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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Internet e Jornalismo

Introdução
O crescimento e a popularização da Internet, aliados às tecnologias e desenvolvimento dos meios digitais, contribuíram para uma mudança no modo de fazer jornalismo no mundo. O cidadão comum, que, antes, não tinha acesso às redacções jornalísticas, agora, pode produzir notícias e influenciar no conteúdo de um veículo de mídia.
Uma rede de computadores é um conjunto de dois ou mais computadores ligados entre si. A Internet é a maior rede de computadores do mundo. Está disponível por todo o globo e, por isso mesmo, é apelidada de “a rede das redes”.
Portanto, ela é entendida como um sistema global de redes de computadores interligadas que utilizam um conjunto próprio de protocolos com o propósito de servir progressivamente usuários no mundo inteiro. É uma rede de várias outras redes, que consiste de milhões de empresas privadas, públicas, académicas e de governo, com alcance local e global e que está ligada por uma ampla variedade de tecnologias de rede electrónica, sem fio e ópticas.
Entretanto, esta abordagem pretende abordar sobre a internet, novas convergências tecnológicas, com livro de Celestino Juadez do papel ao digital, o uso das redes sociais no exercício da actividade jornalística.


Internet
Origem
A Internet começou em Setembro de 1969 com o nome de ARPANET e o objectivo de partilhar informação entre cientistas. O primeiro nó foi instalado num centro de investigação da Universidade da Califórnia Santa Bárbara. Dois anos depois estavam ligadas através da ARPANET quatro centros de pesquisa em universidades dos E.U.A.. A ARPANET era um projecto patrocinado e nomeado pela ARPA (Advanced Research Project Agency) 1 do Departamento de Defesa dos E.U.A. (Levinson, 1998; Baker, 1993; Zimmerman, 1997).
O projecto cresceu a partir de um estudo do Instituto Rand que proponha uma rede de computadores de comando e controlo capaz de resistir a um ataque nuclear. No sistema proposto pela Rand a informação seria transportada em pacotes e enviados através de diversos routers que, caso parte da rede fosse danificada, reencaminhariam o tráfego. No essencial, este sistema de comutação de pacotes, com todas as evoluções entretanto ocorridas, é a tecnologia fundamental que está por base da Internet. Tecnicamente, a Internet é “uma rede descentralizada de redes de computadores” [Peterson et al. (1997, p. 331
Leiner et al. (1997) destacam o papel de Robert E. Kahn, após a sua entrada na ARPA em 1972, na introdução da ideia de arquitectura aberta na Internet que contribuiria largamente para o seu crescimento futuro. Desta forma, qualquer rede ligada à Internet pode escolher a sua arquitectura particular desde que seja compatível com a metaarquitectura que permite a intercomunicação entre as diferentes redes.

Termologia
O termo internet, como um sistema global específico de redes de IPs interconectados, é um nome próprio. A Internet também é muitas vezes referida como Net. A palavra "internet" foi utilizado historicamente, com inicial minúscula, logo em 1883 como um verbo e adjetivo para se referir a movimentos interligados. No início dos anos 1970, o termo internet começou a ser usado como uma forma abreviada do conjunto de redes técnicas, o resultado da interligação de redes de computadores com gateways especiais ou roteadores. Ele também foi usado como um verbo que significa "conectar", especialmente redes.


Novas convergências tecnológicas
Convergência tecnológica é um termo que, de uma maneira geral, é utilizado para designar a tendência de utilização de uma única infraestrutura de tecnologia para prover serviços que, anteriormente, requeriam equipamentos, canais de comunicação, protocolos e padrões independentes. Faz-se para permitir que o utilizador aceda às informações de qualquer lugar e através de qualquer meio de comunicação por uma interface única e as suas evidências revelam-se em muitos sectores - na economia, na comunicação e na produção, entre outros. O Deutsche Bank Research define convergência como "um processo de mudança qualitativa que liga dois ou mais mercados existentes e anteriormente distintos".
As tecnologias envolvidas no processo de convergência são, de forma geral, tecnologias antigas de telecomunicações tais como rádio, televisão, redes de computadores e de telefonia.
Embora todos os horizontes apontem agora para outro tipo de convergência, mais alargada e cujas oportunidades de aplicação são ainda mais abrangentes do que as da Web, o encontro entre a nanotecnologia, biotecnologia e tecnologia da informação, a atenção deste artigo visa apenas a convergência em telecomunicações.
As tecnologias da Internet se desenvolveram suficientemente nos anos recentes, especialmente no uso do Unicode. Com isso, a facilidade está disponível para o desenvolvimento e a comunicação de softwares para as línguas mais usadas. No entanto, ainda existem alguns erros de incompatibilidade de caracteres, conhecidos como mojibake (a exibição incorreta de caracteres de línguas estrangeiras, conhecido também como kryakozyabry).

Uso das redes sociais no exercício da actividade jornalística
Nas últimas décadas, o mundo do jornalismo sofreu profundas alterações. Há muito que a história do jornalismo tem caminhado lado-a-lado com a da tecnologia e, no final do seculo passado, a emergência da Internet e a adaptação de profissionais e empresas de jornalismo a novos contextos e plataformas de comunicação voltou a confirmar esta ligação histórica, umbilical. A evolução da Internet não só revolucionou o processo de informar como colocou aos jornalistas e órgãos de comunicação social novos desafios, forçando-os a estar onde está o seu público: nas redes sociais.
Com milhões de utilizadores registados e uma abrangência global, estas plataformas destacam-se pelo seu potencial de interação e difusão de informação, assumindo uma relevância estratégica para a generalidade dos órgãos de informação que, face a expansão do social, adensam a sua reflexão sobre quais as estratégias para acompanhar esta evolução e que tratamento devem dar aos seus conteúdos (Martinez, 2009), numa altura em que os padrões de consumo de informação já não passam apenas pelos media tradicionais, mas também pelas plataformas sociais, sobretudo entre as gerações mais jovens. Neste desafio, a atuação dos jornalistas nas redes sociais e um pilar de sustentação. 
Com a chegada do “jornalismo em rede” os papéis do jornalista e do público mudaram. Através das redes sociais, o público tem hoje um leque mais vasto de hipóteses de escolha na informação e fatores como a credibilidade do emissor da notícia assumem um peso crescente no processo de consumo informativo. Paralelamente, o cidadão comum, durante séculos tipicamente passivo no contexto informativo, assume agora um papel interventivo no processo de produção da informação, tornando-se cada vez mais claras as tendências de esvaziamento do papel de mediação entre fontes e audiências, outrora função âncora do jornalista, e a ampliação do poder seleção e participação ativa do público no consumo e produção de informação (Canavilhas, 2010; Cardoso, 2009).

Para os jornalistas, com a emergência dos media sociais, a Internet passou de uma plataforma de informação para uma plataforma de influência. Com um incalculável poder de mobilização de massas, as redes tornaram-se uma fonte rica em “estórias”, com notícias a saltarem, cada vez mais, das redes sociais para os alinhamentos noticiosos dos media tradicionais, posicionando-se também como facilitadoras da interação com o público, canais privilegiados de promoção do trabalho do jornalista e de acesso a informação de contexto para a sua atividade.
De um modo geral, os jornalistas foram incentivados pelos órgãos de comunicação a estarem presentes e ativos nas redes sociais, fomentando a proximidade e a interação com as audiências. Contudo, esta presença não está isenta de riscos, tanto mais que o incentivo dos órgãos de comunicação não veio, pelo menos no caso específico português, acompanhado de um enquadramento sob a forma como esta presença online deve ser gerida pelos jornalistas.

Se é verdade que as redes sociais são hoje uma ferramenta de trabalho na generalidade das redações, como fonte de informação e montra para o trabalho dos jornalistas, não é menos verdade que neste novo contexto (de diluição das fronteiras pessoal e profissional online e de maior proximidade entre jornalistas e audiências), a personalidade do profissional e a sua esfera pessoal se tornam mais expostas aos olhos do público, abrindo caminho a potenciais conflitos éticos para os jornalistas. Recentes casos internacionais são disso um exemplo, somando-se os jornalistas despedidos como resultado da sua atuação online. Defendem as empresas que o modo como os jornalistas atuam nas redes sociais pode minar os seus deveres éticos da objetividade, imparcialidade e rigor, colocando em causa a sua credibilidade enquanto profissionais e também a dos órgãos de informação que representam, junto do público. É de resto esta a convicção que transparece dos vários códigos de conduta ou recomendações já implementados em órgãos de comunicação internacionais, cujas orientações vão mais no sentido de assegurar que a presença dos jornalistas nas redes não lesa a sua imagem, nem a da empresa, junto do público, do que propriamente para assegurar a qualidade e rigor das partilhas que são realizadas (MATEUS, 2014).
O conceito de Credibilidade, âncora patrimonial do jornalismo não é, porém, linear. É inquestionável que para as audiências a credibilidade que é reconhecida a determinado meio ou jornalista, afeta as suas escolhas em matéria de consumo informativo (Kohring & Matthes, 2007; Teven, 2008; Hoffe, 2005). Académicos e jornalistas discordam sobre os pilares em que se sustenta a credibilidade de um profissional ou meio. A tendência é associar o conceito ao rigor com que são reportados os factos, como o fez Tobias Peucer na primeira tese sobre jornalismo, em 1690.

Com livro de Celestino Juadez do papel ao digital
Do papel ao digital
É sabido que actualmente se vive em um sistema no qual a transmissão da notícia ocorre de forma muito rápida. O jornal impresso depende de várias ferramentas como a chapa, a tinta, o papel, o barbante, depende também do empacotamento e do transporte. Isso tudo está ficando cada ano mais no passado. O presente é a transmissão da notícia rapidamente, com todas as facilidades como fotos em alta resolução, gráficos, infográficos, charges, vídeos em alta qualidade de detalhes. Essas ferramentas permitem que a notícia atinja um público maior e atraia consumidores para o site do veículo de imprensa.
O atual contexto tecnológico incentivou fortes mudanças nas empresas de comunicação, modificando o meio de produção e envio de informações, mas especialistas dizem que o consumidor estará ainda mais crítico e exigirá maior qualidade de conteúdo.
É notável que há mais informações, mais facilmente disponíveis, de forma mais imediata, em mais formatos, em mais dispositivos e hoje, qualquer pessoa que possui conexão à Internet e uma conta em uma rede social, como por exemplo o Twitter, pode fazer a notícia.
Os jornais tradicionais que não se adaptaram à era da Internet não resistiram e desapareceram ou reduziram consideravelmente seu poderio informacional. Com isso, profissionais tais como redatores, jornalistas, repórteres e diretores que não se atualizaram estão presentes em menor número, comparando com décadas anteriores, no qual o principal meio de transmissão da notícia era via televisão, rádio e impressão do jornal.
A interação com o público mudou, quando se tinha os meios de informação citados anteriormente, a própria resposta que o público dava à notícia era diferente. Hoje com a utilização da Internet, a partir do momento que acontece o compartilhamento nas redes sociais de uma dada informação por parte do veículo de imprensa, imediatamente já surgem comentários diversos de pessoas de diferentes lugares do globo. A resposta e a interação da mídia com seu público é instantânea, acompanhando assim a velocidade de consumo de informações.
Agora, o consumidor da informação, que antes era passivo, passou a ter um papel de destaque, tanto em questões sobre o feedback que está sendo apresentado, quanto na própria produção desse conteúdo. Há também o fato de que a redação não é mais o local onde o jornalista precisa voltar para escrever. Atualmente, com dispositivos móveis, notebooks e smartphones, o repórter pode produzir seu material de qualquer lugar.


Conclusão
Terminado trabalho, pôde concluir-se que estudar como as redes sociais podem ser usadas na prática do jornalismo colaborativo permitiu entender que a interação do veículo com sua audiência pode ser muito mais do que apenas utilizar o conteúdo postado na elaboração da reportagem. A Web 2.0 muda o jornalismo e dá ao usuário a chance de ser activo na Internet, mesmo que não esteja vinculado a um veículo de comunicação. 
O jornalismo acompanha as mudanças da história e se adapta a elas, sendo usado de diversas formas, com interesses distintos. O que não se altera com o passar do tempo é o princípio de informar e dar ao leitor notícias de interesse, utilizando critérios de noticiabilidade e de seriedade na sua elaboração. Mesmo que os princípios do jornalismo não mudem, a criação de novas ferramentas, aparelhos e a exigência do público alteram a rotina de produção rapidamente. Os jornalistas são obrigados a acompanhar essa evolução ou ficarão para trás no mercado.
Se, hoje, ainda existem profissionais apegados às velhas práticas, logo eles serão substituídos por aqueles que agregam a capacidade de apuração e elaboração do texto, e, também, por aqueles que fotografam, filmam, usam bancos de dados e conseguem interagir com o público para identificar os interesses da audiência. Os veículos, também, precisam se adaptar às mudanças, abrindo novos espaços multimídia e de interação dentro de seus sites e portais.

Bibliografia
  • BUCCI, Eugénio (2000) Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras.
  • CARDOSO, Gustavo (2009) Da comunicação de massa à comunicação em rede: modelos comunicacionais e a sociedade de informação. In CARDOSO, Gustavo;
  • ESPANHA, Rita; ARAÚJO, Vera (eds.), Da comunicação de massa à comunicação em rede. Porto: Porto Editora, pp.15-66.
  • CHRISTOFOLETTI, Rogério.; LAUX, Ana Paula (2008) Confiabilidade, credibilidade e reputação: no jornalismo e na blogosfera. In Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, 31:1, pp. 29-49.
  • FREITAS, Helena de Sousa (2010) Os Media e a Blogosfera: Conflito em Público? In Jornalismo & Jornalistas, nº 41, jan./mar. Lisboa: Clube de Jornalistas, pp. 6-19.
  • NOBRE, Adriano (2015) Vêm ai regras para os jornalistas nas redes sociais. In Expresso, caderno de Economia, ed. nº 2213, 28 de março, pp. 20-21.
  • PEUCER, Tobias (2004) Os relatos jornalísticos. In Estudos em Jornalismo e Mídia, 1:2, pp. 13-30.
  • QUIVY, Raymond et CAMPENHOUDT, Luc Van (1995) Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 6ª edição.