benítez em 22/06/2012
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