Movimento de Translação
Introdução
Translação é um dos movimentos realizados pela Terra, assim como o movimento de rotação e precessão. Diz respeito ao caminho percorrido pelo planeta ao redor do Sol, caminho esse que realiza uma órbita elíptica (volta levemente oval). A duração desse movimento e a trajectória percorrida resultam em fenómenos astronómicos vivenciados por nós ao longo do ano. Quer saber como esse movimento é realizado e quais são as suas consequências? Vamos lá!
Movimento De Translação
Translação terrestre é o movimento que o planeta Terra realiza ao redor do Sol. O caminho percorrido pela Terra é chamado de órbita elíptica, e o movimento é realizado em um formato elíptico (levemente oval).
Esse movimento dura 365 dias, 5 horas e 48 minutos. O tempo que a Terra leva para realizar a translação é chamado de ano sideral. Por convenção adotou-se o ano civil, cuja duração é de 365 dias. Se considerarmos o tempo real, a cada quatro anos, o ano civil tem 366 dias e é conhecido como ano bissexto.
Características do movimento de translação
O caminho percorrido pela Terra ao redor do Sol possui duas características básicas:
- Velocidade
A velocidade média em que a Terra realiza o movimento de translação é de aproximadamente 107.000 km. Apesar de ser uma velocidade elevada, ela não é sentida aqui na Terra.
Só poderíamos ter essa percepção se observássemos um ponto exterior ao planeta que estivesse em uma velocidade diferente ou até mesmo parado. A velocidade da Terra no movimento de translação altera-se à medida que o planeta encontra-se mais próximo ou distante do Sol. A aproximação e o afastamento da Terra são denominados, respectivamente, de periélio e afélio.
- Duração
O movimento de translação dura 365 dias, 5 horas e 48 minutos, tempo esse que foi convencionado no ano civil, cuja duração é de 365 dias. A cada quatro anos, tendo em vista o tempo exacto do movimento, o ano possui 366 dias, sendo chamado de ano bissexto.
Qual a relação entre o movimento de translação e as estações do ano?
Basicamente, as estações do ano resultam do movimento de translação. Para entender como isso acontece, devemos analisar algumas características do Planeta Terra, como o seu eixo de inclinação. Em alguns momentos do ano, a Terra encontra-se mais inclinada para um hemisfério. Essa inclinação máxima faz com que ocorra maior iluminação em um dos hemisférios e menor incidência de raios solares em outro.
Esse acontecimento faz com que os hemisférios apresentem características diferentes ao longo do ano com relação aos fenómenos climáticos e ao comportamento da vegetação e dos demais seres vivos, o que resulta naquilo que conhecemos como estações do ano.
O momento em que a Terra está em sua inclinação máxima ao norte ou ao sul marca a ocorrência do fenómeno astronómico conhecido como solstício. Esse fenómeno marca o início do verão ou do inverno. Se os raios solares estão incidindo com maior intensidade ao norte, ocorre o verão no Hemisfério Norte; já no Hemisfério Sul, o inverno, e vice-versa.
O solstício ocorre em dois momentos do ano: em Junho e em Dezembro. Sua principal característica é que os dias tornam-se mais longos que as noites no verão; já no inverno, as noites são mais longas que os dias.
Consequências da translação
Além da sucessão de anos já referida, o movimento de translação tem como consequência as estações do ano. Não é por acaso que essas apresentam características diferentes e não ocorrem de maneira simultânea nos hemisférios.
A explicação encontra-se no eixo de inclinação da Terra perpendicular a sua órbita. Esse eixo é imaginário e atravessa o planeta de um polo geográfico a outro. A Terra, então, gira ao redor dele. Devido a essa inclinação, os hemisférios são iluminados de maneira diferente ao longo do ano.
Sendo assim, em um determinado período, um dos polos estará recebendo maior incidência de raios solares, ao passo que o outro terá um maior período de escuridão. Essa iluminação solar desigual é que proporciona a existência das estações.
Quando um dos hemisférios estiver recebendo mais luz significa que o Sol está em seu posicionamento máximo, ao norte ou ao sul, em relação ao eixo de inclinação da Terra. Quando essa insolação for maior no Hemisfério Norte ou no Hemisfério Sul, inicia-se o que chamamos de solstício. Esse fenómeno astronómico marca o início do verão e do inverno e ocorre duas vezes por ano: em Junho e Dezembro.
Se a incidência solar for maior, ocorrerá o solstício de verão, apresentando dias mais longos que as noites; se a incidência for menor, ocorrerá o solstício de inverno, com dias mais curtos e as noites mais longas.
Isso ocorre porque nessas regiões a inclinação da Terra não é muito expressiva, portanto, a diferenciação da incidência solar também não é. Assim, quanto mais afastada da Linha do Equador é a região, mais bem definidas são as estações do ano.
No entanto, há também o momento de posicionamento médio do Sol em relação à Terra. Isso significa que, nesse momento, o Sol estará iluminando igualmente os dois hemisférios. Assim como o solstício, esse fenómeno astronómico ocorre duas vezes ao ano, em Março e Setembro, e é conhecido como equinócio. O equinócio marca o início da primavera e do outono. Como nesse momento a incidência solar é igual ao norte e ao sul, os dias apresentam a mesma duração que as noites.
Conclusão
Terminado trabalho conclui-se que a terra também animada de um movimento de translação em volta do sol, segundo uma orbítra eliptica, que define o plano da écliptica, em que o sol ocupa um dos focos.
Faz-se igualmente em sentido directo e a uma volta completa corresponde o intervalo de tempo de uma ano sideral, que equivale a 365, 2464 dias de tempo solar médio.
Bibliografia
- BOTELHO, José Nicolau Raposo, Elementos de geographia economica (agricola, industrial e commercial). Porto: Magalhães & Moniz.
- ROQUE, Bento, Geografia Económica. A Terra. Lisboa: Gomes & Rodrigues, Vol. II, 2ª ed. (1ª edição 1944).
- www.semnegativa.blogspot.com
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