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Introdução O presente tópico aborda um tema bastante importante, tema este que diz respeito a sociedade anónima, onde veremos que uma Socied...

Brucelose

INTRODUÇÃO
Brucella é um género de bactérias cocobacilos pequenos formando colónias também muito pequenas, lisas com tom esbranquiçado e não hemolíticas este é o causador da BRUCELOSE.
Entretanto a Brucelose nada mais é que uma doença crônica, causada por bactérias, que geralmente são transmitidas pelos laticínios não pasteurizados. A infecção na maioria das vezes se dá pelo contato com animais infectados e também pelo consumo do leite dos mesmos.
Portanto este trabalho visa abordar sobre a BRUCELOSE, onde no seio do mesmo irá falr-se da etiologia, sintomas, prevenção, tratamento e outros.

BRUCELOSE
A Brucelose é uma enfermidade de trato infeccioso que se alastra a partir dos animais para as pessoas. Essa contaminação pode ocorrer por meio do leite, queijo e demais laticínios. Há também a possibilidade da Brucelose ser transmitida através do ar ou pelo contato direto com animais que possuem a infecção.
A brucelose também conhecida por febre de Malta ou ondulante é umadoença crônica causada pelas bactérias do gênero Brucella, transmitida peloslaticínios não pasteurizados.
Brucella Gênero de bactérias composto por coco-bacilos (0,4 – 3,0 μm x 0,4 – 0,8 μm), Gram-negativos, aeróbios (necessitam de meios oxigenados para sobreviverem), imóveis, encapsulados, não formam esporos e são parasitas intracelulares facultativos, com predileção pelo trato reprodutivo, articulações e sistema retículo-endotelial. São classificados em biótipos ou tipos diferenciados bioquimicamente em função da necessidade de CO2, produção de H2S, crescimento em presença de fucsina ou tionina e aglutinação frente a soros monoespecíficos. Alguns autores falam em cocobacilos.
Dentro deste gênero são descritas nove espécies independentes, cada uma com seu hospedeiro de eleição. As principais são a Brucella melitensis, a mais comum, encontrada em cabras, ovelhas e camelos, a B. abortus de bovinos, a B. suis, de suínos, a B. ovis de ovelhas e a B. canis, de cães, todas capazes de ser transmitidas ao homem. Há ainda a B. neotomae, de ratos do deserto e três novas espécies, a B. maris, B. cetaceae e B. pinnipediae recentemente isolada em mamíferos marinhos. Os suínos e os bovinos são resistentes à B. canis e as gatas podem apresentar bacteremias quando infectadas experimentalmente pela mesma bactéria, porém não abortam.
São capazes de sobreviver à fagocitose e parasitam os macrófagosintracelularmente. A resposta imunitária eficaz à sua disseminação é a formação degranulomas.

ETIOLOGIA
B. melitensis - Bruce        -  1887 - Malta -  3 biovares
B. abortus     - Bang          - 1897 - Dinamarca - 7 biovares
B. suis           - Traum         - 1914 - EUA -  5 biovares
B. ovis           - Buddle         - 1953 - Nova Zelândia 
B. neotomae - Stoenner         - 1957 – EUA
B. canis         - Carmichael - 1968 - EUA
  
Ross et al. - 1994 - Escócia – isolamento em mamíferos marinhos  
Proposta: “Brucella cetaceae”        - isolamentos de cetáceos                 
                “Brucella pinnipediae”   - isolamentos de focas

Epidemiologia
A infecção é sempre por contato direto com animais infectados ou pelo consumo do seu leite e derivados não-pasteurizados. O queijo fresco é particularmente perigoso, porque é frequentemente produzido artesanalmente com leite fresco e os consumidores raramente se preocupam em saber se o leite usado foi tratado pela pasteurização.
Afeta animais em todo o mundo. No Mediterrâneo, incluindo Portugal, na América do Sul e na Ásia é prevalente a B. mellitensis, devido às numerosas ovelhas. O B. abortus é mais frequente na Europa central e de leste.

DISTRIBUIÇÃO
Mundial
  • Maior prevalência em países em desenvolvimento.
  • Erradicada ou em erradicação em alguns países desenvolvidos.
Brucelose    -
% Animais Reagentes
Norte
9,53
Nordeste
3,74
Centro-Oeste
2,59
Sudeste
1,02
Sul
0,76

Total

2,75


DISTRIBUIÇÃO 
Brasil
1975 - Último estudo nacional oficial: 
Região Norte    4,1%
Região Nordeste    2,5%
Região Centro-Oeste    6,8%
Região Sudeste    7,5%
Região Sul    4,0%

Sintomas da Brucelose
As bactérias são ingeridas com o leite ou outros alimentos e invadem a mucosaintestinal. Também podem ser aspiradas ou penetrar por feridas em contacto com o animal. O período de incubação é de uma semana a um mês. A brucelose é umadoença crónica de progressão lenta. A infecção por B. mellitensis é mais grave que as outras formas.
Dentro do corpo humano são fagocitadas pelos macrófagos, no interior dos quais sobrevivem sendo transportadas para tecidos linfóides em todo o organismo, invadindo pela linfa e sangue os gânglios linfáticos, baço, fígado, medula óssea e outros órgãos onde se concentram os macrófagos.
Seus sintomas são manifestados entre uma semana e um mês, geralmente com febre, calafrios, suores e dores de cabeça. A Brucelose, mesmo em casos agudos não é mortal, porém, pode diminuir consideravelmente a esperança de vida em fase avançada, também pode causar depressão e anorexia. Seu diagnóstico é feito por amostra de sangue, todavia, por se manifestar de forma lenta, pode demorar algumas semanas até seu crescimento ser suficiente para coletar amostras para análise.

Os principais sintomas da Brucelose são similares aos da gripe, como:
  • Febre
  • Cansaço corporal
  • Dor e enfraquecimento das articulações
  • Calafrios
  • Sudorese
  • Fraqueza
  • Dor de cabeça e no corpo em geral

PREVENÇÃO
A pasteurização do leite é eficaz na destruição das bactérias, mas a melhor forma de prevenção é diagnóstico das infecções nos animais com a eliminação dos positivos.
  • Evitar o consumo de laticínios não pasteurizados, independente de suas origens.
  • Cozinhar bem os alimentos e não consumir carnes com aparência crua.
  • Manter a higiene durante o preparo das refeições, cuidados e manipulação com animais, utilizando luvas de borracha e sabonetes antibactericidas.
  • Vacinar os animais domésticos e sempre leva-los ao veterinário para realizar exames.

PROFILAXIA
Não alimentar cães com leite e derivados sem pasteurizar ou ferver, nem com carne ou vísceras cruas ou mal passadas; exigir dos proprietários interessados no uso de fêmeas como reprodutoras, teste sorológico de brucelose, como também exigir o teste para os machos. A castração dos animais enfermos deve ser considerada.

Consideramos os seguintes itens fundamentais para um perfeito esquema profilático:
  • Testar todos os cães do canil anualmente
  • Testar as fêmeas selecionadas para a reprodução algumas semanas antes do acasalamento
  • Não trazer nenhum cão novo para canil antes de ser ter 2 testes negativos para brucelose
  • Se uma fêmea abortar, isolá-la, fazer o teste, e desinfetar o local
  • Se um macho perder o interesse no acasalamento ou falhar na produção algumas, deve ser checado
  • Consulte o seu veterinário quando tiver dúvidas, como também para adquirir mais informações sobre a brucelose, e alerte outros criadores sobre a doença, que ultimamente tem-se alastrado muito.
Tratamento
Administrados antibióticos como doxiciclina, gentamicina, ou cotrimoxazole, durante pelo menos um mês.
O tratamento para a Brucelose tem como objetivo atenuar os indícios da doença, impedir um possível reaparecimento do problema e evitar maiores transtornos. Para isso, o paciente contaminado deverá consumir medicamentos antibióticos por pelo menos 1 mês e meio, no entanto, os sintomas podem perdurar por vários meses. O principal risco é que a doença reapareça e se torne crônica, sendo que os prognósticos podem afligir por anos e se transformarem em mais intensos, podendo gerar além da febre e fadiga, a artrite e a espondilite. Por essa razão o tratamento deve ser rápido e eficaz.
Antibioticoterapia, sendo a droga de escolha a Doxiciclina (200 mg/dia), em combinação com a Rifampicina (600 a 900 mg/dia), durante 6 semanas. Se houver recidivas, repetir o tratamento, porque, em geral, não se deve à resistência aos antibióticos e sim a sequestro dos agentes por algum órgão que não permite a ação da droga. Não usar a Doxiciclina em menores de 7 anos. Sulfametoxazol e Trimetoprim podem ser associados à Gentamicina, nesses casos.

Controle
O controle da brucelose bovina, conhecida usualmente como febre de malta, pode gerar benefícios econômicos. Foi a conclusão da pesquisa realizada por Ana Julia Silva e Alves na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), que utilizou dados dos estados de São Paulo e Mato Grosso. A brucelose bovina é causada pela bactériaBrucella abortus e atinge principalmente os bovinos, geralmente causando o aborto nos animais. Além disso, a doença tem caráter zoonótico, ou seja, pode afetar o homem caso ocorra a ingestão de um alimento contaminado ou contato com secreções e excreções do animal. Segundo Ana Julia, “nos aspectos econômicos, a brucelose causa muitos prejuízos para o produtor seja por meio dos abortos, perda de animais ou custos com a vacina, por exemplo.” Economia com foco em saúde animal é um tema ainda pouco desenvolvido nas faculdades de medicina veterinária no país. “É preciso considerar que toda a doença além de causar danos para a população, tem consequências financeiras grandes. A análise econômica é uma ferramenta para utilizar de forma correta os recursos nas melhores estratégias de intervenção, sem que haja prejuízo.”, conta.

Conclusão
Apesar da resposta imunitária com formação de granulomas impedir largamente a disseminação das bactérias, elas escapam por vezes, multiplicando-se, o que provoca ataques agudos no doente crónico, que se caracterizam por febre, suores e calafrios. O maior problema da brucelose é que os seus sintomas irregulares e moderados levam o indivíduo afectado a ignorá-la, não consultando o médico. A doença pode se resolver graças à ação dosistema imunitário, mas esse processo pode demorar muitos meses ou anos, ou pode nem ocorrer. No entanto a infecção a longo prazo apesar de nunca ser agudamente mortal, diminui consideravelmente a esperança de vida e produz sintomas crónicos como a depressão, a anorexia (falta de apetite), dores de cabeça e musculares.
Assim conclui-se o trabalho tendo terminado a com pilação e abordagem feita em torno do trabalho.

Bibliografia
Mosby-Elsevir 5ª Ediçã. Microbiologia Médica (Brucelose)
Clínica Geral – Virus e Bactérias; Brucelose/Febre de Malta, Embrapa CNPC, 1996


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