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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Análise do espaço agrário

Introdução
Denomina-se espaço agrário a área ocupada com a produção agrícola (vegetal, pastagens e florestas), habitações dos agricultores e, ainda, infraestruturas e equipamentos que se relacionam com a actividade de produção agrícola. O espaço agrário, além de corresponder à área de produção agrícola, também corresponde à estrutura fundiária (conjunto de normas e leis). O mesmo acontece com a apresentação rural do nosso universo. Entretanto, nesta abordagem, irá-se de uma forma concisa analisar o espaço agrário, segundo o proposto pelo tema “Análise do espaço agrário”



Análise do espaço agrárioEspaço agrário é um espaço ocupado pelas actividades agrícolas e pecuárias, é o espaço que reflete a ligação do Homem com a terra e compreende o estudo da forma dos campos sistemas de culturas e divisão da propriedade. Interessa essencialmente ao geografo pelo seu caracter qualitativo.
O espaço agrário não deve ser confundido com a agricultura agrária, pois, este último corresponde apenas o espaço ocupado pela agricultura, ou seja, o local onde se cultiva a terra com a introdução de culturas ou plantas.
Espaço agrário corresponde áreas ocupadas pelas culturas, áreas de pastagens, habitação, armazéns, estábulos, celeiros ou silos, canais de irrigação, barragens, estufa entre outros elementos. Por seu turno, o Espaço agrário não deve ser confundido com o espaço rural.

Elementos do espaço agrário
Espaço Agrícola
É um espaço que reflete a ligação da terra com as técnicas utilizadas e com a produção. E essencialmente quantitativa e despreza o papel do Homem uma vez que o isola da produção dai o seu cariz não ser tao geográfico; é mais agrónomo, mais económico
Conceitos dos elementos do Espaço Agrário.
Espaço agrário no mundo

Nos países desenvolvidos: O espaço agrário apresenta-se diferente enquanto a forma e funcionamento, pois suas formas de cultivo são geralmente utilização de grandes levas de tecnologia e recursos financeiros, aliado a pouca utilização de mão-de-obra.
 Nos países subdesenvolvidos: O espaço agrário apresenta-se com grandes marcas deixadas pelos colonizadores, como a forte presença de uma concentração fundiária, e a produção voltada para o mercado externo.

Irrigação
Irrigação é uma técnica utilizada na agricultura desenvolvida durante o império persa aqueménida que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.

Sistemas de irrigação
Gotejamento

Nesse sistema, a água é levada sob pressão por tubos, até ser aplicada ao solo através de emissores diretamente sobre a zona da raiz da planta, em alta frequência e baixa intensidade. Possui uma eficiência na ordem de 90%. Tem no entanto um elevado custo de implantação. É utilizado maioritariamente em culturas perenes e em fruticultura, embora também seja usado por produtores de hortaliças e flores, em especial pela reduzida necessidade de água, comparado aos demais sistemas de irrigação. Pode ser instalado à superfície ou enterrado, embora esta decisão deva ser tomada analisando-se criteriosamente a cultura a ser irrigada.
Além de apresentar uma boa eficiência o gotejamento também se destaca na questão do manejo da irrigação, onde tem um menor gasto de água, economizando o recurso que em algumas regiões do nordeste é escasso. Por ser um sistema de irrigação localizada, a cultura que é irrigada terá um bolbo molhado maior, apresentando boas produções.

Pivô central
O sistema consiste basicamente de uma tubulação (ou tubagem) metálica onde são instalados os aspersores. A tubulação que recebe a água de um dispositivo central sob pressão, chamado de ponto do pivô, se apoia em torres metálicas triangulares, montadas sobre rodas, geralmente com pneu. As torres movem-se continuamente acionadas por dispositivos elétricos ou hidráulicos, descrevendo movimentos concêntricos ao redor do ponto do pivô.
O movimento da última torre inicia uma reação de avanço em cadeia de forma progressiva para o centro. Em geral, os pivôs são instalados para irrigar áreas de 50 a 130 há, sendo o custo por área mais baixo à medida que o equipamento aumenta de tamanho. Para otimizar o uso do equipamento, é conveniente além da aplicação de água, aproveitar a estrutura hidráulica para a aplicação de fertilizantes, inseticidas e fungicidas.


Canal de irrigação
É duto ou vala que conduz a água com a finalidade de humedecer os solos. É uma técnica utilizada na agricultura que tem por objectivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.
Irrigação é um sistema particularmente intensivo que realiza uma transformação das condições naturais, permitindo um acréscimo de rendimento, mediante a criação artificial de dadas condições climatéricas. Nos países com clima arrido é a irrigação que vai permitir culturas que sem ela não seriam realizados.

Sistema de cultura
Designa-se por sistema de cultura a associação da cultura de diversas plantas numa mesma unidadede terreno. Estas culturas estão unidas por laços de :
Coexistência- Sempre que são cultivadas ao mesmo tempo em campos contínuos ou mesmo no mesmo campo (cultura intercalar de uma cultura principal, ou justaposição de cultivo dos diversos tipos como acontece com os javalis no Ajenais).

Afolhamento - quando se sucede no mesmo terreno, mas em lapsos de tempo diversos. O afolhamento é contínuo quando a terra é cultivada todos os anos. Em caso ao contrario disse que a terra esta de pousio. Nos casos de verdadeiro pousio a terra é trabalhada, sem ser no entanto cultivada. O solo repousa preparando se para a cultura seguinte.
Designa-se por cultura secundária aqui é realizada na parte do ano em que a cultura mais importante não ocupa a terra por exemplo a cultura do nabo após a cultura do trigo.
Associação: como a existência entre o feijão e o milho e entre videira e os frechos enroscando os primeiros aos caules dos segundos.
Complementaridade: na medida em que o próprio ciclo de culturas pode, pelas diversas necessidades das várias plantas suscitar trabalhos constantes que incidem, ora sobre umas ora sobre outras espécies de vegetais cultivadas.
As plantas que integram um sistema de cultura são o resultado de uma seleção realizada pelo Homem a partir de espécies selvagens.
No estudo do sistema de cultura, o geografo tem de entrar em consideração com as técnicas de produção agrícolas, processos de trabalho, forma de cultura e de fertilização e tipo de material utilizado.
Estábulo é a casa ou local vedado onde animais domésticos como gado bovino ou cavalos são recolhidos. Aí ficam geralmente para dormir e alimentar-se. A palavra origina-se do latim stabulum. Especificamente para cavalos pode ser usada a palavra cavalariça.

Silos
Silo é reservatório com ar rarefeito, onde as colheitas verdes se guardam comprimidas para sofrerem fermentação e depois servirem de forragens  ou reservatório em forma de torem, destinado à armazenagem de cereais, cimento e outras substâncias solidas.

Barragem
As barragens são feitas para armazenar a maior quantidade de água possível, seja pluvial ou até mesmo fluvial. As duas principais finalidades de uma barragem são para abastecimento de água em áreas residenciais, industriais, agrícolas, e para geração de energia elétrica. Atualmente há também a concepção para aproveitar o potencial da região alagada para desenvolver a pesca (piscicultura) nas comunidades ribeirinhas e até mesmo como turismo e exporte.

Estufa
Grandes abrigos para evitar a exposição dos excessos térmicos (frio ou calor). As grandes estufas matem um micro clima artificial, cuja finalidade é cultivar, no inverno, produtos de grande valor comercial que, por estarem fora da estação, alcançam maiores preços.

Factores de organização (físicos, naturais)
Clima

Coincidência do tempo quente com a estação seca e do tempo frio com a estação húmida. Portanto falta humidade em períodos de temperaturas elevadas e vice-versa, dificultando o desenvolvimento agrícola. Por esta razão os agricultores veem-se obrigados a recorrer à rega no verão, o que se torna dispendioso. Outro fator é a irregularidade dos estados de tempo (Intra-anual → entre os meses; Interanual → entre anos).

Recursos Hídricos
A existência de recursos hídricos é fundamental ara a produção agrícola, pelo que se torna mais fácil e abundante em áreas onde a precipitação é mais regular. Em áreas de menor precipitação, é necessário recorrer a sistemas de rega artificial.


Fertilidade Dos Solos
Influencia diretamente a produção, tanto em quantidade como em qualidade. Em Portugal por exemplo, predominam os solos de fertilidade média ou baixa, o que condiciona bastante a agricultura.
A fertilidade do solo:
Natural (depende das características geológicas rocha – do relevo e do clima);
Criada pelo homem (fertilização incorreta dos solos)

Relevo
Em relevos planos, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim como a possibilidade de modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se menor e há maior limitação no uso de tecnologia agrícola e no aproveitamento e organização do espaço.
Solos Pobres
  • Fertilização dos solos;
  • Recursos ao pousio;
  • Correção dos solos;
  • Escolha de espécies que melhor de adaptam às características do solo.

Terrenos Acidentados
  • Construção de socalcos.


Políticas Agrícolas
As políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas – quer nacionais quer comunitárias (UE), são actualmente factores de grande importâncias, uma vez que:
  • Influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos;
  • Cultivados (Não se pode cultivar todo o tipo de produtos. Existem quotas para a quantidade e produtos cultivados);
  • Regulamentam práticas agrícolas, como a utilização de produtos químicos;
  • Criam incentivos financeiros, apoiam a modernização das explorações, (São dados subsídios que incentivam a cultivação de determinadas culturas7espécies. Exemplo: o Milho está muito barato, portanto de não houvessem subsídios, os produtores deixavam de produzir), etc.
Factores socioeconómico e sistemas agrários e níveis de desenvolvimento
Agrossistema ou sistema agrário é um tipo ou modo de produção agropecuária em que se observa diversos tipos de cultivos ou criações que são praticados, quais são as técnicas utilizadas e como é a relação da agricultura ou pecuária com o espaço geográfico. Os sistemas agrícolas e a produção pecuária podem ser classificados como intensivos ou extensivos. Essa noção esta ligada ao grau de capitalização e ao índice de produtividade, independentemente da área cultivada ou de criação.
O sistema agrário de um país esta ligado directamente à distribuição de terras deste. Alguns países onde houve uma reforma agrária "eficiente" a base da agricultura é a familiar, gerando riquezas para um número maior de pessoas. Em países com maior desenvolvimento económico há um melhor uso de tecnologias possibilitando uma maior produtividade, através de subsídios. Em outros países a agricultura é basicamente de subsistência, sem uso de tecnologias e baixa produtividade.

Os sistemas agrícolas
Os sistemas agrícolas se distinguem a partir do tamanho da área cultivada e do índice de produtividade alcançado. Quando falamos em sistemas agrícolas, nos referimos à agricultura, que se apresenta de duas formas: agricultura intensiva e agricultura extensiva.

Agricultura Intensiva
Na agricultura intensiva, é usado em todas as etapas da produção um grande número de insumos. Esse tipo de sistema agrícola é marcado pela aplicação de técnicas e tecnologias. Faz parte da agricultura intensiva: a mecanização (tratores, colheitadeiras, plantadeiras, implementos, etc.) aliada ao uso de insumos, que são aplicados na preparação do solo, além de sementes selecionadas que são imunes de pragas e adequadas ao tipo de clima, herbicidas, inseticidas, entre outros. Para o desenvolvimento de todas as etapas existe o acompanhamento de um técnico (um agrônomo ou um técnico agrícola).
Esse sistema de produção agrícola é conhecido também como agricultura moderna ou comercial; seus produtos têm como destino a exportação.

Agricultura Extensiva
Na agricultura extensiva são usados os elementos dispostos na natureza sem a inserção de tecnologias, por isso possui uma baixa produtividade. A produção depende unicamente da fertilidade natural do solo; por não usar insumos agrícolas é necessário ocupar grandes áreas de cultivo. A agricultura extensiva é bastante difundida em diversos países da América Latina, África e Ásia. Esse sistema agrícola é marcado especialmente pela agricultura itinerante ou roça tropical.

Agricultura itinerante
É um dos métodos utilizados na agricultura. Consiste em atear fogo na mata (queimada), para então seguir com o destocamento e semear a terra. É aplicada em áreas de agricultura descapitalizada. A produção é feita em pequenas e médias propriedades, como também em grandes latifúndios. Os indígenas a utilizam amplamente.

Características
  • Ao não fazer uso das técnicas corretas de manuseamento(uso) como: adubar e construir trechos de água, somando a acção das chuvas ou da falta destas, a terra poderá vir a esgotar-se de uma maneira mais rápida e levar o agricultor a abandoná-la ou seja esquecê-la e usar o método em outra área, o que pode fazer com que tudo torne a acontecer, acarretando em mais desmatamento mesmo que seja sem a intenção de fazê-lo, pois como o nome sugere, itinerante, mudar, trocar de lugar.
  • Manuseio por mão-de-obra familiar e uso de técnicas tradicionais e rudimentares.
  • Alimentos mais produzidos: milho, nabo, mandioca, inhame, rabanete, etc.
  • Essa técnica é amplamente conhecida apenas em países em desenvolvimento (PED), localizados na África, América Latina e Ásia Central.

Agricultura Tradicional
A agricultura tradicional é um tipo de agricultura praticada em minifúndio (ou seja numa pequena propriedade), pratica a policultura (ou seja o cultivo de vários produtos no mesmo local).
Este tipo de agricultura utiliza técnicas rudimentares (uso da enxada, da queimada, do arado e da tracção animal), artesanais e ancestrais. Tem como objectivo de produção o autoconsumo e subsistência das famílias que a praticam. Tem um baixo rendimento e produtividade agrícolas.

Conclusão
Terminado trabalho, pôde concluir-se que o passado histórico é um dos factores que permite compreender a actual ocupação dos solos. Aspectos como a maior ou menor densidade populacional e acontecimentos ou processos históricos reflectem-se, ainda hoje, nas estruturas fundiárias – dimensão e forma das propriedades rurais.
Constatou-se também que quando a produção se destina ao auto consumo, as explorações são geralmente de pequena dimensão e, muitas vezes, continuam a utilizar técnicas mais artesanais.
Se a produção se destinar ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão e mais especializadas em determinados produtos, utilizando tecnologia moderna (máquinas, sistemas de rega, estufas, etc.), o que contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo.
É importante também destacar que um problema que inspira cada vez mais preocupação na Europa são as implicações socio-ambientais das profundas transformações que a agroindústria tem gerado na produção agrícola.

Bibliografia
  • RUA, J. et al. Para ensinar Geografia. Rio de Janeiro: Access, 2005.
  • VASCONCELOS, V. V. Agropecuária e Meio Ambiente. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 2009.
  • MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. História das Agriculturas do Mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010.
  • www.semnegativa.blogspot.com
  • www.escolademoz.com

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